O filme tinha data de estreia para julho, mas devido a pandemia do covid-19, teve sua data adiada para 25 de dezembro, com lançamento direto no Disney+ (Foto: Reprodução)
Pedro Gabriel
O sentido do viver é umas das questões mais antigas do ser humano. Por que estou aqui nesse mundo? Qual o meu propósito na Terra? Essas perguntas rodeiam a nova produção dos estúdios Pixar, Soul. Dirigido por Pete Docter (Monstros S.A, 2001 e Up! Altas Aventuras, 2009), e co-dirigido por Kemp Powers, seguimos a vida de Joe Gardner (Jamie Foxx), um professor substituto de música de uma escola, com o sonho de ser um músico profissional de jazz.
O carismático rapper estadunidense muda suas feições em seu álbum mais recente (Foto: Reprodução)
Vitória Silva
Post Malone é um hitmaker de mão cheia. Essa máxima vem sendo comprovada desde 2016, com o lançamento do seu primeiro disco, o Stoney, quando emplacou a faixa Congratulations no topo das paradas. Em 2018, o sucesso se manteve com Better Now e rockstar, que permanecem em alta até hoje, dando a sensação de terem surgido apenas a dias atrás.
Ao mesmo passo que Austin Richard Post (nome de batismo do cantor) produzia grandes hits, também revelava letras sem muita profundidade ou diferencial para o meio. Mulheres, festas, drogas, bebidas e luxos da fama, una esses tópicos a batidas dançantes de trap e você tem quase a discografia completa do nova iorquino. E, para quem esperava ouvir apenas mais do mesmo, Hollywood’s Bleeding chega a ser surpreendente.
Tudo Bem no Natal que vem é o primeiro filme de Natal brasileiro da Netflix (Foto: Reprodução)
Letícia Depiro
Quando Jorge, personagem de Leandro Hassum, acorda no dia 24 de dezembro de 2010, tudo parece errado para ele, que se levanta e passa o dia resolvendo todas as pendências para a festa de Natal daquela noite, enfrentando calor, trânsito e lugares lotados. Depois de uma introdução em que o protagonista expõe toda sua complicada relação com a festa, que coincide com seu aniversário, o filme faz um bom trabalho em apresentar o conflito entre Jorge, a data e as relações familiares que o permeiam. Tudo Bem no Natal Que Vem é um filme que mistura todos os clichês natalinos com a típica comemoração brasileira.
A história de O Preço da Perfeição é baseada no livro Tiny Pretty Things, de Dhonielle Clayton e Sona Charaipotra (Foto: Reprodução)
Ana Beatriz Rodrigues
Chegar aos nossos objetivos é algo bem complicado, e fica ainda mais difícil quando encontramos outras pessoas no nosso caminho. O mundo guiado por competição faz parte da realidade, mas também é retratado na ficção. Essa corrida pela vitória já foi mostrada em diversos ambientes diferentes, e no cenário das artes isso também acontece. Possuindo algumas semelhanças com o famoso Cisne Negro, a nova série da Netflix, O Preço da Perfeição (Tiny Pretty Things) mostra uma realidade sobre o universo competitivo e cheio de dificuldades do Balé de Elite de Chicago.
“Polêmico, tão franco/Disseram-me que não sou elegante” (Foto: Warner Music Nashville)
Ana Laura Ferreira
O Grammy nos proporciona a possibilidade de explorar diferentes gêneros musicais, selecionando, em teoria, o melhor de cada ramo. A lista de indicações nunca é harmônica e pode gerar mais ou menos discórdia dependendo dos esnobados da vez. Ainda assim, alguns nomes são unanimidade e, neste ano, entre eles está Ingrid Andress e sua poesia countryintitulada Lady Like. O disco concorre como Melhor Álbum Country na premiação de 2021 e também rende a cantora a indicação de Artista Revelação.
A segunda temporada de The Mandalorian estreou em outubro na Disney+, com novos episódios lançados semanalmente (Foto: Reprodução)
Vitória Lopes Gomez
Menos de duas semanas antes do fim da segunda temporada de The Mandalorian, a Disney+ anunciou 10 novas séries originais do universo Star Wars. O furor com as novas produções, com os nomes inéditos e antigos sendo divulgados, teasers e teorias agitaram as redes sociais por dias, o que poderia distrair a excitação para a finale da pioneira dos live-action. Felizmente, a série prova, mais uma vez, que é grandiosa e se consolida como uma das melhores produções da franquia bilionária criada por George Lucas.
