Na segunda temporada, a amizade de Pen15 vai além da vergonha alheia

Cena da série Pen15. Em um corredor de escola, do lado esquerdo da imagem, vemos a personagem Anna, uma mulher branca, de cabelos loiros, lisos e longos, vestindo uma blusa com listras em tons de azul, verde e bege, com uma mochila pendurada nas costas e usando um colar com metade de um coração. Ao lado dela, do lado direito da imagem, vemos a personagem Maya, uma mulher amarela, com cabelos castanhos lisos acima do ombro, vestindo uma camiseta marrom e usando um colar com metade de um coração, com a boca aberta, como se gritasse.
Indicada em três categorias no Emmy 2021, Pen15, do Hulu, está disponível no Brasil no Paramount+ (Foto: Hulu)

Vitória Lopes Gomez 

Antes mesmo da internet implicar com os ‘cringes’, Pen15 já abusava da vergonha alheia. Na série escrita e estrelada pelas atrizes Maya Erskine e Anna Konkle, as duas mulheres voltam à pior fase da vida, a pré-adolescência, para reviverem todos os terrores, estranhezas e também os prazeres de se ter 13 anos. Só tem um pequeno detalhe: as intérpretes das adolescentes, na verdade, já estão na casa dos 30.

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Tudo Sobre os Indicados ao Emmy 2021

Arte retangular horizontal de fundo laranja. No canto superior esquerdo, foi adicionado o texto 'tudo sobre os indicados ao'. Abaixo, foi adicionado o texto 'emmy 2021', estilizado para que se veja apenas o contorno das letras. Abaixo, foi adicionado o logo do Persona com a íris do olho em laranja, e ao lado esquerdo, no canto inferior, o troféu do Emmy na cor preta. Do centro da imagem até o extremo direito, foram adicionadas 6 molduras pretas, em 2 fileiras de 3 molduras lado a lado. Primeira fileira: dentro da primeira moldura, foi adicionada a imagem do ator Michael K. Williams, por seu personagem em Lovecraft Country. Na segunda moldura, foi adicionada a imagem de MJ Rodriguez, por sua personagem em Pose. Na terceira moldura, foi adicionada a imagem da cantora Billie Eilish. Segunda fileira: Dentro da primeira moldura, foi adicionada a imagem de Lin-Manuel Miranda, por seu personagem em Hamilton. Na segunda moldura, foi adicionada a imagem das atrizes Maya Erskine e Anna Konkle, por suas personagens na série PEN15. Na terceira moldura, foi adicionada a imagem da atriz Anya Taylor-Joy, por sua personagem em O Gambito da Rainha.
Os destaques do Emmy 2021: Lovecraft Country, Pose, Billie Eilish: The World’s A Little Blurry, Hamilton, Pen15 e O Gambito da Rainha (Foto: Reprodução/Arte: Ana Júlia Trevisan/Texto de Abertura: Vitor Evangelista)

Preparem a pipoca de microondas e gelem as garrafas de coca-cola, pois o Emmy 2021 está batendo à porta. A 73ª edição dos prêmios da Academia de Televisão acontece no dia 19 de setembro, e no ano em que a pandemia judiou das séries consagradas do Oscar da TV, o Persona traz um conteúdo completo e multifacetado, abrangendo, entre séries de comédia e drama, animações, programas de competição, de variedades, documentários, telefilmes, séries limitadas e antologias, 72 produções que concorrem ao Emmy desse ano.

Lendo esse compilado, você fica por dentro de tudo que está rolando na premiação, sabe em quem apostar (pode ir em Ted Lasso, confia em mim) e ainda descobre quais foram os esnobados e injustiçados da vez. Começando pelo gênero da Comédia, muitas vezes erroneamente tido como o menos importante da seleção, a série da Apple TV+ com o técnico bigodudo sai na frente em todas as corridas que disputa.

A benevolência de Lasso, por outro lado, rivaliza de maneira harmoniosa com a acidez de Hacks, seriado do HBO Max que encontra em Jean Smart um veículo de sagacidade, mau humor e um estudo sobre a mudança da Comédia na TV. Simplesmente imperdível, assim como sua colega de emissora, The Flight Attendant, dramédia misteriosa que tira Kaley Cuoco da vida nerd de The Big Bang Theory, e a coloca dentro de aviões em viagens longas, recheadas de alcóol e até um assassinato.

Na lista mais fraca em anos, Melhor Série de Comédia iluminou a brilhante Pen15 e todo seu humor cringe, mas ainda não o bastante para que as soberbas Anna Konkle e Maya Erskine apareçam na lista principal de atuação. Quem também se sobressai da mediocridade é a sétima temporada de black-ish, sitcom que se mantém firme e forte com o casal protagonista figurando em suas respectivas disputas.

