A verdade é que Cruella surpreende os desfiles, impressiona os críticos e conquista os holofotes

Foto retangular de uma cena de Cruella. A atriz Emma Stone está no centro, em pé, com braços e pernas abertas, com o corpo inclinado para a esquerda. Ela é branca e possui os cabelos presos no alto, metade branco (lado esquerdo dela) e metade preto (lado direito dela). Ela usa um vestido comprido metade preto (do lado direito) e metade branco com manchas pretas (lado esquerdo), como um dálmata. Próximo ao peito, tem três fivelas pretas. O vestido possui um capuz preto. Ela usa botas pretas compridas e luvas curtas pretas de renda. Ela segura uma bengala preta na mão direita. Emma está numa passarela. Ao fundo, tem fumaça colorida e fogos de artifício. Em ambos os lados da passarela, estão a plateia, com pessoas aplaudindo e fotógrafos.
“Eu sou mulher, me ouça rugir” (Foto: Disney)

Júlia Paes de Arruda

Pensar na existência de um segundo live action da vilã de 101 Dálmatas não era muito animador. Seria à altura da icônica performance de Glenn Close na adaptação de 1996? Pois é, quando Emma Stone apareceu num look exuberante, já deu pra notar que não seria igual ao outro. De protagonistas, os cachorros passaram a ser meros figurantes. A antagonista invade a Londres da década de 70 carregada pela moda, cheia de frustrações e mágoas de um passado solitário. Original, criminosa, vestida para matar. É assim que Cruella se apresenta para nós. 

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Army of the Dead: Invasão em Las Vegas é frenético, divertido e orgulhosamente ridículo

Foto de divulgação de Army of the Dead. Na imagem, ao centro, vemos cinco dos personagens do filme por uma porta de cofre aberta. Eles carregam armas e malas de dinheiro e mãos de zumbis tentam os alcançar. Ao redor da porta, vemos o interior metálico do cofre, onde notas de dinheiro e cartas de baralho voam e há sangue espalhado no chão e escorrendo nas paredes.
Depois de um longo período esquentando o banco da Warner Bros, Army of the Dead foi comprado para ser desenvolvido pela Netflix (Foto: Netflix)

Vitória Lopes Gomez

Talvez seja muito cedo para dizer que o ano é dele, mas o fato é: Zack Snyder virou um fenômeno. Em seus 15 anos dedicados à DC, o diretor, roteirista e produtor tem seu nome creditado em obras memoráveis, como Watchmen, Homem de Aço, Esquadrão Suicida, Batman vs. Superman, Aquaman… A lista é longa e ficou difícil não associá-lo às adaptações de quadrinhos. Ainda, com os pedidos de fãs pela sua versão de Liga da Justiça e a chegada do tão esperado Snyder Cut, o multitarefa consagrou sua visão na DC, que ele tanto lutara para construir e estabelecer, e sua influência no gênero. Em seu segundo lançamento em dois meses, Snyder deixa os heróis de lado e retorna às suas origens com Army of the Dead: Invasão em Las Vegas.

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Nota Musical – Maio de 2021

Destaques do mês de maio: Olivia Rodrigo, Karol Conká, MC Kevin e Twenty One Pilots (Foto: Reprodução/Arte: Larissa Vieira/Texto de Abertura: Raquel Dutra)

O ano se aproxima da metade e já podemos dizer que ele tem seus nomes. Ninguém vai conseguir lembrar de 2021 sem cantarolar a melodia de drivers license e imaginar o lilás da capa do primeiro disco de Olivia Rodrigo. O primeiro hit do ano colocou a adolescente sob os holofotes de todo o mundo, assinalando o seu nome em diversos recordes nas plataformas de streaming e criando uma expectativa gigantesca em cima de seu álbum de estreia.

Experiências adolescentes universais, muito estilo, atitude, talento, hype e aquela pontinha de nostalgia combinada com o jeitinho único da geração Z foram os artifícios de Rodrigo para construir em SOUR a melhor estreia que poderia ter feito. O recado é simples: com sua carteira de motorista em mãos e desabafos juvenis devidamente finalizados, todos os caminhos estão livres para o futuro da estrela Olivia.

