Tudo Sobre os Vencedores do Emmy 2021

Arte retangular horizontal de fundo verde-água. Na parte superior esquerda foi adicionado um retângulo laranja saindo da lateral esquerda da imagem, e, em cima dele, foi adicionado o texto ‘os vencedores do emmy 2021’. Ao lado direito do retângulo, foi adicionado o logo do Persona e a estatueta do Emmy. Abaixo, foram adicionadas imagens de quatro atores, com uma borda na cor laranja. Esses sendo: Michaela Coel, Olivia Colman, Jason Sudeikis e Kate Winslet. Todos eles estão acompanhados do troféu do Emmy que receberam e usam trajes de gala.
Os destaques do Emmy 2021: a histórica e merecida vitória de Michaela Coel; a coroação da Rainha de Olivia Colman; o reconhecimento do fenômeno de Ted Lasso em Jason Sudeikis; e a celebração da genialidade de Kate Winslet em Mare of Easttown (Foto: Reprodução/Arte: Ana Júlia Trevisan/Texto de Abertura: Vitor Evangelista)

O segundo Emmy em tempos pandêmicos chegou e já foi embora. Com a retomada das atividades presenciais, sem máscaras à vista e com muitas vacinas no braço, o prêmio da Academia de TV adotou um formato mais intimista em 2021, coroando os melhores do ano sob a apresentação do rapper Cedric the Entertainer. A festa começou com um karaokê bem animado, na paródia de Just a Friend, em tributo a Biz Markie, falecido alguns meses atrás. O anfitrião puxou a canção, que foi entoada por uma porção dos nomeados da noite, incluindo os sempre estonteantes Anthony Anderson e Billy Porter.

Longe das reuniões em salas do Zoom e dos troféus entregues por funcionários vestidos como sobreviventes de um apocalipse nuclear, a edição de 2021 recebeu seus nomeados em dois lugares. Nos Estados Unidos estava a concentração de estrelas, enquanto o Reino Unido abrigava as joias da Coroa: boa parte do elenco de The Crown que, alerta de spoiler, quebrou uma porrada de recordes.

No ano em que uma maoria de artistas negros apareceu nas categorias de atuação, a Academia de Artes e Ciências da Televisão premiou 12 pessoas brancas, entre atores principais e coadjuvantes, nos campos de Drama, Comédia e Série Limitada. O retrocesso de diversidade acontece uma edição após a performance gloriosa de Watchmen, e no mesmo ano em que produções como Lovecraft Country, I May Destroy You, black-ish e The Underground Railroad se destacaram pela excelência técnica e artística.

Em Drama, The Crown se junta ao grupo de Angels in America e Schitt’s Creek, que agora são as três únicas séries a vencerem todas as categorias em uma noite. O episódio War, o final da quarta temporada, rendeu um prêmio de Roteiro (para o criador Peter Morgan) e outro de Direção (para Jessica Hobbs, em uma vitória histórica para as mulheres). Gillian Anderson (que foi perguntada, depois de vencer, se havia conversado com Margaret Thatcher sobre o papel na série) saiu como a Melhor Atriz Coadjuvante, enquanto a avalanche da Rainha premiou também o Ator Coadjuvante Tobias Menzies. 

O grande favorito na disputa, entretanto, era Michael K. Williams, que morreu no começo do mês e entregou em Lovecraft Country uma das interpretações mais fortes do ano passado. Antes de anunciar o destino, Kerry Washington honrou o amigo, lembrando de sua luz e presença com amor e saudade. Sua derrota evidencia uma frequente nada positiva: depois do Oscar fazer uso da imagem de Chadwick Boseman para atrair audiência e, na sequência, premiar um ator branco em seu lugar, o Emmy faz igual.

O segmento In Memoriam, apresentado pela ternura de Uzo Aduba e guiado pelas cordas sensíveis de Jon Baptiste e Leon Bridges, finalizava-se com um depoimento em vídeo de Williams, discursando sobre a sustentação que atores negros criam um para o outro. No fim das contas, a diversidade da lista de 2021 foi propaganda enganosa. Tobias Menzies venceu um Emmy pelo papel quase imperceptível do Duque de Edimburgo na 4ª temporada de The Crown. Michael K. Williams viveu Montrose Freeman com a garra de um campeão, e morreu sem prêmio algum da Academia.

A categoria de Ator, que deveria reconhecer Billy Porter pelo ano final de Pose (que só venceu na cerimônia técnica), acabou chamando o nome de Josh O’Connor, que deu vida ao monstruoso Príncipe Charles. Seu par, a Lady Di de Emma Corrin, foi surpreendida pela zebra Olivia Colman, a Toda-Poderosa-Rainha. Assustada, surpresa, emocionada e galante, Colman discursou com o magnetismo que virou sua marca registrada, mas a amargura de não poder assistir Mj Rodriguez fazer história no palco da Academia é grande demais para sorrir do “Michaela Coel, fuck yeah!”, que Colman soltou logo após homenagear o pai, vítima da pandemia.

Na semana anterior, The Crown havia vencido um importante indicativo do apoio da Academia: o Emmy de Atriz Convidada, para Claire Foy, que retornou em um flashback como a jovem Rainha (o episódio em questão, 48:1, também rendeu o prêmio de Olivia Colman). Contrariando especialistas, Charles Dance perdeu a categoria de Ator, que premiou Courtney B. Vance, na única lembrança “grande” de Lovecraft Country.

Melhor Série de Drama, que ano após ano fecha a cerimônia, foi a penúltima das categorias anunciadas em 2021. Na acertada decisão de reconhecer o prestígio das Séries Limitadas, o Emmy finalmente se curvou à Netflix e chamou a equipe de The Crown ao palco britânico, rendendo à pioneira do streaming seu primeiro prêmio de Série. Viu? Só precisou de uma pandemia, de atrasos gigantescos de produção e da HBO quase que de folga, para a Netflix ganhar os prêmios grandes. De fato, a emissora do ‘Tudum’ conseguiu 44 estatuetas e se igualou a um recorde da CBS, que venceu o mesmo número em 1974.

A categoria de Série Limitada dividiu mais suas honras que a de Drama, mas ainda assim houve uma aglomeração na cidadezinha de Easttown. Kate Winslet, Julianne Nicholson e Evan Peters subiram ao palco, agradeceram à HBO e ao elenco formidável de Mare of Easttown, sensação de 2021. Winslet venceu uma década depois de triunfar por Mildred Pierce, outra original da HBO com quem ela faz par romântico com Guy Pearce. Nicholson e Peters, nas categorias de Coadjuvante, venceram os primeiros Emmys da carreira.

A zebra veio em Ator, com o Visão levando rasteira do estilista mais sexy da Netflix: o próprio Halston. Em mês de Met Gala, Ewan McGregor foi recompensado por sua atuação extravagante e deliciosa na minissérie de Ryan Murphy. Com apenas essa nomeação na noite principal, McGregor exibiu seu charme inebriante, e na quarta nomeação, adicionou um Emmy à estante.