On the Rocks acompanha Laura e seu pai Felix investigando a suposta traição do marido Dean, numa Nova Iorque mais triste e idealizada que o comum (Foto: Reprodução)
Vitor Evangelista
On the Rocks é uma expressão em inglês indicando que uma bebida, normalmente alcoólica, deverá ser servida com gelo. É também o nome do sétimo filme de Sofia Coppola, diretora experiente em contar histórias calmas na superfície, mas recheadas de drama e ventanias por debaixo dos sorrisos amarelos e jardins ensolarados. Na incongruente filmografia da norte-americana, o filme de 2020 é um anexo a temáticas passadas, mas abre o leque para a sutilidade do inevitável e a magia do ordinário.
Destaques de 2020: Taylor Swift, Rina Sawayama, Phoebe Bridgers, Fiona Apple, BK’, Chloe x Halle, Kali Uchis e Letrux (Foto: Reprodução)
2020 começou chutando as portas dos eventos inéditos. No Oscar, Parasita abocanhou a estatueta mais importante da noite; no Grammy, Billie Eilish quebrou um recorde de 39 anos e se tornou a primeira mulher a ganhar o Big Four, os quatro prêmios principais, em uma mesma noite (Álbum do Ano, Gravação do Ano, Música do Ano e Artista do Ano).
E um pouco depois disso o mundo acabou.
A partir de março nos vimos num limbo temporal e espacial, onde a arte era a nossa melhor amiga, nossa única distração, nossa única oportunidade de viajar, e tudo mais que você já deve ter cansado de ler nesse ano. Sem a possibilidade de fazer shows, assistimos pequenos e grandes artistas se virarem nos 30 com lives diversas. Os nomes gigantes do mainstream perderam uma receita ou outra nesse tempo, mas é com os independentes que devemos nos preocupar. Sem dinheiro não há música, e é agora que saberemos as consequências reais disso tudo. Por enquanto, só podemos esperar que as promissoras vacinas façam o segundo semestre de 2021 seguro o suficiente para retornarmos com os shows.
Para os que tinham estrutura e condições de produzir em casa, 2020 foi mais interessante. Charli nos deu o colaborativo how i’m feeling now e Taylor surpreendeu o mundo com seu folkloree o novíssimo evermore (e dizem as línguas que a terceira irmã está vindo). No Brasil, vimos artistas como Silva, Sandy e Adriana Calcanhotto também lançarem seus projetos frutos do isolamento social.
O dia infinito que foi 2020 ainda trouxe mais uma porrada de coisas: a volta bíblica de Fiona Apple e a primeira nota 10 em uma década, da impiedosa Pitchfork; a xenofobia sofrida por Rina Sawayama ao ser considerada ‘não elegível‘ para o British Music Awards mesmo sendo britânica; o racismo sofrido por The Weeknd ao não ser indicado ao Grammy 2021 nas categorias principais; a febre de documentários de artistas (Ariana Grande, Shawn Mendes, BLACKPINK, Taylor Swift…); e tantos outros acontecimentos.
Justin Timberlake já dizia em seu The 20/20 Experience: o ontem é história e o amanhã é um mistério. Se 2021 vai ser melhor? Torcemos que sim. Por agora, você pode conferir Os Melhores Discos e EPs que salvaram o apocalíptico ano de 2020, elencados pela Editoria do Persona e por nossos colaboradores.
A princípio, o título do filme seria “Rapunzel”, porém, Enrolados surgiu como uma alternativa para afastar a adaptação da obra original (Foto: Reprodução)
Júlia Paes de Arruda
Os versos poéticos e dançantes das músicas de Enrolados marcaram a geração que viveu as propagandas do seu lançamento, 10 anos atrás, no Disney Channel. Era impossível trocar de canal ao ouvir qualquer canção promocional. Essa paixão, na época, fez a adaptação do conto de Rapunzel superar o sétimo filme de Harry Potter nos Estados Unidos e ganhar o coração dos fãs apaixonados pelas histórias de princesas Disney.
Seguindo a tendência da vez do mundo do pop, Miley Cyrus volta às décadas de 70 e 80 para construir Plastic Hearts, seu sétimo álbum que, numa direção diferente dos trabalhos nostálgicos mais bem-sucedidos de 2020, se aloca entre as muitas possibilidades do rock.
Para compor a identidade visual da nova era, Miley foi fotografada pelas lentes mais famosas do mundo do rock, que também capturou a icônica capa do segundo disco do Queen e David Bowie na lendária fase Ziggy Stardust (Foto: Mike Rock)
Raquel Dutra
Ela finalmente veio. Depois de muito passear entre diversos gêneros e eventualmente se perder entre tentativas de expressar sua arte, Miley Cyrus está de volta aos nossos ouvidos com um trabalho que faz jus à artista que é. Prenunciada pelo single Midnight Sky e acompanhada pelo baixo determinado da primeira faixa de Plastic Hearts, Miley não só chega exatamente do jeito que prometeu por muito tempo como também do exato jeito que ansiamos por vê-la. Isto é, experimentando expressar sua catártica rebeldia com seus vocais roucos nas vestes potentes do rock.