Scream: eles sempre voltam

Cena da série Scream. Na foto, em um primeiro plano, vemos uma pessoa vestindo uma capa preta, luvas pretas e uma máscara cirúrgica branca, empunhando uma faca.
Ao contrário dos filmes, a série Scream não ganhou um nome traduzido e permaneceu homônima ao título original da franquia (Foto: MTV)

Vitória Lopes Gomez

Em uma época em que os slashers já estavam mais do que consolidados, Pânico se tornou um clássico por um motivo: o filme de Wes Craven revitalizou o subgênero ao se aproveitar das próprias convenções e regras e subvertê-las a seu favor. As fórmulas e os clichês viraram brincadeira nas mãos do diretor e do roteirista Kevin Williamson. Com muita referência, metalinguagem e, acima de tudo, autoconsciência, Pânico deu um jeito de satirizar o Terror ao mesmo tempo que se tornava um dos maiores clássicos do gênero.

Como a franquia de filmes apontou, “eles sempre voltam”. E assim foi: alguns anos e algumas sequências depois, a MTV resolveu dar continuidade às obras no formato televisivo. Afinal, “adolescentes” era basicamente o carro-chefe da emissora e, contanto que as vítimas agissem como a idealização das pessoas da idade, até um assassino à solta renderia conteúdo. O primeiro desafio veio, justamente, em adaptar os 120 minutos dos longas para os 10 episódios da primeira temporada de Scream. O próprio Noah avisou no piloto: slashers não duram muito tempo.

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O monstro no túmulo: as Histórias extraordinárias de Edgar Allan Poe

Capa do livro Histórias extraordinárias, de Edgar Allan Poe. Na imagem, o livro está de pé em um fundo branco. O livro é uma edição em capa dura, de cor roxa, com o nome de Edgar Allan Poe escrito em fonte de cor amarela, com uma caveira desenhada logo acima de seu nome. Abaixo está escrito Histórias Extraordinárias em fonte de cor igualmente amarela. Abaixo está o logo da editora Companhia das Letras, com a fonte de cor amarela
A edição de Histórias extraordinárias, publicada pela Companhia das Letras, reúne 18 contos de Edgar Allan Poe, com seleção, apresentação e tradução de José Paulo Paes, oferecendo ao leitor um panorama da obra do grande mestre do Terror (Foto: Companhia das Letras)

Bruno Andrade

Há uma linha tênue entre o Horror e o Terror. Enquanto no primeiro o apreço pelo sobrenatural e sua respectiva negação da realidade são predominantes (lembre-se do Horror, o Horror!anunciado pelo agente Kurtz em O Coração das Trevas), o segundo preza pela criação de uma atmosfera repleta de suspense, cuja brincadeira consiste justamente na ausência do mágico, e na dúvida se determinadas situações ocorreram ou se estão na cabeça dos personagens. Na Literatura, há predominância dos textos de terror, e, de forma mais apropriada, trata-se de uma categoria precursora ao suspense psicológico, na qual ambos os gêneros se cruzam quando o assunto é aterrorizar. Em Histórias extraordinárias, uma coletânea de 18 contos traduzidos pelo poeta José Paulo Paes, o leitor encontrará a angústia e a engenhosidade de Edgar Allan Poe, um dos principais inventores do Terror moderno.

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Love, Death & Robots: nada coeso, obrigatoriamente inovador, quase sempre divertido

Cena do episódio Atendimento automático ao cliente de Love, Death & Robots. Na imagem, uma animação, a frente de uma porta de vidro que revela um quintal com árvores, flores coloridas e palmeiras, uma mulher branca de meia idade, de cabelos curtos e brancos, blusa branca listrada e calça branca abre espacate no chão e aponta uma espingarda. Ao lado direito dela, vemos um cachorro pequeno e de pelos brancos.
Dois anos depois da aclamada estreia de Love, Death & Robots e das vitórias no Emmy 2019, a segunda temporada chegou em 2021 e foi novamente indicada em Melhor Programa Curto de Animação (Foto: Netflix)

Vitória Lopes Gomez

A sonhada adaptação da revista em quadrinhos Heavy Metal proposta pelos diretores David Fincher (Seven, Mank) e Tim Miller (Deadpool) ficou na gaveta por anos até a Netflix topar o desafio. No streaming, os dois se juntaram a Jennifer Miller e Joshua Donen (Mindhunter, House of Cards) na produção e a ideia virou Love, Death & Robots, inédita e inovadora na farofa de conteúdos originais da plataforma. O sucesso e a aprovação dos curtas metragens animados garantiram a continuação: mais curta, a segunda temporada da série volta para mais amores, mortes e robôs.

