Zoey e sua fantástica habilidade de nos fazer apaixonar por sua história

Imagem de divulgação da série Zoey e Sua Extraordinária Playlist. Ela apresenta a protagonista Zoey no canto esquerdo da imagem, posicionada de lado, olhando para o lado direito. Zoey é uma mulher branca e ruiva, com cabelos levemente encaracolados e olhos azuis, e veste uma blusa de lã vermelha. Ela está na frente de uma parede de tijolinhos branca, onde alguns dos principais personagens da série estampam capas coloridas de discos de vinil organizados em duas prateleiras.
Apesar de não ser muito comentada, a nova série da NBC, disponibilizada no Brasil pelo Globoplay, tem tudo o que é preciso para ser um grande sucesso (Foto: Reprodução)

Milena Pessi

Quais são as chances de ocorrer um terremoto no momento em que você está fazendo um exame na ressonância magnética? Na vida real, poderia dizer que as probabilidades são bem pequenas, mas não para Zoey Clarke, a protagonista de Zoey e sua Fantástica Playlist. Tudo começou por causa de uma dor de cabeça interminável e terminou da maneira mais estranha possível: ela ganhou a capacidade de ouvir o pensamento das pessoas a partir de números musicais, porém, somente ela conseguia ouvi-los. No começo, a programadora via seu novo poder como uma maldição ou até mesmo um castigo, mas com o passar dos episódios, Zoey entende que foi por causa dele que se tornou uma pessoa melhor, mais empática e disposta tanto a ouvir quanto a ajudar aqueles que estão à sua volta. 

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A família Bridgerton sai das páginas para ganhar as telas e seu coração

Foto de divulgação da série Bridgerton. Na imagem vemos oito personagens que pertencem à família protagonista da série. Eles estão posando para a foto na escada da frente de sua casa. As roupas e o cenário reproduzem características de 1800. Na extrema esquerda temos Hyacinth, que é uma menina de 13 anos, branca e com cabelos castanhos encaracolados, usa um vestido rosa claro com babados e luvas brancas, está de pé com as mãos em frente ao corpo. Ao seu lado está Colin, que é um homem de 23 anos, branco e com cabelos castanhos escuros e curtos, usa um casaco azul marinho sobre camisa e colete brancos e uma calça preta, está em pé, com as mãos ao lado do corpo e com o pé esquerdo apoiado sobre um degrau. Alguns degraus acima, está Violet, que é uma mulher de 54 anos, branca e com cabelos castanhos escuros presos em um coque, usa um vestido branco com apliques florais e uma faixa rosa, usa luvas brancas, um colar, brincos e uma tiara no penteado, está de pé com as mãos em frente ao corpo. No topo da escada, à direita de Violet, vemos Eloise, que é uma mulher de 31 anos, branca e com cabelos castanhos escuros que emolduram o rosto com uma franja, usa um vestido rosa claro com botões na frente e uma flor, usa luvas brancas e um adorno floral rosa na cabeça, está de pé com as mãos em frente ao corpo. Em sua frente, na base da escada, está Daphne, que é uma mulher de 25 anos, branca e com cabelos castanhos claros presos em um coque e com uma pequena franja, usa uma capa azul claro sobre um vestido azul claro e usa luvas brancas, está de pé com as mãos em frente ao corpo. À sua direita, alguns degraus acima, está Anthony, que é um homem de 32 anos, branco e com cabelos castanhos escuros e curtos, usa um casaco azul escuro sobre camisa e colete brancos e uma calça preta, está em pé com a mão direita ao lado do corpo e a mão esquerda apoiada no corrimão da escada. Na sua frente, na base da escada, está Gregory, que é um menino de 14 anos, branco e com cabelos castanhos claros curtos, usa um casaco azul marinho sobre um colete azul ciano e uma camisa branca e usa calças azul acinzentadas, está em pé, com as mãos atrás do corpo. Na extrema direita, temos Benedict, que é um homem de 32 anos, branco e com cabelos castanhos escuros curtos, usa um casaco preto fechado sobre camisa e colete brancos e calças cinza escuro, está de pé, com o braço direito apoiado sobre o corrimão da escada e o braço esquerdo ao lado do corpo, sua perna direita está cruzada sobre a perna esquerda. Ao redor da família vemos partes de sua casa, algumas flores azuis, duas janelas bege que emolduram a porta verde no topo da escada cinza, o corrimão é de cimento cinza largo com dois vasos de cimento com flores brancas, alguns tijolos expostos aparecem ao redor da escada. A imagem é clara, com tons frios.
A família mais aclamada dos romances de época ganha vida no serviço de streaming (Foto: Reprodução)

Carol Dalla Vecchia

Em 2000, Julia Quinn (pseudônimo de Julie Pottinger) dava um dos maiores passos de sua carreira como escritora ao lançar o primeiro livro da série Os Bridgertons. Mais tarde, ela seria mundialmente reconhecida como um dos maiores nomes no gênero romance de época, com seus diálogos efervescentes, personagens petulantes e intrigas polêmicas que estavam presentes desde O Duque e Eu, volume que dá início à coleção. Mesmo com tanto sucesso, foram necessários vinte anos para que a autora realizasse o sonho de ver sua obra adaptada para outras plataformas: a série Bridgerton chegou à Netflix em 25 de dezembro de 2020 e já divide opiniões.

