Spill Your GUTS! Olivia Rodrigo convida você a uma viagem pela juventude contemporânea

Capa do CD Guts. Fotografia quadrada com o fundo roxo. Na capa, está Olivia Rodrigo, mulher de descendência filipina. Ela está deitada e coloca o dedão na boca, enquanto os outros quatro dedos possuem cada um a letra do seu álbum, formando a palavra Guts. Ela usa um batom vermelho e delineado preto.
Olivia Rodrigo retornou ao mundo da Música com o poderoso GUTS (Foto: Larissa Hofmann)

Guilherme Machado Leal

Um artista, ao lançar o seu primeiro álbum de estúdio, possui a difícil tarefa de se superar no trabalho seguinte. Isso porque a mídia, quando encontra alguém novo na indústria, tende a se perguntar ‘será ele(a) one hit wonder?’ ou afirmar ‘o sucesso dele(a) é passageiro’. Nesse sentido, exceções mais recentes – como o Future Nostalgia, de Dua Lipa, e o Vício Inerente, de Marina Sena –, são bons exemplos de que um cantor pode ampliar a bagagem de mundo do fã que o acompanha. O ano de 2021, por esse lado, foi um divisor de águas para Olivia Rodrigo; ao mesmo tempo em que a colocou no estrelato, também testemunhou o seu íntimo, a levando para outro patamar. 

Quando lançou o SOUR, o seu primeiro ‘filho’, a ex-Disney deu voz às inseguranças que assolam os adolescentes. Coração partido, sentimento de inveja e a desconexão com o mundo que os cerca foram temas abordados no seu lado azedo. Agora, dois anos depois, ela retorna ainda mais autêntica e ‘segura com o seu taco’ com GUTS. Entendendo que a sua unicidade é um porto-seguro para que os jovens se sintam à vontade de expressar as emoções mais excêntricas, o período de transição entre o Ensino Médio e a vida adulta consegue ser compreendido de uma forma menos dolorosa através da Arte. 

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High School Musical: The Musical: The Series não soube criar um bom enredo sem a base da trilogia

Imagem da série High School Musical: The Musical: The Series. Na imagem, podemos ver, apoiados sobre um piano preto, da esquerda para direita, um homem branco de cabelos pretos usado uma blusa listrada azul e preta; uma mulher negra, de cabelos pretos, usando uma blusa listrada preta e branca e uma jaqueta verde; uma mulher negra, de cabelos castanhos, usando uma camisa amarela e uma jardineira vinho por cima; um homem branco, de cabelos pretos, usando uma camisa verde, azul e bege; um homem branco, de cabelos ruivos, usando um moletom verde escuro; um homem negro, de cabelos pretos, usando uma blusa preta e vermelha; uma mulher branca, de cabelos ruivos, usando uma blusa laranja com uma jaqueta quadriculada cinza por cima; uma mulher branca, loira, usando um vestido cinza, sob uma camiseta branca; um homem branco, loiro, usando uma camisa xadrez verde, sentando de frente ao piano, tocando ele; e por fim, uma mulher branca, de cabelos loiros, usando uma camisa bege e azul e calças azul, saltos finos pretos, no canto direito da imagem. O fundo é uma cortina de teatro azul e um espelho que a reflete.
Com o sucesso do drama entre Olivia Rodrigo e Joshua Bassett fora das câmeras, as expectativas para o novo ano de HSMTMTS eram tremendas (Foto: Disney+)

Larissa Vieira

Janeiro de 2021, drivers license, Olivia Rodrigo e Joshua Bassett. Os nomes até podem ter soado novos para o mundo da Música, mas, para os fãs de High School Musical ou para os nostálgicos do Disney Channel, eles já tinham marcado presença muito antes. Em 2019, o Disney+, ainda nem lançado no Brasil, começou a era dos reboots e revivals trazendo de volta sua clássica trilogia, com rostos novos. 

E claro que, logo de cara, esses rostos – não só os protagonistas – agradaram aqueles que ainda tem um apego emocional à trama, e souberam deixar para trás as histórias do passado (e Zac Efron). Quem lidou com isso, e aproveitou o draminha romântico da primeira temporada, criou ainda mais expectativas quando o casal principal, Nini (Olivia Rodrigo) e Ricky (Joshua Bassett), saiu da tela do streaming para viver uma montanha-russa de emoções aqui fora.