Cobra Kai surpreendeu (e o cheque da Netflix caiu) com a menção na categoria principal, e O Método Kominsky conseguiu ser indicado pela terceira vez. A surpresa, no entanto, ficou com a lembrança de Emily em Paris, na briga que poderia ter indicado obras mais pomposas, como Dickinson (completamente esnobada) ou Zoey e sua Fantástica Playlist (que abocanhou algumas menções técnicas). A ausência de comédias de nome, a exemplo de What We Do in the Shadows, Atlanta, Insecure, Barry e The Marvelous Mrs. Maisel, abriu espaço para que a seleção de 2021 se diferenciasse do esperado.

Reconhecidas somente com suas brilhantes atuações estão o final de Mom, o final de Shrill e o final de Shameless. O começo de Kenan foi agraciado com a menção de seu personagem-título Kenan Thompson, que também aparece como um dos favoritos ao prêmio de Ator Coadjuvante, dessa vez por Saturday Night Live. A corrida masculina, de fato, enxergou uma superlotação do elenco de Ted Lasso, que faz companhia a Thompson e ao brilhante Bowen Yang, na disputa da honraria.

Com Insecure fora do período de elegibilidade, a pontinha de Issa Rae em A Black Lady Sketch Show rendeu à atriz uma indicação como Convidada. A série-filha de black-ish, grown-ish, recebeu a primeira nomeação de sua existência, pela Fotografia da terceira temporada, enquanto Girls5eva, esperando ser lembrada na categoria principal, só ouviu o nome de Meredith Scardino como Melhor Roteiro. Fecham a seleção de Comédia as esquecidas B Positive, The Politician e Made for Love.

Na parte das séries animadas, Big Mouth retorna com a quarta temporada na esperança de sua joia rara Maya Rudolph vencer novamente o Emmy de Performance de Voz, enquanto South Park foi reconhecido, pela primeira vez em sua longa jornada pela TV, pelo episódio especial da pandemia. Outra queridinha da Academia é Love, Death + Robots, que voltou com um ano mais curto, mas igualmente satisfatório.

Quando o assunto são os Documentários e os Programas de Não-Ficção, o Emmy definiu uma regra base: se o filme for indicado ao Oscar, não pode fazer dobradinha aqui. Dito isso, nomes esquecidos na cerimônia que logrou Professor Polvo, como O Dilemas das Redes, As Mortes de Dick Johnson, Bem-vindo à Chechênia e Boys State, agora podem ser agraciados com esse outro troféu dourado. 

Na lista de 2021, marcam presença os filmes musicais Tina, Billie Eilish: The World’s A Little Blurry, David Byrne’s American Utopia e The Bee Gees: How Can You Mend A Broken Heart, além do histórico Tulsa Burning: The 1921 Race Massacre. No formato seriado, Allen contra Farrow fez barulho, Faz de Conta que NY é uma Cidade nos agraciou com afeto e Framing Britney Spears ressoou no mundo real. 

No maior prêmio da noite, 8 dramas batalham pelo reconhecimento sem a sombra de Succession. O suprassumo da quarta temporada de The Crown pode, finalmente, colocar um Emmy de Melhor Série na estante da Netflix. Aliás, o amor pela chegada da Lady Di e da Dama de Ferro emplacou a produção à frente em todas as seis categorias de atuação, além de Roteiro e Direção. Ano passado, Schitt’s Creek provou que é muito possível um único nome clamar todos os troféus do gênero. Será que a criação de Peter Morgan repetirá esse legado?

Na cola da família real, a segunda temporada de The Mandalorian continua o fenômeno nerd, envelopado numa trama de faroeste espacial e ainda conta com a fofura de Grogu, o nome do batismo do nosso filhinho Baby Yoda. O ano 2 da série do Disney+ encheu de nomes as categorias de atuação, além de Roteiro e Direção, mas a ausência de Pedro Pascal em Ator Principal é mais uma vez sentida. Outro nome popular da disputa é The Handmaid’s Tale, que depois de um ano fraco, renasce poderosa.

Com 10 nomeações apenas para o elenco, a quarta temporada trouxe novo ar aos pulmões calejados da trama de June, que sai de Gilead e começa, lentamente, é claro, a tocar o terror. This Is Us, única representante da TV aberta na disputa, bateu ponto, mas sem chance alguma de sair coroada. Bridgerton performou aquém do esperado, e além de aparecer em Série e Direção, iluminou o boa pinta Regé-Jean Page na categoria principal. 

