Há 10 anos, Lorde lançava o fermento de uma geração: Pure Heroine

Capa do álbum Pure Heroine. O fundo é totalmente preto. Na parte superior central, está escrito “Lorde” em letras maiúsculas e na cor prata. Logo abaixo, está escrito “Pure Heroine” em letras maiúsculas e na cor prata.
Lorde não era hipertensa para ficar aguentando músicas sem sal, então decidiu criar sua própria receita com Pure Heroine (Foto: Universal Music)

Ana Cegatti

Uma parede clara e uma camisa branca são componentes clássicos de vídeos gravados por subcelebridades que tentam se desculpar por algum erro. No entanto, a neozelandesa Ella Marija não usou tais componentes no clipe de Royals para limpar alguma defecação, mas para jogá-la no ventilador. Há uma década, as rádios anunciavam a transformação de Ella em Lorde e ecoavam melodias que fizeram da onda alternativa da época um tsunami. Naquele momento, a indústria musical precisava fazer uma escolha: se afogar ou aprender a surfar. Lançado pela Universal Music e produzido por Joel Little, Pure Heroine é um álbum que nunca precisou pedir desculpas, já que Lorde jamais sentiria remorso por um erro tão ingênuo: amar demais. 

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Rex Orange County e a arte de ‘não ligar’ para algumas opiniões

Foto colorida do palco da turnê WHO CARES?. O cantor Rex Orange County aparece no centro da imagem, embaixo de um holofote, com um microfone na mão, no meio de um pequeno pulo. Ele é um homem branco, de cabelos castanhos, e aparece usando uma camiseta azul claro, bermuda preta, meias e tênis brancos. Atrás, pode-se ver a banda, formada por homens. No fundo, há uma estampa preta e branca, imitando as manchas de um cão dálmata, e apresenta os escritos WHO CARES?, em caixa alta
Em WHO CARES?, Rex Orange County reflete sobre a vida de jovem adulto (Foto: Stephanie Nardi/Impressions Magazine)

Laura Hirata-Vale

Vivemos em um mundo rápido. Inconstante. Frenético. Instável, incerto, veloz, desordenado, apaixonado, desencantado. É sobre esse mesmo mundo que Rex Orange County reflete – de forma impessoal, sem se importar com outras opiniões – em WHO CARES?, seu quarto álbum, lançado em março. 

Construído em um período de dez dias, durante uma viagem do cantor à Amsterdam, o projeto de onze músicas nasceu de maneira espontânea em uma rapidez quase inconsciente: não houve tempo para pensar, repensar e refletir muito sobre as sonoridades, musicalidades e letras das canções. Co-produzido com o músico Benny Sings, o disco ainda possui a participação do rapper Tyler, The Creator

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Tell Me That It’s Over: de volta ao indie rock californiano, Wallows propõem um ensaio sobre as desilusões amorosas

Capa do CD Tell Me That It’s Over. Fotografia centralizada dentro de um quadrado com o fundo amarelo claro. Na imagem estão os três integrantes da banda em cima do telhado de uma casa. Dylan está sentado à esquerda, é um homem branco, jovem, de cabelo preto e curto, está vestindo uma calça marrom e um suéter listrado por cima de uma camiseta toda branca . Braeden está em pé no meio, é um homem branco, jovem, de cabelos pretos, está vestindo uma calça bege clara e um suéter preto de manga longa . Cole está sentado à direita, é um homem branco, jovem, de cabelos pretos mais longos e ondulados, está usando uma calça jeans escura, um suéter preto de manga longa e uma blusa vermelha por baixo do suéter. Atrás deles há árvores e um céu azul um pouco estourado devido ao efeito do flash na fotografia. Na parte superior pode-se ler “Wallows”. Na parte inferior pode-se ler “Tell Me That It’s Over”
A Wallows trouxe para referências de artistas como The Beatles, Arcade Fire e Vampire Weekend (Foto: Atlantic Records)

Isabella Lima

A maneira como lidamos com os sentimentos desencadeados pelo fim de um relacionamento diz muito sobre a nossa capacidade de adaptação. Muitas vezes, temos de lutar contra o desejo constante de voltar desesperadamente para alguém que não faz mais sentido manter ao redor. Mesmo estando cientes disso, ainda amamos aquela perigosa ideia de estar perto de algo familiar. Agora junte isso com momentos de epifania, com uma vontade de gritar para o mundo ‘quando esses sentimentos vão acabar?’, riffs de guitarra e o melhor do indie rock. Dessa combinação, temos  os elementos principais do álbum Tell Me That It’s Over, o novo trabalho da banda californiana Wallows. 

