Controvérsias interferem em Bohemian Rhapsody, mas Queen e seu astro sustentam a produção com brilhantismo


Gustavo Alexandreli

No meio cinematográfico, adaptar ou recontar uma história já existente no mundo real pode ser uma tarefa árdua. Em Bohemian Rhapsody, lançado em Novembro de 2018, a dupla direção de Bryan Singer – demitido próximo ao fim da produção – e Dexter Fletcher teve o desafio elevado a um patamar extremamente alto: contar a trajetória de Freddie Mercury, um dos maiores nomes do rock, e da banda Queen, responsável por inúmeros clássicos e números expressivos no cenário musical.

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5 anos de Spider-Man: não foram os grandes poderes, mas as grandes responsabilidades que fizeram dele o maior dos heróis

Cena do jogo Spider-Man. No centro da imagem está o Homem-Aranha aparecendo de corpo inteiro, ele usa um uniforme vermelho e azul, há uma aranha grande e branca no centro da roupa, na parte vermelha existem linhas em formato de teia. Seu rosto é coberto inteiramente por uma máscara vermelha, com linhas em formato de teia e grandes visores brancos. Ele se balança com a teia que sai do pulso. No fundo tem a cidade de Nova York.
Spider-Man foi lançado em Setembro de 2018 e teve edições remasterizadas lançadas em 2020 para PS5 e em 2023 para PC (Foto: Insomniac Games)

Nathan Sampaio

O herói, na definição clássica da literatura, é aquele capaz de se sacrificar pelo bem comum e mudar o cenário em que está inserido. Porém, mesmo tendo qualidades louváveis, ainda assim é preciso que existam falhas e defeitos em sua personalidade para torná-lo mais humano e realista. Não há nenhum personagem que se encaixe tão bem nessa definição quanto o Homem-Aranha, aquele que em sua origem aprendeu que “com grandes poderes, vem grandes responsabilidades e na atualidade se tornou um símbolo do heroísmo. Poucas mídias conseguiram transpor essa sensação tão bem quanto o jogo Spider-Man, que completa cinco anos em 2023.

Após oito anos de atuação como Homem-Aranha, dessa vez Peter Parker terá que enfrentar a gangue liderada pelo Senhor Negativo, que busca matar o Prefeito Norman Osborn e causar o caos em Nova York. Ao mesmo tempo, o herói precisará lidar com questões pessoais, como o trabalho na Octavius Industries, a ação voluntária na organização F.E.S.T.A e a relação com sua ex-namorada Mary Jane. 

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Sem mais lágrimas para chorar, há 5 anos Sweetener nos permitiu conhecer Ariana Grande em sua melhor versão

Capa do álbum Sweetener da Ariana Grande. Nela está a cantora de cabeça para baixo em uma foto de perfil. Ela está com seu cabelo branco e preso em um rabo de cavalo. Logo abaixo de sua cabeça está o escrito em preto “Sweetener” ao fundo bege. Sua roupa mostra apenas alças finas de uma blusa quase na mesma cor que seu corpo. Ariana é uma mulher branca de traços finos. Seus cílios são grandes e olhos pretos. Sua boca é refletida através de um batom rosa claro e há uma tatuagem de meia lua não preenchida (apenas o contorno) em seu pescoço.
No dia de lançamento, Sweetener quebrou o recorde do Spotify de maior abertura para uma artista feminina, com 15.1 milhões de reproduções (Foto: Republic Records)

Henrique Marinhos 

Lançado após um atentado terrorista em um dos shows da cantora Ariana Grande, em Manchester, que resultou em 23 mortes e inúmeros feridos, Sweetener é claramente a cura de muitas feridas e uma carta aberta a novas chances e oportunidades, através de experimentação, criatividade e leveza. O projeto é o quarto álbum de estúdio da ex-act, lançado em 17 de Agosto de 2018 pela Republic Records. Com apenas três colaborações em um total de 15 músicas, Nicki Minaj, Pharrell Williams e Missy Elliott entram em sintonia com a cantora em faixas alegres e chicletes. 

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Youngblood: a juventude corre solta pelas veias da 5 Seconds of Summer

Capa do disco Youngblood da banda australiana 5 Seconds of Summer. Na imagem, uma mancha de azul, laranja e lilás aparece. No meio, há uma parte listrada em preto e branco. Sobreposta aos dois elementos anteriores, uma foto da banda aparece. À esquerda, no canto inferior, o guitarrista Michael Clifford aparece sentado; ele é um homem branco, com cabelos loiros escurecidos pela imagem, e utiliza uma camisa preta. No meio, o vocalista Luke Hemmings aparece, sentado; ele é um homem branco, de cabelos loiros escurecidos pela imagem; utiliza uma camisa branca de manga comprida e uma calça preta. À direita, no canto superior, o baterista Ashton Irwin aparece de pé; Ashton é um homem branco, de cabelos loiros médios escurecidos pela imagem; ele utiliza uma camisa listrada de manga curta, calça preta e um cinto. À direita, no canto inferior, o baixista Calum Hood aparece sentado; ele utiliza uma camisa preta. No meio da parte superior da foto, o escrito 5SOS aparece em caixa alta, colorido em branco. Sobre a imagem toda da capa, o escrito Youngblood aparece, em letra cursiva, colorido em vermelho.
Youngblood completa 5 anos em 2023 (Foto: Capitol Records)

