Cineclube Persona – Julho de 2021

Arte quadrada de fundo na cor roxa. No canto supeior esquerdo, foi adicionado o texto "Julho de 2021”. No centro da imagem, foi adicionado o logo do Persona, e a íris do olho foi pintada na cor lilás. No canto inferior direito, foi adicionado o texto "cineclube persona". Espalhados pela arte, foram adicionadas quatro fotos com molduras na cor azul claro. As fotos são de produções audiovisuais, sendo: a série Loki da Marvel, com uma foto do rosto do ator Tom Hiddleston que o interpreta. Ele é um homem branco de cabelos pretos, olhos azuis e encara com expressão séria e debochada; O fundo é dourado e brilha como uma auréola atrás da cabeça dele. O filme AmarElo - Ao vivo, com uma foto do rapper Emicida, responsável pelo show do filme. Ele é um homem negro, de cabelo black power e barba rente ao roso, e óculos de grau. Ele usa uma camiseta bege com um círculo amarelo no peito, sua expressão é séria e ele tem um braço estendido para cima, serrando o punho como símbolo de luta. Viúva Negra, filme da Marvel, com uma foto de rosto da atriz Scarlett Johanssen que a interpreta. Ela é uma mulher branca de cabelos ruivos ligeiramente presos atrás da cabeça. Sua expressão é meio sorridente e ela esta de lado, curvando o rosto. E Os Ausentes, primeira série brasileira da HBO Max, com a foto do rosto do casal protagonista Raul e Maria Júlia, interpretados por Erom Cordeiro e Maria Flor. Na imagem, ambos estão um do lado do outro, encostados em uma parede de tijolo cinza. Raul é um homem branco de cabelos pretos e barba comprida, ele veste uma jaqueta preta e sua expressão é séria. Maria Júlia é uma mulher branca de cabelos pretos cacheados na altura dos ombros, sua expressão é séria.
Destaques de Julho de 2021: Emicida: AmarElo (Ao Vivo), Viúva Negra, Os Ausentes e Loki [Foto: Reprodução/Arte: Nathália Mendes/Texto de Abertura: Ana Júlia Trevisan e Vitor Evangelista]
O mês de Julho aterrissou nas Olimpíadas de Tóquio. E entre a emoção ver Rebeca Andrade subindo ao pódio em 1º lugar após performar ao som de Baile de Favela e o orgulho de contemplar nossa Fadinha, Rayssa Leal, se tornar prata no skate, sobrou espaço para assistirmos os lançamentos audiovisuais do mês. Pega a pipoca, que o hoje o Persona comenta tudo que teve de melhor e de pior na Televisão e na Sétima Arte. 

A Netflix acertou em cheio ao testar um novo formato de disponibilização de filmes. Apostando no bom slasher, o streaming produziu uma trilogia que foi lançada durante três sextas-feiras. Rua do Medo teve tudo que os clássicos filmes de terror podem oferecer: reviravoltas, clichês, sexo, casal queer, acampamentos e muito sangue.

A queridinha ainda nos presenteou com o show AmarElo do Emicida, eternizando toda energia positiva daquela noite de 2019. Quem também registrou todo seu amor pela Música brasileira foi a cantora Gloria Estefan, que trouxe, para os assinantes do HBO Max, Sangue Iorubá, um documentário explicando todo seu encanto e inspiração pelos nossos ritmos. Além deles, música e documentário também se mesclaram no mais novo – e delirante – trabalho de St. Vicent, que tenta captar a essência de Annie Clark.

Imagina postar uma thread em seu Twitter e ela se transformar num filme? Pois, o que parece absurdo funcionou muito bem com as atuações Riley Keough e Taylour Paige. Incrivelmente, as viagens de Zola agradaram mais que as de Jolt. O filme de baixo orçamento do Prime Video até traz uma premissa interessante, mas faz com que seu roteiro seja uma sucessão de erros. O aviso que fica é: Nunca Confie em Homens!