O prêmio de Roteiro em Série Limitada nos mostrou que ainda há bem no mundo. Michaela Coel, que sangrou suas dores em toda a concepção de I May Destroy You, confirmou um dos favoritismos mais merecidos do ano, e discursou sua poesia bruta e sincera. A festa parecia estar indo muito bem, até que Scott Frank foi chamado para receber o troféu de Direção, por seu trabalho milimetricamente calculado na desgastada O Gambito da Rainha

O discurso do diretor, que também criou e escreveu a série, se estendeu por três minutos e meio, e sua falta de carisma tornou a leitura do papel uma das experiências mais desgastantes de acompanhar na noite. Na mesma semana em que a Netflix é processada por uma enxadrista por difamação, Frank achou de bom tom evidenciar a força feminina da produção. 

Quando um produtor subiu ao palco, no fim da noite, para receber o Emmy de Melhor Série Limitada ou Antologia, ninguém aguentava o homem branco falando de diversidade, além de reduzir a atriz principal, dizendo que “Anya Taylor-Joy trouxe o sexy de volta ao xadrez”. Que sonho seria se Beth Harmon estivesse ali presente, para de uma vez por todas, dar, a mais um de seus adversários machistas, um xeque-mate.

Nos prêmios fora dos gêneros grandes, Last Week Tonight with John Oliver venceu Programa de Entrevistas e Variedades e Roteiro no segmento. O Saturday Night Live ficou, para surpresa de ninguém, com a categoria de Série de Esquetes, enquanto o programa eleitoral de Stephen Colbert triunfou na categoria de Especial de Variedades (Ao Vivo). Na parte de Variedades (Pré-Gravado), não deu outra: Alexander Hamilton! O musical filmado do Disney+ adicionou o Emmy à prateleira que já conta com 11 Tonys, 1 Grammy e 1 Pulitzer

Em Programa de Competição, RuPaul’s Drag Race venceu. RuPaul, premiado com seu 11º Emmy, se tornou a pessoa negra com mais estatuetas, e agradeceu à juventude, ao lado de Gottmik e Symone, os grandes destaques da décima terceira temporada do reality. A grandiosa Debbie Allen, atriz, diretora, coreógrafa e lenda da Televisão, foi homenageada com o Governors Award, prêmio que honra a excelência em carreiras. Allen se tornou a segunda pessoa negra a receber tal honraria, depois de Tyler Perry no ano passado, e a primeira mulher negra. No discurso, ela foi enfática: o futuro está na juventude.

Chegando, enfim, na parte de Comédia, o Emmy 2021 dividiu seus prêmios principais entre duas fortes produções. Hacks, original do HBO Max, ficou com Roteiro e Direção (marcando a primeira vez em 73 anos que diretoras vencem juntas em Comédia e Drama), além da vitória de Jean Smart como Melhor Atriz. Ovacionada, aplaudida de pé e feliz da vida com o reconhecimento de sua outra “família” (Mare of Easttown), Smart dedicou o Emmy ao marido, falecido meses atrás, no processo de filmagens da produção.

O resto dos troféus do gênero foi para Ted Lasso. Abrindo a noite, Hannah Waddingham e Brett Goldstein não esconderam o sorrisão ao ouvirem seus nomes chamados como os Melhores Coadjuvantes de 2021. O senso de companheirismo reinou na equipe esportiva da Apple TV+, que ainda foi celebrada em Melhor Ator (para o majestoso Jason Sudeikis) e em Melhor Série de Comédia, com direito a abraços e lágrimas, e claro, muito amor pelo AFC Richmond.

Com a promessa da diversidade, que ia da maioria negra em atuação principal de Drama à ascensão dos heróis, o Emmy 2021 jogou seguro. O conservadorismo dos votantes resultou na ausência de vitórias significativas para The Boys, The Mandalorian e WandaVision, expoentes da fantasia que lotaram a lista de indicados, para saírem com quase nada embaixo do braço. 

A oportunidade de fazer história com vitórias de Billy Porter, Mj Rodriguez, Michael K. Williams e I May Destroy You não foi páreo para a familiaridade da Coroa britânica ou do olhar masculino que hipnotiza uma partida de xadrez. Que o Emmy melhore, que o Emmy evolua e que o Emmy mostre, na prática, que as minorias que eles insistem em chamar para perder, enfim merecem a vitória. Abaixo, você lê tudo que aconteceu na 73ª edição do Oscar da TV pelas palavras da Editoria do Persona, que mergulha no passado, presente e futuro da televisão, comemorando recordes e lamentando injustiças. Até logo, Emmy 2021.

Foto da equipe de Ted Lasso. Em cima do palco estão 24 pessoas amontoadas. A maior parte olha para o homem que está no centro. Ele é branco e usa terno preto por cima de uma camisa branca. Na sua frente está um microfone onde o homem faz seu discurso e uma mesa branca onde o prêmio está apoiado.
No ano passado, Jason Sudeikis anunciou o prêmio de Melhor Comédia para Schitt’s Creek; esse ano, ele subiu ao palco, coroado ao lado do time de Ted Lasso (Foto: Invision/AP)

Melhor Série de Comédia: Ted Lasso 

Desde que a Maravilhosa Senhorita Maisel subiu ao palco do Emmy em 2018, a categoria de Melhor Comédia não repete um vencedor. E é esperado que os reconhecidos no prêmio máximo do gênero sejam as produções destaques de cada cerimônia da Academia. Fleabag sucedeu Maisel, e foi sucedida por Schitt’s Creek. Na onda das produções que nos fazem sentir bem, não tinha nome mais forte no Emmy 2021 do que os titãs de Ted Lasso.

Com 20 nomeações (se tornando a série de estreia mais nomeada da história), a original da Apple TV+ venceu em 7 categorias, incluindo 3 técnicas e 3 de atuação. Quem esperava uma surpresa de Hacks na disputa maior, acabou assistindo a um chocolate do time de Lasso, que só perdeu em Roteiro e Direção pela infame divisão de votos.

Sem susto na prorrogação ou falta para cartão vermelho, Ted Lasso se sagrou como a Comédia com C maiúsculo de 2021, condecorando os talentosos nomes de Brendan Hunt, Joe Kelly, Bill Lawrence e, claro, Jason Sudeikis. Visivelmente emocionado, o treinador mais querido desde o Felipão na Copa de 2002, o criador, roteirista e Melhor Ator em Comédia repetiu o que faz toda sexta, por meia-hora: escalou suas estrelas para brilharem. – Vitor Evangelista


Foto de Jason Sudeikis. O homem branco usa terno azul por cima de uma blusa branca. Ele sorri olhando para o premio ao seu lado, segurando as maõs ma frente. De pé ao lado de um microfone, ela segura uma estatueta do Emmy, que é dourada e tem base preta. O fundo tem uma tela azul e um grande prêmio que está embaçado para ver.
Na corrida de Melhor Ator, Sudeikis submeteu como sua Emmy Tape o Piloto de Ted Lasso, episódio que ele mesmo escreveu (Foto: Invision/AP)

Melhor Ator em Comédia: Jason Sudeikis (Ted Lasso) 

Na disputa menos tumultuada da noite, Jason Sudeikis jogou com o time reserva e mesmo assim goleou na categoria de Melhor Ator em Série de Comédia. Astro máximo da sitcom futebolística, Sudeikis recebeu as primeiras nomeações ao Emmy da carreira apenas esse ano, e das 4 menções, acabou premiado em duas. A derrota em Melhor Roteiro, onde concorria em dose dupla, foi causada, além da força descomunal de Hacks, pela divisão de votos.

