Sandy e Junior relembram a nossa história

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Ana Laura Ferreira

Algumas bandas, músicas e cantores são capazes de marcar toda uma geração. E, se você foi criança ou adolescente entre a década de 1990 e começo dos anos 2000, Sandy e Junior com certeza fazem parte da sua vida. Com canções icônicas e uma legião de fãs extremamente fiéis, os irmãos voltaram aos palcos depois de 12 anos para a felicidade geral da nação. A turnê, intitulada Nossa História, está passando pelas principais capitais do país e no dia 25 de agosto lotou, pelo segundo dia seguido, a arena Allianz Parque em São Paulo. Em uma noite mágica, mais de 45 mil pessoas cantaram em uníssono se a lenda dessa paixão faz sorrir ou faz chorar.

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30 anos sem Raul Seixas: o legado do maluco beleza

Raul Seixas e sua barba costumeira, que virou um dos símbolos do cantor  (Foto: Raul Seixas)

Caroline Campos

No dia 21 de agosto de 1989, sozinho em seu apartamento na cidade de São Paulo, Raul Seixas – para muitos, o pai do rock nacional – encontrou a morte, surda, que caminhava ao seu lado. Após 44 anos de uma vida de excessos, loucuras, esoterismo e rebeldia, o rockeiro baiano foi vítima de uma pancreatite aguda fulminante resultada do alcoolismo, que era agravado pelo fato de Raul ser diabético e não ter tomado sua insulina na noite anterior. Passados 30 anos deste baque na música brasileira, o “raulseixismo” ainda é uma filosofia de vida para sua legião de fãs, e os gritos de “Toca Raul!”, uma pedida clássica em bares e shows

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Dez anos atrás, o Arctic Monkeys se tornava um ‘animal perigoso’ em Humbug

 

(Foto: Reprodução)

Maria Carolina Gonzalez

Nos últimos anos, percebemos que o Arctic Monkeys é uma banda totalmente fora da caixinha. O caminho para a imagem de queridinhos da música alternativa, consolidada com o gel no cabelo e as jaquetas de couro, começou a ser expandido há quase uma década. O terceiro álbum da banda, Humbug, mostrou que os garotos de Sheffield não se contentavam em ser apenas ícones do indie, mas também tinham potencial como promessas do rock.

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Metá Metá retoma o essencial de sua origem para novas experimentações no Sesc

Persona acompanhou o show no dia 14 de agosto e comenta os melhores momentos da noite

Metá Metá
“Pra quem não conhece, Thiago França (dir.), Kiko Dinucci (esq.) e Juçara Marçal (centro)”, brinca Juçara enquanto agradece a presença da plateia no final do show (Foto: Reprodução)

Vinícius Nascimento

Composto por Juçara Marçal (voz), Kiko Dinucci (Violão) e Thiago França (saxofone) é a segunda vez do trio em para Bauru. Às 8 horas e meia do dia 14 de agosto no Sesc, quem esperava um show com banda acaba por ter uma surpresa: no palco, somente violão, sax e microfones. No fim do show conversando com a banda, Kiko é enfático ao dizer: “A força bruta do Metá Metá é essa formação em trio, as vezes a gente acha mais pesado do que show com banda”. Assim seguimos noite adentro, com os três amigos nos guiando dentro da atmosfera de sonoridades que nos hipnotiza.

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Melhores discos de Julho/2019

“Vai, minha tristeza, e diz pra ele que sem ele não pode ser”: registro da última turnê de João Gilberto, em 2008. O criador da bossa nova faleceu no último dia 6 (Foto: Leo Aversa)

Frederico Tapia e Gabriel Leite Ferreira

O século XX vai aos poucos se despedindo de nós. Depois da fundamental Beth Carvalho em abril, chegou a vez de João Gilberto deixar este mundo, no dia 6 de julho, aos 88 anos. João já não fazia shows desde 2008 e não gravava desde 2000. Seus últimos anos foram marcados por sua notória reclusão e pelas infinitas batalhas judiciais travadas entre seus herdeiros, que incluíram turnês canceladas e pedidos de interdição.

