As Melhores Séries de 2023

Com os mais diversos gêneros e formatos, as séries iluminaram o ano de 2023 (Arte: Aryadne Xavier/ Texto de abertura: Nathalia Tetzner)

2023 foi um ano e tanto para a Televisão. Com grandes estreias e adaptações que eclodiram, títulos importantes também nos deixaram com seus últimos episódios. No que diz respeito às premiações, o ano atípico ganhou mais uma reviravolta: o adiamento das cerimônias e produções em prol da justa greve que parou Hollywood. Tradicionalmente, o Persona preparou um compilado com as melhores séries.

Entre as 51 séries selecionadas, Succession lidera o número de menções (8) em primeiro lugar.  Logo depois, o apocalipse de The Last Of Us (4) e a cozinha caótica de The Bear (3) aparecem como destaque em meio às favoritas. Na batalha entre streamings, a Netflix assume a liderança absoluta com 16 aparições. Em sequência: Max (7),  Amazon Prime Video (6), AppleTV+, Globoplay e Disney+ (3), e Paramount+ (2).

A grande parte das produções são dos Estados Unidos, porém, alguns seriados brasileiros deram a cara por aqui com novelas e minisséries. Dentre elas, Cangaço Novo, Elas Por Elas e Vai Na Fé. Nós sempre acompanhamos as principais premiações da Televisão, o que explica 19 dos títulos escolhidos terem sido indicados ao Emmy de 2023 como The Other Two, Jury Duty e Dead Ringers.

Os realities roubaram a cena em 2023, seja tratando de moda, esporte, namoro ou sobrevivência. Next In Fashion, Casamento às Cegas: Brasil, A Batalha dos 100 e RuPaul’s Drag Race são alguns dos nomes bastante citados. Spin-Offs também marcaram presença forte, como os derivados de Bridgerton e Hora de Aventura: Rainha Charlotte e Fionna & Cake.

A nossa seleção conta com os mais diversos gêneros, com séries para a família toda como o heroísmo de Minhas Aventuras com o Superman e outras um tanto quanto explícitas à la Sex Education. Para além do adeus à família Roy, Maravilhosa Sra. Maisel, Ted Lasso e Barry vão deixar saudade. Abaixo você confere a lista mais que especial das melhores séries de 2023, escolhidas a dedo pela nossa Editoria e colaboradores.

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A verdadeira jornada de Guardiões da Galáxia Vol.3 é valorizar os amigos que fazemos pelo caminho

Cena do filme Guardiões da Galáxia Vol.3  Na imagem, o personagem, em close-up, Rocket Raccoon está olhando para a frente com uma expressão triste.  Ele é um guaxinim criado digitalmente, possui pêlos castanhos e pelos brancos ao redor dos olhos e focinho, seus olhos são castanhos, o focinho é preto. O fundo da imagem está desfocado.
O longa arrecadou US$ 845,6 milhões nas bilheterias mundiais, o segundo mais lucrativo da trilogia (Foto: Marvel Studios)

Davi Marcelgo

Abdicar sonhos pelo bem maior, ser incorruptível, simbolizar a honra e bondade humana. Muitos filmes de heróis, desde Superman (1978), representam protetores benevolentes que transpiram sacrifícios. Os feitos desses mitos incluem girar a Terra em sentido anti horário e alterar o tempo, parar um trem desgovernado, salvar o Natal. Dentre os chavões do subgênero há a jornada em busca do que te faz um paladino. Ser tentado a usar os poderes para o próprio benefício, encarar dilemas, matar ou não seus inimigos e por aí vai. Homem-Aranha 2 (2004) debateu as responsabilidades da vida de vigilante, nuances foram inseridas nos quadrinhos ao longo dos anos, afastando os homens que usam colã de uma noção maniqueísta. Mas o caminho de se tornar um herói pode ser apenas consequência de um objetivo muito mais nobre: o de se relacionar. 

Em 2014, uma equipe de criminosos traumatizados foi introduzida na história de Hollywood, os Guardiões da Galáxia. Diferente dos outros super-poderosos, eles não são dotados de proezas ou nobreza. São interesseiros, faziam serviços em troca de pagamento e salvaram a galáxia só porque pereceriam se não impedissem os planos de Ronan, o Acusador (Lee Pace). Depois dos eventos contra os Kree, se aproximaram do formato de uma equipe à la Vingadores. Porém, em Guardiões da Galáxia Vol. 3 (2023), terceiro e último encontro dos heróis dirigido por James Gunn, salvar a família é o mais importante, e no meio da jornada, talvez dê tempo de se tornar um herói. 