The Boys, por outro lado, surpreendeu com a lembrança em Série e Roteiro, mas que falta faz o nominho de Anthony Starr entre os Melhores Atores de 2021. Quem marca presença lá é o lendário Billy Porter, que busca finalizar seu ciclo em Pose repetindo a vitória do ano inicial. Por falar em Pose, o terceiro ano fez história colocando Mj Rodriguez na briga de Atriz, tornando a querida Blanca Evangelista a primeira pessoa trans indicada em uma categoria de atuação principal.

Para fechar a lista das 8 melhores, temos Lovecraft Country. Criada por Misha Green, a original HBO foi cancelada logo antes do Emmy anunciar suas 18 nomeações. Além de aparecer em disputas principais de Série, Ator, Atriz e Atriz Coadjuvante, a série nomeou o eterno Michael K. Williams como Melhor Ator Coadjuvante, pelo visceral papel de Montrose. O ator, que já deu vida a personagens imortais mas nunca venceu um Emmy, foi encontrado morto no começo do mês, poucos dias antes da cerimônia. Antes de seu falecimento, Williams já era considerado favorito na disputa.

Os Especiais de Euphoria, impedidos de concorrer nas categorias grandes, abocanharam menções no Emmy Criativo (que esse ano acontece em 11 e 12 de setembro). Perry Mason conseguiu emplacar Matthew Rhys e John Lightown, ao passo que Ratched foi reconhecida por seu melhor atributo: a interpretação sobrenatural de Sophie Okonedo. The Umbrella Academy figurou em listas técnicas, In Treatment voltou após o hiato de uma década para dar o reconhecimento para Uzo Aduba em seu primeiro papel como protagonista, e a aparição de 90 segundos de Don Cheadle em Falcão e o Soldado Invernal foi o bastante para a Academia nomeá-lo como Convidado.

No campo dos Especiais de Variedades (Pré-Gravados), temos 3 destaques. Friends: The Reunion, aguardado reencontro do elenco da maior Comédia da TV, indicou Courteney Cox ao Emmy pela primeira vez. Dos 6 amigos, Monica era a única deixada ao relento pela Academia, sem qualquer menção nos dez anos de rodagem da sitcom. Bo Burnham: Inside coroou seu criador em todas as áreas imagináveis, desde o roteiro até as criações sonoras e musicais. 

Hamilton, musical gravado do Disney+, apareceu em tudo onde teve direito: foram reconhecidos o trabalho estonteante de Lin-Manuel Miranda e a entrega feroz de Leslie Odom, Jr., além da verdade impressa por Philippa Soo e o fogo dos olhos e da voz de Renée Elise Goldsberry, o jeito canastrão de Jonathan Groff, o ar despojado de Daveed Diggs e a inocência descomunal de Anthony Ramos. Todos eles, aliás, concorrem nas categorias de Série Limitada ou Antologia ou Telefilme. Hamilton, entretanto, é caracterizado como um Especial de Variedades. 

O ponto dos Telefilmes também cai em uma regra de disputa com o Oscar. Aqui, se a obra foi sequer considerada para nomeação em Cinema, ela automaticamente está fora da disputa da TV. 2021 se provou uma safra fraca para a categoria que premiou o volumoso Má Educação ano passado. Agora, o prêmio ficará entre o romântico O Amor de Sylvie, o sincero Tio Frank, o necessário Robin Roberts Presents: Mahalia, o burocrático Oslo e o bem-aventurado Natal com Dolly Parton.

Sem o nome de Minissérie no título, a disputa de Série Limitada ou Antologia é mais acirrada do Emmy 2021. WandaVision é a campeã de nomeações, mas suas chances de vitória podem ser eclipsadas pelo caráter super-heróico da produção, que lida com pontos importantes de saúde mental, como luto e depressão, ao mesmo tempo em que homenageia a TV como gênero e formato. Tudo isso encapsulado na fórmula Marvel e com o confeito da atuação mirabolante de Kathryn Hahn no papel da vizinha enxerida/vilã formidável.

Campeã dos prêmios de inverno, O Gambito da Rainha alcançou a façanha de ser reconhecida em todas as Guildas e Sindicatos da indústria, mas a estreia lá no fim de 2020 parece distante demais para os louros da Academia, seu passo final antes de encerrar as atividades e depois de vencer o Globo de Ouro, o Critics Choice Awards e o SAG. Outro nome importante do ano é I May Destroy You, que rendeu 4 merecidas nomeações para sua estrela máxima, Michaela Coel, além de lembrar, ainda bem, da performance irretocável de Paapa Essiedu, como Ator Coadjuvante.

