The Great: nem mesmo o Emmy impediu o cancelamento de uma série primorosa em sua 3ª temporada

Peter está do lado direito usando trajes nobres de cor marrom com detalhes dourados, além de uma medalha com uma fita vermelha e branca em seu pescoço, já Catherine está ao lado esquerdo com um vestido azul e algum tipo de pele animal, bem felpuda e marrom em seu pescoço. Ambos olhando para a frente e atrás deles tem o que parece uma fonte com esculturas representando corpos humanos.
Entre tapas e beijos, esse com certeza é um casal que se ama (Foto: Lionsgate+)

Samuel Vinícius

Para os apaixonados por produções inspiradas em grandes figuras da realeza histórica, The Great enche os olhos e alegra corações. A série retrata, em meio a grandes bocados de ficção e liberdade poética, a história de Catarina, a Grande (Elle Fanning), a imperatriz Russa que exerceu seu reinado sob algumas influências iluministas, e do Rei Peter III (Nicholas Hoult), um Czar que não tem competência alguma para comandar um império, porém, não cede seu trono à amada esposa com facilidade, mesmo em meio a tentativas de assassinato de ambas as partes. 

A série original da Hulu teve sua terceira temporada lançada em 2023 e, no Brasil, os episódios foram disponibilizados na Lionsgate+ no final de Setembro. A comédia segue com a disputa entre a vontade impetuosa de Catherine de obter um reinado um pouco mais igualitário e menos violento, ao qual a Rússia de meados de 1762 estava subjugada. Porém, percalços aparecerem e a nova Imperatriz tem que guiar seu império pensando muito bem em sua razão e coração – o que não é muito fácil, tendo em vista as várias voltas que a monarca dá sem chegar a lugar nenhum. 

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A fábula de Atlanta é real

Cena do seriado de televisão Atlanta. Imagem retangular e colorida. Nela, o ator Bryan Tyree Henry, intérprete do personagem Alfred, encontra-se no centro, em foco. Ele é um homem negro, usando cordões de ouro no pescoço e uma camisa branca com detalhes em vermelho, verde e amarelo. O cenário é uma sala de jantar luxuosa de paredes douradas e, atrás dele, dois garçons brancos, um homem e outro mulher, estão virados para a parede, com as costas para a câmera.
A terceira temporada de Atlanta aparece tímida no Emmy 2022, indicada somente a três categorias – o que reflete sua recepção mista pela audiência e crítica (Foto: FX Productions)

Enrico Souto

Muita coisa mudou nos quatro anos que separam a segunda e a terceira temporada da aclamada e assustadoramente relevante série do multiartista Donald Glover. Hoje, vivemos em um mundo pós-This Is America, em que racismo nunca foi um assunto tão comentado, simultaneamente que, divididos por uma pandemia implacável e a eclosão de protestos contra a violência policial, as tensões raciais dos nossos tempos se transformaram e, sobretudo, se amplificaram. Dentro desse contexto caótico e indubitavelmente distinto de 2018, Atlanta inverte a lógica e, para transpor a realidade às telas, aguça o que a produção tem de mais fantasioso.

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3 vezes é burrice: The Umbrella Academy precisa parar o fim do mundo…. de novo

Sentada no sofá, na ponta esquerda, encontra-se Lila, uma mulher de tamanho mediano, cabelo tingido de branco, e de ascendência indiana, usando um vestido preto com mangas cumpridas, com um cinto na cintura, ela segura no antebraço do sofá e cruza as pernas. Ao seu lado está Diego, um homem latino-americano, com um cavanhaque ralo, cabelo curto castanho, uma mão posicionada na coxa direita e a outra enfaixada em um tecido branco. Ele usa uma jaqueta de couro e calças pretas. A sua direita está Ben, um homem de ascendência asiática, com cabelo preto espetado, que usa uma blusa de manga comprida azul marinho com listras brancas e segura um balde de salgadinhos de queijo e sorri com os lábios pressionados. Na ponta direita do sofá, com cara de assustado, está Cinco, um jovem que aparenta ter uns 14/15 anos e usa um paletó preto completo, com gravata. Ele tem uma expressão de choque e apoia um braço no sofá e o outro na perna. Ao fundo deles está a sala da Umbrella Academy, grande e iluminada pelo Sol.
A série The Umbrella Academy é baseada em um gibi de nome homônimo lançado em 19 de setembro de 2007, escrita por Gerard Way e ilustrada por Gabriel Bá (Foto: Netflix)

Ana Nóbrega

Third time’s a Charm(em português “a terceira vez é um charme”) é um ditado estadunidense que significa que quando algo é tentado pela terceira vez, o resultado com certeza vai ser sorte. A frase exemplifica com louvor a terceira temporada da série The Umbrella Academy, que chegou à Netflix no dia 22 de junho de 2022, trazendo consigo a volta dos irmãos Hargreeves e sua luta infinita contra o fim do mundo. 