Laura Hirata-Vale

Dentro de nossas veias e artérias, por meio do plasma, viajam as hemácias, as plaquetas e os leucócitos. O fluido vital que permeia nossas vidas pulsa e leva com ele o ferro, o vermelho, a hemoglobina. Quando rompidos, o sangue extravasa, sendo acompanhado – na maior parte das vezes – pelo choro e por fortes emoções. Ele também é responsável por esquentar e aquecer o corpo, em situações de perigo e excitação. Já na corrente sanguínea da 5 Seconds of Summer, podemos encontrar a dor, a doçura e o melodrama. 

O líquido escarlate e viscoso também é personagem principal de histórias de vampiros, de amor e de loucura, além de representar os mais variados sentimentos do ser humano. Com uma grande pontada aflitiva, eles são aspectos que machucam e encantam de uma forma inesperada. O sangue jovem e reativo da banda diz, com versos repletos de ardor: “lembre-se das palavras que você me disse: ‘me ame até o dia que eu morrer’”. De forma raivosa, emocionada e cheia de decepção, nascia – em Junho de 2018 – o terceiro álbum da banda australiana: o grande e aclamado Youngblood.

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Há 5 anos, Nasce Uma Estrela despedaçava a figura do caubói

Foto de cena do filme Nasce Uma Estrela. Na imagem, Jackson Maine está no canto esquerdo olhando para Ally que está deitada, com a nuca virada para a câmera e desfocada na imagem. Ele é um homem branco na faixa dos 40 anos, com barba, de cabelos castanhos na altura dos ombros e olhos azuis. Está vestindo uma jaqueta bege com os botões abertos e por dentro uma camisa social preta com o colarinho aberto. Ally é uma mulher branca e está com o cabelo pintado de preto. Eles estão numa balada com luzes vermelhas, ao fundo há figurantes.
A canção Shallow ficou 45 semanas na Billboard Hot 100 (Foto: Warner Bros.)

Davi Marcelgo

Em Nasce Uma Estrela (2018), Jackson Maine (Bradley Cooper) é um astro do country que se apaixona por Ally (Lady Gaga). Os dois constroem uma relação através da Música, que é abalada quando o passado e os vícios de Jack surgem à tona. Além dessa última releitura, a história já foi contada outras três vezes: a primeira em 1937, dirigida por William A. Wellman; a segunda 17 anos mais tarde, estrelada por Judy Garland, de O Mágico de Oz; e a terceira em 1976, protagonizada por Barbra Streisand. Os remakes diferenciam-se principalmente nos cenários, pois, enquanto os outros dois narram ascensão e queda de estrelas de Cinema, os mais recentes são sobre astros da Música.

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5 anos depois, O Homem de Giz ainda desenha homens palito na história do mistério literário

 Ilustração de O Homem de Giz. No centro de um fundo preto que imita um quadro negro é possível ver um homem palito desenhado em giz branco enforcado.
A obra aniversariante dá ao leitor um caso de assassinato difícil de desvendar (Foto: Intrínseca)

Gabrielli Natividade

Em 1986, cinco crianças encontram um corpo mutilado na floresta cercado por homens palito desenhados com giz, um crime que mudaria o rumo da cidade de Anderbury. Essa é a premissa de O Homem de Giz, livro de C. J. Tudor lançado há cinco anos, em 2018, que se tornou um título muito popular entre os amantes de mistério. A narrativa cheia de reviravoltas faz com que o leitor mergulhe com interesse nas páginas para desvendar o caso de assassinato. Como um bom exemplo do gênero, ninguém está a salvo – todos os personagens têm seus motivos para se tornarem suspeitos desse crime hediondo. 

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5 anos de God of War: Pai, Filho e o Espírito de Vingança ainda vivem

Há dois personagens de costas. Na esquerda tem Kratos, um homem careca, albino com uma grande barba grisalha, e tatuagens vermelhas em formato de linha que percorrem o corpo, ele veste uma calça de couro e uma braçadeira com pele e couro, em suas costas tem um machado. Do lado esquerdo tem Atreus, um menino branco de 10 anos, ele tem cabelo curto castanho e olhos castanhos, ele veste roupas de manga comprida cobertas de pele de animal, nas suas costas ele tem um arco e uma aljava. Ambos estão de costas, abraçados e olham o horizonte.
God of War (2018) é o capítulo mais dramático e profundo da franquia (Foto: Sony Interactive Entertainment)

Iris Italo Marquezini e Nathan Sampaio 

Em 2016, durante o painel da Sony na E3, o público foi surpreendido com a imagem inusitada de um garotinho brincando na neve. Uma voz chamava a criança e ela, a contragosto, entrava de volta em casa, interrompendo a diversão. Então, uma figura surge das sombras. Barbudo, albino e mais forte do que nunca, o público do evento começa a exclamar palavrões felizes ao perceber que Kratos, o anti-herói da série God of War, está de volta. Em 2018, o game finalmente chegou nas mãos dos fãs e recebeu de braços abertos novos interessados na história do Fantasma de Esparta. 

