Más fuerte sola: Selena Gomez ganha confiança em Revelación

Selena Gomez, uma mulher branca de cabelo castanho, está em pé, usando um vestido vermelho com babados na cintura. Ela está com uma trança no cabelo. Essa trança está com uma fita vermelha, que vai até as pontas do cabelo e com um caimento de fita abaixo. No chão, existem duas cadeiras, cobertas por um pano vermelho. O fundo da imagem também é todo vermelho.
Totalmente oposta ao Rare, a estética do Revelación está impecável (Foto: Reprodução)

Giovana Guarizo

O nome Selena, além de significar brilho e luz, remete à uma forte influência latina. Quintanilla ou Gomez, duas gerações não tão distantes, mas que representaram e representam toda uma origem. Ambas texanas, nunca deixaram de lado as raízes mexicanas da família. Apesar de uma carreira majoritariamente cantada em inglês, Selena Gomez sempre exaltou sua ascendência mexicana paterna e dessa vez concretizou ainda mais um dos maiores orgulhos de sua vida. Dez anos depois da promessa do disco em espanhol, Revelación finalmente nasceu e está incrível.

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Changes é a pior mudança de Justin Bieber

A imagem é uma cena do videoclipe da música Yummy, de Justin Bieber. Na imagem, há um salão de jantar com várias mesas espalhadas. Ao centro, o cantor Justin Bieber está em cima de uma mesa, dançando. Justin é um homem branco, de cabelos lisos curtos e pintados de rosa claro, ele veste uma regata, calça xadrez larga e um par de tênis em tons de rosa. Ao fundo, há outras pessoas dançando em cima das mesas e espalhadas pelo salão, todos vestem roupas bem coloridas.
Em seu álbum mais recente, Bieber segue caminhos que não precisavam ser explorados (Foto: Reprodução)

Vitória Silva

Justin Bieber é o queridinho declarado da música pop, e tirar ele desse posto não vai ser tão fácil. Aos 15 anos de idade, o rostinho já conhecido de vídeos do YouTube deu entrada no mundo da música com seu álbum de estreia, My World. Seu carisma e rostinho adorável de imediato desencadearam uma pandemia fanática ao redor do globo terrestre, que, mais tarde, com o My World 2.0, o consagraria como o mais novo ídolo adolescente. 

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Madison Beer procura por vida em Life Support

Capa do álbum Life Support. Em um fundo preto, Madison Beer se encontra deitada no centro da capa, com uma roupa cinza e seus cabelos morenos soltos. A mulher é branca e magra e está com o rosto levantando, olhando para o lado esquerdo da imagem. Há uma iluminação na área em que ela está na foto. Embaixo dela, há um quadrado preto com “parental advisory explicit content” escrito.
Capa do álbum de estreia de Madison Beer (Foto: Reprodução)

Laís David e Mariana Chagas 

Uma marca dos anos 2000 foi a introdução do YouTube na  indústria da música. Além do grande consumo de videoclipes, a plataforma foi palco para a descoberta do que viriam a se tornar grandes nomes da música, como Justin Bieber e Shawn Mendes. E foi este o berço de Madison Beer, que lança em 2021 seu álbum de estreia, Life Support.

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The Highlights: uma aula de marketing para além do fim de semana

Capa do CD The Highlights. Fotografia quadrada com fundo preto. O perfil de The Weeknd está localizado no centro do quadro. Um homem negro de cabelo crespo. Ele veste um paletó vermelho vivo, cravejado de brilhantes. A luz é quase inexistente, iluminando principalmente sua testa, nariz e queixo e fazendo o contorno de seu corpo. Na parte superior está escrito: The Weeknd, The Highlights, tem o selo da gravadora e as músicas do álbum.
Capa do álbum The Highlights – The Weeknd, a própria personificação de poder (Foto: Reprodução)

Juliana Silveira Pollato 

Às vésperas do Super Bowl LV, The Weeknd lançou o álbum The Highlights. Esse trabalho, como o próprio nome diz, relança ao público as músicas que marcaram a sua brilhante carreira musical. Abel – nome de batismo do canadense – compilou sucessos desde sua mixtape House of Balloons até seu último álbum After Hours, ainda contando com músicas de parcerias grandiosas com Ariana Grande e Kendrick Lamar.

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Nota Musical – Fevereiro de 2021

Destaques do mês de fevereiro: Gal Costa, Taylor Swift, Isaac Dunbar e Daft Punk (Foto: Reprodução/Arte: Ana Júlia Trevisan/Texto de Abertura: Raquel Dutra)

No mês que antecede o evento mais importante da música ocidental, alguns dos grandes nomes do Grammy 2021 aproveitaram para agitar a campanha para a premiação, que acontece no dia 14 de março. A dupla Chloe x Halle vestiu tons frios para Ungodly Hour (Chrome Edition) e para o clipe futurista da canção-título. Dua Lipa juntou novos singles com a tracklist mais famosa de 2020 em Future Nostalgia (The Moonlight Edition). Doja Cat e Megan Thee Stallion comandaram um remix de Ariana Grande, e a banda HAIM cantou mais uma vez – e agora pra valer – com Taylor Swift.