Em seu discurso, Sudeikis aproveitou para agradecer à equipe por trás de Ted Lasso e também à Apple TV+, que, com menos de três anos de vida, já conseguiu vencer um prêmio de Melhor Série, tudo graças ao otimismo do técnico norte-americano. Cria do Saturday Night Live, Jason Sudeikis tirou sarro do lendário Lorne Michaels, esse que prometeu um futuro promissor para o querido Lasso no programa de esquetes (será que vem uma indicação como Convidado no Emmy 2021?). Sejamos como um peixinho dourado, pois se Ted Lasso deixou uma lição valiosa, é a de que devemos acreditar. – Vitor Evangelista


Foto de Jean Smart. A senhora é branca e tem cabelo loiro curto. Ela usa brincos grandes e um vestido preto de alcinha com um tecido preto transparente por cima. De pé ao lado de um microfone, ela segura uma estatueta do Emmy, que é dourada e tem base preta. O fundo tem uma tela azul e um grande prêmio que está embaçado para ver.
Senhoras e senhores, para a surpresa de ninguém: Jean Smart é a Melhor Atriz em Comédia de 2021 (Foto: Invision/AP)

Melhor Atriz em Comédia: Jean Smart (Hacks) 

Se não fosse dela algo estaria errado. Jean Smart! A atriz que já era favorita na categoria cumpriu a sina de subir ao palco receber a estatueta de Melhor Atriz em Série de Comédia. Smart chegou sorrateiramente ao catálogo do HBO Max em junho, tirando todo e qualquer favoritismo de Kaley Cuoco, que era cotada por The Flight Attendant. A vitória pelo papel de Deborah Vance é a quarta da atriz, que na década passada também foi premiada por suas atuações em séries de comédia.

Jean Smart, que também estava indicada como Melhor Atriz Coadjuvante em Série Limitada, foi aplaudida de pé pelos presentes na premiação – e por mim na sala de casa – e iniciou seu discurso aplaudindo os colegas de Mare of Easttown. O prêmio foi emocionalmente dedicado ao marido de Smart, que faleceu durante as gravações do último episódio de Hacks. Jean Smart você mereceu esse prêmio, merecia o do ano passado por Watchmen e merece os que virão. Quebre a perna, Jean Smart. – Ana Júlia Trevisan


Foto de Lucia Aniello. A mulher é branca e tem o cabelo castanho na altura do ombro. Ela usa um vestido rosa claro e brincos pratas. Ao seu lado direito, um homem de terno azul e uma mulher de vestido vermelho a olham. Na frente do microfone, Lucia segura se seus cabelos enquanto discursa ao lado da estatueta do Emmy, apoiada a uma mesa branca na sua esquerda.
A divisão de votos em Ted Lasso serviu perfeitamente para o crescimento de Hacks na premiação (Foto: Foto: Getty Images)

Melhor Direção em Comédia: Lucia Aniello – There Is No Line (Hacks) 

A noite do Emmy foi agitada para as produções de Comédia. Quando seu adversário está entre os esperados para marcar todos os gols da noite, como era o caso de Ted Lasso, é difícil ter muita esperança. Mas indo contra as especulações, a série Hacks conquistou seu espaço e levou o troféu por Melhor Direção em Comédia. Quem diria? Nem mesmo o cancelamento de Ava impediu a vitória. 

A responsável por garantir essa estatueta para o HBO Max foi Lucia Aniello. A diretora e roteirista, que criou a série junto com Paul W. Downs e Jen Statsky, vem recebendo indicações na premiação mais famosa da televisão desde 2014, e finalmente pode respirar aliviada sabendo que, dessa vez, ganhou. – Mariana Chagas


 Foto de Brett Goldstein. O homem branco tem barba e cabelo curtos e ambos pretos. Vestindo um conjunto terno todo preto, o homem dá seu discurso na frente de um microfone, de pé ao lado de uma mesa branca com a estatueta. O fundo embaçado tem uma tela azul, um grande prêmio e a cabeça de pessoas.
ROY KENT! ROY KENT! HE’S HERE, HE’S THERE, HE’S EVERY-FUCKING-WHERE (Foto: Foto: Cliff Lipson/CBS)

Melhor Ator Coadjuvante em Comédia: Brett Goldstein (Ted Lasso) 

Na sequência de golaços de Ted Lasso no Emmy 2021 não poderia faltar ele, que está em todo lugar. Brett Goldstein, o rosto amigável por trás do carrancudo Roy Kent, deu um carrinho já aguardado nos concorrentes do Saturday Night Live e até nos seus colegas de elenco – mas pelo menos garantiu uma estatueta para os Diamond Dogs

Na primeira indicação de sua carreira na premiação, o ator e também roteirista honrou a trajetória do seu personagem no primeiro ano da série, que deixa sua marca na narrativa e já é o rabugento que mais amamos no mundo. Ao subir ao palco para receber o prêmio, Goldstein não poupou agradecimentos para Jason Sudeikis e o restante do elenco de Ted Lasso, além de, é claro, não economizar nos palavrões. Afinal, Roy Kent não é Roy Kent sem falar ao menos 2 fuckings por minuto. – Vitória Silva


Foto de Hanna Wadding. A mulher é branca e tem cabelos loiros e curtos. Ela usa um vestido rosa claro com uma alça apenas. De pé na frente do microfone, a mulher diz algo com uma espressão emocionada, enquanto segura, na mão esquerda, um Emmy ao alto. O fundo tem uma tela azul e um grande prêmio que está embaçado para ver.
“Não há Rebecca sem Keeley, e se algum dia você sair da minha vida saiba que eu vou te stalkear”, em seu discurso a atriz Hannah Waddingham elogiou (e aparentemente ameaçou?) sua co-estrela de Ted Lasso, Juno Temple [Foto: Foto: Invision/AP]
Melhor Atriz Coadjuvante em Comédia: Hannah Waddingham (Ted Lasso) 

Dando o pontapé inicial às premiações da noite (e aos muitos YEEEEEEAHs de Ted Lasso), Hannah Waddingham foi reconhecida por seu trabalho como a antagonística dona do AFC Richmond na primeira temporada da série de comédia, recebendo a estatueta de Atriz Coadjuvante das mãos de Seth Rogen. Emocionadíssima com sua primeira vitória, a atriz agradeceu profusamente aos roteiristas da produção e seus colegas de elenco, deixando claro que se pudesse dividir a estatueta com Juno Temple, o faria num piscar de olhos.

