A segunda temporada de De Volta aos 15 mergulha na nostalgia e no clichê romântico

 Cena de De Volta aos 15. No lado esquerdo, Camila Queiroz veste blusa xadrez vermelha e calça jeans. A atriz é branca e tem cabelos castanhos ondulados. Ao fundo, no lado direito, está o ator Gabriel Stauffer, que veste moletom marrom e uma blusa cinza. O ator é branco e tem cabelo e barba castanhos. Os intérpretes dentro de uma van.
Camila Queiroz e Gabriel Stauffer vivenciam aventuras temporais como Anita e Joel adultos na produção nacional De Volta aos 15 (Foto: Netflix)

Felipe Nunes

Maisa Silva e Camila Queiroz estão de volta para viajar no tempo como Anita na segunda temporada de De Volta aos 15, seriado nacional da Netflix baseado na obra literária homônima de Bruna Vieira. Dessa vez, a imatura personagem de 30 anos no corpo de uma menina de 15 passeia com mais complexidade pelos dramas e incertezas da fase adulta e é acompanhada por um parceiro inesperado, Joel, interpretado por Antônio Carrara (adulto) e por Gabriel Stauffer (jovem).

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5 anos depois, Com Amor, Simon permanece necessário às gerações atuais

Cena do filme Com Amor, Simon. Nela, observa-se o personagem Simon sentado, segurando um garfo, com um moletom preto e uma jaqueta jeans com pelo bege.
Ambientado no típico Ensino Médio americano, Com Amor, Simon, inova ao abordar os anseios da juventude LGBTQIAP+ (Foto: 20th Century Studios)

Guilherme Machado Leal

Em Com Amor, Simon, filme lançado em 2018, baseado no livro Simon vs. A Agenda Homo Sapiens, escrito por Becky Albertalli, a história retratada é a de um adolescente que guarda um segredo a sete chaves. Simon Spier (Nick Robinson) teme, ao revelar que é gay, ser discriminado pelos seus colegas de aula e, por isso, esconde sua orientação sexual. No entanto, em certo momento da história, o protagonista decide conversar com um outro garoto em um blog – com os codinomes Jacques e Blue, respectivamente –, dando espaço para conhecermos o íntimo do jovem.

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O amor não é óbvio é o retrato de um primeiro amor entre garotas

capa do livro O amor não é óbvio. No meio, em frente a um fundo rosa escuro, está a capa. A ilustração do livro, está em preto e branco, de duas garotas, no estilo colagem. A da direita tem o cabelo longo, liso e repicado, ela usa óculos redondos e está segurando um binóculo com as mãos. Ao lado dela está uma garota de cabelos curtos e lisos, vestida com uma jaqueta jeans cheia de bottons. Ainda, na parte superior, está o nome da autora e o do livro.
A capa de O amor não é óbvio, um dos principais romances lésbicos do país, também foi ilustrado pela talentosa autora Elayne Baeta (Foto: Editora Record)

Monique Marquesini

Da busca por registrar e contar histórias felizes de amor entre garotas, origina-se O amor não é óbvio. Publicada em 2019, a obra é a estreia da admirável autora baiana Elayne Baeta e marca o primeiro best-seller lésbico nacional a atingir a lista de mais vendidos do país. Anteriormente lançado em formato digital de forma independente, o romance  ganhou espaço na Literatura brasileira e foi lançado pela Editora Record, sob o selo Galera. A escritora, ilustradora e poeta só escreve sobre o que já sentiu no peito, e talvez por isso, suas narrativas sejam nada óbvias.

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Genera+ion trata do amadurecimento na língua da Geração Z

cena da série Generation, com todo o elenco principal da série: Chloe East, Uly Schlesinger, Nathanya Alexander, Haley Sanchez, Lukita Maxwell, Chase Sui Wonders, Justime Smith, e Sydney Mae Diaz. Todos olham na direção do espectador.
Genera+ion retrata um grupo de adolescentes que exploram suas relações e sexualidade enquanto se aproximam dos novos amigos (Foto: HBO Max)

Maju Rosa

Pesquise no Google: como dar à luz?”. É assim que somos apresentados ao caótico episódio piloto da série teen do HBO Max, Genera+ion (escrita dessa forma mesmo). Lançado em março de 2021 (e em junho, no Brasil), é uma aposta para captar o público jovem LGBTQIA+, e levá-lo para a fase que todos passamos em algum momento: os dramas adolescentes sobre dificuldades adolescentes – e que apenas os adolescentes entendem. E apesar de ter conquistado um espectador que se identificou com a história de Chester, interpretado por Justice Smith (também protagonista de Detetive Pikachu e The Get Down), e seus novos amigos, a produção não foi renovada pelo streaming.

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Com um olhar aconchegante, Crush é uma revolução espontânea dos jovens queer nas telas do cinema

Jovens abertamente queer, medos e um amor fofo preencheram a narrativa de Crush e o coração do telespectador (Foto: Hulu)

Monique Marquesini

Os romances adolescentes nas telas são como deliciosas histórias confortáveis, com seus clichês e casais. Na comédia romântica Crush, a narrativa é centrada em uma receita antiga: aquela em que a personagem busca atenção de sua suposta alma gêmea, quando, na verdade, seu amor está mais perto do que se imagina. Porém, seu grande diferencial é que somos transportados para as aventuras e amores do Ensino Médio ao lado de uma jovem queer.

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