Um brinde às batalhas internas e memórias da juventude em 15 anos de Skins UK

Fotografia da série Skins. A foto mostra quatro personagens principais da primeira temporada, da cintura para cima. Eles estão sentados, próximos da câmera, e todos são jovens. Da esquerda para a direita: Chris é interpretado por Joe Dempsie, um homem branco, de cabelos castanhos-claros, lisos e médios. Ele está sorrindo, usa uma camiseta cinza sobre uma blusa branca de mangas compridas e segura um jarro de vidro, que contém um líquido laranja, em uma das mãos. Ao seu lado está Sid, interpretado por Mike Bailey, um jovem branco. Ele tem cabelos lisos e escuros, que vão até a altura dos ombros. Usa um gorro preto sobre a cabeça e óculos retangulares. Ele tem um rosto fino, um nariz pontudo e usa uma camiseta azul. Ao seu lado está Maxxie, interpretado por Mitch Hewer. Mitch é um homem branco, de pele bronzeada, olhos azuis, rosto fino e cabelos loiros e lisos, com uma franja que cai sobre os olhos. Ele usa um moletom branco com listras. Por último, está Tony, interpretado por Nicholas Hoult. Ele é um homem branco, de olhos azuis, rosto fino e cabelos castanhos. Ele usa uma blusa preta de frio, com as mangas arregaçadas.
Oh baby, baby, it’s a wild world (Oh baby, baby, é um mundo selvagem) (Foto: E4)

Mariana Nicastro

A juventude é a fase da intensidade. De dramas, sensações, desejos e sonhos. Nela, as amizades são eternas, os amores são infinitos num dia, efêmeros no outro, e os problemas são o fim do mundo. É a fase da rebeldia e das descobertas. Há 15 anos, Skins (UK), ou Juventude à Flor da Pele, explorou tudo isso de forma intimista, sob perspectivas de distintos jovens ingleses que tinham uma coisa em comum: a consciência de que crescer não é fácil, mas que amizades, família e empatia tornam o processo menos cruel.

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30 anos de Barney e Seus Amigos: um dinossauro magenta é capaz de criar laços de amizade?

Foto do elenco do programa infantil Barney e Seus Amigos. Da esquerda para a direita na imagem: uma garota negra de olhos e cabelo escuros está sentada de lado em uma mureta, ela veste uma camiseta xadrez verde e calça e sapatos beges; uma garota branca de olhos e cabelo claros está apoiada com uma mão na corrente de um balanço, ela veste uma camiseta de manga longa azul e uma calça preta; um garoto branco de olhos e cabelo escuros está sentado no gramado com uma bola vermelha em uma de suas mãos, ele usa óculos de grau, veste uma camiseta xadrez azul, uma bermuda azul e calça um tênis preto com meias brancas; uma garota branca de olhos e cabelo escuros está sentada em um balanço ao lado de outra garota, ela veste uma camiseta branca coberta por uma peça rosa; a garota que divide o balanço é branca de olhos e cabelo claros, ela veste uma camiseta azul de botões, uma bermuda cinza e um tênis branco; atrás do balanço onde estão as duas meninas está Baby Bop, uma triceratops verde; um garoto branco de olhos e cabelo claros apoia uma mão na corrente do balanço enquanto segura uma bola de futebol com a outra, ele veste uma camiseta listrada preta e amarela, uma calça jeans azul e um tênis preto e branco; Demi Lovato, pele branca de olhos e cabelos escuros está sentade em uma bola azul, elu usa óculos de grau, veste uma camiseta listrada branca e azul, uma calça e tênis brancos; Barney, um tiranossauro rex magenta está ao lado de Lovato; Selena Gomez, uma garota branca de olhos e cabelo escuros está sentada em uma bola amarela, ela veste uma regata listrada vermelha e branca, uma bermuda jeans, um tênis cinza e meias brancas; B.J, um protoceratops amarelo está atrás de Gomez; um garoto branco de olhos e cabelo escuros está sentado na escada, ele veste uma camiseta de manga longa cinza, uma bermuda branca, um tênis vinho e meias brancas; o último garoto da direita está em pé na escada, ele é branco de olhos e cabelo claros, ele veste uma camiseta azul, uma bermuda marrom, um tênis cinza e meias brancas. O ambiente é um parque de tom marrom e gramado verde
Os trinta minutos de cada episódio de Barney & Friends provaram ser suficientes para fidelizar o laço de amizade com a audiência (Foto: Denis Full)

Nathalia Tetzner

O que é ser amigo? É brincar depois da escola? Ou ser uma família feliz? Não existe uma única resposta correta para a pergunta. Quando pensamos em amizade, é natural que a nossa mente nos teletransporte para a infância, momento em que os primeiros laços são criados. E não há nada que marque os primeiros anos de vida de alguém na mesma intensidade que um bom programa infantil com um personagem super carismático. Há 30 anos, Barney e Seus Amigos provaram que a amizade pode ser carregada de infinitos significados, pode acontecer de diversas maneiras e pode, até mesmo, ser feita entre crianças e dinossauros.