A vitória marcou o início da noite glamourosa para o elenco de Ted Lasso, que prosseguiu para vencer todas as categorias de atuação nas quais estavam indicados. Embora Waddingham tivesse ficado de fora do Globo de Ouro, sua vitória na premiação inaugural da Associação de Críticos de Hollywood já dava sinais da vinda do Emmy para as mãos da britânica, que competia junto de Temple com outras cinco atrizes pelo prêmio: além de Aidy Bryant, Kate McKinnon e Cecily Strong, indicadas recorrentes por Saturday Night Live, Hannah Einbinder de Hacks e Rosie Perez de The Flight Attendant formavam uma categoria bem arredondada por novatas e veteranas da modalidade, em que a única certeza era a de que o otimismo contagiante de Ted Lasso vingaria. – Gabriel Oliveira F. Arruda


Foto dos roteiristas de Hacks. A esquerda há uma mulher branca de terno branco e cabelo preto na altura do ombro. Ela levanta a estatueta em sua mão esquerda. No meio está outra mulher branca de cabelo castanho curto, está usando batom vermelho e vestido rosa claro. Na sua direita há ainda um homem de terno preto, que está segurando um papel branco enquanto fala no microfone na frente dos 3. O fundo tem uma tela azul e um grande prêmio que está embaçado para ver.
O trio de roteiristas de Hacks deu um chapéu em Ted Lasso e venceu o Emmy (Foto: CBS via Getty Images)

Melhor Roteiro em Comédia: Lucia Aniello, Paul W. Downs e Jen Statsky – There Is No Line (Hacks) 

Mesmo com a queridinha Ted Lasso indicada duas vezes na categoria pelo episódio piloto e por Make Rebecca Great Again, foi Hacks quem levou o troféu por Melhor Roteiro em Comédia pelo episódio There Is No Line

Lucia Aniello, Paul W. Downs e Jen Statsky subiram ao palco para receber o prêmio diretamente das mãos de Dan Levy, Eugene Levy, Catherine O’Hara e Annie Murphy, atores de Schitt’s Creek, série que surpreendeu a todos ao levar 7 prêmios no Emmy de 2020. – Caio Machado


Arte promocional da vitória de Dave Chappelle. A arte é retangular na cor preta. Na esquerda está o desenho da estatueta do Emmy, que é a imagem dourada de uma pessoa levantando uma bola. O fundo desta imagem tem brilhos prateados espalhados. Na direita da imagem está ainda os textos “OUTSTANDING GUEST ACTOR IN A COMEDY SERIES” e “Dave Chappelle” de branco, e “Saturday Night Live” de dourado, em itálico.
Com quase 300 indicações, o Emmy não parece querer largar a mão Saturday Night Live tão cedo (Foto: Foto: Invision/AP)

Melhor Ator Convidado em Comédia: Dave Chappelle (Saturday Night Live) 

Quando o assunto é programa de comédia, Saturday Night Live se garante. O seriado vem recebendo indicações desde 2010, e seus prêmios não são possíveis de contar nas mãos. A produção conseguiu, nesta edição do Emmy, bater 81 prêmios no total. Haja estante para guardar tudo isso. 

Quem garantiu o nome do programa na lista de vitoriosos desse ano foi Dave Chappelle. O comediante e ator já era conhecido por participação em outras obras como seu papel em Nasce Uma Estrela e seu Stand-up Chappelle’s Show. Sua comédia no episódio de SNL, com certeza, é outro marco na carreira do talentoso artista. – Mariana Chagas


Foto de Maya Rudolph. A mulher negra tem cabelo penteado para trás e usa um vestido verde. Ela está sendo vista por uma tela apoiada em um palco com fundo azul e pessoas na frente. No canto do palco há uma mesa branca com o troféu.
Maya Rudolph se junta a Chappelle como ganhadores em nome do Saturday Night Live (Foto: Foto: Invision/AP)

Melhor Atriz Convidada em Comédia: Maya Rudolph (Saturday Night Live) 

Ganhar Melhor Ator Convidado em Comédia talvez não fosse o suficiente, então Saturday Night Live resolveu se garantir e levar também o de Melhor Atriz Convidada em Comédia. A comediante e cantora Maya Rudolph ganhou a categoria e se juntou a Dave Chappelle a atores negros que tiveram seu espaço por participações especiais. 

Vale lembrar que esta foi a oitava indicação de Maya, que antes já havia ganhado dois prêmios no Emmy, um por sua dublagem em Big Mouth e outra participação anterior no SNL. Assim como o programa que representou, a artista vem colecionando estatuetas. – Mariana Chagas


Foto de quatro pessoas recebendo prêmio. A da esquerda é uma mulher negra que usa um vestido rosa comprido, tomara que caia, e o cabelo preso em um rabo de cavalo alto. Ao seu lado uma mulher de pele clara veste roupas e tem a cara pintada de branco e preto. Na direita está RuPaul, vestido com calça preta e branca e um terno preto. Do seu lado há ainda ums mulher de cabelo preto com mechas cinzas que veste um macacão preto com detalhes em dourado. O fundo é uma tela vinho.
Além do troféu de Melhor Programa de Competição, RuPaul também levou sua sexta estatueta consecutiva como Melhor Apresentador (Foto: Invision/AP)

Melhor Programa de Competição: RuPaul’s Drag Race

Não teve para mais ninguém! Sem The Masked Singer na categoria – a única ameaça possível ao reinado de RuPaul –, a vitória era certeira. O reality de Mama Ru, fenômeno mundial, venceu pela quarta vez consecutiva o troféu de Melhor Programa de Competição, por sua 13ª temporada

Para receber a estatueta no palco, a Queen of Drag convidou sua amiga e fiel escudeira Michelle Visage, e as queens Symone, a vencedora mais recente do formato principal, e Gottmik, o top 2 moral. Concorriam com a corrida das loucas os programas The Amazing Race, Nailed It!, Top Chef, e The Voice. – Jho Brunhara


Foto do elenco de Hamilton. 10 pessoas estão em cima do palco, olhando para a mulher no seu centro. Está é negra, de cabelos pretos curtos e vestido branco longo. A mulher segura uma placa na mão enquanto discursa no microfone a sua frente. Do lado do microfone há ainda uma pequena mesa branca onde uma estatueta está apoiada.
A vitória de Hamilton mostra a força que o musical tem no cenário cultural norte-americano (Foto: Foto: Invision/AP)

Melhor Especial de Variedades (Pré-Gravado): Hamilton 

Para a categoria de Melhor Especial de Variedades (Pré-Gravado), concorriam obras excelentes, como o melancólico Inside, do comediante Bo Burnham, e o magnífico David Byrne’s American Utopia, onde o músico fez um show incrível que refletia sobre o período atribulado no qual estamos inseridos, mas com esperança num futuro melhor.

No fim, o premiado foi Hamilton, a versão filmada do musical criado por Lin-Manuel Miranda e que foi inspirado na vida de um dos Pais Fundadores dos Estados Unidos. Ao subir no palco, o elenco do musical aceitou o troféu em nome de Lin, que não pôde estar presente na ocasião. Mesmo depois de seis anos de sua estreia nos palcos, a obra continua se mostrando relevante, sem nunca desperdiçar suas oportunidades. – Caio Machado


Foto do elenco de O Gambito da Rainha. Em cima do palco estão sete pessoas, seis olhando para o homem no centro. Este é branco de cabelo calvo e terno preto por cima de uma camisa branca. Lendo um papel na sua mão, o homem discursa para o microfone na sua frente. Do lado do microfone há ainda uma pequena mesa branca onde uma estatueta está apoiada. O fundo é uma tela azul.
A produção da Netflix foi a vitoriosa em uma das maiores categorias da noite, e somou 11 estatuetas na premiação (Foto: Foto: Invision/AP)

Melhor Série Limitada ou Antologia: O Gambito da Rainha 

Para a tristeza de alguns e felicidade de outros, O Gambito da Rainha deu a jogada final da noite e se consagrou como Melhor Série Limitada ou Antologia no Emmy 2021. A grande favorita da categoria conseguiu derrubar nomes de peso: Mare of Easttown, I May Destroy You, WandaVision e The Underground Railroad. Mas não chegou a surpreender ninguém de fato, por já ter levado a melhor nas categorias técnicas e ganhado a estatueta de Melhor Direção pouco antes.

