Madison Beer procura por vida em Life Support

Capa do álbum Life Support. Em um fundo preto, Madison Beer se encontra deitada no centro da capa, com uma roupa cinza e seus cabelos morenos soltos. A mulher é branca e magra e está com o rosto levantando, olhando para o lado esquerdo da imagem. Há uma iluminação na área em que ela está na foto. Embaixo dela, há um quadrado preto com “parental advisory explicit content” escrito.
Capa do álbum de estreia de Madison Beer (Foto: Reprodução)

Laís David e Mariana Chagas 

Uma marca dos anos 2000 foi a introdução do YouTube na  indústria da música. Além do grande consumo de videoclipes, a plataforma foi palco para a descoberta do que viriam a se tornar grandes nomes da música, como Justin Bieber e Shawn Mendes. E foi este o berço de Madison Beer, que lança em 2021 seu álbum de estreia, Life Support.

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Cineclube Persona – Fevereiro de 2021

Arte retangular em cor azul bebê. No canto superior esquerdo foi adicionado o texto "cineclube persona" em fonte branca. Ao centro, está o logo do Persona. No canto inferior direito, foi adicionado o texto "fevereiro 2021" em fonte preta. Espalhadas pela arte, foram adicionadas quatro fotografias, dentro de molduras em tom roxo: uma foto do filme Malcolm & Marie, uma foto da cantora Karol Conká, uma foto do filme Nomadland, e uma foto da série Cidade Invisível.
Destaques de Fevereiro de 2021: Cidade Invisível, Nomadland, Malcolm & Marie e a passagem de Karol Conká pelo BBB 21 (Foto: Reprodução/Arte: Ana Júlia Trevisan/Texto de Abertura: Vitória Silva)

Em um contexto ainda atingido pela pandemia de covid-19, a largada da temporada de premiações foi dada mais tardiamente em 2021. O mês de Fevereiro se encerrou com o polêmico, e nem tão aclamado, Globo de Ouro. Nesse ano atípico, os filmes elegíveis poderiam ter sido lançados no próprio mês do evento, e muitos dos que chegaram nos minutos finais acabaram concorrendo e, até mesmo, levaram a estatueta para casa. Foi o caso de Nomadland, que conquistou duas das categorias principais e é uma das principais apostas para o Oscar 2021.

Mais uma vez, a Netflix está com tudo entre os concorrentes da temporada, mas com candidatos nem tão promissores. Relatos do Mundo, produzido pela Universal Pictures, chegou esse mês ao catálogo e ganhou duas indicações ao Globo, porém sem sucesso, enquanto o complicado Malcolm & Marie não conquistou nem uma nomeação. Por outro lado, I Care A Lot (Eu Me Importo) foi um dos grandes lançamentos do mês e surpresas da noite, e deu a primeira estatueta de Rosamund Pike.

Fora do universo dos tapetes vermelhos, o serviço de streaming entregou o controverso capítulo final da saga de Lara Jean, com Para Todos Os Garotos 3: Agora e Para Sempre, e seu maior produto nacional até agora, com a estreia da série Cidade Invisível. Fevereiro também foi um mês para a Apple TV+ trazer grandes lançamentos, a nova temporada de Dickinson foi mais uma vez bem recepcionada pela crítica, assim como o documentário Billie Eilish: The World’s a Little Blurry, que se aprofunda na vida da estrela em ascensão Billie Eilish.

Nesse extenso período de isolamento, observar o cotidiano alheio nunca foi tão interessante. Pudemos ver novamente Selena Gomez se estabanar na cozinha com seu reality show Selena + Chef, da HBO Max. E, em terras brasileiras, a luta pela saída da Karol Conká do BBB 21 conseguiu unir a nação de uma forma nunca antes vista nos últimos tempos.

Cineclube de Fevereiro traz os grandes lançamentos do mês do mundo audiovisual. Aqui você confere os filmes aclamados e massacrados pelo público, séries que terminaram de ter seus episódios exibidos (WandaVision há de aguardar o seu momento), e grandes produções televisionadas. Tudo isso com a curadoria da Editoria e colaboradores do Persona.