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Freaks ensina: quem vê cara, não vê coração

Cena em branco e preto do filme freaks apresenta um grupo de dez artistas de circo. Com exceção da mulher branca e loira, que usa um longo vestido branco e apresenta um olhar sério, todos os outros apresentam expressões de descontração.
Ao longo de pouco mais de uma hora de filme, Freaks provoca angústia, revolta e empatia (Foto: Metro-Goldwyn-Mayer)

Gabriel Gatti

A padronização da beleza é um fenômeno muito comum e normalizado na sociedade. Ao longo das décadas, o rótulo daquilo que é bonito ou feio vai se alterando, mas sempre continua vigente para julgar quem vai aparecer diante das telas. Se esse cenário já é tão presente nos dias de hoje, imagine ir ao cinema há 90 anos e, ao invés de ver pessoas como o rosto entupido de pó de arroz, se deparar com um grupo de artistas com deficiência. Esse é justamente o caso de Freaks, um clássico de Tod Browning, que estreou em 1932 com muita polêmica.

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10 anos de Jogos Vorazes: nunca esqueceremos a faísca acesa pela Garota em Chamas

A imagem tem um fundo verde médio desfocado, que é uma floresta durante o dia, Katniss está em uma pequena clareira com arbustos rasteiros próximos. Ela se encontra em pé mais para a esquerda da imagem, com o corpo de frente para a câmera, com o rosto e o olhar sério virados para a direita, para onde ela mira uma flecha e o arco; a arma é simples e rústica, feitos em madeira. Katniss é uma mulher branca, magra, alta, de cabelo castanho levemente avermelhado. Ela veste uma, uma calça preta, coberta por uma blusa com tecido soltinho e um cinto também preto por cima, e se cobre com uma jaqueta de couro caramelo, transpassada por uma tira de couro tira de couro marrom, que segura o suporte de suas flechas nas costas. Na mão direita, a que apoia a flecha, há uma pequena proteção de tiras de couro.
“Esperança é a única coisa mais forte que o medo” (Foto: Lionsgate Entertainment)

“E que a sorte esteja sempre a seu favor”

Júlia Caroline Fonte

Obras literárias costumam trazer diversos desafios quando transportadas para as telas, tanto para fazer a adaptação funcionar nesse meio, quanto para agradar o grande fandom que a acompanha. Há 10 anos, presenciamos Jogos Vorazes (The Hunger Games) causar um alvoroço e garantir o grande sucesso que viria com suas três sequências. Inspirado no livro de Suzanne Collins, o filme foi responsável por transformar o universo das adaptações literárias no Cinema, iniciando uma nova fase do gênero e se tornando um marco para ele e para o protagonismo feminino entre o público juvenil; bem como iniciando um novo respiro para as séries de distopias.

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5 anos de Anne with an E: a adaptação que trouxe voz e coragem para as mulheres

É uma imagem da personagem Anne em foco ao centro, com o cenário desfocado, em tons terrosos, de uma praia com rochedos ao fundo, e um céu acinzentado. Anne é uma menina com aproximadamente 11 anos de idades, bem magra, de pele branca bem clara, sardas no rosto, grandes olhos azuis e cabelos, longos, lisos e ruivo natural, preso em duas tranças por um pequeno pedaço de tecido branco; alguns fios estão esvoaçando ao vento para a esquerda da imagem. Ela veste um vestido cinza claro com uma estampa minimalista de listras finas em cinza escuro, na vertical e horizontal, enrolada em um cobertor de flanela cinza levemente mais escuro. A cena mostra a personagem do busto para cima, focando em seu rosto levemente inclinado para cima. Anne está com uma expressão serena, a boca mostrando os dentes e olhando para o céu.
“Não é o que o mundo tem pra você, é o que você traz ao mundo” (Foto: Netflix)

Júlia Caroline Fonte

Grandes palavras são necessárias para expressar grandes ideias”. A frase de Anne Shirley Cuthbert descreve de maneira certeira o impacto que sua história causou ao longo de 5 anos desde o seu lançamento. A série canadense da Netflix, Anne with an E, teve sua estreia em 2017, e ainda hoje se destaca por ser a adaptação mais corajosa da obra de L. M. Montgomery. Essa nova versão, inspirada na série de livros Anne de Green Gables, conseguiu se adequar aos temas atuais de forma leve e encantadora, tanto em sua história quanto em seu visual.