Ao lado da princesa do Detran no hall de condecorados de 2021, possivelmente estará Lil Nas X. O primeiro álbum do nosso pequeno já tem nome, data de nascimento e muita identidade, conforme aponta o novo single. Se antes ele causou o terror de fundamentalistas religiosos ao descer até o Inferno numa barra de pole dance e sensualizar com o diabo, agora ele chega até o Céu através de uma canção íntima e sincera sobre suas vivências enquanto jovem gay negro.

E se o assunto é gente promissora, os trabalhos de chloe moriondo, ELIO, Alfie Templeman, girlhouse, Ashe e dodie também encontram um bom lugar em 2021 e nesta edição do Nota Musical. No núcleo teen, também está a chegada estrondosa do verão amanteigado do BTS, sinais da nova era de Conan Gray, novidade dos Jonas Brothers e de Niall Horan.

As amadas gravidinhas do Little Mix juntaram fôlego para acompanhar David Guetta em Heartbreak Anthem e fazer história no prêmio mais importante da música britânica. Na cerimônia do BRIT Awards 2021, o trio foi a primeira girlband a vencer a estatueta de Melhor Grupo, e não deixou o momento passar em branco no palco da premiação: “Vimos homens dominando, misoginia, sexismo e pouca diversidade. Estamos orgulhosas por termos permanecido juntas, nos cercado de mulheres fortes e agora usando mais do que nunca as nossas vozes”. 

Lá, Olivia Rodrigo também dominou o momento em sua primeira performance em uma premiação e Dua Lipa seguiu acalmada. Elton John aproveitou para mais uma vez demonstrar seu apoio à nova geração da Música, agora ao lado de Olly Alexander com a política It’s a Sin, na véspera do mês reservado para a celebração do Orgulho LGBTQIA+.

Os contemporâneos favoritos da Terra da Rainha, no entanto, não cumpriram as promessas de 2019. Coldplay chegou no BRIT Awards 2021 com um terrível novo single, que definha as tantas possibilidades para o futuro da banda construídas com o último disco no pop enjoativo que o quinteto britânico insiste em praticar. 

Erro esse que não foi cometido por Twenty One Pilots. A migração de sua mistura única e obscura de rock alternativo/hip-hop para os tons doces de um pop/rock vintage foi de início duvidosa, mas muito bem assimilada quando finalmente chegou aos nossos ouvidos. Fato é que os ouvintes mais apegados podem estranhar a sonoridade de Scaled and Icy, mas a nova era de Josh Dun e Tyler Joseph é rica em significados como sempre.

E o rock por si mesmo segue em boas mãos. Maio nos presenteou com o encontro épico de Sharon Van Etten e Angel Olsen e o retorno tão esperado de St. Vincent, que chegou em 2021 através de narrativas autobiográficas profundas e com a estética da década de 70. Mas o destaque do gênero vai mesmo é para o novo trabalho da banda dinamarquesa Iceage e o EP de PRETTY., paradas obrigatórias dentre a vastidão de obras pontuadas aí abaixo.

No folk, fomos embalados pelo novo CD do grupo Lord Huron e pelo quinto e belíssimo disco de Jon Allen. O blues também foi perfeitamente celebrado junto aos 20 anos de The Black Keys no décimo álbum do duo, e os amantes de country devem dar uma chance para a delicada influência do gênero na música de Aly & AJ. Já no R&B, Maio trouxe as preciosidades dos trabalhos de Sinead Harnett, Erika de Casier e Jorja Smith.

O saldo do mês no rap também foi o melhor possível. O retorno de Nicki Minaj com o lançamento de sua mixtape reformulada nas plataformas digitais é um aquecimento para o futuro da rapper, enquanto J. Cole segue um sucesso nas paradas mesmo quando respira entre suas safras. Aqui no Brasil, BK’ estreia o selo de sua produtora e Tasha e Tracie flertam com o funk em seu primeiro single do ano.