Em seu discurso de agradecimento, o produtor executivo William Horberg parabenizou a protagonista Anya Taylor-Joy: “Você inspirou toda uma geração de meninas e jovens que perceberam que o patriarcado não tem como se defender das nossas rainhas”. Ironicamente, sua fala evidencia a maior contradição presente na obra, que se apoia em uma narrativa aparentemente feminista mas que em momento algum apresenta as dificuldades que uma mulher enfrentaria em um ambiente majoritariamente dominado por homens. 

Os méritos da série se devem quase por completo à atuação de Anya como Beth Harmon – e quem merece de fato todos os aplausos -, além de voltar os holofotes para um jogo pouco retratado na mídia. Apesar de somar 11 vitórias na premiação, O Gambito da Rainha facilmente se ofusca ao lado das concorrentes, e não carrega nem metade da força necessária para sustentar o legado deixado por Watchmen, sua antecessora na categoria. – Vitória Silva


Foto de Ewan Mcgregor. O senhor branco tem cabelo loiro curto e penteado para trás. Usando um terno preto por cima de uma blusa branca, ele discursa no microfone a sua frente. Do lado do microfone há ainda uma pequena mesa branca onde uma estatueta está apoiada. O fundo tem uma tela azul e um grande prêmio que está embaçado para ver.
Ewan McGregor conquistou a única estatueta da produção de Ryan Murphy na premiação, que perdeu nas 4 categorias técnicas que concorria (Foto: CBS)

Melhor Ator em Série Limitada ou Antologia ou Telefilme: Ewan McGregor (Halston) 

E a maior zebra da noite é toda dele: Ewan McGregor, senhoras e senhores. Se enganou muito quem subestimou a força do eterno Obi-Wan Kenobi, que conseguiu derrotar o favoritismo de Paul Bettany e Hugh Grant. Até quem achou que a aclamação de Hamilton iria reverberar na vitória de Lin-Manuel Miranda ou Leslie Odom, Jr. errou feio. 

Levando o primeiro Emmy da carreira, e também o único da série na premiação, a conquista não poderia ser mais que merecida. McGregor assume não só o protagonismo de Halston, mas também sustenta a produção de Ryan Murphy nas costas, com uma narrativa que não condiz com o brilho de seu talento. E repete o feito semelhante ao de Mark Ruffalo em 2020, por conseguir dar a volta por cima e conquistar a estatueta da única indicação da série na cerimônia principal. – Vitória Silva


Foto de Kate Winslet. A mulher é branca e usa um vestido preto com decote V. Seu cabelo loiro está preso em um coque baixo. Segurando o Emmy na mão esquerda e uma plaquinha na mão direita, a mulher olha para frente sorrindo. Ela está de pe ao lado de um microfone e uma mesinha branca. O fundo é azul com luzes penduradas no teto.
A concorrência era grande, mas Mare Sheehan é maior (Foto: Invision/AP)

Melhor Atriz em Série Limitada ou Antologia ou Telefilme: Kate Winslet (Mare of Easttown) 

Diferente de Drama e Comédia que já tinha seus vencedores previstos, Série Limitada trouxe as categorias mais recheadas, incertas e aguardadas de 2021. As atuações femininas foram um espetáculo à parte. Com o favoritismo dividido entre Kate Winslet e Anya Taylor-Joy; Michaela Coel, Elizabeth Olsen e Cynthia Erivo também tinham motivos de sobra para se consagrarem na noite de 19 de setembro.

Agradando os fãs da HBO e fazendo jus a performance, foi o nome de Kate Winslet que saiu da boca de Sarah Paulson e Beanie Feldstein. A eterna Rose foi uma leoa dentro e fora das telas, defendendo minuciosamente cada traço de sua personagem. A atriz interferiu na construção visual de Mare Sheehan, potencializando ainda mais a força e os dramas da detetive. Aplaudida de pé, Kate também foi agraciada nos discursos de Julianne Nicholson e Evan Peters e em seu discurso falou sobre a importância de as mulheres apoiarem mulheres. De todos da noite, esse prêmio com certeza foi um dos que chegou em melhores mãos. – Ana Júlia Trevisan


Foto de Scott Frank. O senhor branco tem cabelo curto cinza e usa terno preto por cima de uma blusa branca. Ele discursa no microfone a sua frente. Do lado do microfone há ainda uma pequena mesa branca onde uma estatueta está apoiada. O fundo é azul com luzes penduradas no teto.
Também criador e roteirista de O Gambito da Rainha, Scott Frank é quem assina a Melhor Direção em Série Limitada do Emmy 2021 (Foto: Foto: Invision/AP)

Melhor Direção em Série Limitada ou Antologia ou Telefilme: Scott Frank (O Gambito da Rainha)

Não teve jeito de contornar o xeque-mate da Netflix. Prenunciando que alcançaria também a maior vitória da noite, O Gambito da Rainha garantiu primeiro o Emmy de Melhor Direção, coroando aquele que direcionou uma das séries mais assistidas da história do streaming. Dali em diante, a distribuição dos prêmios de Série Limitada ou Antologia foi equilibrada em sua obviedade, dividindo as honrarias entre o fenômeno protagonizado por Anya Taylor-Joy e a favorita da HBO Mare of Easttown, que venceu a adversária em todas as categorias de atuação.

Então, na segunda metade da premiação, um antipático Scott Frank subiu ao palco para agradecer o prêmio, que num mundo ideal, seria de Barry Jenkins, pelo trabalho magistral entregue em The Underground Railroad. Mas se nem a relevância do diretor de Moonlight foi suficiente para tirar os olhos da Academia de TV do jogo de xadrez de Beth Harmon, não seriam também os feitiços de WandaVision dirigidos por Matt Shakman ou a força de I May Destroy You nascida de Michaela Coel. É uma chatice: nenhuma direção da seleção mais rica do Emmy 2021 foi considerada diante do favoritismo exaustivo que a temporada conserva por O Gambito da Rainha. Todos caíram direitinho na maior jogada da Netflix. – Raquel Dutra


Foto de Evan Peters. O homem branco tem cabelos loiros curtos e discursa no microfone a sua frente. Ele segura uma estatueta na sua mão esquerda e uma plaquinha na direita. Ao fundo, uma mulher negra de vestido azul e um homem negro de terno preto olham para ele sorrindo. Atras está um telão azul com grandes aparelhos.
Anos depois de dominar o Tumblr, chegou a vez de subir ao palco do Emmy (Foto: Cliff Lipson/CBS/Getty Images)

Melhor Ator Coadjuvante em Série Limitada ou Antologia ou Telefilme: Evan Peters (Mare of Easttown)

Quem acredita sempre alcança: desde 2004 nas telinhas e oito temporadas de American Horror Story depois, Evan Peters finalmente abocanhou seu primeiro Emmy. Sair do cativeiro de Ryan Murphy fez bem para Peters, e foi na HBO, por seu papel em Mare of Easttown, que o Detetive Colin Zabel rendeu uma estatueta para ele como Melhor Ator Coadjuvante em Série Limitada ou Antologia ou Telefilme.

