Ahsoka tem o espírito das animações e é um presente para os fãs

Cena da série Ahsoka. Na imagem, vemos a personagem Ahsoka, uma mulher de pele laranja e com duas caudas brancas com listras azuis em sua cabeça, além de desenhos na cor branca no rosto. Ela está usando uma tiara marrom decorada com pedras brancas na cabeça, um vestido, mangas e luvas cinzas. Ela está segurando em suas mãos o seu sabre de luz de cor branca, posicionado à sua frente, ao seu lado direito. Ao fundo dela há um cenário escuro e com arcos azuis em formato de linhas em volta.
Ahsoka retorna definitivamente ao mundo das séries, após suas aparições em The Mandalorian e The Book Of Boba Fett (Foto: Disney+)

Carlos Staff

Ahsoka Tano é uma personagem criada por George Lucas e Dave Filoni em 2008 para ser a Padawan do cavaleiro Jedi Anakin Skywalker, no primeiro e único filme animado de Star Wars até hoje. Em seguida, ela também se tornou protagonista do ótimo Star Wars: The Clone Wars, ganhando o carinho dos fãs e se tornando uma das figuras mais populares desse universo ao longo das sete temporadas da série animada.

Ahsoka e Filoni têm muito em comum. O atual diretor-executivo criativo da Lucasfilm foi convocado diretamente por Lucas para, primeiramente, comandar o departamento de animações da empresa. Foi nesse posto e nas suas diversas conversas com o produtor que ele foi evoluindo como roteirista e diretor, se estabelecendo como a principal mente criativa da franquia atualmente. Então, quem melhor do que Dave Filoni para comandar a série live-action de Ahsoka e nos contar uma história sobre mestres e aprendizes?

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Com Carinho, Kitty vive suas primeiras experiências

Cena da série Com Carinho, Kitty. Na imagem, vemos a personagem Kitty, com sacolas e uma mala amarela. Ela veste um uniforme azul escuro, com um uma camisa branca e um sobretudo de cor azul. Ela está em um jardim e está sorridente no centro da imagem.
Deixando de ser uma mera personagem coadjuvante, Anna Cathcart tem em Com Carinho, Kitty o seu primeiro papel como protagonista (Foto: Netflix)

Guilherme Machado Leal

Nas séries centradas em adolescentes, as primeiras experiências são o ponto de partida para que a história se desenrole. A partir delas, sentimentos amorosos, dificuldades do Ensino Médio e o crescimento inerente dessa fase participam do processo de formação de um indivíduo. Em Com Carinho, Kitty, spin-off da trilogia de livros Para Todos Os Garotos Que Já Amei – adaptados pela Netflix -, a autora Jenny Han utiliza o formato televisivo para contar a jornada de Kitty (Anna Cathcart) em busca das suas raízes coreanas.

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A segunda temporada de De Volta aos 15 mergulha na nostalgia e no clichê romântico

 Cena de De Volta aos 15. No lado esquerdo, Camila Queiroz veste blusa xadrez vermelha e calça jeans. A atriz é branca e tem cabelos castanhos ondulados. Ao fundo, no lado direito, está o ator Gabriel Stauffer, que veste moletom marrom e uma blusa cinza. O ator é branco e tem cabelo e barba castanhos. Os intérpretes dentro de uma van.
Camila Queiroz e Gabriel Stauffer vivenciam aventuras temporais como Anita e Joel adultos na produção nacional De Volta aos 15 (Foto: Netflix)

Felipe Nunes

Maisa Silva e Camila Queiroz estão de volta para viajar no tempo como Anita na segunda temporada de De Volta aos 15, seriado nacional da Netflix baseado na obra literária homônima de Bruna Vieira. Dessa vez, a imatura personagem de 30 anos no corpo de uma menina de 15 passeia com mais complexidade pelos dramas e incertezas da fase adulta e é acompanhada por um parceiro inesperado, Joel, interpretado por Antônio Carrara (adulto) e por Gabriel Stauffer (jovem).

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Entre a panela de pressão psicológica e a sutileza humana, The Bear segue longe de queimar

Cena da série The Bear. No canto esquerdo, temos o ator Jeremy Allen White, um homem branco de cabelos loiros escuros. Ele está virado com a cabeça para baixo e os olhos fechados. Ao fundo, temos luzes azuis em neon e outras luzes amareladas, que indicam o cenário de uma conveniência. A cena acontece durante a noite.
O retorno de The Bear ocorreu antes da série ser reconhecida com 10 vitórias no Emmy 2023, por sua primeira temporada (Foto: Star+)

Nathan Nunes

AVISO: Este texto contém spoilers

Beef, episódio que marca o retorno de The Bear, abre com Marcus (Lionel Boyce, de Hap and Leonard) tomando conta da mãe acamada em um hospital. Seus gestos são pequenos, mas simbólicos. Uma toalha molhada na testa da senhora, para abafar o calor. O esforço em contar sua rotina para mantê-la informada. Tudo isso sem obter reações, pois, para o confeiteiro, pouco importa a recompensa. Ele se contenta fazendo o que pode e, dessa forma, encontra um propósito. A cena pode parecer simples, mas carrega as principais temáticas que permeiam toda a segunda temporada: o cuidado, a sutileza e a humanidade. 