Na poética que só a rima permite, o rap do novo álbum de McKinley Dixon flutua em seus pensamentos sobre a vida numa das obras mais lindas de Maio e talvez de 2021, destinado à sua mãe, e a todos que se parecem com ela. As reflexões do jovem estadunidense acontecem de uma forma parecida com o trabalho de Jup do Bairro, que segue em Sinfonia do Corpo como uma das vozes mais relevantes na música nacional. 

Chegando em sons brasileiros, é impossível não gostar de pelo menos uma coisa que nosso pop vem produzindo. Depois de soltar a voz com Emicida na maravilhosa e icônica AmarElo, Majur inaugura sua carreira com louvor com Ojunifé. A promessa de Urias também é grande e a expectativa só cresce com o que ela libera para degustação de seu disco, que ganhou nome este mês. 

O novo trabalho da Tuyo, por sua vez, desenha para quem tinha dúvidas o porquê a beleza do som da banda chamou a atenção do The New York Times. Essa serenidade que permeia nossos artistas desaguou em Karol Conká, que retorna decidida a superar a sua curta porém intensa passagem pelo Big Brother Brasil.

Pabllo Vittar, de fato, não para. O lançamento da vez é uma volta às suas raízes, num forró com o drama de uma novela mexicana, que serve muito, como sempre, em marketing e complementos visuais. Próximo e longe da drag, está Gabeu, que como uma exímia cria do sertanejo e um legítimo orgulhoso de si mesmo, agrega mais um single em sua carreira, fortalecendo sua posição de precursor do queernejo no Brasil. 

Maio também nos permitiu apreciar Tim Maia em espanhol e Nando Reis em família, além de reforçar uma mensagem muito importante através de Martinho da Vila. O assassinato de George Floyd completa um ano, e a Arte não deixa de exercer sua função social e defender que Vidas Negras Importam.

Um mês de ganhos preciosos também foi um mês de perdas irreparáveis. Nelson Sargento, mestre do samba e parceiro de Cartola, MC Kevin, uma das vozes mais bonitas do funk, e Cassiano, rei do soul brasileiro e letrista de Tim Maia, foram alguns dos nomes que deixaram a vida nos últimos trinta dias. O Persona reúne a Editoria e os colaboradores no Nota Musical de Maio, em memória à importância de cada um deles para a música brasileira.

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A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas é autêntico e memorável

Banner de divulgação do filme A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas. A cena é uma animação, com a família dentro de um carro laranja, voando, e o logo do filme aparecendo ao lado. A Família está em fonte branca, Mitchell em laranja, E a Revolta das em branca, e Máquinas azul. Ao fundo, vemos uma cidade, o céu cristalino e vários objetos flutuando a órbita do veículo.
Linda, Aaron, Katie e Rick, da esquerda para a direita, e Munchi, o cão, na frente (Foto: Netflix)

Flora Vieira

A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas (2021) é o mais novo resultado de um acordo realizado entre as empresas Netflix e Sony: nele, foi decidido que os filmes da Sony e suas subsidiárias (isso inclui a Sony Pictures, produtora do filme), seriam lançados não só no cinema, mas também no serviço de streaming. Esse em específico estava planejado para ser distribuído apenas no cinema, mas uma pandemia entrou no caminho, e a Netflix ganhou no catálogo uma animação cheia de identidade, um drama bem construído e uma comédia de primeira. O mote ‘para todos os públicos’ se faz valer aqui: da criança pequena ao adulto calejado, qualquer um se diverte assistindo a essa obra prima.

