As Mulheres da 6ª Mostra de Cinema Feminista

De 14 de agosto a 3 de setembro, as colaboradoras, redatoras e editoras do Persona estudaram as múltiplas óticas que compreendem o que é ser mulher através das obras da 6ª Mostra de Cinema Feminista (Arte: Ana Júlia Trevisan/Texto de Abertura: Raquel Dutra)

Se não a Arte, quem é que vai ter coragem de refletir sobre o que é ser mulher em 2021? Essa foi a conclusão da nova experiência do Persona, que se dedicou a acompanhar a 6ª Mostra de Cinema Feminista. Do dia 14 de agosto ao dia 3 de setembro, a internet nos permitiu fazer parte de mais um encontro para pensar e apreciar o Cinema de forma totalmente online e gratuita. Depois de flutuar pelo que existe de mais diverso, fantástico, inventivo e maravilhoso na Sétima Arte, encaramos uma perspectiva específica e nada leviana: a da mulher.

Como sempre, o Persona se manifesta como uma iniciativa jornalística expressamente contrária a toda e qualquer forma de preconceito e discriminação. A premissa de falar sobre feminismo em 2021 é apenas uma: que este termo compreenda a mulher em sua totalidade. Assim, as colaboradoras, redatoras e editoras do Persona mergulharam na seleção vasta da 6ª Mostra de Cinema Feminista, composta por 126 filmes nacionais e internacionais, e acompanhada por 5 debates que refletiram sobre a produção cinematográfica contemporânea.

A Mostra de Cinema Feminista é realizada pela Coletiva Malva desde 2015, sob o objetivo de construir um espaço de fruição e fomento ao audiovisual realizado por mulheres cis e trans, pautando debates raciais, de gênero, histórias sobre amores e paixões, relações familiares, sociais, econômicas, históricas e culturais. E no ano de 2021, em sua sexta edição, a realização não fugiu à premissa central de sua concepção: explorar os muitos temas que nascem da combinação do Cinema com os Feminismos.

De crianças à jovens, de adultas à idosas; entre personalidades históricas e existências ordinárias; diante de mulheres reais ou inventadas; doces ou salgadas, azedas ou amargas; seja para rir ou para chorar, para sonhar ou para realizar, vivendo suas liberdades ou estudando suas prisões, Ana Júlia Trevisan, Ayra Mori, Gabriela Reimberg, Gabrielli Natividade, Júlia Paes de Arruda, Ma Ferreira, Mariana Chagas, Raquel Dutra e Vitória Lopes Gomez assistiram 34 filmes da seleção da 6ª Mostra de Cinema Feminista, para agora estudar muitos aspectos da imensidão do ser mulher.

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As experiências visuais do 5º Festival Ecrã

Entre longas, médias, curtas, videoartes, artes imersivas e games, Julho de 2021 nos trouxe as experimentações artísticas e sensoriais do 5º Festival Ecrã (Arte: Vitor Tenca/Texto de Abertura: Caio Machado e João Batista Signorelli)

Depois da jornada através do Cinema Fantástico que foi o Fantaspoa XVII, o Persona volta para o mundo dos festivais de Cinema, mas desta vez se aproximando ainda mais do experimental e incomum. A 5ª edição do Festival Ecrã de Experimentações Audiovisuais nos levou por caminhos dos mais abstratos, passando pelo intrigante, profundo, ou simplesmente incompreensível. De narrativas estruturadas à experiências puramente estéticas, o Ecrã foi online, gratuito e apresentou, além de longas e curtas, outras das inúmeras possibilidades proporcionadas pelo audiovisual: videoartes, performances, instalações, artes interativas e até mesmo games marcaram presença no festival que aceita tudo, menos o convencional e o conformista. 

O Festival surgiu timidamente em 2017, com apenas 10 obras ao longo de 2 dias, e cresceu a cada ano até explodir em 2020, em sua primeira edição online, quando deu a uma enorme quantidade de cinéfilos, órfãos das salas de cinema e sedentos por novidades, a chance de descobrir dezenas de obras audiovisuais inovadoras. Em sua 5ª edição, realizada de 15 a 25 de julho, o jovem festival permanece independente de patrocinadores e sem cobrar um único centavo de seus espectadores, o que significa que o evento precisa buscar meios alternativos para se manter financeiramente. Por isso, o Ecrã abriu uma campanha de financiamento coletivo para esta edição, com a qual é possível contribuir até o dia 15 de agosto. 

Através de uma plataforma própria, a quinta edição teve uma curadoria heterogênea como toda seleção de um Festival experimental deve ser. Trazendo desde obras de cineastas essenciais para o Cinema de vanguarda mundial, como James Benning e Ken Jacobs, à produções estudantis saídas diretamente das universidades brasileiras, o Ecrã ofereceu um panorama amplo de produções nacionais e internacionais das mais diversas, que buscam romper as fronteiras e arrebentar as caixinhas do tradicional e do óbvio. 

Das 120 produções presentes na programação do Festival, o Persona assistiu 40, todas comentadas a seguir por Caio Machado, Caroline Campos, Gabriel Gatti, Gabriel Oliveira F. Arruda, João Batista Signorelli e Vitor Evangelista. Nos 10 dias de Festival, vimos um pouco de tudo: filmes macabros, engraçados, surpreendentes, incômodos, ou apenas abstratos demais para serem descritos. Se você quer sair do óbvio e passar longe do previsível, pode ter certeza que logo abaixo encontrará material de sobra para se interessar. 

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