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Um Lugar Silencioso – Parte II surpreende e prova que continuações no terror podem ser excelentes

É uma imagem retangular. Há três pessoas na imagem, aparecendo do joelho para cima. Da direita para a esquerda temos: Evelyn, uma mulher branca, olhos verdes e cabelo loiro e liso na altura do ombro, ela usa um vestido verde com detalhes em amarelo, ela carrega um bebê enrolado em um lençol azul em seu colo, um pouco ao fundo  tem Marcus, um adolescente branco, ele tem olhos castanhos, cabelo cacheado e castanho escuro, ele usa um casaco cinza com detalhes em preto, por último tem Regan, uma adolecente branca, de olhos verdes e cabelos castanho claro ondulado na altura do ombro, ela usa uma camiseta roxa com listras horizontais, um casaco azul e uma saia com listras verticais rosa, azul e branco, ela carrega uma arma em sua mão esquerda.
Tanto o primeiro quanto o segundo filme se destacam por usarem de maneira criativa o silêncio (Foto: Paramount Pictures)

Nathan Sampaio 

Um Lugar Silencioso, de 2018, foi um sucesso inesperado. Com sua proposta intrigante de extrair o terror do silêncio absoluto, a produção faturou mais de 340,7 milhões de dólares na bilheteria, além de dar a Emily Blunt o prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante no SAG Awards de 2019. Então, havia uma grande expectativa para a sua sequência, que, infelizmente, teve seu lançamento adiado por causa da pandemia de covid-19, e estreou mais de um ano depois do planejado. Mas fica a dúvida, será que a sequência foi tão boa quanto o filme original?

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Rua do Medo: 1666 se lambuza nas entranhas do horror

Cena do filme Rua do Medo: 1666 - Parte 3. Na cena, vemos Deena e Sam se beijando. À direita, Deena é negra de pele clara, tem cabelos cacheados e usa uma regata amarela com detalhes listrado em azul, vermelho e amarelo. À esquerda, está Sam, branca e loira, usando jaqueta jeans. Elas estão em uma floresta com flores vermelhas ao redor.
Surfando na onda do horror queer, a retumbante trilogia Rua do Medo chega ao fim (Foto: Netflix)

Vitor Evangelista

A tarefa de finalizar uma franquia é um tanto quanto ingrata. A trilogia-relâmpago Rua do Medo, lançada em doses homeopáticas na Netflix, chega ao ápice revisitando o passado da maldita Sarah Fier, bruxa, áspera, pecadora. Para isso, a diretora Leigh Janiak retorna ao século dezessete, lar do paganismo, da culpa católica e do núcleo base do terror psicológico: o medo do diabo. Entre a prosa arcaica e o ato de revisitar grandes filmes do gênero, a máquina do tempo de Rua do Medo: 1666 funciona à perfeição. O ontem é vital, mas é no hoje que a porrada come. 

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Macabro e memorável, A Bruxa completa 5 anos

Fotografia do filme A Bruxa. A foto é retangular e retrata uma floresta escura. No meio da imagem existem três silhuetas de costas. A central pertence a uma mulher e as outras duas pertencem a dois bodes. De frente para essas figuras, há uma fogueira. Sobre essa fogueira, existem sete corpos de mulheres que flutuam formando um arco. A fogueira é a única fonte de luz da imagem e ilumina fracamente algumas árvores ao fundo, dando uma aparência amarelada para o todo.
A Bruxa, ainda que tenha dividido opiniões do público quando lançado, é “tenso” e “instigante”, como definiu o Rei do Terror Stephen King em suas redes sociais (Foto: A24)

Mariana Nicastro

Plena Idade Média. Um casal de camponeses e suas crianças curiosas. Um lenhador. Uma casinha ao lado de um bosque e uma bruxa que o habita. Parece mais um conto de fadas dos Irmãos Grimm, certo? Bom, na verdade trata-se de A Bruxa, lançado no Brasil em março de 2016. Inventivo, misterioso e incômodo, o filme de terror utiliza da temática das bruxas para compor uma trama bem elaborada e assustadora. Com isso, ele tornou-se capaz de se destacar notoriamente no gênero e ainda ser alvo de discussões e elogios 5 anos após sua estreia.