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No segundo ano de Heartstopper, o orgulho está mais vivo e radiante do que nunca

Cena da série Heartstopper. Na imagem, Joe Locke, um homem branco que interpreta Charlie, veste uma camisa xadrez de botão e Kit Connor, um homem branco que interpreta Nick, veste uma camisa rosa. Eles estão se beijando em frente a um arbusto.
No segundo ano, os garotos mais fofos do mundo têm o seu amor ampliado e escancarado da forma como deve ser: aos quatro cantos do mundo (Foto: Netflix)

Guilherme Machado Leal

Após o estrondoso sucesso da primeira temporada de Heartstopper, ficou claro que a criadora Alice Oseman possuía uma árdua tarefa pela frente: entregar ao público um segundo ano que não só mantivesse a série no mesmo nível da sua estreia, como também a superasse. Com um orçamento maior, novos personagens e locações, a história centrada no amor de Charlie Spring (Joe Locke) e Nick Nelson (Kit Connor) está mais viva do que nunca.

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The Great: nem mesmo o Emmy impediu o cancelamento de uma série primorosa em sua 3ª temporada

Peter está do lado direito usando trajes nobres de cor marrom com detalhes dourados, além de uma medalha com uma fita vermelha e branca em seu pescoço, já Catherine está ao lado esquerdo com um vestido azul e algum tipo de pele animal, bem felpuda e marrom em seu pescoço. Ambos olhando para a frente e atrás deles tem o que parece uma fonte com esculturas representando corpos humanos.
Entre tapas e beijos, esse com certeza é um casal que se ama (Foto: Lionsgate+)

Samuel Vinícius

Para os apaixonados por produções inspiradas em grandes figuras da realeza histórica, The Great enche os olhos e alegra corações. A série retrata, em meio a grandes bocados de ficção e liberdade poética, a história de Catarina, a Grande (Elle Fanning), a imperatriz Russa que exerceu seu reinado sob algumas influências iluministas, e do Rei Peter III (Nicholas Hoult), um Czar que não tem competência alguma para comandar um império, porém, não cede seu trono à amada esposa com facilidade, mesmo em meio a tentativas de assassinato de ambas as partes. 

A série original da Hulu teve sua terceira temporada lançada em 2023 e, no Brasil, os episódios foram disponibilizados na Lionsgate+ no final de Setembro. A comédia segue com a disputa entre a vontade impetuosa de Catherine de obter um reinado um pouco mais igualitário e menos violento, ao qual a Rússia de meados de 1762 estava subjugada. Porém, percalços aparecerem e a nova Imperatriz tem que guiar seu império pensando muito bem em sua razão e coração – o que não é muito fácil, tendo em vista as várias voltas que a monarca dá sem chegar a lugar nenhum. 

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Cangaço Novo é um faroeste brasileiro que exalta o sertão e critica o banditismo social

Cena da série em que aparecem os personagens Ubaldo (Allan Lima) e Ernesto (Ricardo Blat). Na imagem é possível ver ambos se encarando em um momento de tensão. Ubaldo (protagonista da trama) é um rapaz jovem, na casa de seus 30 anos de idade, branco, alto, careca e magro, que aparenta estar suado, com a cara suja. Nesta cena, Ubaldo aparece olhando séria e fixamente para Ernesto. Este por sua vez é um senhor de idade, mais baixo que Ubaldo, branco e barbudo, grisalho e calvo,  na casa de seus 70 anos, e retribui o olhar sério e fixo voltado para os olhos de seu filho, Ubaldo. Ambos parecem estar dentro de uma casa, numa sala de estar se encarando.