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A terceira temporada de Titãs é tão caótica quanto Gotham City

Original do HBO Max, a terceira temporada de Titãs chegou à Netflix em Dezembro de 2021 (Foto: HBO Max)

Jamily Rigonatto

Em 2018, as primeiras fotos das gravações de Titãs foram divulgadas e a impressão inicial deixou a sensação que a produção viria com data de validade. A série live-action propôs mostrar uma nova face do famoso grupo de super-heróis e os desvincular da imagem juvenil e imatura das animações. Abandonando o formato cômico e desaforado de algumas franquias do DC Universe, como é o caso de Esquadrão Suicida e Aves de Rapina, Titans planejava se ancorar em um tom mais agressivo e noturno. Agora, a obra audiovisual chega ao seu (improvável) terceiro ano com um enredo repleto de pontas soltas e decepções. 

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What We Do in the Shadows ainda bebe do sangue mais fresco da comédia

Foto de uma das cenas do seriado. Nela os personagens estão enfileirados em um ambiente externo com uma névoa no fundo esquerdo e uma casa no fundo direito. Da esquerda para a direita: Guillermo, um homem latino, baixo e de cabelos pretos, veste um terno com camisa branca e calça social e usa um óculos redondo. Nandor, um homem branco com feições persas, alto, de cabelos e barba longos e pretos. Ele usa uma túnica e chapéu remetentes ao império persa. Colin Robinson, um homem branco e careca, usa sobretudo bege, colete e gravata borboleta marrons, camisa branca e boina cinza. Nadja, uma mulher caucasiana e de cabelos pretos usa vestido longo preto, luvas pretas e chapéu com véu também preto. Lazlo, um homem mediano e branco, usa sobretudo, camisa, calça e chapéu também pretos. Os cincos olham para o canto superior direito.
O terceiro ano do mockumentary tem um punchline que te acerta direto na jugular (Foto: FX)

Guilherme Veiga

Feche as cortinas, esconda as cabeças de alho e cubra os crucifixos. Os vampiros mais excêntricos de Staten Island pedem permissão para entrar em sua casa mais uma vez. Depois de uma grande aceitação da crítica, que rendeu oito indicações ao Emmy no segundo ano, a série retorna para dar continuidade à trama, além de expandir o universo criado em 2014 por Taika Waititi e Jemaine Clement com o filme homônimo.

Em um período de indecisão quanto ao gênero de comédia na TV com os fins de grandes produções como Modern Family e The Good Place, e de queridinhas da crítica que vão de Fleabag à Schitt’s Creek, WWDITS figura na forma de um respiro para o segmento, ao lado de novas surpresas dessa entressafra como, por exemplo, Ted Lasso. Sendo uma das poucas que ainda funciona no formato de falso-documentário, a obra prova que tal escopo ainda está estabelecido no mercado, além de se consolidar como uma das melhores comédias da atualidade.

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Sex Education: identidade e irreverência pautam excelente terceira temporada

Cena da série Sex Education. Asa Butterfield e Mimi Keene como Otis e Ruby. Otis é um homem branco de estatura média. Seus cabelos são pretos, ele veste uma jaqueta branca e vermelha e está virado olhando para Ruby. Virada levemente para a direta e olhando para Otis, Ruby veste uma jaqueta amarela e um vestido colorido. Seus cabelos estão presos para trás com uma fivela lilás. Ela usa brincos coloridos em formato de pêra.
Terceira temporada chegou no fim de setembro na Netflix e liderou o Top 10 do Brasil (Foto: Netflix)

Laís David

Com centenas de lançamentos por mês, é cada vez mais fatigante encontrar uma série adolescente interessante na Netflix. De clichês entediantes até os cancelamentos iminentes, a plataforma luta para conversar com esse público da maneira correta. Um dos maiores acertos dos últimos anos, no entanto, foi a excelentíssima Sex Education. Com sua despretensiosa narrativa teen e complexa gama de personagens, a obra conseguiu conquistar seu espaço na lista de melhores produções do streaming e, em 2021, entrega sua terceira temporada com ainda mais encanto.