The Underground Railroad, estreia de Barry Jenkins na TV, performou abaixo do merecido, lembrado apenas em categorias técnicas, em Série e em Direção. A esnobada de Thuso Mbedu nunca será perdoada, Academia! Enquanto a produção do Amazon Prime Video sofre como a única sem indicações de atuação, Mare of Easttown fecha a lista que batalha pelo disputado prêmio de Série Limitada, entregue à incomparável Watchmen em 2020. Protagonizada por uma faminta por aclamação Kate Winslet, a trama investigativa cresce para além de seu molde detetivesco, dando a seu elenco momentos dignos e que ficarão marcados para suas carreiras: Jean Smart, Evan Peters, Guy Pearce, Angourie Rice e, em especial, Julianne Nicholson, todos arrasam nesse time de estrelas.

Fora da lista principal, se destacam a atuação de Ewan McGregor em Halston e a de Cynthia Erivo em Genius: Aretha. O tato inimitável artístico de Steve McQueen em Small Axe foi completamente ignorado, assim como a destreza de Ethan Hawke, que estrelou, escreveu e produziu The Good Lord Bird, tudo para ser deixado de fora da categoria de Melhor Ator, essa que nomeou o trabalho libertino de Hugh Grant em The Undoing. Protagonista de edições passadas, Fargo ficou limitada à disputas técnicas, e A Maldição da Mansão Bly foi nomeada como uma das melhores edições de som do ano.

Ufa! A lista é gigantesca e o nível de qualidade do conteúdo do Persona é maior ainda. Na extensa e complexa cobertura do Emmy 2021, esse compilado dos indicados à premiação coroa um trabalho de pesquisa e informação, mas não para por aqui. A diversidade na lista do prêmio da Academia deve ser celebrada e espalhada, assim como os incríveis nomeados da edição. Para mergulhar de vez, é só rolar a página e ler o que a Editoria e os Colaboradores destacaram nesta temporada de premiações.

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Cineclube Persona – Agosto de 2021

Destaques de Agosto de 2021: Falecimento de Tarcísio Meira, Gossip Girl, O Esquadrão Suicida e The Green Knight (Foto: Reprodução/Arte: Larissa Vieira/Texto de Abertura: Gabriel Gatti)

Agosto passou voando, mas ainda assim trouxe grandes marcos para esse ano. As Paraolimpíadas, que se iniciaram no final do mês, levaram um holofote para atletas incríveis que trouxeram várias medalhas para o Brasil. Além disso, os preparativos para o Emmy 2021 continuam a todo o vapor, com a cobertura do Persona rolando aqui no site e nas redes sociais. Também neste mês, sentimos a morte do ator Tarcísio Meira e de Paulo José, duas perdas enormes para a teledramaturgia. Entre esses acontecimentos, diversos filmes e séries foram lançados e o Cineclube Persona se reúne para comentar o que saiu de melhor e pior no mês de Agosto de 2021

O oitavo mês do ano se destacou com o lançamento de cinebiografias. Respect é um longa que retrata a história da cantora Aretha Franklin e já aponta  uma possibilidade, mesmo que remota, de indicar Jennifer Hudson ao Oscar 2022 . Quem também ganhou um filme sobre sua vida foi o ator Val Kilmer, representado no longa Val, disponível no Amazon Prime Video. Ainda em agosto, o Globoplay revisitou a história do Brasil com a biografia Doutor Gama, narrando a história de Luiz Gama, um advogado negro que libertou mais de 500 escravos. Além disso, não faltou representatividade LGBT com os documentários Pray Away, produzido por Ryan Murphy, e Luana Muniz – Filha da Lua, sobre a travesti Rainha da Lapa, que o Persona assistiu com exclusividade antes do lançamento e ainda entrevistou os diretores.

Agosto proporcionou dramas para a Sétima Arte, como CODA, comédia dramática sobre uma adolescente ouvinte filha de adultos surdos, que ganhou o Festival de Sundance 2020 e agora está disponível na Apple TV+ nos EUA. Outra novidade deste mês é Stillwater, que teve sua estreia em Cannes e tem como diretor Tom McCarthy, vencedor do Oscar de Melhor Roteiro Original em 2016 por Spotlight. Além dos dramas, as animações também se destacaram. A Jornada de Vivo, por exemplo, disponível na Netflix, nos apresenta ao jupará apaixonado que viaja para entregar uma canção, contando com a participação do Lin-Manuel Miranda. Nesse mês, foram lançados alguns animes, como The Witcher: Lenda do Lobo, sobre um bruxo convencido a caçar criaturas por dinheiro, e Evangelion: 3.0+1.0 Thrice Upon a Time, quarto e último filme da série Rebuild of Evangelion, baseado no anime Neon Genesis Evangelion.

