Chucky: sátira à sociedade americana e exaltação do terror queer dominam

Cena da série Chucky. Na imagem há um garoto, Jake, vestido com uma moletom em tom de preto manchado com branco, vestindo uma jaqueta de moletom acinzentada por cima. Em suas costas ele carrega uma mochila preta e atrás dele há a imagem de um corredor desfocado com um garoto branco, loiro, vestindo azul ao seu canto direito. Jake tem uma expressão triste. Ele é um adolescente branco, de cabelos encaracolados e médios. Ele carrega consigo um boneco de cabelos ruivos, olhos azuis, que veste uma blusa listrada em tons de vermelho e azul e veste um macacão jeans, o brinquedo Chucky.
O boneco que foi o pesadelo de uma geração volta em sua melhor versão na série presente no catálogo do Syfy (Foto: Syfy)

Ma Ferreira

Em 1988, surgia um novo ícone do Cinema de Terror, uma figura dócil, mas, ao mesmo tempo, demoníaca: Chucky, o brinquedo assassino. Aterrorizando sonhos de muitas crianças dos anos 1990, o boneco entrou para o rol dos psicopatas da cultura pop e ganhou uma franquia de oito longas, um curta-metragem e, atualmente, uma série, que já está renovada e sua segunda temporada sai este ano. A história original de Don Mancini foi ressuscitada e aprofundada no seriado Chucky, voltando às origens do assassino Charles Lee Ray, mostrando sua trajetória até o que se tornou e seus atuais planos.

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Rua do Medo: 1666 se lambuza nas entranhas do horror

Cena do filme Rua do Medo: 1666 - Parte 3. Na cena, vemos Deena e Sam se beijando. À direita, Deena é negra de pele clara, tem cabelos cacheados e usa uma regata amarela com detalhes listrado em azul, vermelho e amarelo. À esquerda, está Sam, branca e loira, usando jaqueta jeans. Elas estão em uma floresta com flores vermelhas ao redor.
Surfando na onda do horror queer, a retumbante trilogia Rua do Medo chega ao fim (Foto: Netflix)

Vitor Evangelista

A tarefa de finalizar uma franquia é um tanto quanto ingrata. A trilogia-relâmpago Rua do Medo, lançada em doses homeopáticas na Netflix, chega ao ápice revisitando o passado da maldita Sarah Fier, bruxa, áspera, pecadora. Para isso, a diretora Leigh Janiak retorna ao século dezessete, lar do paganismo, da culpa católica e do núcleo base do terror psicológico: o medo do diabo. Entre a prosa arcaica e o ato de revisitar grandes filmes do gênero, a máquina do tempo de Rua do Medo: 1666 funciona à perfeição. O ontem é vital, mas é no hoje que a porrada come. 

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