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A busca pelo amor ideal em meio aos desencontros de Duas Garotas Românticas

Cena do filme Duas Garotas Românticas. Na imagem, vemos uma mulher jovem à esquerda; de cabelos loiros com franja e lisos, soltos até os ombros; pele clara; segurando um trompete nas mãos. Ela está usando um vestido branco de comprimento acima dos joelhos, com recortes de cor rosa, que descem da cintura até a barra; e uma boina cor de rosa na cabeça. Ela está sorrindo, e está em pé. Ao lado dela, à direita, está outra mulher jovem. Ela tem cabelos ruivos, lisos, com franja, soltos, e de comprimento até os ombros. Ela está usando um vestido branco, de comprimento acima dos joelhos, com recortes amarelos, que vão da cintura até a barra; está sorrindo, enquanto segura um bandolim nas mãos, e está de pé. Atrás delas há uma parede de madeira branca; uma mesa de madeira com rosas em cima; um piano preto e dourado; e um violoncelo no lado direito. No lado esquerdo há uma janela de cor rosa aberta, e um espelho. O chão é de madeira. Está de dia.
Mesmo após 55 anos de seu lançamento, Duas Garotas Românticas continua intocável (Foto: Festival de Cinema Francês Varilux)

Sabrina G. Ferreira

Para amenizar os males emocionais causados durante a Segunda Guerra Mundial, nas décadas de 50 e 60, houve o que se pode chamar de Era de Ouro dos musicais nos cinemas. Mostrando que é possível criar obras de qualidade fora dos muros de Hollywood, o diretor francês Jacques Demy (Os Guarda-Chuvas do Amor, A Baía dos Anjos) se destacou com o sucesso de bilheteria lançado em 1967, Duas Garotas Românticas (Les Demoiselles de Rochefort), arrebatador tanto pela energia vibrante que provém de cada cena, quanto pela simplicidade da trama, ao tratar assuntos considerados sérios de forma leve e sutil. 

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A existência humana e a consciência da morte prevalecem nos 65 anos de O Sétimo Selo

Cena do filme O Sétimo Selo. Na imagem em preto e branco, vemos um homem jovem, loiro, de cabelos curtos, e magro. Ele está vestindo um tipo de armadura de cavaleiro, feita com anéis de metal e uma capa preta jogada nos ombros. Ele sorri enquanto olha para o indivíduo na frente dele, e segura uma peça de jogo de xadrez na mão direita. À sua frente está a figura personificada da morte, com pele pálida, luvas pretas de couro, e uma capa que cobre todo o seu corpo, inclusive a cabeça, deixando somente o rosto à mostra. Ela está pensativa, olhando para o tabuleiro de xadrez a sua frente, e tem o braço direito dobrado, com a mão próxima do rosto. No tabuleiro de xadrez, as peças do homem são brancas, e da morte, pretas. Tem uma manta na estrutura que mantém o tabuleiro em cima, e ambos estão sentados, um de frente para o outro. Eles estão no campo, ao ar livre, com uma carroça e um cavalo alguns metros atrás, e duas pessoas sentadas próximas a carroça. Está de dia.
A Morte onipresente espreita soberana em um país arruinado pela peste negra (Foto: MUBI)

Sabrina G. Ferreira

Um filme do qual podemos analisar os anseios, as dúvidas e os medos de uma sociedade passada para tentarmos aprender por meio deles: essa é a definição de O Sétimo Selo (no original, em suéco, Det sjunde inseglet; e no inglês, The Seventh Seal). Do diretor sueco Ingmar Bergman (Morangos Silvestres e Persona), o nome faz referência à passagem do livro bíblico Apocalipse em que Deus tem sete selos nas mãos, e a abertura de cada um deles representa um desastre para a humanidade, sendo o último o irreversível fim dos tempos. Trata-se de uma obra que incomoda o espectador desde seu lançamento em 1957, principalmente quando nos colocamos no lugar dos personagens e no meio caótico em que eles vivem. 

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De 1922 para 2022: o que é ser Moderno no Brasil?