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Oito de Março, a mulher na mídia brasileira e o real sentido da representatividade

No Dia Internacional da Mulher, o Especial da Globo Falas Femininas e o Roda Viva colocaram mulheres em frente e por trás de suas câmeras para debater questões que cercam a nossa existência

O especial Falas Femininas foi a contribuição da Globo para o Dia Internacional da Mulher (Foto: Rerpodução)

Raquel Dutra

Maria Sebastiana da Silva, Carol Dall, Gleice Araújo, Cristiane Oliveira e Tina dos Santos foram os nomes que protagonizaram um documentário especial na TV Globo no Dia Internacional da Mulher. A alguns canais de distância da maior emissora do país, ia ao ar a edição semanal de um dos programas jornalísticos mais tradicionais do Brasil pautada unicamente por mulheres. Assim, a grade da programação principal da televisão brasileira na noite de 8 de março de 2021 não só não escapou ao assunto do dia, como foi tomada por quem o constituía.

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Com uma xícara de chá, poção ou uma boa taça de vinho, venha celebrar junto a AURORA os poderes místicos do luar

Fotografia da cantora AURORA. No centro da imagem, vemos a cantora, uma mulher branca de cabelos loiros e olhos azuis, sentada de pernas cruzadas com os braços e mãos à frente do corpo, com o olhar fixado à sua frente. Ela está com os cabelos presos para trás e usando uma tiara com flores e joia ao centro. Vestindo uma blusa de renda, luvas compridas e calça, ambas as peças na cor preta, além de uma saia de tule branco.
Em compilados temáticos de suas produções, a cantora norueguesa apresenta a forte conexão que há entre suas músicas, trazendo mais valor ao significado de cada uma delas para nós, seus ouvintes (Foto: Reprodução)

Gabriel Brito de Souza

A dona da voz suave e encantadora que nos acompanha em MUSIC FOR THE FELLOW WITCHES OUT THERE é Aurora Aksnes, mais conhecida apenas por AURORA. A cantora, compositora e produtora norueguesa, iniciou sua carreira em 2012 com seu primeiro single Puppet, mas foi em 2015 que realmente estreou na indústria musical com Runaway, alcançando um milhão de streams no Spotify do Reino Unido, e Runaway with The Wolves, que após seu lançamento disparou nas rádios locais, recebendo atenção principalmente pela BBC Radio. Agora em seu atual projeto, AURORA está complementando sua discografia com o mais novo EP de compilados de sua trajetória.

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O feitiço de WandaVision se dissipa rápido demais

Cena da série WandaVision. Nela, vemos Elizabeth Olsen no papel de Wanda e Kathryn Hahn no papel de Agnes. Elas estão uma ao lado da outra, olhando para a frente. Wanda é uma mulher branca, adulta, ruiva e que veste um moletom vermelho. Agnes é uma mulher branca, adulta, de cabelos pretos e que veste roupas escuras. Ela está com a mão direita no queixo e tem um olhar de dúvida.
Agatha Harkness mandou avisar que WandaVision é minissérie e não tem planos para uma eventual segunda temporada (Foto: Reprodução)

Vitor Evangelista

Antes mesmo de lançar sua primeira série de TV, o Universo Cinematográfico da Marvel já usava a estrutura da telinha para contar histórias. Kevin Feige, a mente por trás do império, ligava os filmes entre si, como capítulos na grade semanal. Por conta disso, ao anunciarem a migração do início da Fase 4 para o Disney+, a empresa suscitou a curiosidade: como eles se comportariam frente ao formato propriamente dito? A Marvel seria capaz de sustentar uma narrativa difusa e não condensada nas duas horas e meia que acostumou o público a assistir, com óculos 3D e um baldão de pipoca com manteiga? O fim de WandaVision responde algumas dessas questões.