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Sen Çal Kapimi: a dizi que bateu em nossas portas

Os dois atores protagonistas estão em pé, na frente de um fundo azul e entre um centro amarelo onde pode-se ler Sen Çal Kapimi. Hande está à esquerda, usando um vestido vermelho, e Kerem a direita, de terno preto. No canto esquerdo inferior tem o logo da emissora Fox e está escrito “Sen Çal Kapimi: o primeiro episódio é na quarta feira às 20 horas” e no canto esquerdo superior encontra-se o logo da empresa produtora da série, MY YAPIM.
Pôster de divulgação da dizi Sen Çal Kapimi (Foto: Reprodução)

Mariana Chagas 

Assim como no Brasil a família se reúne na frente das telas para assistir as tão famosas novelas, o que prende o público da Turquia na televisão são as diversas dizis. Uma mistura de novela com série, os programas que passam semanalmente tem uma duração média de duas horas por bölüm (episódio). Com a temática variando principalmente entre drama, comédia romântica e ação, as novelas turcas possuem um público alvo grande e bem variado. E, dentre tantas dizis, uma que se destacou dentro e fora da Turquia foi a engraçada e cativante Sen Çal Kapimi (Bata na minha porta).

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A Voz Suprema do Blues é a despedida de um rei

Na imagem, vê-se os dois protagonistas, o trompetista Levee (Chadwick Boseman) e a cantora Ma Rainey (Viola Davis), dividindo os holofotes do palco num concerto de blues.
O longa foi gravado enquanto o astro de Pantera Negra lutava contra um câncer agressivo (Foto: Reprodução)

Vanessa Marques

“O blues é uma forma visceral de rebeldia.” Com raízes africanas, o ritmo melancólico e potente do blues nasceu entre os escravos do sul dos Estados Unidos, a partir do século XIX. Ao longo das margens do Rio Mississipi, os homens e mulheres escravizados cantavam melodias lentas ou soturnas enquanto cumpriam o percurso comum do trabalho árduo no campo. Este legado da cultura negra é honrado em A Voz Suprema do Blues, último filme de Chadwick Boseman, falecido precocemente em 2020, que divide cena com a memorável Viola Davis.

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Made in Honório é uma propaganda que emociona

foto do pôster do documentário Anitta: Made In Honório, vemos a cantora Anitta, cantora branca, de perfil para a esquerda. Ela está com a língua para fora usando óculos escuros, brinco de argola brilhante e rabo de cavalo. Ao fundo há uma parede de luzes refletindo a artista.
Após promessas, série documental mostra outras faces de Anitta (Foto: Reprodução)

Maju Rosa

Números, muitos números. É assim que somos introduzidos à Anitta no primeiro episódio do documentário Anitta: Made in Honório. As visualizações, seguidores e parcerias internacionais aparecem na tela, mostrando de forma orgulhosa as conquistas da cantora durante sua carreira, praticamente um currículo.  

Depois do sucesso de Vai Anitta, a Netflix decidiu repetir a dose e apresentou para os seus assinantes mais uma série biográfica da cantora pop brasileira mais famosa da atualidade. Essa dose, assim como na primeira vez, veio batizada com algumas pitadas de autopromoção, basta saber se foi uma estratégia que se camuflou o bastante para não ser notada.

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Das profundezas do mais íntimo de Mac Miller, surge Circles

A imagem é a foto de capa do álbum Circles, do rapper Mac Miller. Na imagem, há uma foto de Mac Miller com a mão esquerda apoiada em sua cabeça, tampando um de seus olhos. Também há uma outra imagem de Mac por cima, com menor opacidade, ele está com a cabeça apoiada em seu braço esquerdo. Mac é um homem branco, de cabelo raspado, barba rala, com tatuagens no corpo e que está vestindo uma blusa de manga comprida preta. A imagem está em tons preto e branco.
Capa do disco Circles: 1 ano da maior lição que Mac Miller nos deixou (Foto: Reprodução)

Geovana Arruda

A introspecção e a melancolia ganham espaço em Circles, álbum póstumo do rapper Malcolm James McCormick, mais conhecido como Mac Miller. Lançadas em 17 de janeiro de 2020, as faixas, finalizadas pelo produtor Jon Brion, contém cada pedaço da mente de um cantor e compositor brilhante, porém acompanhadas de todos os seus problemas pessoais, que ficaram ainda mais claros após esse grande monólogo de Mac. 