Mas nem só de dramas e biografias foi feito o mês. O Esquadrão Suicida, “continuação” do filme fracassado de 2016, agora conta com James Gunn na direção, dessa vez do lado da DC, depois de sua demissão pela Marvel por tweets antigos com pedofilia. Lisa Joy, uma das criadoras de Westworld, foi responsável pela direção de Reminiscence, que retrata um investigador particular da mente que ajuda seus clientes, até uma delas mudar sua vida. Esse mês ainda teve outros lançamentos, como A Nuvem e The Green Knight, baseado no romance Sir Gawain e o Cavaleiro Verde do século 14. O longa, produzido pela A24, foi protagonizado pelo ator Dev Patel e foi dirigido por David Lowery, responsável por A Ghost Story.

Agosto também teve espaço para as produções água com açúcar. O longa Ele é Demais (He’s All That), sobre a transformação de um menino desengonçado no rei do baile, é uma nova versão do filme Ela é Demais, mas que traz os gêneros dos personagens invertidos. Os últimos trinta dias  ainda foram o palco do fim da trilogia de Joey King e Jacob Elordi, A Barraca do Beijo 3, que encerrou sua trama com Elle se preparando para fazer tudo que ainda deseja antes de ir para a faculdade.

O lançamento de Você Nunca Esteve Sozinha, série original do Globoplay, conta a vida da Juliette antes e após vencer o BBB. Ainda aqui na América Latina, foi lançada também Todo va a estar bien (Everything Will Be Fine), uma comédia com o Diego Luna. Na falta de Killing Eve, Sandra Oh assume o comando de The Chair, produzida pela Netflix. Seguindo pelas comédias dramáticas, Kevin Can F**k Himself, original da AMC e distribuído pelo Amazon Prime Video, é o primeiro trabalho da Annie Murphy depois de vencer o Emmy por Schitt’s Creek, em 2020. 

Outra sitcom de agosto foi Grace & Frankie, com a Netflix lançando como degustação quatro episódios da sétima e última temporada, que só chegará na íntegra em 2022. A Apple TV+, por sua vez, se destacou esse mês no humor com Schmigadoon!, uma sátira musical, e Physical, com Rose Byrne. Numa dobradinha entre Nota Musical e Cineclube, Selena Gomez aparece por aqui protagonizando Only Murders in the Building,  ao lado de Steve Martin e Martin Short. A série do Hulu lançou seus primeiros episódios em Agosto, mas só aparecerá na íntegra aqui no Persona quando acabar sua exibição, nos próximos meses.

Já mais voltado para o público adolescente, acompanhamos  o lançamento de Cruel Summer no Amazon Prime Video, e o fim da primeira parte da nova Gossip Girl, com protagonistas da Geração Z no HBO Max. Como uma campanha para o Emmy 2021, o Hulu lançou o episódio Pen15 Animated Special, que faz parte da segunda temporada da série. Outra série animada deste mês é Divirta-se em Casa com o Pateta, formada por curtas com o personagem da Turma do Mickey disponível no Disney+. Em agosto, a nostalgia do revival de iCarly, sem a Sam, chegou ao fim da sua primeira temporada.

O terror também teve espaço nesse mês, com a série da Netflix Brand New Cherry Flavor, que mistura Cinema, sexo e horror, com o pragonismo da Rosa Salazar, e com o fim de American Horror Stories, um spin-off de AHS com uma história diferente a cada episódio. Outra antologia de agosto é a segunda temporada de Modern Love, disponível no Amazon Prime Video, que conta com Kit Harington, de Game of Thrones, e Anna Paquin, vencedora do Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante, em 1994. 

Um dos maiores destaques do mês é a primeira temporada de The White Lotus, nova produção da HBO que mostra a rotina de um resort no Havaí, com o abuso dos funcionários por parte dos hóspedes ricos e com uma morte suspeita. E falando em riqueza, a Netflix estreou a série Cozinhando com Paris, em que a socialite traz seus convidados para jantar, como a Kim Kardashian.

Caminhando por diversos gêneros e streamings, o Persona segue isolado em casa e apresenta as novidades audiovisuais do mês de agosto. Entre  algumas produções muito bem feitas e outras nem tanto, a Editoria e os Colaboradores comentam de tudo um pouco do que acabou de sair do forno do Cinema e da TV no oitavo mês de 2021.

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