O punk é pop em Bob Cuspe – Nós Não Gostamos de Gente

Cena do filme Bob Cuspe - Nós Não Gostamos de Gente. A imagem da animação em stop-motion mostra Bob Cuspe, um homem de pele verde, nariz gigante, óculos escuro e roupas pretas de couro, em um elevador diante de Angeli, um homem branco de meia idade, cabelo curto branco, e camiseta roxa, que está de braços abertos estendidos. Eles estão em um elevador, e o espelho atrás de Angeli, com o vidro quebrado, reflete a imagem dos dois.
Bob Cuspe – Nós Não Gostamos de Gente teve exibições presenciais na 45ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, incluindo uma gratuita no vão livre do Masp (Foto: Vitrine Filmes)

João Batista Signorelli

Estrela da revista underground Chiclete com Banana, que reunia o trabalho de cartunistas como Laerte e Glauco, Bob Cuspe é um dos mais icônicos personagens de Angeli, que também povoou o imaginário dos quadrinhos brasileiros com Rê Bordosa, Wood & Stock, Mara Tara, e tantos outras. Ácido e subversivo, Bob, que estrela a animação de grande destaque na 45ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, representava nos anos 80 a anarquia subversiva da geração punk, ao mesmo tempo que era uma espécie de alter ego exagerado do próprio autor. 

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Sweet Tooth é um vestígio de inocência e esperança em meio ao caos

Cena da série Sweet Tooth. A imagem é um pouco aberta e está situada em uma floresta muito iluminada com a luz amarela do sol, ao fundo e desfocado temos árvores de troncos grossos e bem espaçadas, com algumas plantas verde claro ao fundo no chão, há também um pedaço de uma rústica à direita e uma cerca bem artesanal em madeira com um espantalho acima e mais para trás. Ao centro, em foco e em plano americano temos Gus, um garotinho branco, de aproximadamente 8 anos e cabelos loiro médio, ele é um ser humano híbrido com cervo, por isso tem galhada e orelhas de cervo. Ele veste uma calça marrom, uma camiseta cinza com pequenos desenhos em rosa e azul, por cima há um casaco aberto de lã com a estampa pied poule em amarelo e branco, com o centro em verde com botões marrons. Atravessando seu corpo, há uma bolsa pequena cinza com detalhes em verde e com alça de corda amarela e um pedaço de couro na região do ombro. As roupas do garotinho parecem velhas e estão um pouco curtas. Gus está com uma expressão curiosa observando algo um pouco distante e mais alta que ele.
“Enquanto o mundo mergulhava no caos, outra coisa estava acontecendo. Algo extraordinário” (Foto: Netflix)

Júlia Caroline Fonte

As adaptações são uma grande polêmica do mundo audiovisual, algumas chegam ao patamar da perfeição, já outras decepcionam o fandom. Sweet Tooth com certeza se encaixa no primeiro grupo. Lançada em 4 de junho, a nova série da Netflix, que vem ganhando cada vez mais destaque da crítica, é produzida por Robert Downey Jr. e Susan Downey e traz uma proposta um pouco diferente da graphic novel que a originou, levando-a a ser uma das séries mais assistidas da plataforma em diversos países.

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Invincible é realmente tudo isso ou estamos apenas dando importância demais para opinião de nerd?

Cena da série Invicible. A imagem apresenta em primeiro plano e centralizado o personagem Invincible. Ele está posicionado em ¾ e olhando para a frente com uma expressão de seriedade. O personagem é um homem adolescente branco, de estatura média, magro e com o cabelo preto; seu uniforme é um collant de corpo todo amarelo, azul e preto, o uniforme se completa com um óculos branco acoplado na máscara amarela. O fundo do cenário é uma avenida com carros de polícia, pessoas correndo e fumaça.
A série Invencível é uma adaptação da HQ de Robert Kirkman, também criador de The Walking Dead (Foto: Amazon Prime Video)

Nathalia Franqlin

Invincible chegou em março no Amazon Prime Video, despertando curiosidade e gerando polêmicas dentro do mundo nerd. Mas, afinal, a série é, realmente, tudo isso? Baseada nas HQs de mesmo nome de Robert Kirkman, Invencível é originalmente uma criação em quadrinhos de 2003. Ela foi incluída no catálogo da Amazon, que agora, aparentemente, segue apostando na nova onda de desconstrução de super-heróis iniciada no ano retrasado por The Boys – que, inclusive, também se baseia em HQs lançadas na longínqua década de 2000. 

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Mulher Maravilha 1984 é a linha tênue entre expectativas e realidade

A imagem mostra Gal Gadot como Mulher Maravilha. Ela usa uma armadura dourada e tem os cabelos pretos soltos por baixo de um capacete com formato de águia. Ao findo vemos asas desfocadas nas cores azul, verde, vermelho e amarelo. Em um primeiro plano há o laço da verdade brilhando.
“A grandeza não é o que você pensa” (Foto: Reprodução)

Ana Laura Ferreira

“Diana de Themyscira, filha de Hippolitya, Rainha das Amazonas”. Mas e se ela fosse mais do que isso? O que aconteceria se ela saísse definitivamente do santuário destas guerreiras gregas e se mudasse para o “reino dos homens”? Mesmo tendo provado um gostinho dessa adaptação da heroína à um novo cotidiano em Mulher Maravilha (2017), Patty Jenkins torna a trazer Gal Gadot no papel da matadora de deuses, mas dessa fez de forma muito mais habituada, orgânica e organizada em Mulher Maravilha 1984.

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Watchmen é um testemunho atemporal

O tempo passa e, cada vez mais, Watchmen se mostra uma obra do agora, independente de quando e quem assistir (Foto: Reprodução)

Henrique Gomes

Watchmen é a série de quadrinhos definitiva. Criada por Alan Moore e Dave Gibbons, a HQ se baseia na problematização da realidade, em que cidadãos vestem máscaras e combatem o crime por conta própria. Temas como a salvação da humanidade, as fraquezas dos homens e a existência de um deus entre nós são abordados. Cada detalhe e cada referência na construção desse mundo é um reflexo da nossa sociedade como um todo. Os quadrinhos já faziam com maestria essa discussão política e social, e a minissérie de 2019 resgata e revigora isso.

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