A Disney foi liberal na economia e conservadora nos costumes. Com o preço da assinatura do streaming mais 70 reais (Não, Mickey, jamais te perdoarei por isso) pudemos abraçar a tradição e assistir Jungle Cruise, uma típica aventura nos parques do mundo encantado. Ainda na exploração capitalista, nos despedimos de Natasha Romanoff da maneira mais frustrante possível. Não que Viúva Negra seja ruim, mas ele deveria ter aparecido no Cineclube de 2013. E não, Marvel, jamais te perdoaremos por isso.

Esse mês, remakes e continuações ganham espaço especial entre os lançamentos. O aguardado Space Jam: Um Novo Legado chegou sem muitas inovações mas carregado de nostalgia para os amantes dos Looney Tunes. Velozes & Furiosos 9 manteve a qualidade da franquia no patamar elevado e Um Lugar Silencioso – Parte II, ajuda a amarrar as pontas que ficaram soltas no filme anterior. Já Caçadores de Trolls: A ascensão dos Titãs, mais cansa o cinéfilo do que cumpre com sua promessa.

Na TV, o resultado foi mais positivo. A salada de frutas da Netflix atirou para todos os lados: Outer Banks voltou tão apetitosa quanto antes, enquanto Resident Evil: No Escuro Absoluto não esquentou o suficiente. Atypical deu tchau deixando saudade, Mestres do Universo: Salvando Eternia chegou com pé na porta e Beastars retornou com potencial.

A querida e estimada Eu Nunca… continua sua jornada como uma das comédias mais importantes da atualidade, esbanjando o frisson juvenil que muito nos conforta em tempos de pandemia. Young Royals nos serviu o suco da aclamação: Suécia, uma família real cheia de problemas e um romance LGBTQIA+ proibido. 

No HBO Max, chegou a primeira produção nacional, Os Ausentes. Além disso, a joia rara genera+ion finalmente foi disponibilizada aqui, dando vasta visibilidade para essa turminha do barulho, que navega em problemas adolescentes do jeito mais identificável possível: quebrando a cara.

Na casa do rato, Loki adiou suas conclusões a fim de nos apresentar o Multiverso, em adição ao maior personagem da Marvel de 2021, o Loki Jacaré. A segunda temporada de High School Musical: A Série: O Musical (ufa) acabou meio sem pé nem cabeça, totalmente incerta da história que queria contar. 

Na Rede Globo, acabou No Limite e nem a merecida vitória de Paula ganhou as manchetes. Na internet, o xodó The Bold Type encerrou sua jornada na TV de maneira tímida, e a versão espanhola da competição de drags de RuPaul, Drag Race España, divertiu mais que qualquer outra coisa.

Pulando de streaming em streaming, a Editoria do Persona passeia pelos grandes lançamentos de Julho de 2021 e dá as dicas imperdíveis do que de melhor está borbulhando no meio audiovisual. Se prepara para mergulhar em animações instigantes, filmes de terror imperdíveis e até mesmo em uma das melhores produções do ano passado (spoiler: envolve uma vaquinha chegando nos Estados Unidos).

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Viúva Negra: nem perto da despedida que Natasha Romanoff merece

Cena do filme Viúva Negra. Na imagem, em frente a destroços, vemos as personagens Natasha Romanoff, à esquerda, e Yelena Belova, à direita, lado a lado, olhando para frente. Natasha é uma mulher branca, de cabelos ruivos e longos presos em uma trança, vestindo um uniforme preto. Yelena é uma mulher branca, de cabelos loiros e longos presos, vestindo um uniforme branco.
Viúva Negra foi lançado nas salas físicas e no streaming ao mesmo tempo, inaugurando a Fase 4 da Marvel nos cinemas (Foto: Marvel Studios)

Vitória Lopes Gomez

Mais de uma década depois de sua primeira aparição no Universo Cinematográfico da Marvel, e ao som de Smells Like Teen Spirit, finalmente vemos Natasha Romanoff virar a Viúva Negra. Nos 11 anos desde a estreia da personagem em Homem de Ferro 2, o estúdio não aproveitou o que tinha em mãos e renegou a assassina de aluguel à coadjuvante, mas deu mais tempo (e motivo) para que a injustiçada conquistasse o público. Com a pandemia e o fechamento das salas de cinema, a enrolação da empresa adicionou mais 14 meses à espera até inevitavelmente ceder ao Disney+. Antes tarde do que nunca, Viúva Negra ainda é pouco para a despedida que a Vingadora merece.