A Semana de Arte Moderna terminou ontem, mas as perguntas que o movimento cultural brasileiro deixou são para mais de 100 anos

Pintura "Operários" de Tarsila do Amaral. A imagem é composta por vários rostos de pessoas das mais diversas feições e tons de pele. Elas se organizam na diagonal da imagem, de forma crescente, da esquerda para direita, uma em cima da outra. Ao fundo, existe o desenho de uma indústria e o céu é azul.
“Que esperem o centenário. Se no ano de 2022 ainda se lembrarem disso, então sim.”, respondeu Manuel Bandeira quando questionado sobre a necessidade de relembrar a Semana de Arte Moderna em 1952 (Foto: Reprodução)

Raquel Dutra

18 de fevereiro de 1922. As cortinas do salão de concertos já se fecharam, as luzes do saguão de exposições já se apagaram, e as portas do Theatro Municipal de São Paulo já se trancaram. Lá fora, pelas ruas da cidade, corre uma promessa de novos ares, criada pelos artistas que estiveram reunidos durante os últimos cinco dias no centro cultural mais tradicional da capital paulista. A ideia é transformar a Arte nacional através do que existe no nosso próprio país, buscando, assim, uma expressão artística 100% brasileira. “Genial e revolucionário!” exclama quem cruza com essa energia pelo caminho, porque ali, alguém testemunhou o início do modernismo no Brasil. É o primeiro dia pós-Semana de Arte Moderna, e sua força tem o potencial de influenciar todo o resto do país a procurar pelas suas raízes e colocá-las para fora, sem depender nunca mais de referências externas. Pelo menos, é o que eles dizem.

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O folclore sou eu: Heitor Villa-Lobos e a Música Modernista

Na Semana de 1922, o maestro já demonstrava seu esforço em trazer elementos do folclore brasileiro à Música Clássica

Foto em preto e branco do maestro Heitor Villa-Lobos. Na foto, Heitor Villa-Lobos está sentado em um piano, com a mão direita sobre as teclas, inclinado à lateral, com a cabeça virada para a direita. Ele está com um charuto na boca. Villa-Lobos é um homem branco, veste um terno de cor cinza com listras de cor branca e possui cabelos pretos e lisos com mechas grisalhas. O piano é de cor preta.
Tido como o principal musicista da Semana de Arte Moderna, Heitor Villa-Lobos teve repercussão internacional, marcando-o como o maior maestro e compositor clássico brasileiro (Foto: Acervo Museu Villa-Lobos)

Bruno Andrade

No dia 17 de fevereiro de 1922, no Theatro Municipal de São Paulo, o público acomodou-se de forma lenta e espaçada, aguardando a apresentação de um músico carioca, tido como o mais conceituado da Semana de Arte Moderna e um dos maestros brasileiros mais promissores já à época do evento. O musicista fazia parte de três dias da programação da Semana, e, ao ser convidado para integrá-la, estava às vésperas de completar 35 anos. Para sua estreia no palco paulistano, ele selecionou o que de mais representativo havia produzido em música de câmara nos anos anteriores. Não demorou para que o compositor, vestindo casaca e calçando, em um pé, sapato, e, no outro, chinelo, surgisse no palco, seguido por vaias e urros de negação. A plateia havia interpretado o uso do chinelo como puro desrespeito; aparentemente, era apenas um machucado no dedão – mas pode bem ser que não fosse. De qualquer forma, o espetáculo pôde enfim começar: Heitor Villa-Lobos chegou.

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Atenção: Legalmente Loira não é uma comédia romântica

Cena do filme Legalmente Loira. Nela está presente uma mulher branca loira caminhando por uma rua. Ao fundo é possível ver à esquerda pessoas passando, à direita um carro com o porta malas aberto e no chão estão algumas malas e itens de mudança. A mulher usa óculos com lentes rosas e está vestida com saia na altura altura joelho e blusa, ambos rosas. Ela segura com a mão esquerda uma bolsa vermelha com um lenço laranja e rosa pendurado nela. Na mão esquerda ela segura um cachorro da raça chiuaua que usa uma roupinha rosa e roxa. A esquerda dela está um carro conversível preto.
Reese Witherspoon guardou com ela todos os figurinos usados por Elle no filme (Foto: MGM Distribution Co.)

Marcela Zogheib

Nas prateleiras das locadoras, centenas de filmes competiam pela atenção dos clientes que estavam procurando algo para assistir, e ninguém se saía melhor nessa briga que Elle Woods (Reese Witherspoon) com seu vestido rosa, chiwawa de coleira, caneta de plumas e, claro, os livros de Direito. A capa que dizia “Legalmente Loira: pelos direitos das patricinhas” estava sempre no topo da seção de comédia romântica buscando chamar o olhar do público feminino colocando o máximo de itens rosa possíveis em 20 centímetros de capa de DVD. E funcionou.

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