Felizmente a reputação do baiano João Gilberto como baluarte da música popular brasileira é intacta desde 1959, ano da estreia Chega de Saudade, disco que alavancou uma revolução sem precedentes no Brasil e no mundo. A mistura de samba e jazz no violão complexamente delicado, junto às interpretações igualmente delicadas, entortaram a cabeça de uma juventude que menos de uma década depois viraria a MPB do avesso com a tropicália. Sobre sua influência fora do país, vale ler este artigo da revista Época, que conta um pouco da bonita relação de João Gilberto com o Japão.

É nesse clima de tristeza e gratidão que se embala a curadoria de julho. Confiram!

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Verde, Anil, Amarelo, Cor-de-Rosa e Carvão continua relevante 25 anos depois

Com este álbum, Marisa Monte se consagrou definitivamente na música popular brasileira

(Foto: Reprodução)

 

Guilherme Hansen

Quando Marisa Monte começou a carreira, em 1987, com o show Veludo Azul, naturalmente foi exaltada e posta como estrela do MPB. No entanto, não foi isenta às críticas que todo artista sofre. De origem rica, era acusada de ter um estilo aristocrático demais em sua música e de ser uma nova-iorquina que canta música brasileira, em uma crítica de Maria Bethânia que ficou famosa em entrevista à revista Playboy.

Com o CD “Mais”, de 1991 e com a ajuda de hits como “Beija eu” e “Eu sei (Na mira)”, conseguiu se tornar mais popular, mas, ainda assim, era considerada distante do público médio. 

Chegamos então no clássico “Verde, anil, amarelo, cor-de-rosa e carvão”. Lançado em 1º de agosto de 1994, Marisa mais uma vez faz a sua mistura de estilos, porém, como bem disse Bethânia, colocou toques de Paulinho da Viola e o violão de Gilberto Gil. Ela abrasileirou muito mais seu repertório e, consequentemente, agradou mais o público e a crítica. 

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Sensível, Banks fala por todos nós em III

III, terceiro álbum de estúdio de Banks

Leandro Gonçalves

Alguns compositores parecem ter nas mãos uma facilidade singular de se expressar. E, assim, desenhar em versos e estrofes aquilo que sentem ou deixam de sentir. A californiana Jillian Rose Banks, musicalmente conhecida apenas como Banks, é uma dessas artistas que, com aptidão ímpar, traduzem em suas músicas aquilo que nós, ouvintes, não conseguimos verbalizar acerca de nossas dores e amores. Em III, seu trabalho mais recente, Banks nos convida novamente a se identificar com cada palavra que compõe. 

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Ultraviolence: Meia década do melhor de Lana Del Rey

(Foto: Reprodução)

Isabelle Tozzo

Ultraviolence é o melhor de todos. Essa é a frase que meus amigos já ouviram de mim algumas vezes em conversas sobre Lana Del Rey. Como fã da artista, afirmo sem hesitar que o terceiro álbum da cantora – que completa cinco anos – é o mais belo, coeso e intimista de toda a carreira da norte-americana. Continue lendo “Ultraviolence: Meia década do melhor de Lana Del Rey”

Melhores discos de Junho/2019

Emicida se uniu a Pabllo Vittar e Majur para trazer luz sobre o diálogo da saúde mental na visceral “AmarElo”. O sample de Belchior coroa a parceria. (Divulgação/Papel Pop)

Junho marca o início do verão americano e também celebra o orgulho LGBTQ. Artisticamente, o mês seis costuma ser um dos mais frutíferos do ano. Amém! E acaba que é muita música boa para míseros 30 dias. Os nossos momentos preferidos estão elencados abaixo.

Gabriel Ferreira, Jho Brunhara, Leonardo Teixeira

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O retorno dos Jonas Brothers e a busca pela felicidade

(Foto: Reprodução)

Gabriela Abreu 

Após a separação dos Jonas Brothers no ano de 2013, ninguém imaginaria que voltaríamos a falar dos irmãos Jonas em 2019. O retorno veio de surpresa (pra alguns), mas a verdade é que a separação dos Jonas Brothers nunca colocou um ponto final na história desses irmãos – eles apenas apertaram o pause.

De acordo com a crítica do site Pitchfork, “Os Jonas Brothers não precisavam de uma completa reinvenção para retornar. Eles só precisavam de um começo limpo.” E é com esse espírito que a banda lançou os singles ‘Sucker’ e ‘Cool’, marcando o início de uma nova era para os irmãos Jonas. Continue lendo “O retorno dos Jonas Brothers e a busca pela felicidade”