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Rua do Medo: 1978 prova que a barra era bem mais pesada nos anos setenta

Cena do filme Rua do Medo: 1978. Podemos ver a fachada em madeira do acampamento, escrita CAMP NIGHTWING. Ela está no topo da imagem. Abaixo, vemos a entrada do acampamento, uma rua bifurcada e muitas árvores ao redor, e várias crianças andando pelo local.
A diretora Leigh Janiak é novamente bem sucedida ao adaptar as obras infanto-juvenis de R.L. Stine (Foto: Netflix)

Caroline Campos

Há quem diga que qualquer outra época é fichinha perto da década de 70. Com mais sexo, mais drogas e muito mais sangue, alguns dos clássicos indiscutíveis do terror saíram rastejando do inferno setentistaO Exorcista, Halloween, Suspiria, O Massacre da Serra Elétrica, Carrie – A Estranha podem encabeçar a lista. Para quem não superou Michael Myers e Leatherface, nada melhor para, em pleno 2021, reviver todo aquele bando de gente morrendo esfaqueada, desmembrada ou possuída do que com Rua do Medo: 1978, a segunda parte da trilogia lançada em três sextas-feiras pela Netflix.

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Rua do Medo: 1994 entrega clichê de terror com poucas brechas para a trilogia

Imagem do filme Rua do Medo: 1994 - Parte 1. Na imagem vemos uma mulher branca deitada de barriga para baixo no chão, sendo puxada por um homem vestido de caveira. Ela usa uma blusa preta de manga comprida e está gritando. A imagem é iluminada por um tom azul e ao fundo vemos embaçado o que seria uma praça de alimentação de um shopping.
A abertura da trilogia da Netflix deixa a desejar quando buscamos ganchos para o resto da história (Foto: Netflix)

Larissa Vieira

Na entrada do verão norte-americano, a maior plataforma de streaming, que vem sofrendo com a concorrência de sucesso ultimamente, Netflix, buscou inovar ao trazer uma trilogia de filmes, lançados em 3 semanas consecutivas. Baseada nos livros de R.L. Stine, Rua do Medo conta a história da pequena cidade Shadyside, que sofre com uma série de massacres, de anos em anos. Mas, até então, ninguém tinha sido nerd o suficiente para enfrentá-los ou até mesmo tentar conectá-los, apenas os ligando, de maneira irônica, a uma antiga lenda de uma bruxa local. 

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A Ordem do Demônio: chega às telas um dos casos mais sombrios do casal Warren

Uma das imagens promocionais do filme Invocação do Mal 3: A Ordem do Demônio. Julian Hilliard, que interpreta David Glatzel, está na parte esquerda da imagem, apoiado em um batente de madeira, com uma expressão de curiosidade. É um garoto branco, de cabelo loiro, usa óculos pretos e tem 11 anos. Toda a foto está em tons escuros e amadeirados. Ao lado de Julian está escrito o título do longa.
David Glatzel no novo filme da franquia Invocação do Mal (Foto: Warner Bros)

Gabrielli Natividade da Silva

Invocação do Mal 3: A Ordem do Demônio, oitavo filme da franquia Invocação do Mal, chegou aos cinemas sendo muito aclamado pelo público. A sequência se trata do caso que gerou bastante repercussão para Ed e Lorraine Warren em 1981, quando tentaram provar a inocência de Arne Cheyenne Johnson, o qual foi acusado de assassinato e alegava ter estado sob possessão demoníaca. O longa mostra desde quando o casal conheceu o réu até o momento do veredito final do julgamento, cativando os espectadores com todos os mistérios envolvidos.

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O passado vem Depois no novo livro de Stephen King

Arte do livro Depois. O fundo é vermelho, com a ilustração de uma mulher e um garoto ao lado de um carro replicada nos cantos direito e esquerdo. No centro, a palavra DEPOIS está escrita em amarela, acima do nome STEPHEN KING em branco. No canto superior esquerdo, está o olho do persona. No canto superior direito, está o símbolo da parceira com a Cia das Letras.
Apague a luz se for chorar e Uma família quase perfeita foram os dois primeiros livros resenhados na parceria com a Cia das Letras (Foto: Companhia das Letras/Arte: Caroline Campos)

Caroline Campos

Não são necessários floreios de apresentação quando se trata de Stephen King. O autor já passou por palhaços do mal, carros do mal, cachorros do mal, garotas do mal, hotéis do mal e, mesmo assim, parece que sua fonte da criatividade não se cansa de jorrar ideias para serem passadas ao papel. Depois, terceiro livro da parceria com a Companhia das Letras, é mais uma de suas empreitadas pelo mundo dos espíritos. Dessa vez, no entanto, pode-se dizer que sua narrativa é mais otimista e divertida do que sombria e aterrorizante para os parâmetros do Mestre do Terror

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