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Clarissa: amor e sinceridade em grandes doses

Capa do CD Clarissa. Fotografia quadrada com o fundo cinza. Na parte inferior central está a cantora Clarissa Müller. Uma mulher branca, de cabelo castanho claro de tamanho médio. Ela veste uma blusa com mangas longas e colorida em tons de rosa, roxo e bege. Está com um colar com argolas douradas e uma flor lilás no meio. Suas mãos não aparecem, mas é possível perceber que estão esticadas para trás de suas costas. O rosto da cantora é oval. Suas sobrancelhas, nariz e lábios são finos e na foto ela usa uma sombra azul escura.
Explorando possibilidades, Clarissa lança seu EP de estreia carregado por sua voz doce e acontecimentos bastante intimistas (Foto: Olga Music)

Victoria Malara

Também conhecida na internet como Clapivara, a cantora Clarissa Müller percorreu diversos caminhos para chegar ao seu encontro com a Música. A partir de pequenos trabalhos como modelo, surgiram as primeiras oportunidades de sua carreira como atriz. A carioca ganhou grande visibilidade com seus primeiros covers postados no Instagram, Twitter e YouTube, mas a grande virada veio com sua atuação como Cecília, no filme Ana e Vitória em 2018. No longa ela contracenou com Ana Caetano e cedeu sua voz a três canções do álbum O Tempo É Agora, cantando os altos e baixos da relação das personagens na história.

O sucesso foi grande e com o incentivo do público, Clarissa continuou investindo em sua carreira musical iniciando em 2019 o desenvolvimento de seu EP homônimo, com o selo Olga Music. Composto por cinco faixas autorais repletas de sentimentos, a artista conseguiu de forma genuína tocar corações e levar suas canções a mais 600 mil streamings em apenas três semanas. 

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O glorioso propósito de Loki é não ser aquilo que você espera

Cena da primeira temporada de Loki. Sylvie (Sophia Di Martino) e Loki (Tom Hiddleston) se encaram preocupados em Lamentis-1, um planeta prestes a ser destruído. Sylvie, caucasiana e cabelo loiro e que vai até os ombros, usa um uniforme de couro de combate preto com poucos adereços dourados, por baixo de um sobretudo negro. Loki, caucasiano e cabelo negro que vai até os ombros, usa uma camisa social futurista com as golas coladas no peito, com uma gravata no pescoço e as mangas dobradas até os cotovelos. Atrás deles, uma cadeia de montanhas se ergue desfocada. A cena toda está iluminada por uma cor lavanda profunda.
Os tons púrpuras de um planeta em extinção enquadram uma história de amor capaz de desafiar o destino (Foto: Disney/Marvel)

Gabriel Oliveira F. Arruda

A mais recente da primeira leva de séries do Disney+ produzidas pela Marvel Studios, Loki chega com a proposta de resgatar a personagem titular dos eventos trágicos de Vingadores: Guerra Infinita, utilizando a viagem no tempo de Ultimato como ponto de partida para sua trama de ficção científica old school. Contudo, se tem uma coisa que o Deus da Mentira de Tom Hiddleston nos ensinou ao longo de sua década no Universo Cinematográfico Marvel, foi nunca confiar nas aparências.

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The Black Keys volta ao lar com Delta Kream

Capa do CD Delta Kream. Apresenta o título da banda The Black Keys acima. Em uma fotografia quadrada, há um carro branco estacionado no centro, em frente a uma loja chamada Delta Kream, que possui dois símbolos da Coca-Cola ao lado do nome. O chão é de terra batida.
Homenageando suas principais influências, o álbum é o 10º na carreira do duo (Foto: Nonesuch Records)

Bruno Andrade

Parece ser comum vislumbrar nos artistas momentos em que avaliam seus projetos fracassados. Esse costuma ser o enredo de filmes B, geralmente cômicos, sobre musicistas falidos que criam projetos para superar a si mesmos. Não é o caso do The Black Keys, que chega ao seu 10º álbum de estúdio olhando para o passado, sem motivos para se envergonhar. Como homenagem aos artistas que influenciaram a banda, Delta Kream (2021) traz covers de grandes nomes do blues como Junior Kimbrough e R.L. Burnside, adaptando a essência do duo composto por Dan Auerbach e Patrick Carney em canções clássicas na história do gênero.