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A viagem em alto mar de Calcanhotto chega ao fim de forma triunfal

Fotografia quadrada com o fundo preto. Na parte inferior central está a cantora Adriana Calcanhotto. Uma mulher branca, de cabelo preto raspado. Ela veste um vestido preto com uma capa azul imitando uma rede de pesca. Sua mão direita está na altura de sua boca com um dedo levantado fazendo sinal de silêncio. Na sua frente há um microfone. Na parte superior pode-se ler "Margem Finda a Viagem" e abaixo "Adriana Calcanhotto" ambas na cor cinza.
Capa do CD e DVD Margem, Finda a Viagem: nele, Adriana Calcanhotto reúne o melhor de sua trilogia marítima (Foto: Reprodução)

Ana Júlia Trevisan

Frio na barriga, emoções à flor da pele e liberdade. Essas sensações características de uma viagem em alto mar são as mesmas presentes em Margem, Finda a Viagem, lançado em 2020 por uma das mulheres mais respeitadas do cenário musical brasileiro, a cantora, compositora e instrumentista Adriana Calcanhotto. Contando com uma rica discográfica com mais de 20 discos, ela começou sua trilogia pelo mar em 1998 com o CD Maritmo, dez anos depois, em 2008, lançou Maré, e em 2019 encerrou a trilogia com Margem. Agora nos presenteia com seu maior trabalho fora de estúdio, o CD e DVD Margem, Finda a Viagem; que é não apenas o DVD de Margem, como também o registro dos maiores sucessos presentes nos três trabalhos.

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Ao som de jazz, Soul mostra que é a alma da Pixar

Em primeiro plano está o protagonista, Joe Gardner, em sua forma humana. Ele é negro, usa óculos, um chapéu, um casaco preto e sorri olhando para frente. Ao fundo, há uma escadaria feita com teclas de piano, levando ao letreiro do filme “Soul”, com a representação astral de Joe acenando ao lado de 22, em cima da letra “L”. O fundo da imagem é azul marinho.
O filme tinha data de estreia para julho, mas devido a pandemia do covid-19, teve sua data adiada para 25 de dezembro, com lançamento direto no Disney+ (Foto: Reprodução)

Pedro Gabriel

O sentido do viver é umas das questões mais antigas do ser humano. Por que estou aqui nesse mundo? Qual o meu propósito na Terra? Essas perguntas rodeiam a nova produção dos estúdios Pixar, Soul. Dirigido por Pete Docter (Monstros S.A, 2001 e Up! Altas Aventuras, 2009), e co-dirigido por Kemp Powers, seguimos a vida de Joe Gardner (Jamie Foxx), um professor substituto de música de uma escola, com o sonho de ser um músico profissional de jazz. 

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Entre fanservice e inovação, The Mandalorian volta para mostrar seu lugar na galáxia

Cena da série The Mandalorian. Na imagem, vemos Din Djarin, vestindo a armadura mandaloriana e segurando Grogu em um dos braços. Ao centro, os dois voam pelo céu, ao fundo.
A segunda temporada de The Mandalorian estreou em outubro na Disney+, com novos episódios lançados semanalmente (Foto: Reprodução)

Vitória Lopes Gomez

Menos de duas semanas antes do fim da segunda temporada de The Mandalorian, a Disney+ anunciou 10 novas séries originais do universo Star Wars. O furor com as novas produções, com os nomes inéditos e antigos sendo divulgados, teasers e teorias agitaram as redes sociais por dias, o que poderia distrair a excitação para a finale da pioneira dos live-action. Felizmente, a série prova, mais uma vez, que é grandiosa e se consolida como uma das melhores produções da franquia bilionária criada por George Lucas.

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On the Rocks, Sofia Coppola e o perigo de se fazer um filme sobre nada

Cena do filme On the Rocks. Bill Murray, um homem branco e idoso de cabelo branco e terno preto, beija a testa da filha Rashida Jones, uma mulher negra de pele clara e camiseta cinza. Eles estão ao lado de um carro preto e está de dia
On the Rocks acompanha Laura e seu pai Felix investigando a suposta traição do marido Dean, numa Nova Iorque mais triste e idealizada que o comum (Foto: Reprodução)

Vitor Evangelista

On the Rocks é uma expressão em inglês indicando que uma bebida, normalmente alcoólica, deverá ser servida com gelo. É também o nome do sétimo filme de Sofia Coppola, diretora experiente em contar histórias calmas na superfície, mas recheadas de drama e ventanias por debaixo dos sorrisos amarelos e jardins ensolarados. Na incongruente filmografia da norte-americana, o filme de 2020 é um anexo a temáticas passadas, mas abre o leque para a sutilidade do inevitável e a magia do ordinário.

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