Falando nela, a artista que protagonizou a maior polêmica do mundo pop dos últimos anos iniciou sua volta por cima. Depois de jogar a ***** no ventilador e suscitar uma discussão importante sobre a relação complicada que existe entre direitos autorais, artistas jovens e a indústria musical, Swift alertou que não deixaria barato e que faria o possível para tornar seus trabalhos, que foram vendidos sem a sua permissão, obsoletos, regravando-os. É fato que a cantora de reputation é firme com sua palavra, e assim ela apresentou ao mundo Love Story (Taylor’s Version), anunciando que a nova versão de Fearless, seu segundo álbum, também chegará aos nossos ouvidos em breve.

O maior injustiçado da temporada, por sua vez, brilhou forte em sua performance no intervalo do Super Bowl promovendo The Highlights. A coletânea reforça a relevância e impacto do trabalho de The Weeknd, que não engoliu a desonestidade da Recording Academy. Quem também superou cenários hostis foi Rebecca Black, o assunto da internet e alvo de um episódio de cyberbullying massivo em 2011, que dez anos depois do fatídico clipe de Friday, retorna àquele lugar para um remix da música original.

Ascensão também é uma palavra que se aplica aos artistas brasileiros, que mantiveram a atividade em um fevereiro sem carnaval. Pabllo Vittar voou alto ao interpretar o remix de Man’s World com MARINA e Empress Of. Ludmilla, que sabe pregar o funk como ninguém, colaborou com o trio Major Lazer e ainda encontrou espaço para trazer visibilidade ao grupo baiano ÀTTOOXXÁ e ao artista jamaicano Suku Ward. Luísa Sonza mostrou mais uma vez sua versatilidade num pagode ao lado de Thiaguinho, e Papatinho fez o mesmo ao misturar samba, funk e rap com Seu Jorge e Black Alien.

Já na MPB, celebramos a vida e a carreira de Gal Gosta. Não exatamente como gostaríamos, num show ao vivo lotado de apaixonados por uma das maiores vozes do Brasil, mas da melhor maneira que os moldes pandêmicos podem nos proporcionar, com o disco Nenhuma Dor. Assim como nossa musa, sempre atento e forte, Gilberto Gil se uniu aos seus filhos e netos em Refloresta para fortalecer uma campanha a favor da conservação de nosso bem mais precioso.  

A notícia triste foi o fim de Daft Punk. Depois de 28 anos de carreira, o duo composto por Guy-Manuel de Homem Cristo e Thomas Bangalter deixa um legado incalculável e uma influência que vai muito além da música eletrônica, lar da dupla. Tudo isso e muito mais sobre as movimentações do mundo da música foi registrado no Nota Musical de Fevereiro pela Editoria e colaboradores do Persona, que dessa vez, além de CDs, EPs, singles, clipes e performances, inventaram de falar também sobre as trilhas sonoras de alguns dos filmes mais importantes do mês.

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I like it when you sleep: 5 anos de um massacre

Capa do álbum I like it when you sleep, da banda The 1975. A capa é um quadrado claro e mostra uma estrutura retangular apoiada num pano. Os lados do retângulo estão acesos na cor rosa claro, o fundo é bege e o chão é branco. Vemos um fio saindo do retângulo e no centro dele está The 1975 em luz rosa claro.
“Eu suponho que você não saiba para onde esse trem vai” (Foto: Reprodução)

Vitor Evangelista

Ninguém estava preparado para o show que o quarteto conhecido como The 1975 armaria em seu segundo trabalho de estúdio. I like it when you sleep, for you are so beautiful yet so unaware of it, que nasceu em 26 de fevereiro daquele profético 2016, completa cinco anos refletindo com veemência a narrativa que a banda começou no início da década e finalizou cruelmente no ano passado.

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Everyday Life e o novo testamento de Coldplay

Fotografia colorida da banda Coldplay. Os quatro membros da banda estão sentados em cadeiras de madeira lado a lado em cadeiras de madeira segurando seus instrumentos dentro de uma sala. Primeiro, à esquerda, está Will Champion, um homem branco, careca e de barba ruiva, que veste uma camisa branca e um blazer preto. Ele está cantando, de olhos fechados, e tocando o surdo da bateria que tem uma estampa de mapa-mundi. Ao lado dele, está o baixista Guy Berrymen, um homem branco de barba e cabelos curtos castanho escuros. Ele toca seu instrumento, que é alaranjado, e veste uma camisa de manga longa e calças pretas. Ao lado dele, está o vocalista Chris Martin, um homem branco de cabelos loiros e olhos azuis. Ele está cantando, olhando para cima, vestindo um terno preto com uma rosa vermelha no bolso do paletó. Depois dele, no lado direito da imagem, está o guitarrista Johnny Buckland, um homem branco de cabelos ruivos. Ele toca seu instrumento olhando para o lado direito da imagem e veste uma camisa branca e um colete preto. A sala em que a banda está tem paredes cinzas e uma iluminação amarelada atrás deles.
O oitavo disco da banda britânica foi lançado em novembro de 2019 e é um dos indicados a Álbum do Ano no Grammy 2021 (Foto: Reprodução)