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O retorno triunfal de Aly & AJ em direção ao Sol

Capa do álbum “a touch of the beat gets you up on your feet gets you out and then into the sun”, do duo pop Aly & AJ. Estilizado como uma colagem, as irmãs Aly e AJ Michalka estão no centro, caminhando para frente, AJ andando um pouco à frente de Aly, com os braços levantados, prestes a comemorar. Atrás delas, uma figura similar, com várias partes rasgadas que revelam diferentes cores por trás: laranja, amarelo e púrpura. Escrito verticalmente na borda esquerda da capa está o título completo do disco.
Alyson e Amanda Michalka estão de volta com a touch of the beat gets you up on your feet gets you out and then into the sun, seu primeiro disco completo desde 2007 (Foto: Aly & AJ Music LLC)

Gabriel Oliveira F. Arruda

Quase 14 anos após seu último disco, o duo pop Aly & AJ volta com um som completamente repaginado em a touch of the beat gets you up on your feet gets you out and then into the sun, o novo álbum de estúdio produzido independentemente pelas irmãs Michalka. Vindo depois de dois EPs que reintroduziram a dupla no cenário musical, fica claro desde as primeiras notas que o novo CD é algo especial.

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Como comédia, O Auto da Boa Mentira é uma ótima homenagem a Ariano Suassuna

Cena do filme O Auto da Boa Mentira. A imagem traz o personagem de Jackson Antunes caracterizado de palhaço, com gravata grande, roupas de cores fortes e maquiagens extravagantes.
Cena do filme O Auto da Boa Mentira, onde retrata o palhaço Romeu, vivido por Jackson Antunes (Foto: Globo Filmes)

Guilherme Teixeira

 “Eu gosto do mentiroso que mente por amor à arte”, declarou nosso saudoso Ariano Suassuna (1927-2014) no trecho de uma entrevista inserida logo no início do filme que tem como base, a mentira. Dirigido por José Eduardo Belmonte e saudando as boas histórias do escritor pernambucano, O Auto da Boa Mentira conta em quatro esquetes, as histórias de Helder (Leandro Hassum), Fabiano (Renato Góes), Pierce (Chris Mason) e Lorena (Cacá Ottoni). O que eles têm em comum? A mentira. A boa mentira. Os quatro contos mostram as diferentes maneiras com que a lorota atua na vida de cada personagem individualmente. O time que forma o elenco do filme ainda conta com Nanda Costa, Cássia Kis, Jesuíta Barbosa, Luís Miranda e outros grandes nomes da Arte brasileira.

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Aquamarine e a evolução das comédias adolescentes

Cena do filme Aquamarine. Cena de dia em um ambiente externo mostrando três amigas do joelho para cima. No canto esquerdo Claire, uma garota branca com cabelo castanho claro na altura dos ombros, está de pé virada com o corpo pra frente com as mão apoiadas no guidão de uma bicicleta à sua esquerda. Ela está sorrindo com o rosto virado para a direita e usa uma regata rosa e uma saia verde com flores rosas. No centro da imagem Aquamarine, uma garota branca com longos cabelos loiros está andando para a frente usando um vestido frente único curto azul claro. No lado direito, Hailey, uma menina branca com cabelos castanhos presos em um rabo baixo, está sentada na bicicleta, com as mão apoiadas no guidão olhando para a esquerda. Ela usa uma camisa amarela com estampa verde, uma calça marrom e um cinto branco. No fundo é possível ver uma vegetação verde desfocada.
Claire, Aquamarine e Hailey conversam sobre o plano de ajudar a sereia a encontrar seu verdadeiro amor (Foto: Storefront Pictures)

Marcela Zogheib

Das profundezas dos anos 2000, emerge o filme que mistura seres mitológicos, drama adolescente e músicas do Weezer, e faz dar certo. Aquamarine conta a história de Claire (Emma Roberts) e Hailey (JoJo), duas amigas que moram numa cidade praiana e, antes do verão acabar, encontram uma sereia (Sara Paxton). Agora, ambas precisam ajudá-la a realizar seu plano para que ela as recompense com um desejo.