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SOUR: Olivia Rodrigo se vicia no azedume da desilusão

Capa do álbum SOUR de Olivia Rodrigo. Mostra a cantora, mulher de pele claro e traços filipinos, de cabelos soltos castanhos escuros, com uma blusa regata rosa e uma saia com listras brancas e verdes. Ela usa vários colares e anéis, tem a língua para fora, na qual estão colados adesivos com o nome do disco, e vários outros adesivos colados por todo o rosto. Ela tem os braços cruzados na frente do corpo e o fundo da imagem é lilás. No canto inferior direito vemos o aviso de conteúdo explícito.
SOUR foi lançado enquanto High School Musical: The Musical: The Series exibe sua segunda temporada e na mesma semana que Olivia cantou no Saturday Night Live: quer estratégia de marketing melhor que essa? (Foto: Geffen Records)

Vitor Evangelista

Não há nada mais lucrativo que um coração partido, e Olivia Rodrigo sabe muito bem disso. Ninguém poderia prever o sucesso de drivers license, um desafogo sincero e genuíno sobre seu término. Nos tempos em que sair de casa não é uma opção, a canção virou trilha sonora de qualquer desavença sentimental, propiciando à jovem americana uma porrada de recordes quebrados. Poucos meses depois de contar ao mundo todo o status de sua carteira de motorista, Rodrigo retorna com 11 canções que potencializam o momento mais frágil, difícil e azedo de sua vida.

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Nota Musical – Janeiro de 2021

Arte retangular vermelha. No lado esquerdo, foi adicionado o texto "nota musical - janeiro de 2021" e o logo do Persona. No lado direito, foi adicionado a capinha de um CD transparente. Dentro, foi adicionado um disco com quatro fotos: Arlo Parks, Olivia Rodrigo, ANAVITÓRIA e SOPHIE.
Destaques do mês de janeiro: Arlo Parks, Olivia Rodrigo, ANAVITÓRIA e SOPHIE (Foto: Reprodução/Arte: Jho Brunhara/ Texto de Abertura: Jho Brunhara)

I’m sorry, the old Melhores Discos do Mês can’t come to the phone right now. Why? Oh, ‘cause he’s dead!

Brincadeiras e referências taylorswifitianas à parte, o Melhores Discos do Mês realmente pediu aposentadoria. Porém, não vamos deixar esse buraco sem um substituto: sejam bem-vindos à primeira edição do Nota Musical.

Todo começo de mês publicaremos um listão dos melhores e piores lançamentos musicais do mês que passou. Tem CD, tem EP, música e até clipe. Em textinhos de até três parágrafos, a Editoria e os colaboradores do Persona levam até você os méritos e deméritos do que rolou no mundo da música.

Janeiro abriu a segunda temporada da pandemia com o delicioso COR, da dupla ANAVITÓRIA. Depois foi a vez da internet ficar obcecada com Olivia Rodrigo, sua carteira de motorista, e o drama digno de malhação com seu ex, Joshua Bassett e a loirona Sabrina Carpenter. Selena Gomez mandou um cállate puta e anunciou Revelacíon, um EP totalmente em espanhol.

Arlo Parks, ‘apadrinhada’ por Billie Eilish, presenteou o mundo com o primeiro grande disco do ano: Collapsed in Sunbeams. E no penúltimo dia do mês, perdemos a talentosíssima SOPHIE, um dos grandes nomes da música do século 21. O Nota Musical de Janeiro presta suas homenagens à ela. Ícone trans, gênia da produção eletrônica, e um dos pilares da PC Music. Rest in power. 

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A série de High School Musical é mais que o começo de algo novo

Cena da série High School Musical: The Musical: The Series. Vemos 6 alunos pulando no palco do teatro, atrás deles está um letreiro amarelo com as palavras High School Musical. Ao redor dos 6, vemos holofotes acesos. Na extrema esquerda, vemos E.J. Um adolescente branco e alto. Ele está pulando com a mão direita pro alto, no mesmo braço onde usa uma munhequeira branca. Ele usa blusa azul e calça jeans. Ao lado dele está Gina, mulher negra de blusa rosa. Ao lado dela está Ricky, sorrindo e apontando pra frente enquanto pula. Ele usa jaqueta verde, calça jeans e uma peruca castanha. Ao seu lado está Nini, garota de ascendência asiática, pele clara e cabelos escuros. Ela pula com os dois braços pra cima e com a boca aberta. Ela usa calça azul, camiseta verde e uma blusa laranja de manga longa por cima. Ao seu lado, está Seb. Um jovem branco e loiro, com a mão direita no queixo e a esquerda para cima. Ele usa calça jeans clara e uma camiseta rosa com bolero cinza. Na ponta direita está o intérprete de Ryan, pulando com os braços para os lados, de calça caqui e blusa azul de botão. Ele usa uma boina, tem pele clara e sorri.
No original, a série recebeu a sigla HSMTMTS, e, no Brasil, o título foi invertido para High School Musical: A Série: O Musical (Foto: Reprodução)

Vitor Evangelista

O negócio é o seguinte: High School Musical virou série. Mas nada de reboots preguiçosos ou remakes nada inspirados, High School Musical: The Musical: The Series vai além do comum na hora de dar sequência à trilogia de filmes dos anos 2000. Cheia de metalinguagem, recursos de pseudodocumentários e um humor afiado na bobeira, a produção original do Disney+ é diferente de todos os revivals sem graça que pipocam toda semana na Netflix.

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