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Em Missão: Impossível – Acerto de Contas Parte 1, Tom Cruise é o agente que o Cinema precisa

Foto de cena do filme. Os 4 personagens principais da franquia estão sentados em um barco de cor laranja. É pôr do sol, o céu está todo alaranjado. No canto direito da foto está o ator Tom Cruise, é o único personagem com foco na foto. Ele é um homem de 60 anos, de pele clara e cabelo liso na cor escura. Ele veste uma jaqueta de couro preta que está aberta revelando que usa uma camisa também na cor preta. Atrás dele, está Rebecca Ferguson. Ela é uma mulher sueca na faixa dos 40 anos, tem pele clara e cabelos loiros. Ela veste um casaco na cor vinho, por dentro uma camisa de botões na cor cinza. Em seguida, está Ving Rhames, ele é um homem negro na faixa dos 60 anos, veste uma jaqueta preta e está com todas peças de roupa na cor preta, inclusive usa uma touca na cabeça também desta cor. Do lado esquerdo, dirigindo o barco, está Simon Pegg, homem branco de cabelo liso, com barba e cabelo ruivos.
O orçamento de Missão: Impossível 7 foi de US$290 milhões, o mais caro de toda franquia (Foto: Paramount Pictures)

Davi Marcelgo

Ex-espiões que se voltaram contra organizações, agentes duplos, traficantes de armas, bombas nucleares e risco biológico. Ethan Hunt (Tom Cruise) enfrentou todo tipo de perigo desde que a história se iniciou em 1996, mas nem ele nem o público estavam prontos para a missão do sétimo filme da franquia: deter uma Inteligência Artificial. 

Na trama de Missão: Impossível – Acerto de Contas Parte 1, uma IA chamada Entidade desenvolveu consciência e desapareceu sem deixar pistas. Sabendo do poder furtivo da máquina, várias nações iniciam uma corrida para encontrar duas chaves que, juntas, podem controlar a arma. O rebelde Ethan Hunt e sua equipe nadam contra a corrente para impedir que esse poder caia em mãos erradas, ao mesmo tempo que precisam lidar com as armadilhas da tecnologia.

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Fique tranquilo, se gostar de O Exorcista – O Devoto, você não será possuído

Foto de cena do filme O Exorcista - O Devoto. Na imagem temos centralizadas, as duas protagonistas do filme, Angela e Katherine. Angela é uma garota na faixa dos 13 anos, ela tem a pele negra, cabelos escuros e veste uma camiseta de listras verticais nas cores roxo e rosa. Katherine está do seu lado direito, ela é uma menina branca e tem o cabelo castanho escuro. O cenário é de um estábulo. As garotas estão sentadas no chão com expressão de assustadas.
A Universal Studios pagou US$ 400 milhões pelos direitos de O Exorcista (Foto: Universal Pictures)

Davi Marcelgo

O Exorcismo de Emily Rose (2005), Exorcistas do Vaticano (2015), O Exorcismo da Minha Melhor Amiga (2022), O Exorcista do Papa (2023): existem mais filmes de esconjuração do que demônios na vida real. Muitos tentaram replicar o sucesso do clássico de 1973, O Exorcista, outros preferiram distanciar-se e fizeram terror do seu próprio jeito; mas ano vai, ano vem e o ato profano de William Friedkin continua irretocável. Em 2023, com a mais nova sequência, o dogma não muda. 

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Há 5 anos, Nasce Uma Estrela despedaçava a figura do caubói

Foto de cena do filme Nasce Uma Estrela. Na imagem, Jackson Maine está no canto esquerdo olhando para Ally que está deitada, com a nuca virada para a câmera e desfocada na imagem. Ele é um homem branco na faixa dos 40 anos, com barba, de cabelos castanhos na altura dos ombros e olhos azuis. Está vestindo uma jaqueta bege com os botões abertos e por dentro uma camisa social preta com o colarinho aberto. Ally é uma mulher branca e está com o cabelo pintado de preto. Eles estão numa balada com luzes vermelhas, ao fundo há figurantes.
A canção Shallow ficou 45 semanas na Billboard Hot 100 (Foto: Warner Bros.)

Davi Marcelgo

Em Nasce Uma Estrela (2018), Jackson Maine (Bradley Cooper) é um astro do country que se apaixona por Ally (Lady Gaga). Os dois constroem uma relação através da Música, que é abalada quando o passado e os vícios de Jack surgem à tona. Além dessa última releitura, a história já foi contada outras três vezes: a primeira em 1937, dirigida por William A. Wellman; a segunda 17 anos mais tarde, estrelada por Judy Garland, de O Mágico de Oz; e a terceira em 1976, protagonizada por Barbra Streisand. Os remakes diferenciam-se principalmente nos cenários, pois, enquanto os outros dois narram ascensão e queda de estrelas de Cinema, os mais recentes são sobre astros da Música.