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grown-ish: crescer é assustador e maravilhoso

Cena de grown-ish. Nela está a foto de uma mulher negra, de cabelo cacheado preso em um coque alto. Ela veste uma regata marrom por cima de uma camisa branca e rosa listrada, com um conjunto de brincos de argolas douradas. Ela olha para uma garota na sua frente, que só é possível ver parte das costas e do cabelo. O fundo está desfocado.
O terceiro ano do spin-off de black-ish ganha sua primeira indicação ao Emmy em 2021 (Foto: Freeform)

Mariana Chagas

Sair da casa dos pais não é fácil. Apesar de muitos jovens crescerem sonhando com a tão desejada liberdade, ela vem com obstáculos que nos fazem ter vontade de correr de volta para nossa cidade natal constantemente. A verdade é que não importa o quanto planejamos e tentamos manter uma estabilidade, em algum momento tudo desmorona. E é nesse momento de muita confusão que a irmã mais velha dos Johnson se encontra.

Zoey cresceu sendo mimada pelo pai, obedecida pelos caçulas e popular na escola. Acompanhamos a personagem de Yara Shahidi durante as temporadas iniciais de black-ish sendo um grande destaque da história. Passando de uma adolescente dramática para uma jovem mais dramática ainda, quando entra na faculdade a menina tem um brusco choque de realidade.

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O Método Kominsky: a festa da salsicha se despede em tom de tristeza

Cena da série O Método Kominsky. Nela, vemos Sandy, papel de Michael Douglas, frente a um púlpito, discursando no velório de Norman. Sandy é idoso, branco, tem um topete grisalho e usa terno preto. Ao fundo, vemos um cartaz com a foto de Norman.
A terceira temporada de O Método Kominsky recebeu 6 nomeações ao Emmy 2021 (Foto: Netflix)

Vitor Evangelista

A terceira temporada de O Método Kominsky, sucesso moderado da Netflix, recebeu a função de finalizar sua curta rodagem pela TV, além de lidar com a saída prematura de um dos protagonistas do elenco. Quando foi noticiado que o boa praça Alan Arkin não retornaria para o papel do pungente Norman, o seriado criado por Chuck Lorre pareceu ter recebido um golpe inesperado. Sem rodeios, é esclarecido que o vovô morreu e que seu melhor amigo, o cafajeste Sandy Kominsky, vai precisar lidar com o luto cru.

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Entre presente e passado, a terceira temporada de Cobra Kai nos lembra que “ser fodão não é o mesmo que ser um babaca”

Dois amigos ao centro tirando uma selfie, fazendo sinal de rock n’ roll com as mãos e mostrando a língua. Ao fundo, um grupo de pessoas aproveitando um show de música
Miguel e Johnny tirando uma selfie (Foto: Reprodução)

Victória Rangel

Cobra Kai está de volta como um presente de ano novo para seus fãs! Lançada pela Netflix em janeiro de 2021, a terceira temporada da série baseada no filme Karatê Kid (1984) traz de volta importantes personagens do passado. E, se você, como eu, não se lembrou de alguns detalhes da série, não se preocupe! A gente tem um texto especial aqui no site e a Netflix também oferece um breve resumo da segunda temporada antes da próxima começar.

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Em seu fim, The Rain se desespera

The Rain surge como fruto dos investimento da Netflix em produções europeias, mas não alcança o mesmo sucesso que Dark, da Alemanha (Foto: Reprodução)

Anna Clara Leandro Candido

Após o sucesso de Dark, a Netflix apostou cada vez mais em produções europeias e The Rain é resultado desse investimento. Lançada em 2018 e dirigida por Jannik Tai Mosholt, Esben Toft Jacobsen e Christian Potalivos, a série surgiu como mais um dos projeto desse âmbito, sem, entretanto, conseguir o mesmo sucesso de sua prima alemã. Passada  na Escandinávia, The Rain conta com uma bela ambientação e uma boa trilha sonora, mas sua história, já ultrapassada dentro do universo distópico, e seus personagens mal desenvolvidos não conseguem sustentar a trama, deixando-a desamparada até o último minuto. Continue lendo “Em seu fim, The Rain se desespera”