Raquel Dutra

É quase impossível pensar em Coldplay sem associar o grupo às suas costumeiras melodias enérgicas, letras imaginativas e canções vívidas encaixadas dentro de um pop eletrônico que colocou arenas inteiras em estado de catarse nos últimos dez anos. Antes de desviar-se por essa direção, a banda fez seu nome com um rock alternativo sentimental, poético e igualmente atraente com seu álbum de estreia em 2000 e através dos outros dois que o seguiram, estourando com algo mais pop em 2008. O que veio depois disso é alvo de opiniões fortes, mas apesar das inconsistências que a arte de uma banda altamente vendável vivencia ao decorrer dos anos e das respostas conflitantes que podem surgir do público e da crítica, o sucesso que o grupo conseguiu construir em suas diferentes identidades é um fato inquestionável.  

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Euphories e a exaltação nostálgica dos anos 80

Capa do álbum Euphories. Mostra uma mulher branca de cabelos castanhos soltos, que usa uma camiseta e shorts brancos, abraçando por tás um homem, também branco e de cabelos castanhos curtos, que usa uma blusa de mangas compridas e uma calça, ambas brancas. Ao fundo vemos uma janela, cortinas, uma cômoda e um relógio na parede, todos brancos. A capa é iluminada por luzes rosa e azul neons. No topo da imagem está escrito Videoclub em letras garrafais azuis e logo abaixo está escrito Euphories em branco.
“Não quero cair no seu esquecimento/ Deixe-me vagar por suas noites” (Foto: Reprodução)

Ana Laura Ferreira

Nos últimos anos, vimos explodir uma aura nostálgica que cerca a década de 1980. De influências musicais à moda e cinema, a estética da época é reaproveitada aos montes numa tentativa de trazer toda a sua magia para o momento atual, o que por vezes não passa de uma cópia barata do que funcionava anos atrás. É certo que alguns artistas conseguem refrescar suas influências e apresentar obras primas como After Hours, de The Weeknd, enquanto outros apenas se perdem em meio a referências. Para a nossa sorte, Euphories sabe onde pisa e desfila pela década com a confiança necessária para entregar algo novo e ainda old school

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Charli XCX e O álbum dos álbuns de quarentena

Capa do álbum how i'm feeling now, da artista Charli XCX.A imagem se trata de uma fotografia, onde é possível enxergar uma mulher jovem de 28 anos, com cabelos pretos e pontas descoloridas, vestindo apenas um cropped branco e uma calcinha também branca. Ela está deitada em uma cama com lençóis e travesseiros brancos também. A garota segura uma pequena câmera tipo filmadora em sua mão direita. No lado esquerdo da capa do disco tem o inscrito How I'm feeling now.
Capa do álbum how i’m feeling now (Foto: Reprodução)

Leandror Oliveira

how i’m feeling now, como o nome sugere, é uma obra sobre o agora. Ou pelo menos, o agora de 2020. O quarto álbum de Charli XCX, lançado em maio, traz um lado mais intimista e livre da cantora em seu período isolada. Gravado em casa e sendo inteiramente produzido dentro de 6 semanas, vemos uma extensão do seu aclamado último trabalho Charli de 2019, com a adição de altas doses de experimentação e melancolia de quarentena.

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Sem pudor, DEMIDEVIL transmite uma mensagem de empoderamento feminino e contra o machismo

 Capa do CD Demidevil. Arte gráfica com o fundo de nuvens cor de rosa. Na parte central está a personagem Ashnikko. Uma mulher branca, de longos cabelos azuis. Ela veste um maiô branco e rasgado com acessórios em preto e está calçando grandes botas na cor azul. Na sua mão direita está segurando uma bazuca rosa que está disparando um raio laser azul claro. Ela está montada em uma dragão verde que tem o rosto da personagem. Na parte superior pode-se ler “Demidevil” em um estilo gótico na cor prata.
A rapper em ascensão Ashnikko conta, em meio a um visual influenciado pelos animes, a luta de uma anti-heroína no combate ao machismo, enquanto ainda precisa lidar com suas desilusões amorosas (Foto: Reprodução)

Gabriel Brito de Souza

Para aqueles que ainda não conhecem a voz por trás de DEMIDEVIL, aqui vai uma breve introdução: Ashton Nicole Casey nasceu em uma pacata cidade no interior da Carolina do Norte, EUA, e foi ainda na adolescência que escutou, pela primeira vez, as músicas da rapper britânica M.I.A, e, a partir de então, apaixonou-se pelo rap. Porém, aos seus 13 anos, mudou-se com a família para a Estônia e, posteriormente, para a Letônia, onde sua dificuldade com a língua e o conservadorismo do país para com suas composições fez com que viajasse para Londres, aproximando-se cada vez mais da música.

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