O Sacrifício do Cervo Sagrado é uma produção da A24 Films dirigida por Yorgos Lanthimos (Dente Canino, 2009), lançado em Cannes em 2017, onde recebeu o prêmio pelo júri de Melhor Roteiro (creditado ao diretor e a Efthymis Filippou) e foi altamente aplaudido pelo público do festival. O filme acompanha a vida do cardiologista Steve (Colin Farrell), que é casado com a oftalmologista Anna (Nicole Kidman). O casal vive tranquilamente com seus dois filhos Kim e Bob, e logo são submetidos a um estado de conflito com a chegada do jovem Martin (Barry Keoghan). O longa é inspirado na obra dramatúrgica grega Ifigénia em Áulide.
Na infância, parece que nunca vamos envelhecer. Para nosso cérebro, novo e inocente, “ficar velho” é algo que afeta só os outros e não a nós mesmos. Quando você cresce e olha para o espelho com mais atenção, reparando nas marcas do rosto, a verdade universal vem à tona: a idade chega para todos. O novo filme de M. Night Shyamalan, Tempo, expõe com sinceridade quão perturbador o envelhecimento pode ser para um ser humano.
A protagonista Grace (Samara Weaving) é uma jovem que, após se casar com Alex Le Domas (Mark O’Brien), inocentemente aceita participar de um jogo que faz parte da tradição da família do marido (que, aparentemente, tem sua fortuna voltada aos jogos). Visando, principalmente, aprovação dos novos parentes, visto que a maioria destes não gostaram da união dos dois por ela não ter o mesmo poder aquisitivo, Grace tira a carta da má sorte (Hide And Seek) e é obrigada a jogar uma partida de esconde-esconde, que até então não tinha conhecimento do quão mortal se tornaria.
A Segunda Guerra Mundial, em muitos aspectos, mudou os rumos da humanidade. As atrocidades presentes no front, o medo constante da vigilância proveniente dos membros dos Estados totalitários e o horror disseminado pelas mais modernas técnicas de batalha forjaram no inconsciente dos cidadãos europeus um grande sentimento de desesperança. A Inglaterra, uma das potências mundiais da época e, por isso, grande alvo de Hitler na parte ocidental do continente, foi bombardeada pelos aviões alemães da Luftwaffeem 1940. Sob escombros e com pelo menos 450 mil mortos, os ingleses buscavam reestruturar o país a partir dos anos 1950, após a vitória dos aliados e dos efeitos do Plano Marshall. Mas não era nada fácil.
Nesse contexto, seria pouco coerente as manifestações artísticas do cenário cultural de Birmingham, cidade industrial e protagonista da metalurgia na Inglaterra, rodeada pela miséria, desemprego e crises, apresentarem o mesmo tom de paz, amor e esperança dos hippies — especialmente poetas e músicos norte-americanos. Dessa forma, Ozzy Osbourne, Tony Iommi, Geezer Butler e Bill Ward possuíam uma ótica pessimista e distópica no que tange a maneira de encarar a sociedade e ver o futuro. Naturalmente, trocaram as roupas coloridas e as flores por jaquetas de couro e crucifixos.
Assistir ao Halloween lançado em 2018 é como revisitar o clássico de 1978, Halloween – A Noite do Terror. Apesar das dez continuações existentes , podemos considerar a narrativa mais recente como uma continuação direta ao icônico filme de John Carpenter. Nesta trama, sob direção de David Gordon Green, após quarenta anos dos assassinatos, Myers escapa de uma transferência entre unidades psiquiátricas e vai atrás de sua principal obsessão: Laurie Strode. Com cenas que remetem a gênese desse confronto, vemos como foi o desenrolar da vida desses dois personagens nesse período e da preparação deles para este reencontro.
Nota mental: nunca tentar definir o gênero cinematográfico e nem descrever o roteiro de The Rocky Horror Picture Show. O longa musical dirigido por Jim Sharman e baseado na peça teatral homônimalevou às telas a essência satírica e tumultuada de comédia, terror e ficção científica todos juntos e misturados, com muita música, irreverência e atrevimento. Assim como os filmes B que se propôs a homenagear, a rebelde produção foi criticada, deixada de lado e jogada para as exibições com menor audiência. Entre o público das sessões, o propositalmente ridículo e contracultural The Rocky Horror Picture Show foi compreendido e, justamente por causa dos renegados, se tornou o clássico cultdefinitivo e atemporal que é hoje.
Completando 45 anos de lançamento, a obra cinematográfica Carrie, a Estranha foi inspirada no primeiro romance do lendário autor Stephen King, e tornou-se um clássico do Terror, mudando assim, a história da Sétima Arte. Assinada pelo diretor Brian de Palma, em 1976, a obra aborda questões que ainda hoje se mantêm impregnadas na conjuntura da sociedade, como o fanatismo religioso,bullying, abuso parental e a descoberta da sexualidade.
O gênero slasher tem uma árvore genealógica complicada. Há quem diga que a Psicose de Norman Bates foi responsável por lançar às telas o movimento, enquanto outros apontam aquela noite de Halloween de Michael Myers como o verdadeiro merecedor dos créditos. Mas entre os esqueletos de Hitchcock e os gritos de Jamie Lee Curtis, há um nome que, quando pronunciado em toda a sua perversidade, remete automaticamente a gênese dos filmes de assassinos em série e, se você ainda não assistiu a O Massacre da Serra Elétrica, talvez o mês de outubro não seja para você.
“Quando o Conde viu meu rosto, os olhos dele brilharam com um tipo de fúria demoníaca, e de repente ele fez um movimento para agarrar meu pescoço. Eu me desviei, e a mão dele tocou a corrente onde estava o crucifixo. Aquilo provocou uma mudança instantânea, pois a fúria passou tão depressa que eu mal podia acreditar que tinha existido.”
Não há quem escute o nome Drácula e não reconheça a famosa representação vampiresca e suas lendas folclóricas. Ao longo dos anos, o Conde se consolidou como um personagem clássico dos gêneros de Terror e Horror e ganhou diversas releituras das mais variadas áreas, nas quais é descrito do grotesco ao carismático. A figura imponente criada por Bram Stoker no livro Drácula,de 1897, popularizou os vampiros no imaginário do público e alimentou mitos sobre o assunto. Hoje, a obra segue ganhando novas edições e sendo um dos textos mais apreciados pelos leitores do gênero.
Em 2011, Once Upon a Time trazia uma premissa em efervescência: a retomada dos contos clássicos. Conhecidas histórias ganharam remakes, como A Garota de Capa Vermelha e A Fera. O clima era promissor para que seu sucesso alavancasse e, sem dúvidas, foi essencial para a constituição das demais temporadas. Porém, como tudo que é bom dura pouco, a ganância falou mais alto, e a série, que já dava indícios de tribulações, viu seu fiasco bater na porta. É por isso que, após 10 anos, lembrar de Era Uma Vez é um misto de tristeza com felicidade.