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Entre o vírus e o verme, morre aos poucos um país

Capa do livro Entre o vírus e o verme se esgueiram poemas. Fotografia quadrada. Ao fundo, uma parede de tijolos expostos, de cor cinza, apoia o livro. Na parte superior da capa, pode-se ler “Entre o vírus e o verme se esgueiram poemas” em letras tortas, de cor verde claro, com exceção de “vírus” e “verme”, grafados em branco. No centro da capa, sobre um fundo verde escuro, há um losango verde claro com a imagem do novo coronavírus, fazendo alusão à bandeira do Brasil. No canto inferior esquerdo da capa, lê-se “André Plez” em letras brancas. Sob o livro, há um apoio de madeira.
Novo livro de André Plez, Entre o vírus e o verme se esgueiram poemas aborda temas urgentes com uma lírica que se assume engajada (Foto: Editora Penalux)

Eduardo Rota Hilário

Um Brasil à deriva, sem controle sobre a pandemia de covid-19 e diariamente deturpado pelo desgoverno de Jair Bolsonaro: esse é o cenário que ambienta o novo livro de André Plez. Lançado em 2021 pela Editora Penalux, Entre o vírus e o verme se esgueiram poemas expõe, já na capa, aqueles que serão dois verdadeiros inimigos do país. É justamente nesse primeiro contato imagético que nos deparamos com uma bandeira nacional sem o clássico céu estrelado, coberto pelo tenebroso novo coronavírus, enquanto vestígios de vermes, metáfora para o abominável Presidente da República, emergem do fundo esverdeado de nosso maior símbolo pátrio.

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De Rainha dos Fluxos a Rainha da Times Square, o novo EP de MC Dricka é revolucionário

Capa do EP Acompanha. Fotografia retangular com a disposição de três imagens da MC Dricka sendo uma na parte superior do lado esquerdo, outra na parte inferior central e uma última na parte superior da lateral direita. Mc Dricka é uma mulher preta de cabelos cacheados com mechas loiras na altura do ombro e corpo tatuado. Na imagem da esquerda ela veste um agasalho preto com o zíper aberto. Usa um óculos com lentes na cor amarela, uma gargantilha brilhante e um colar prata. Na imagem central, a MC veste um top preto de alças finas e os mesmos acessórios citados anteriormente além de um relógio. Seus braços estão erguidos na altura da cabeça e suas mãos estão tocando as hastes dos óculos. Abaixo da imagem pode-se ler “ Acompanha” e “MC Dricka” ambas em tom alaranjado claro. Na imagem da direita, a MC utiliza a mesma roupa e acessórios da imagem anterior. Sua cabeça está inclinada para baixo indicando que ela olha para o relógio em seu pulso direito.
A lupa, as joias e a postura da artista já são uma prévia da força que o funk feminino imprime na atualidade (Foto: GR6)

Julie Anne 

Em 7 de maio de 2021, a funkeira MC Dricka fortaleceu mais uma vez o cenário musical brasileiro ao lançar sua produção artística mais recente, o EP Acompanha. Embora a artista já seja referência para o funk feminino e independente desde 2019, o lançamento do EP se revelou como uma importante ferramenta para consagrar o potencial artístico da cantora, que alcançou destaque até mesmo na cena internacional.

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Os 15 filmes do Festival do Rio 2021

Arte em fundo azul-escuro. Ao lado esquerdo, lê-se em branco: os 15 filmes do festival do rio 2021. No canto inferior esquerdo, está o olho do Persona, com a íris azul. Do lado direto, estão 3 vezes o logo do Festival, em forma do Corcovado, com cenas de 3 filmes: Slalom, DNA e Verão de 85.
Entre os destaques das duas semanas do Festival do Rio, estão Slalom – Até o Limite, DNA e Verão de 85 (Foto: Reprodução/Arte: Ana Júlia Trevisan/Texto de Abertura: Caroline Campos)

Quando o assunto é Festival, o Persona, em conjunto, clama por um único evento: o dia do Cineclube. E claro, se for em terras cariocas, a empolgação é maior ainda. Depois de 15 dias e 15 filmes, chega ao fim o Festival do Rio 2021, que com uma seleção variada de obras singulares, uniu todas as tribos e agradou até o mais cri-cri dos cinéfilos de plantão.