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El mal querer: em novas roupagens, Rosalía apresentou o flamenco para novas gerações há 5 anos

Capa do álbum El Mal Querer da cantora Rosalía. Nele, a cantora está acima de uma nuvem aos céus, envolta por um círculo de correntes de ouro brilhantes. Seus braços estão pendurando aréolas que seguram longos panos brancos que vão até seus pés. Ela está despida e ao centro está uma luz branca. Logo acima de sua cabeça estão estrelas em formato de um círculo e uma pomba branca voando. No centro inferior da imagem está escrito Rosalía em negrito e ao lado El Mal Querer.
El mal querer é baseado em um livro do século XIII de um autor desconhecido (Foto: Columbia Records)

Henrique Marinhos

A cantora, compositora e produtora Rosalía nasceu em Sant Esteve Sesrovires, na Catalunha, em 1992 e se tornou um fenômeno da música pop com o lançamento de seu segundo álbum, El mal querer, há 5 anos. A obra conceitual mistura elementos do flamenco, pop e urban com vocais e visuais esplendorosos e surpreendentes para um projeto de conclusão de curso na Escola Superior de Música da Catalunha. 

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Joy as an Act of Resistance: Há 5 anos, IDLES revolucionava ao ser feliz

Ensaio fotográfico da banda IDLES para a revista NME. Nela temos, da esquerda para a direita, Mark Bowen, um homem branco de cabelos castanhos e bigode volumoso; Lee Kiernan, um homem branco de cabelos longos castanhos; Adam Devonshire, um homem branco careca de barba ruiva volumosa, seguido logo abaixo por Joe Talbot, um homem branco de cabelo preto ralo, barba por fazer e bigode e Jon Beavis, um homem branco de cabelos castanhos. Mark veste um macacão de trabalhos azul escuro com o escrito “HART” no peito esquerdo. Lee veste uma camisa branca por dentro da calça preta e um óculos de armação na cor vinho. Adam veste uma camisa vinho e calça preta. Joe veste uma camiseta branca, camisa florida e calça preta e Joe veste uma camiseta branca, camisa salmão com estampa em formato de losango e desenhos de uma pantera negra e calça preta. Eles estão sobre uma parede branca fazendo poses e seguram cinco balões prateados com letras que formam o nome da banda.
A grande força da banda está em se reconhecer como frágil (Foto: Fiona Garden/NME)

Guilherme Veiga

A felicidade incomoda, isso é fato. Outra coisa que também faz questão de desagradar é o punk-rock. O gênero que surgiu em meados dos anos 1960 e incorpora o garage rock e o proto-punk assume a roupagem de ser uma pedra no sapato do sistema, a peça que não se encaixa no quebra-cabeças. Isso é notado desde seus expoentes não tão politizados como blink-182 até os mais politicamente ácidos como Rage Against The Machine.

Iniciado juntamente com o movimento punk, seus adeptos, por mais que não liguem para estereótipos, sempre foram caracterizados como pessoas fechadas, vestidas de preto e com uma raiva internalizada. Nesse sentido, seus ouvintes majoritariamente são vistos como indivíduos em que a alegria é seu ‘divertidamente’ mais escanteado e a seu companheiro vermelho é quem assume a sua mente. Pensando nisso, o grupo britânico IDLES, em seu segundo álbum de estúdio, Joy as an Act of Resistance. discorre na verdade como esses dois sentimentos estão mais próximos do que se imagina.

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Oito Mulheres e um Segredo: 5 anos de um dos maiores acontecimentos do Met Gala

Cena do filme Oito Mulheres e um Segredo. Da esquerda para a direita, encontra-se Sandra Bullock, sentada vestindo um casaco branco, Cate Blanchett sentada com um casaco preto e branco, Rihanna sentada com um casaco verde e jeans, Mindy Kaling em pé com um sobretudo vermelho, Awkwafina sentada com uma jaqueta rosa, Helena Bonham Carter sentada com um vestido preto, Anne Hathaway em pé, com um sobretudo verde e Sarah Paulson sentada com um casaco cinza.
Conforme o tempo passa, o roubo de US$150 milhões fica ainda mais icônico (Foto: Warner Bros. Pictures)

Arthur Caires

Há 5 anos, Debbie Ocean (Sandra Bullock) disse: “Se for ele é notado, se for ela é ignorada. E, pela primeira vez, queremos ser ignoradas”. Em Oito Mulheres e um Segredo, requel da sequência de filmes Onze Homens e um Segredo, a fala é a explicação do porque a criminosa deseja apenas mulheres em seu time para roubar um colar de diamantes de US$150 milhões durante o prestigioso Met Gala em Nova York. Para além disso, é uma declaração de que não se trata apenas de uma versão feminina do longa original, aqui, ser mulher é essencial para que o plano dê certo.

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