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SOUR: Olivia Rodrigo se vicia no azedume da desilusão

Capa do álbum SOUR de Olivia Rodrigo. Mostra a cantora, mulher de pele claro e traços filipinos, de cabelos soltos castanhos escuros, com uma blusa regata rosa e uma saia com listras brancas e verdes. Ela usa vários colares e anéis, tem a língua para fora, na qual estão colados adesivos com o nome do disco, e vários outros adesivos colados por todo o rosto. Ela tem os braços cruzados na frente do corpo e o fundo da imagem é lilás. No canto inferior direito vemos o aviso de conteúdo explícito.
SOUR foi lançado enquanto High School Musical: The Musical: The Series exibe sua segunda temporada e na mesma semana que Olivia cantou no Saturday Night Live: quer estratégia de marketing melhor que essa? (Foto: Geffen Records)

Vitor Evangelista

Não há nada mais lucrativo que um coração partido, e Olivia Rodrigo sabe muito bem disso. Ninguém poderia prever o sucesso de drivers license, um desafogo sincero e genuíno sobre seu término. Nos tempos em que sair de casa não é uma opção, a canção virou trilha sonora de qualquer desavença sentimental, propiciando à jovem americana uma porrada de recordes quebrados. Poucos meses depois de contar ao mundo todo o status de sua carteira de motorista, Rodrigo retorna com 11 canções que potencializam o momento mais frágil, difícil e azedo de sua vida.

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Sombra e Ossos traz um novo respiro para as sagas literárias

A imagem apresenta um tom sombrio em cores preta, cinza, areia e verde. A esquerda, há a Dobra das Sombras, um muro alto de sombras pretas com raios verdes em alguns locais. O resto da imagem é um amplo deserto de areia com pequenos navios ao fundo e um céu amarelo acinzentado com algumas nuvens. A direita e em foco há uma grande rocha e em cima temos Alina, pequena em relação ao todo, ela é uma mulher magra, jovem, com traços asiáticos usa uma camisa branca de mangas largas e longas, suspensório e calça preta, ela está de lado olhando para a Dobra com os cabelos pretos voando para trás do rosto.
“Uma cicatriz no mapa dividiu nosso país; para destruí-la, precisamos de um milagre” (Foto: Netflix)

Júlia Caroline Fonte

Após muito tempo das grandes sagas literárias longe das telas, Sombra e Ossos, nova série da Netflix, chegou suprindo as necessidades dos leitores que passaram a adolescência vidrados em fantasias e distopias nas páginas dos livros. A série conta a história de Alina Starkov (Jessie Mei Li), uma órfã que descobre ser a Conjuradora do Sol, e, dotada de grandes poderes, pode ser a salvação de seu mundo. Em seus primeiros dias de estreia, Sombra e Ossos ficou no top 10 das produções de maior audiência na plataforma de streaming, apresentando uma obra única que conquistou um grande público e marcou o forte retorno do gênero ao audiovisual. 

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Manu Gavassi, eu é que me sinto bem com você

Cena do filme Me sinto bem com você. Nela, vemos Manu Gavassi deitada com um papel em mãos. Ela é magra, branca e tem os cabelos loiros na altura do ombro. Ela veste uma camiseta listrada vermelha e branca.
Manu Gavassi e elenco repleto de talentos navegam pela quarentena no sensível filme pandêmico Me sinto bem com você (Foto: Amazon Prime Video)

Vitor Evangelista

Uma coisa é certa: a experiência da pandemia no Brasil é diferente de qualquer outro lugar do globo. Seja pelo descaso governamental ou pelo descuido populacional, enfrentar o isolamento social em CEP nacional é doloroso, desolador e qualquer antônimo de alegria que comece com a letra D. É claro que Matheus Souza não ia deixar esse caos coletivo viver apenas no mundo real, resolvendo catapultar a angústia de estar quarentenado e, para piorar, apaixonado, desapaixonado e em algum lugar perdido entre os dois.

Me sinto bem com você, assim, direto, é o título que abrange 5 microcontos, relacionando o afeto, o desafeto e a neurose que habita a mente de quem não sai de casa desde março do ano passado. O próprio diretor e roteirista protagoniza o mais sincero dos excertos, ao lado da produtora, cantora, ex-BBB e musa Manu Gavassi. Eles vivem um não-casal, separados há anos, mas ligados por aquele fio invisível tema de tantos poemas e poesias de adoração que lemos por aí.

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