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Quando nem as Conversas pela Noite conseguem trazer alívio

Cena do filme Conversas Pela Noite. Na imagem, em preto e branco, está o casal de protagonistas no centro da foto. A foto é em plano aberto e não dá destaque ao casal, que é um homem e uma mulher na faixa dos 40 anos. Ao fundo da imagem tem um lago e árvores na margem. Próximo do casal há duas árvores.
O longa de estreia da diretora chinesa Su Qiqi faz parte da 47ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo (Foto: Parallax)

Davi Marcelgo 

Antes de estrear na direção, Su Qiqi foi co-produtora de obras prestigiadas, como Uma Nuvem no Quarto Dela (2020), vencedor do Festival de Roterdã na categoria de Melhor Filme. Agora, ela dirige, escreve e atua em Conversas pela Noite, filme selecionado para a seção Competição Novos Diretores da 47ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo.

Quando em um relacionamento, antes de dormir, os parceiros deitam-se para conversar sobre o dia, a rotina, acontecimentos e o que está na cabeça. Este momento sucinto é de suma importância para conectar casais e desafogar do caos cotidiano. Mas quando o momento desaparece e é engolido junto aos problemas, o que resta

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Capitu e o Capítulo: Júlio Bressane não trai Machado de Assis e exalta o romance Dom Casmurro

Cena do filme Capitu e o Capítulo. Capitu, interpretada por Mariana Ximenes, está no centro da imagem. Os olhos lacrimejados, ela está séria, encostada em uma parede branca de aspecto áspero. Mariana Ximenes é uma mulher branca, de olhos verdes e cabelos loiros.
Capitu e o Capítulo foi exibido no Festival do Rio em 2021, mas só chegou aos cinemas em 2023 devido à pandemia e às janelas de filmes brasileiros, que precisam dividir espaço com produções americanas (Foto: Pandora Filmes)

Davi Marcelgo 

Das discussões de sala de aula às do Twitter, Capitu traiu ou não Bentinho? Narrado pelo protagonista, a ausência de veredito provoca o clássico embate da obra de Machado de Assis. Em Capitu e o Capítulo, adaptação de Dom Casmurro, o diretor Júlio Bressane mantém o olhar subjetivo do narrador enquanto passeia entre a dúvida e a ilusão. Na trama, Bentinho (Vladimir Brichta) acredita que sua esposa Capitu (Mariana Ximenes) o traiu com Escobar (Saulo Rodrigues), seu melhor amigo. 

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Há 35 anos, Cazuza mostrava sua cara no icônico Ideologia

[Descrição de imagem: Capa do disco Ideologia, ilustração quadrada com o fundo branco repleto de caixas de som e pedaços de objetos aleatórios. Em destaque e em cores, o nome Ideologia, separado por três linhas, em cada uma delas há três letras do nome Ideologia, em sequência. Cada letra representa símbolos, como judaísmo, Jesus Cristo, Comunismo, Capitalismo e Hippie.
A capa do disco Ideologia brinca com símbolos antagônicos (Foto: Universal Music)
Davi Marcelgo

O primeiro álbum solo de Cazuza, Exagerado, exala a essência ultrarromântica e boêmia, cravando o status de poeta ao cantor. Em Ideologia, o eu-lírico estende a linguagem poética para criticar a sociedade – e a si mesmo. No disco, que completou 35 anos no dia 21 de Abril de 2023, o artista remove sua face e a costura nas linhas territoriais tupiniquins, marcando definitivamente a história da música brasileira. 

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Há 5 anos, Vingadores: Guerra Infinita se tornava clássico em um estalar de dedos

Vingadores: Guerra infinita celebrou os 10 anos de Marvel Studios e iniciou a conclusão da saga (Foto: Marvel Studios)

Davi Marcelgo 

Aqui é a nave Estadista de refugiados asgardianos. Estamos sob ataque. Repito: estamos sob ataque. Os motores morreram, o suporte de vida está falhando. Solicitando ajuda de qualquer nave próxima. Estamos a 22 pontos de salto de Asgard. Os tripulantes são famílias asgardianas. Há poucos soldados aqui. Esta não é uma nave de guerra. Repito: esta não é uma nave de guerra”. Afastada da trilha épica ou das costumeiras músicas oitentistas hiper-animadas, a abertura de Vingadores: Guerra Infinita (2018) pede por socorro. Mal sabíamos que, depois de 2h30 de exibição, nós é que iríamos implorar por socorro.

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