O ator já é um ícone da cultura pop há muito tempo, e esse é mais um caso de uma estatueta não só para o papel na série indicada, mas também por sua carreira memorável. Também concorriam na categoria Thomas Brodie-Sangster, por seu papel em O Gambito da Rainha; Daveed Diggs, por Hamilton; Paapa Essiedu, por I May Destroy You; Jonathan Groff, por Hamilton; e Anthony Ramos, também por Hamilton. – Jho Brunhara


Foto de Julianne Nicholson. A mulher branca usa vestido preto com detalhes em verde, além do cabelo preso para trás. Ela discursa no microfone a sua frente, sorrindo e segurando uma folha. Do lado do microfone há ainda uma pequena mesa branca onde uma estatueta está apoiada. O fundo tem uma tela azul e um grande prêmio que está embaçado para ver.
“Você conduziu todos nós em cada passo do caminho com muito cuidado, inteligência e amor”, em seu discurso de estreia no Emmy, Nicholson agradeceu Kate Winslet (Foto: Invision/AP)

Melhor Atriz Coadjuvante em Série Limitada ou Antologia ou Telefilme: Julianne Nicholson (Mare of Easttown) 

Kathryn Hahn, Renée Elise Goldsberry, Julianne Nicholson, Phillipa Soo, Moses Ingram e Jean Smart: as indicadas a Melhor Atriz Coadjuvante deste ano eram gigantes. Essa foi a categoria que mais dividiu entre razão e emoção. O Gambito da Rainha havia levado muitas categorias técnicas na semana anterior, Jean Smart já imaginava que sairia vitoriosa por Hacks em Comédia, Renée e Phillipa fazem parte do queridíssimo cast de Hamilton que poderia ser a zebra deste ano, mas a torcida estava mesmo entre a adorável e vilanesca Kathryn Hahn e o pilar de estruturação Julianne Nicholson.

A indicada de WandaVision tinha toda a torcida do coração e chances reais de garantir um Emmy para a Marvel. Mas, pensando racionalmente, essa estatueta foi para as mãos certas. Ela é, e tinha que ser de Nicholson, desde o início. Dona de uma das melhores cenas do ano, Lori Ross é uma personagem complexa e cheia de camadas, todas muito bem dominadas pela entrega da atriz. Mare of Easttown venceu a trinca em atuação e Nicholson ganhou o primeiro – espero que seja de muitos – Emmy da carreira. – Ana Júlia Trevisan


Foto de Michaela Coel. A mulher negra veste um vestido amarelo neon, jóias pratas e tem o cabelo raspado. Ela discursa no microfone a sua frente, segurando uma folha. Do lado do microfone há ainda uma pequena mesa branca onde uma estatueta está apoiada. O fundo tem uma tela azul e um grande prêmio que está embaçado para ver.
“Dedico essa história a todos sobreviventes de abuso sexual”, disse Michaela Coel após receber o Emmy 2021 de Melhor Roteiro em Série Limitada ou Telefilme por I May Destroy You (Foto: Invision/AP)

Melhor Roteiro em Série Limitada ou Telefilme: Michaela Coel (I May Destroy You) 

I May Destroy You já dava sinal de pelo menos uma vitória no Emmy 2021, tendo recebido 4 troféus no BAFTA deste ano. Michaela Coel era vista, de longe, como a favorita nessa categoria — tinha que ser dela, e não tem discussão. Baseado no caso de estupro que Coel sofreu em 2015, o seriado levou para casa o troféu de Melhor Roteiro em Série Limitada ou Telefilme. Com o prêmio, Coel tornou-se a primeira mulher negra a receber o Emmy nesta categoria. 

Em 2017, Michaela Coel recusou a oferta de 1 milhão de dólares da Netflix por I May Destroy You, pois a plataforma não permitia que a atriz, roteirista e produtora retivesse qualquer porcentagem dos direitos autorais, mesmo sendo um projeto autobiográfico. A série acabou indo para a HBO, e o Emmy também. O seriado ainda concorreu em outras 8 categorias na premiação, levando a estatueta de Melhor Supervisão Musical no dia das premiações técnicas, e encerrou essa edição com 2 troféus. – Bruno Andrade


Arte de vitória de Dolly Parton. A arte retangular é preta com detalhes brilhantes nas bordas laterais e no inferior. Centralizado estão os textos ‘OUTSTANDING TELEVISION MOVIE” em branco e “Dolly Parton’s Christmas on the Square”, de dourado e itálico. Entre os textos, também de dourado, já ainda uma linha divisória.
Cheia de Grammys na estante, a parceria de Dolly Parton com a Netflix rendeu à cantora seu primeiro Emmy (Foto: Invision/AP)

Melhor Telefilme: Natal com Dolly Parton

Na categoria de Melhor Telefilme do Emmy 2021, deu zebra. Entre os indicados, Oslo, adaptação da HBO sobre as negociações secretas do Acordo de Paz da capital de Noruega, Uncle Frank, um drama independente sobre aceitação e pertencimento, adquirido pelo Amazon Prime Video, e Sylvie´s Love, o romance sessentista estrelado por Tessa Thompson e Nnamdi Asomugha, também comprado pela Amazon, figuravam entre os favoritos. Até o azarão Robin Roberts Presents: Mahalia, biografia da cantora gospel Mahalia Jackson (interpretada pela fenomenal Danielle Brooks), apresentava melhores chances do que o ganhador: Dolly Parton´s Christmas on the Square, o musical natalino da Netflix com a estrela country Dolly Parton.

A modalidade que condecorou Bad Education em 2020 premia os filmes lançados diretamente na TV e ganhou regras que levam em conta o Oscar: se a produção foi considerada na disputa de Cinema, não entra na de TV. Além disso, a categoria já passou por outras mudanças desde sua criação em 1992, como alterações de nomes e quando, em 2011, virou uma só com a junção com a de Minisséries. A decisão foi revertida em 2014. Já a edição de 2021 reflete o ano fraco: enquanto as Séries Limitadas estão em um de seus melhores e mais competitivos anos, a entrega dos troféus para os filmes televisivos foi do evento principal para a segunda noite do Emmy. – Vitória Lopes Gomez


Foto de Peter Morgan recebendo o prêmio de The Crown. Ele é um homem branco, de cabelo castanho curto, veste terno por cima de uma blusa branca. Ele segura o prêmio com as duas mãos, enquanto discursa sorrindo no microfone a sua frente, olhando para a câmera. No fundo é possível ver várias pessoas em um salão vermelho e dourado.
Entre os pesos pesados da segunda maior categoria da noite, The Crown se destacou e levou para casa um dos principais prêmios do Emmy 2021 (Foto: CBS)

Melhor Série de Drama: The Crown

Deus salve a Rainha porque The Crown levou a estatueta de Melhor Série de Drama, e deu à Netflix seu primeiro troféu de Melhor Série — O Gambito da Rainha foi a segunda série da plataforma a receber a honraria, ficando com o principal prêmio da noite. Introduzindo Lady Di (Emma Corrin) na trama, a temporada mesclou aspectos históricos com ficção, construindo uma narrativa envolvente e episódios esteticamente ricos. 

Em seu 4º ano, The Crown entregou a melhor temporada até aqui, não deixando dúvidas sobre os méritos dessa vitória. Explorando aspectos interessantes da realeza britânica, com Gillian Anderson interpretando brilhantemente a Dama de Ferro, Margaret Thatcher, a 4ª temporada do seriado emplacou todo o elenco principal em suas respectivas categorias, e a série levou para casa todos os prêmios em Drama, mantendo a hegemonia já antecipada no Globo de Ouro e no SAG Awards deste ano.