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Corte de Espinhos e Rosas: uma viagem mágica no mundo atrás da Muralha

O livro Corte de Espinhos e Rosas se encontra centralizado na foto, apoiado em um fundo de madeira, e cercado por flores. A capa é roxa na sua maior parte, ficando mais azul e branco no meio. Desenhos de rosas com espinhos cercam o título do livro, que se encontra centralizado, em preto. Nos cantos da foto é possível ver uma parte da capa do segundo e do terceiro livro da trilogia.
O livro Corte de Espinhos e Rosas é perfeito para quem ama fantasia e romance (Foto: Dicas de Malu)

Mariana Chagas

É no meio de uma floresta nas terras mortais de Prythian que Feyre Archeron começa a sua jornada na série literária Corte de Espinhos e Rosas. Escrito por Sarah J. Maas, também autora da saga Trono de Vidro, o primeiro livro da trilogia é uma releitura da fábula  A Bela e a Fera, que conquistou amantes de fantasia do mundo todo. A história, que já foi traduzida para mais de trinta e cinco idiomas, envolveu o público jovem com personagens engraçados e complexos que vivem em um universo que cativa o leitor desde o primeiro parágrafo. 

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Shirley‌ ‌é‌ ‌a‌ ‌angústia‌ ‌de‌ ‌mulheres‌ ‌geniais‌ ‌em‌ ‌um‌ ‌mundo‌ ‌de‌ ‌homens‌ ‌medíocres

Cena do filme Shirley. A esquerda, Elizabeth Moss, uma mulher branca de 38 anos, está de perfil olhando para a direita. Ela usa uma blusa branca de mangas compridas e seu cabelo é loiro e comprido e está solto. Ela segura com a mão direita o rosto de Odessa Young, uma mulher branca de 23 anos. Odessa também está de perfil, seu rosto está levemente levantado. Ela usa uma blusa vermelha. Seu cabelo é castanho claro e está solto. No fundo, há árvores.
Uma cinebiografia de Shirley Jackson não funcionaria sem um pouco de suspense (Foto: Reprodução)

Caroline Campos

Quando a Netflix lançou A Maldição da Residência Hill em 2018, Shirley Jackson voltou aos trendings 53 anos após sua morte por insuficiência cardíaca. A grandiosa série de Mike Flanagan adaptou o romance mais infame da carreira de Jackson, A Assombração da Casa da Colina, escrito em 1959 e, hoje, considerado uma das maiores obras de terror do século XX. Em 2020, foi a vez da própria autora ganhar uma adaptação de sua vida conturbada, dessa vez pelas mãos habilidosas de Josephine Decker e com produção executiva de Martin Scorsese. Shirley, que conta com o protagonismo de Elizabeth Moss, é uma biografia desconfortável de uma mulher assustadora – no melhor dos sentidos. 

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The Highlights: uma aula de marketing para além do fim de semana

Capa do CD The Highlights. Fotografia quadrada com fundo preto. O perfil de The Weeknd está localizado no centro do quadro. Um homem negro de cabelo crespo. Ele veste um paletó vermelho vivo, cravejado de brilhantes. A luz é quase inexistente, iluminando principalmente sua testa, nariz e queixo e fazendo o contorno de seu corpo. Na parte superior está escrito: The Weeknd, The Highlights, tem o selo da gravadora e as músicas do álbum.
Capa do álbum The Highlights – The Weeknd, a própria personificação de poder (Foto: Reprodução)

Juliana Silveira Pollato 

Às vésperas do Super Bowl LV, The Weeknd lançou o álbum The Highlights. Esse trabalho, como o próprio nome diz, relança ao público as músicas que marcaram a sua brilhante carreira musical. Abel – nome de batismo do canadense – compilou sucessos desde sua mixtape House of Balloons até seu último álbum After Hours, ainda contando com músicas de parcerias grandiosas com Ariana Grande e Kendrick Lamar.

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Nota Musical – Fevereiro de 2021

Destaques do mês de fevereiro: Gal Costa, Taylor Swift, Isaac Dunbar e Daft Punk (Foto: Reprodução/Arte: Ana Júlia Trevisan/Texto de Abertura: Raquel Dutra)

No mês que antecede o evento mais importante da música ocidental, alguns dos grandes nomes do Grammy 2021 aproveitaram para agitar a campanha para a premiação, que acontece no dia 14 de março. A dupla Chloe x Halle vestiu tons frios para Ungodly Hour (Chrome Edition) e para o clipe futurista da canção-título. Dua Lipa juntou novos singles com a tracklist mais famosa de 2020 em Future Nostalgia (The Moonlight Edition). Doja Cat e Megan Thee Stallion comandaram um remix de Ariana Grande, e a banda HAIM cantou mais uma vez – e agora pra valer – com Taylor Swift.