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Nota Musical – Novembro de 2021

Arte retangular na cor vermelha. Do lado direito está a caixa de um CD, este decorado por uma foto de quatro artistas: Adele, Summer Walker, Manu Gavassi e Marília Mendonça. Já ao lado esquerdo, está escrito em branco na área superior “nota musical” ao centro o logo do persona, um olho com a íris na mesma cor do fundo, e logo abaixo o texto em preto “novembro de 2021”
Destaques do mês de novembro: Adele, Summer Walker, Manu Gavassi e Marília Mendonça (Foto: Reprodução/Arte: Nathália Mendes/Texto de Abertura: João Batista Signorelli)

A gente piscou, 2021 passou, e o fim do ano chegou. Mas antes de cantar hinos natalinos e adentrar no ano da mais aguardada e temida eleição da história do país, o Persona processa o mês de novembro, marcado pela já tradicional alta da inflação, pela pertinente reflexão sobre o racismo despertada pelo Dia da Consciência Negra, e pela discussão em busca de encontrar formas de combater as mudanças climáticas na COP-26. Não podemos deixar de notar também o ressurgimento dos cinemas, que voltam em peso com os lançamentos de Eternos, Marighella e Encanto. 

Para o mundo da Música, o mês começou com o gosto amargo de duas terríveis tragédias. A primeira foi o acidente aéreo no dia 5 de novembro, que levou a vida da mulher que revolucionou a Música Sertaneja. Marília Mendonça será sempre lembrada por abrir as portas para as mulheres dentro do gênero musical, fundando o movimento batizado de Feminejo, e conquistando milhões de brasileiros. Da Rainha da Sofrência, jamais seremos capazes de esquecer

Ainda no mesmo dia, um tumulto durante um show de Travis Scott realizado em Houston, no Texas, causou 10 mortes, dentre as quais a de um menino de 9 anos, além de várias outras vítimas terem sido hospitalizadas. O rapper, que já tinha um histórico de incentivar tumultos em seus shows, e a organização do festival são alvo de dezenas de processos que já somam bilhões de dólares, e a situação pareceu ainda mais indigesta com o lançamento de ESCAPE PLAN no mesmo dia da tragédia, uma canção que parece estranhamente falar sobre o caos que ele ajudou a criar. 

Outro destaque musical de novembro foi, claro, a divulgação da lista de indicados ao Grammy 2022, que fez Olivia Rodrigo ter seu nome nas 4 categorias principais, e Jay-Z tornar-se o artista mais indicado na história da premiação, com 83 nomeações. Mas quem se sobressaiu este ano foi Jon Batiste, que depois de vencer o Oscar pela trilha sonora de Soul, ficou à frente de nomes como Justin Bieber, H.E.R. e Doja Cat ao acumular indicações em 11 categorias. Billie Eilish, Kanye West e Lil Nas X também se destacaram, enquanto Lana Del Rey, Miley Cyrus e Lorde ficaram de fora.

Com um olho no Grammy 2022 e outro no de 2023, o último mês também trouxe um primoroso trabalho que já tem grandes chances de se destacar entre as obras que serão indicadas no ano que vem. Estamos falando de 30, o quarto álbum de estúdio de Adele, que após 6 anos de espera, finalmente volta para mais uma vez emocionar nossos corações. E se pouco mais de meia década pareceu muito tempo, imagina os 40 anos que separavam o disco anterior do ABBA de Voyage? O álbum marca o retorno do quarteto sueco, dando fim a um dos mais longos hiatos da história da Música. 

O retorno das vozes por trás de Dancing Queen e Waterloo não foi o único destaque de artistas da velha guarda no último mês. A Rainha da Voz Dalva de Oliveira e o camaleão do rock David Bowie também foram relembrados, através dos lançamentos póstumos de Rio Claro Diva e Toy. Além desses, outros artistas mais recentes resolveram revisitar sua carreira com relançamentos e compilações, reunindo materiais antigos já conhecidos com faixas inéditas, como é o caso de Radiohead, Little Mix e The Wanted.

Como se as 27 faixas e quase duas horas de Donda não fossem suficientes, Kanye West volta agora com a versão Deluxe, ainda mais extensa. Mas quem vai realmente ficar pra história ao retrabalhar sua obra é Taylor Swift, que vem realizando uma série de regravações de seus primeiros trabalhos com o objetivo de recuperar os direitos sobre as canções, e quebrou o recorde de canção mais longa a atingir o primeiro lugar do Hot 100 da Billboard, com a versão de 10 minutos de All Too Well.

E por falar em recordes, outro nome que aparece nas conquistas do mês é Summer Walker, que vem chamando a atenção na cena do R&B. A cantora, com seu disco STILL OVER IT, tornou-se a segunda artista feminina a ter 18 canções simultaneamente na mesma lista da Billboard, alcançando a própria Taylor Swift com seu Red (Taylor’s Version).