“Viver pouco como rei ou muito como um zé?” Esse é o dilema vivido pelo protagonista Ubaldo que, a princípio, não têm dimensão do tamanho de sua responsabilidade (Foto: Amazon Prime Video)

Gabriel Gomes Santana

Eu não sei porque cheguei, mas sei tudo quanto fiz, maltratei, fui maltratado, não fui bom, não fui feliz, não fiz tudo quanto falam, não sou o que o povo diz”. Estas poucas palavras poderiam fazer parte de uma das falas do personagem Ubaldo, interpretado pelo ator Allan Souza Lima, o protagonista da série de sucesso da Amazon Prime, Cangaço Novo. Na realidade, fazem parte da primeira estrofe da canção “Lampião Falou”, de autoria emblemática de ninguém menos do que o Rei do Baião, Luiz Gonzaga. E é no embalo destes três pernambucanos porretas que é possível entender o porquê do sucesso de uma das produções mais contagiantes do streaming.

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Difícil é não perder o fôlego em Black Bird

Cena da série Black Bird. Dois homens se encaram separados por uma mesa de madeira com seis pássaros esculpidos em madeira e alguns itens de carpintaria em cima dela. Atrás deles estão janelas com grades. O homem à esquerda é branco, forte e possui um topete loiro escuro e penteado. O homem à direita é branco, gordo, possui barba e costeletas castanhas, um cabelo também castanho penteado para baixo com aparência úmida. Ambos usam o uniforme azul da prisão.
Nada prepara alguém para estar na pele de Jimmy Keene (Foto: Apple TV+)

Agata Bueno

Às vezes, o rumo de uma história leva um personagem comum do céu ao inferno, transformando-o num mocinho ou num bandido. Em certos enredos, dois passados ordinários podem se cruzar e dar lugar a um único e excruciante presente, que vai além do maniqueísmo dos livros de faz de conta. Em Black Bird, por sua vez, a angústia que acompanha cada indivíduo da trama não foca em heróis ou vilões, mas deixa claro o que é certo e o que é errado; e como os caminhos se cruzam, independentemente do seu passado. Uma percepção que ultrapassa as ideias de bem e mal – se é que é possível separá-las -, e questiona o quão ingênuo ou arrogante alguém pode ser.

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Reality shows são uma mentira – e Jury Duty é uma muito engraçada

Cena da série Jury Duty.
Depois de arrancar risadas, Jury Duty abocanhou quatro indicações ao Emmy (Foto: Prime Video)

Vitória Gomez

12 jurados participam de um julgamento relativamente simples nos Estados Unidos. Um funcionário versus uma empregadora que o acusa de destruir o patrimônio de sua empresa. Por lá, o júri é formado apenas por civis e é dever constitucional de cada um comparecer quando for convocado – então por que não filmar o processo? É assim que Ronald Gladden acaba entre o grupo de 12 pessoas da vez, com a promessa de participar de um documentário sobre esse rito da justiça no país. O que ele não sabe é que ele é o único que está lá com esse propósito: todo o resto, incluindo os outros 11 jurados, os agentes federais, o juiz, a acusadora e até o réu são uma mera armação para emboscá-lo nas situações mais constrangedoras possíveis.

Jury Duty já deixa o público ciente da grande pegadinha acontecendo ali desde o primeiro momento. Apesar de algo realmente estar sendo gravado naquela corte, não é nada parecido com um documentário. No entanto, ao invés de se escorar em um mero programa de chacotas que caçoa do protagonista desavisado, a série cresce justamente por causa da humanidade de Ronald. No estilo mockumentary, a estrela da produção (que sequer sabe que é o centro das atenções) encara o dia a dia do julgamento com a certeza de que tudo está sendo registrado, mas ignorante às reais intenções das câmeras.

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O drama cômico da terceira temporada de Disque Amiga para Matar realmente é de matar

Cena da terceira temporada da série Disque Amiga para Matar. Na cena, vemos as personagens Jen Harding e Judy Hale de braços dados. Jen, uma mulher branca e loira, usa roupa preta e apresenta uma expressão séria. Judy, uma mulher branca com cabelos castanhos e franjas curtas, também usa roupa preta e tem um óculos posicionado em sua cabeça, como uma tiara. Ela parece estar segurando um pedaço de papel e apresenta uma expressão assustada. As personagens estão em um evento cujo espaço é aberto. Ao fundo, desfocado, é possível ver algumas cadeiras, plantas e pessoas que usam roupas na mesma paleta de cores que elas.
A 3º temporada de Disque Amiga para Matar conquistou 33,33 milhões de horas assistidas somente na primeira semana (Foto: Netflix)

Vitória Borges

Considerada uma das melhores séries de comédia produzidas pela Netflix, Disque Amiga para Matar conta com humor perverso em meio a ironia, exageros e muita sinceridade. O enredo do seriado é centrado na história de Jen Harding – papel interpretado por Christina Applegate – que perdeu o marido em um trágico acidente de carro e que, em meio a tanta desordem, conhece Judy Hale (Linda Cardellini), uma simples mulher que guarda segredos sombrios a respeito de seu passado.

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