Falando nela, a artista que protagonizou a maior polêmica do mundo pop dos últimos anos iniciou sua volta por cima. Depois de jogar a ***** no ventilador e suscitar uma discussão importante sobre a relação complicada que existe entre direitos autorais, artistas jovens e a indústria musical, Swift alertou que não deixaria barato e que faria o possível para tornar seus trabalhos, que foram vendidos sem a sua permissão, obsoletos, regravando-os. É fato que a cantora de reputation é firme com sua palavra, e assim ela apresentou ao mundo Love Story (Taylor’s Version), anunciando que a nova versão de Fearless, seu segundo álbum, também chegará aos nossos ouvidos em breve.

O maior injustiçado da temporada, por sua vez, brilhou forte em sua performance no intervalo do Super Bowl promovendo The Highlights. A coletânea reforça a relevância e impacto do trabalho de The Weeknd, que não engoliu a desonestidade da Recording Academy. Quem também superou cenários hostis foi Rebecca Black, o assunto da internet e alvo de um episódio de cyberbullying massivo em 2011, que dez anos depois do fatídico clipe de Friday, retorna àquele lugar para um remix da música original.

Ascensão também é uma palavra que se aplica aos artistas brasileiros, que mantiveram a atividade em um fevereiro sem carnaval. Pabllo Vittar voou alto ao interpretar o remix de Man’s World com MARINA e Empress Of. Ludmilla, que sabe pregar o funk como ninguém, colaborou com o trio Major Lazer e ainda encontrou espaço para trazer visibilidade ao grupo baiano ÀTTOOXXÁ e ao artista jamaicano Suku Ward. Luísa Sonza mostrou mais uma vez sua versatilidade num pagode ao lado de Thiaguinho, e Papatinho fez o mesmo ao misturar samba, funk e rap com Seu Jorge e Black Alien.

Já na MPB, celebramos a vida e a carreira de Gal Gosta. Não exatamente como gostaríamos, num show ao vivo lotado de apaixonados por uma das maiores vozes do Brasil, mas da melhor maneira que os moldes pandêmicos podem nos proporcionar, com o disco Nenhuma Dor. Assim como nossa musa, sempre atento e forte, Gilberto Gil se uniu aos seus filhos e netos em Refloresta para fortalecer uma campanha a favor da conservação de nosso bem mais precioso.  

A notícia triste foi o fim de Daft Punk. Depois de 28 anos de carreira, o duo composto por Guy-Manuel de Homem Cristo e Thomas Bangalter deixa um legado incalculável e uma influência que vai muito além da música eletrônica, lar da dupla. Tudo isso e muito mais sobre as movimentações do mundo da música foi registrado no Nota Musical de Fevereiro pela Editoria e colaboradores do Persona, que dessa vez, além de CDs, EPs, singles, clipes e performances, inventaram de falar também sobre as trilhas sonoras de alguns dos filmes mais importantes do mês.

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O Som do Silêncio nos ensina a olhar para a frente

 Cena de O som do Silêncio. Vemos Riz Ahmed, que interpreta Ruben, dos ombros à cabeça, preenchendo quase totalmente o lado esquerdo e o centro da imagem. Ele é um homem de ascendência paquistanesa, pele marrom, olhos, barba, cabelo e bigode castanhos. Está levemente inclinado para a direita, olhando para a frente, de camiseta branca. Também vemos a sua prótese auditiva, um objeto pequeno em formato de gancho em sua orelha, à esquerda. Ela está conectada a um cabo preto que desaparece atrás da cabeça de Ruben. Podemos ver uma parede branca e o batente marrom desfocados atrás dele.
Riz Ahmed se comprometeu a ter aulas de bateria e ASL, a linguagem de sinais americana, durante a sua preparação para o personagem Ruben (Foto: Reprodução)

Gabriel Fonseca

O Som do Silêncio, da Amazon Prime Video, prega uma inteligência emocional que todos gostaríamos de ter. O longa independente conta a história de um baterista de heavy metal que descobre no meio de uma turnê, que está ficando surdo. Esta premissa já nos faz esperar por um clichê de superação da deficiência, ou de obsessão artística, como em Cisne Negro. Mas, o que torna as coisas interessantes é a oposição do protagonista à própria adaptação.

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