Outro destaque do gênero foi o disco do supergrupo Silk Sonic, que reúne Bruno Mars e Anderson .Paak. Enquanto isso, FKA twigs canta para o lançamento do próximo filme da série Kingsman, em uma parceria com o rapper londrino Central Lee, e Beyoncé para o filme King Richard com Be Alive, que pode lhe render uma indicação ao Oscar de Melhor Canção Original no próximo ano. Ainda no mundo do pop, Avril Lavigne volta às suas raízes do pop punk em Bite Me, e Christina Aguilera ofusca as polêmicas recentes com seu novo single Somos Nada, em que volta a cantar em espanhol.

FLETCHER se junta a Hayley Kiyoko, enquanto Charli XCX se alia a Christine and the Queens e Caroline Polachek em duas parcerias chamativas da Música pop. Paralelamente, The Weeknd disputa com Post Malone quem dois dois sofre mais por amor em One Right Now, e brilha ao lado de ROSALÍA em mais uma colaboração bem-sucedida com a espanhola. Explorando a faceta mais indie do pop, Foxes prepara o terreno para o seu novo álbum com um clima de festa-em-casa, a dinamarquesa MØ faz o mesmo com Brad Pitt / Goosebumps, e Gracie Abrams é sincera sobre seus sentimentos em seu disco de estreia, This Is What It Feels Like

Ainda no indie, vimos os sentimentos dilacerantes de Snail Mail, e Mitski fugindo do indie rock, abraçando uma instrumentação oitentista para falar de um amor trágico. Mas quem não vai abandonar o rock é a banda IDLES, que esmaga novamente em um trabalho mais pessoal e denso. Para fechar os artistas internacionais, Aminé traz seu rap com toques de hyperpop, e dois lançamentos ao vivo chamam a atenção: a insanidade de black midi em Live-Cade, e as reinvenções de Twenty One Pilots em Scaled and Icy (Livestream Version).

Pulando do exterior para o território nacional, o pop dominou os lançamentos do último mês, com singles de várias das grandes divas do país: IZA e Pabllo Vittar abraçam a estética futurista cyberpunk em Sem Filtro e Number One. Se estiver buscando uma sonoridade um pouco mais experimental, a produtora e agora cantora BADSISTA chega detonando com seu disco Gueto Elegance, cheio de colaborações de peso e ritmos hipnotizantes.

Manu Gavassi segue os passos de Taylor Swift e Billie Eilish, lançando seu novo disco acompanhado de um filme no Disney+. GRACINHA teve ainda participações especiais de Tim Bernardes, Amaro Freitas, Alice et Moi, dentre outros. E o que não faltou foram parcerias de peso entre os lançamentos nacionais: Lagum se juntou a Emicida e Josyara formou um supergrupo com Anná, Obinrin Trio e Sara Donato. 

Depois de cancelar nossa felicidade, a banda Fresno vai ter que se virar indo além do estilo de seu eterno rótulo, enquanto Tiago Iorc volta para falar mais dele mesmo do que sobre Masculinidade. Tivemos também singles de Ana Gabriela e Jade Baraldo, além dos videoclipes de Sandra Pêra e Ney Matogrosso, que vasculharam o armário para resgatar aquela Velha Roupa Colorida, e de Marina Sena, grande revelação do pop nacional do ano, e que dá agora um tratamento audiovisual para o seu hit Por Supuesto

Se encaminhando para o final do ano, a indústria da Música já vai assentando o seu número de lançamentos, mas nem por isso o Persona deixou de mergulhar fundo em tudo que rolou para apresentar o que o mês trouxe de mais significativo. Bem vindo à décima primeira edição do Nota Musical, onde a Editoria do Persona, em conjunto com os colaboradores, traz o que, por bem ou por mal, bombou no mundo da Música em Novembro de 2021, somado ao que pode ter passado despercebido, mas que com certeza merece uma atenção especial.

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A vida além da dor: Jubilee e as várias facetas do luto que formam o Japanese Breakfast

Capa do disco Jubilee, de Japanese Breakfast. A cantora Michelle Zauner na está na capa do disco, vestindo um vestido amarelo, maquiagem artística no mesmo tom e tranças no cabelo. Há caquis pendurados no primeiro plano e ela segura um na frente do olho direito.O fundo é claro, quase branco. Há também muitas tatuagens em seu braços.
Após os tons azulados melancólicos da capa de Psychopomp (2016) e do contraste intenso de pretos e vermelhos em Soft Sounds from Another Planet (2017), Michelle Zauner buscou o calor dos amarelos e laranjas, evocando uma aura de alegria para o terceiro registro de estúdio do Japanese Breakfast (Foto: Dead Oceans)

Carlos Botelho

Parece que o mundo é dividido em dois tipos diferentes de pessoas, as que já experimentaram a dor e as que ainda vão experimentar.” Não conheceria uma maneira mais acertada de começar a falar de Michelle Zauner e seu Japanese Breakfast que não fosse através desse trecho de seu livro de memórias, Crying in H Mart: A Memoir (Knopf Publishing Group, 2021), que virou verso da canção Posing In Bondage, de seu último álbum de estúdio, Jubilee. Michelle teve sua vida adulta marcada pela tragédia pessoal que foi perder a mãe por um câncer, e a dor desse trauma reverberou em todo o catálogo de seu projeto musical, o Japanese Breakfast.