Da Dinamarca à Costa do Marfim, de indicados ao Oscar até esnobados injustos, um pouquinho do que há de melhor na produção cinematográfica mundial veio visitar remotamente a Cidade Maravilhosa e garantir, diariamente, um descanso fora das amarras das nossas próprias narrativas. Pela plataforma do Telecine, cada filme era disponibilizado por 24 horas e 24 horas apenas, ou seja, chegara o momento de planejar a maratona.

Figurinhas já batidas integraram o catálogo do Festival. Uma nova exibição de Druk – Mais uma Rodada é sempre bem-vinda e o atual vencedor da categoria de Melhor Filme Internacional no Oscar 2021 foi o felizardo responsável por iniciar a jornada com muito álcool e uma boa dose de Mads Mikkelsen (ou seria o contrário?). E os donos de estatuetas douradas não pararam por aí: o ácido Bela Vingança, que garantiu o prêmio em Roteiro Original para Emerald Fennell, arrancou exclamações e conquistou uma vaga entre as 15 obras. Excepcionais, sim. Mas, às vezes, poderia ter sido mais produtivo ceder espaço às produções não tão comentadas nos últimos meses.

Pincelando temas dolorosos e desconfortáveis da melhor forma que o Cinema consegue fazer, não faltou sensibilidade para discutir o que de mais horrendo a sociedade já produziu e encarar nossos demônios como espécie humana. Quo Vadis, Aida? e Caros Camaradas! miram no histórico, Slalom – Até o Limite e Ainda Há Tempo desenham o atual. Das mais variadas formas, esta edição do Festival do Rio coloca o espectador frente a frente com o espelho e exige reflexão; exige autoconsciência.

É óbvio que, no meio de tudo isso, sobra espaço para o cômico, o lúdico e até para o fantástico. No entanto, não se engane – como toda forma de expressão, o Cinema é um produto de seu tempo, dialogando com seu tempo e, muitas vezes, questionando na mesma medida. Por baixo do prédio ficcional de Edifício Gagarine ou das histórias arrebatadoras de Noite de Reis, há sempre uma lente que foca no que somos ou no que deveríamos ser.

Depois de uma cobertura completa da leva de filmes 2021, a Editoria do Persona embaralha os papéis e comenta obra por obra, loucura por loucura, apresentada na fresquíssima edição do Festival do Rio. Para quem já está com saudades das narrativas diárias, os textos abaixo revivem parte do caos latente proporcionado durante esses últimos 15 dias pelo maior festival de Cinema da América Latina.

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Mostrando uma versatilidade de ritmos, Doja Cat nos convida a aventurar-se por Planet Her

Capa do álbum Planet Her, da cantora Doja Cat. A foto mostra a cantora Doja Cat, uma mulher negra de olhos castanhos e cabelos vermelhos, e ela está deitada de lado. Ao fundo há a representação do espaço sideral.
Doja Cat lançou seu novo álbum em grande estilo, alcançando em menos de uma semana o título de rapper feminina com maior número de streams em um debut no Spotify (Foto: Kemosabe Records/RCA Records)

Gabriel Brito de Souza

Planet Her é o terceiro álbum da carreira de Doja Cat e sucede o aclamado Hot Pink, disco que alavancou o nome da rapper norte-americana nos últimos tempos. Pelas suas redes sociais, a cantora anunciou o lançamento do disco que estreou em grande estilo no cenário pop, atingindo a 2ª posição no ranking das paradas da Billboard. E em menos de uma semana, o crescente número de streams no Spotify garantiu a Doja Cat o título de rapper feminina com maior número de reproduções em um debut, além das faixas Kiss Me More e Need To Know terem proporcionado a artista emplacar mais dois hits no Top 100 Mundial da plataforma.

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