A série ainda proporcionou a vitória do brasileiro Adriano Goldman, que já havia sido indicado ao Emmy na 3ª temporada de The Crown, e ficou com a estatueta de Melhor Fotografia em Série de Câmera Única (Uma Hora) pelo episódio Fairytale, no dia das premiações técnicas. Depois das 11 vitórias no Emmy 2021, incluindo Olivia Colman como Melhor Atriz em Drama por interpretar a Rainha Elizabeth II, não é errado afirmar que The Crown, realmente, é a rainha do Drama. – Bruno Andrade


Foto de Josh O'Connor. O homem branco tem cabelo castanho curto veste um terno preto por cima de sua blusa branca. Ele discursa no microfone a sua frente, sorrindo e segurando uma plaquinha. Do lado do microfone há ainda uma pequena mesa branca onde uma estatueta está apoiada. O fundo é rosa, laranja e branco.
The Crown garantiu o primeiro Emmy da carreira de Josh O’Connor (Foto: Invision/AP)

Melhor Ator em Drama: Josh O’Connor (The Crown)

A categoria de Melhor Ator em Drama contava com atores premiados anteriormente. Sterling K. Brown recebeu a estatueta em 2017, pela primeira temporada de This Is Us, e Billy Porter venceu em 2019 pela primeira temporada de Pose

Neste ano, quem subiu ao palco para receber o troféu diretamente das mãos da atriz Catherine Zeta-Jones foi Josh O’Connor, por sua atuação excepcional como Príncipe Charles na quarta temporada de The Crown. Levando em conta que a série já tinha sido coroada com cinco estatuetas em categorias anteriores, era de se esperar. – Caio Machado


Foto de Olivia Colman. A mulher branca de cabelo preto preso em um coque sorri segurando uma estatueta na sua direita. Ela veste uma blusa laranja com azul e brincos pratas. O fundo é um pano verde.
Na categoria que premiou Olivia Colman, concorriam também Mj Rodriguez (Pose), Emma Corrin (The Crown), Elisabeth Moss (The Handmaid’s Tale), Jurnee Smollett (Lovecraft Country) e Uzo Aduba (In Treatment) [Foto: Foto: Peter Nicholls/Reuters]
Melhor Atriz em Drama: Olivia Colman (The Crown) 

Tinha como Olivia Colman sair de The Crown sem ser premiada pela sua Rainha Elizabeth? Não tinha. Em seu segundo ano como o centro da superprodução da Netflix, Colman sai das indicações do Oscar para entrar na corrida do Emmy mais uma vez, e como a mais silenciosa em meio às mais prováveis, venceu a estatueta de Melhor Atriz em Drama de 2021.

A expectativa para a noite do dia 19 de setembro, no entanto, era de que a Princesa vencesse a Rainha, já que o encanto e maestria de Emma Corrin como Lady Di roubaram todas as atenções do quarto ano de The Crown e algumas das premiações precursoras da temporada. Ou então, que o Emmy honrasse todo o significado de Pose ao reconhecer o mérito de Mj Rodriguez na última temporada de uma das produções mais importantes da história da TV. Até Elisabeth Moss poderia surpreender e repetir sua vitória de 2017 por de The Handmaid’s Tale, mas a força do nome e do trabalho de Olivia Colman é imparável, e numa possível divisão de votos entre as duas mais próximas da estatueta, ficou ainda mais forte. 

Assim, a Academia de TV perdeu a chance de coroar sua primeira mulher trans numa categoria principal de atuação, justo no ano em que notou o trabalho de uma maioria de atores e atrizes negros nas categorias de Drama. E por isso, um gosto amargo sempre vai acompanhar a apreciação do trabalho inquestionável de Olivia Colman em 2021. – Raquel Dutra


Foto de Jessica Hobbs. A mulher branca tem cabelo ruivo na altura do ombro e roupa preta de veludo. Ella segura alto a sua estatueta, com a mão esquerda. Sorrindo, ela também segura sua outra mão no alto. O fundo é um pano verde.
Hobbs já tinha sido indicada em 2020 pelo episódio Cri de Coeur, da terceira temporada de The Crown, mas perdeu (Foto: Peter Nicholls/Reuters)

Melhor Direção em Drama: Jessica Hobbs – War (The Crown)

The Crown varreu o Emmy 2021. Se a Netflix rezava para conseguir a tão sonhada estatueta de Melhor Série de Drama, com certeza Jessica Hobbs acendeu todas as velas de sua casa para atrair o prêmio de Melhor Direção em Drama. E deu certo. A neozelandesa dirigiu os dois últimos episódios da quarta temporada, Avalanche e War, vencendo pelo segundo.

Essa é a quarta vitória da Netflix na categoria desde que começou a concorrer, em 2013, e a segunda vitória de The Crown. O ano atípico causado pelas consequências da pandemia no audiovisual pode ter favorecido a gigante do streaming, mas, agora, mais do que nunca, é melhor sempre ficar de ouvidos bem abertos no tudum. Na categoria também concorriam Julie Anne Robinson, Benjamin Caron, Liz Garbus, Jon Favreau e Steven Canals. – Jho Brunhara


Foto de Kerry Washington. Ela é uma mulher negra, de cabelos pretos penteados para trás num coque baixo e usa um vestido prata azulado num tecido brilhoso. Kerry segura o envelope do Emmy e sorri para a câmera. Na frente dela, existe um microfone, e ao lado, uma mesinha com uma estatueta. Atrás dela existe um fundo laranja e uma estatueta gigante do Emmy.
Kerry Washington apresentou a categoria de Melhor Ator Coadjuvante em Drama e aceitou o prêmio em nome de Menzies, que não estava presente na premiação (Foto: Foto: Invision/AP)

Melhor Ator Coadjuvante em Drama: Tobias Menzies (The Crown) 

Depois de um belo discurso de Kerry Washington em homenagem a Michael K. Williams, ator falecido em 6 de setembro e que concorria na categoria por sua atuação avassaladora  em Lovecraft Country, a sensação era de que o prêmio já era dele. Seria a maneira perfeita de honrar a carreira de um ator brilhante que se foi cedo demais. 

No entanto, numa surpresa decepcionante, quem acabou levando a estatueta de Melhor Ator Coadjuvante em Drama foi Tobias Menzies, por sua atuação como Príncipe Philip na quarta temporada de The Crown. Foi o quarto prêmio seguido dado à série, numa noite histórica para a Netflix

Ao lado dele, também concorriam O-T Fagbenle, Max Minghella e Bradley Whitford por The Handmaid’s Tale, John Lithgow por Perry Mason, Chris Sullivan por This Is Us e Giancarlo Esposito por The Mandalorian. Pelo visto, nenhum deles foi páreo para o poder da família real britânica. Caio Machado


Foto de Gillian Anderson. A mulher branca, que tem cabelo loiro e curto, usa um vestido branco. segura na sua frente uma estatueta do Emmy, mostrando para a câmera. A mulher sorri. O fundo é um pano verde.
No papel da cruel Dama de Ferro em The Crown, Gillian Anderson conquistou alguns dos principais prêmios de atuação, culminando em sua vitória na noite de ontem (Foto: Peter Nicholls/Reuters)

Melhor Atriz Coadjuvante em Drama: Gillian Anderson (The Crown) 

Depois de Jessica Hobbs e Peter Morgan terem recebido as estatuetas de Direção e Roteiro, foi a hora dos intérpretes da terra da Rainha receberem o que lhes era devido pela quarta temporada de The Crown. Na categoria de Melhor Atriz Coadjuvante não deu outra, e Gillian Anderson subiu ao palco para receber o segundo Emmy de sua carreira (a atriz já havia sido reconhecido por seu papel como a querida Dana Scully de The X Files), agradecendo à Netflix e aos realizadores da série, mas dedicando o prêmio à sua colaboradora e amiga de longa data, Connie Freiberg.