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Com uma xícara de chá, poção ou uma boa taça de vinho, venha celebrar junto a AURORA os poderes místicos do luar

Fotografia da cantora AURORA. No centro da imagem, vemos a cantora, uma mulher branca de cabelos loiros e olhos azuis, sentada de pernas cruzadas com os braços e mãos à frente do corpo, com o olhar fixado à sua frente. Ela está com os cabelos presos para trás e usando uma tiara com flores e joia ao centro. Vestindo uma blusa de renda, luvas compridas e calça, ambas as peças na cor preta, além de uma saia de tule branco.
Em compilados temáticos de suas produções, a cantora norueguesa apresenta a forte conexão que há entre suas músicas, trazendo mais valor ao significado de cada uma delas para nós, seus ouvintes (Foto: Reprodução)

Gabriel Brito de Souza

A dona da voz suave e encantadora que nos acompanha em MUSIC FOR THE FELLOW WITCHES OUT THERE é Aurora Aksnes, mais conhecida apenas por AURORA. A cantora, compositora e produtora norueguesa, iniciou sua carreira em 2012 com seu primeiro single Puppet, mas foi em 2015 que realmente estreou na indústria musical com Runaway, alcançando um milhão de streams no Spotify do Reino Unido, e Runaway with The Wolves, que após seu lançamento disparou nas rádios locais, recebendo atenção principalmente pela BBC Radio. Agora em seu atual projeto, AURORA está complementando sua discografia com o mais novo EP de compilados de sua trajetória.

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After School: saindo da escola e explorando a vida adulta com Melanie Martinez

Capa do mais recente trabalho de Melanie Martinez lançado dia 25 de setembro, o EP After School (Foto: Atlantic Records)

Ettory Jacob

Desde sua primeira apresentação na televisão aberta estadunidense no programa The Voice, Melanie Adele Martinez ganhou fãs e espaço na comunidade indie. Performando  a música Toxic de Britney Spears com um ritmo mais lento, a jovem de 17 anos mostrou-se uma futura aposta para o sucessos (apesar de ter sido eliminada do programa logo nas primeiras fases). Hoje, oito anos depois, a artista já conta com dois álbuns extremamente bem avaliados pela crítica e público e agora com o lançamento do novo EP After School traz mais histórias.

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Cry Baby mostra que a ausência de afeto machuca

Lançado no dia 14 de agosto de 2015, Cry Baby impulsionou a carreira de Melanie Martinez, que conquistou milhares de fãs pelo mundo (Foto: Reprodução)

Jamily Rigonatto 

Em agosto de 2015, Melanie Adele Martinez lançou seu primeiro grande trabalho de estúdio. O álbum indie pop Cry Baby é um conjunto de treze faixas principais que contam a trágica história da personagem de mesmo nome a partir de um ponto de vista lúdico e assustador. Recheado de críticas sociais e metáforas, o álbum é um conto sobre negligência e abandono afetivo.

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folklore: o melhor dos muitos mundos de Taylor Swift

“No isolamento, minha imaginação disparou e este álbum é o resultado, uma coleção de canções e histórias que fluíram como um fluxo de consciência. Pegar uma caneta foi minha maneira de escapar para a fantasia, história e memória” (Foto: Beth Garrabrant)

Raquel Dutra

Visuais rústicos e paisagens bucólicas fotografadas em preto e branco mas que ocasionalmente revelam verdes úmidos e marrons aconchegantes. Foi com essa serenidade que Taylor Swift surgiu nas redes sociais no dia 24 de julho para anunciar seu novo álbum, folklore, apenas 24 horas antes de seu lançamento. 

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Lana Del Rey retorna às suas antigas praias em “Norman Fucking Rockwell!”

Lana Del Rey é a artista feminina que recebeu a maior nota da década pelo Pitchfork com Norman Fucking Rockwell! / Foto: Divulgação

Isabelle Tozzo

As cordas ressoam por vinte e cinco segundos. Em seguida entra o piano. Suave, ele guia o restante da música. Na letra, Lana Del Rey canta sobre um homem que se acha demais. É com essa dualidade entre composição direta e melodia elegante que a americana de trinta e quatro anos abre Norman Fucking Rockwell!, seu novo álbum lançado no dia 30 de agosto. Continue lendo “Lana Del Rey retorna às suas antigas praias em “Norman Fucking Rockwell!””