A categoria estava claramente dividida entre The Crown e The Handmaid’s Tale, cada qual contando com três e quatro atrizes na disputa pela estatueta, com apenas Aunjanue Ellis competindo solitariamente por seu papel em Lovecraft Country. Interpretando uma das figuras mais infames da política britânica, a Margaret Thatcher de Anderson já estava no caminho para vencer desde que conquistou o Globo de Ouro e o SAG mais cedo na temporada de premiações. – Gabriel Oliveira F. Arruda


Foto de Peter Morgan. O homem branco segura sua estatueta com as duas mãos, sorrindo para camera. Seu cabelo é curto e ele veste terno e gravata pretas por cima de uma blusa branca. O fundo é um pano verde.
Criador de The Crown, Peter Morgan levou para casa o prêmio de Melhor Roteiro em Drama no Emmy 2021 (Foto: Foto: Peter Nicholls/Reuters)

Melhor Roteiro em Drama: Peter Morgan – War (The Crown) 

Peter Morgan, premiado roteirista britânico — que já recebeu um BAFTA pelo roteiro do filme O Último Rei da Escócia (2006) —, levou a estatueta de Melhor Roteiro em Drama por War, 10º e último episódio da 4ª temporada de The Crown. A série era uma das favoritas para levar o prêmio, e, como fez em toda a categoria de Drama, não deixou espaço para a concorrência.

 Morgan, que também é o criador da série, é conhecido no cenário das artes dramáticas como um dos principais roteiristas sobre histórias da realeza britânica, e roteirizou o filme The Queen, de 2006, que lhe rendeu uma indicação como Melhor Roteiro no Oscar, além da vitória na mesma categoria no Globo de Ouro de 2007. O episódio War — uma respeitosa Season Finale —, em tom sombrio, se inicia em 1º de novembro de 1990, data que marcou o fim da carreira política de Margaret Thatcher, e mostra a Princesa Diana como o principal rosto da família real. – Bruno Andrade


Foto de Courtney Vance. O homem negro tem bigode preto e cabelo raspado. Ele veste um terno cinza escuro por cima de uma blusa branca. Segurando um celular na mão esquerda, sua outra mão está apoiada no microfone onde ele discursa. Do lado do microfone há ainda uma pequena mesa branca onde uma estatueta está apoiada. O fundo está embaçado, mas se enxerga o corpo de uma mulher usando vestido vermelho.
Vencedor do Emmy de Melhor Ator Convidado em Série de Drama, Courtney B. Vance apareceu em três episódios de Lovecraft Country, que foi recentemente cancelada pela HBO (Foto: Foto: Invision/AP)

Melhor Ator Convidado em Drama: Courtney B. Vance (Lovecraft Country)

No primeiro domingo do Emmy 2021, quem levou a melhor como Melhor Ator Convidado em Drama foi Courtney B. Vance, por seu papel como George Freeman na cancelada Lovecraft Country. Vance ficou com o troféu nas duas vezes em que foi indicado: ele já tinha uma estatueta de Melhor Ator em Série Limitada ou Antologia ou Telefilme na estante, por The People v. O.J. Simpson: American Crime Story em 2016.

Em 2021, a competição estava entre ele, Charles Dance, indicado por Lord Mountbatten em The Crown; Don Cheadle, por sua participação de 98 segundos como James Rhodes em Falcon and the Winter Soldier; Carl Weathers, por Greef Karga, em um episódio de The Mandalorian dirigido por ele mesmo; e Timothy Olyphant, pelo xerife Cobb Vanth, também em The Mandalorian.

Courtney B. Vance não enrolou para subir ao palco e agradecer à família, a HBO e a toda equipe de Lovecraft Country. Ele aproveitou as palavras da showrunner da série, Misha Green, a quem também agradeceu, para prestar homenagem ao seu colega de elenco falecido recentemente, o ator Michael K. Williams. “Michael fez tudo de coração aberto, com seu espírito infinito e com muito estilo. Que ele descanse em poder e nos deixe honrar o seu imenso legado sendo um pouco mais amoroso, um pouco mais infinito em pensamentos e um pouco mais ‘swaggy’ em ações”. – Vitória Lopes Gomez


Arte de vitória de Claire Foy. A arte retangular é preta com detalhes brilhantes nas bordas laterais e no inferior. Centralizado estão os textos ‘OUTSTANDING GUEST ACTRESS IN A DRAMA SERIES” e “Claire Foy” em branco e “The Crown”, de dourado e itálico. Entre os textos, também de dourado, já ainda uma linha divisória.
As glórias de The Crown começaram logo no primeiro domingo do Emmy, com Claire Foy iniciando as vitórias em categorias de atuação por sua participação como Convidada (Foto: Foto: Invision/AP)

Melhor Atriz Convidada em Drama: Claire Foy (The Crown)

Entre nomes recorrentes nas indicações de Melhor Atriz Convidada em Drama, foi Claire Foy quem fez história no Emmy 2021. A vitória da intérprete da Rainha Elizabeth II a consagrou como a primeira atriz a levar o prêmio em duas categorias diferentes pelo mesmo papel, tendo aparecido em Principal e Convidada. Foy já havia sido nomeada como Melhor Atriz em Drama pela primeira e segunda temporada de The Crown, em 2017 e 2018 respectivamente, e levou o troféu em 2018. 

A Rainha encerrou sua participação como protagonista na série da Netflix há duas temporadas, mas reviveu sua personagem em um flashback no episódio 48:1, no quarto ano da produção. O 1 minuto e 49 segundos de participação da atriz foi suficiente para desbancar performances marcantes das outras concorrentes, entre elas veteranas como Phylicia Rashad e Alexis Bledel. Rashad, indicada por três anos seguidos como Carol Clarke em This Is Us, saiu mais uma vez só com o reconhecimento da nomeação. Bledel, lembrada por Emily em The Handmaid´s Tale e uma das favoritas no ano, já havia sido indicada na categoria em 2017 e 2020, além da nomeação como Melhor Atriz Coadjuvante em 2018, mas continuou só com o troféu de 2017.

Das indicadas de primeira viagem, a injustiçada Sophie Okonedo recebeu um aceno por Charlotte, em uma performance que salvou Ratched, mas sequer figurou entre as favoritas. Por último, a jovem Mckenna Grace, que apareceu pela primeira vez na lista do Emmy aos 15 anos, foi reconhecida por seu papel como Esther em The Handmaid´s Tale e apresentou uma categoria na segunda noite da premiação. Ao final, a coroada foi a familiar Rainha. – Vitória Lopes Gomez

Deixe uma resposta