Após 30 anos, o clássico Thelma & Louise continua atual e necessário

Cena do filme em que Geena Davis, uma jovem branca de cabelos claros e ondulados, e Susan Sarandon, uma jovem branca de cabelos ondulados, com óculos de sol e lenço, se juntam para tirar uma selfie.
A primeira selfie do cinema foi protagonizada por Geena Davis e Susan Sarandon no clássico Thelma & Louise (Foto: Metro Goldwyn Mayer)

Gabriel Gatti

Muitos filmes hollywoodianos seguem um padrão comum em suas produções, quase como uma receita de bolo. Neles é perceptível uma maioria esmagadora de personagens masculinos como protagonistas. Em contrapartida, a história criada pela roteirista Callie Khouri propunha uma ruptura nos clichês da indústria cinematográfica. Desse modo, ao receber o roteiro em mãos, o diretor Ridley Scott deu vida ao icônico Thelma & Louise.

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5 anos depois, Dangerous Woman ainda é o maior feito pop de Ariana Grande

Capa do álbum Dangerous Woman. Ariana Grande se revela na imagem, de tronco para cima, inclinada para o lado. A imagem está em preto e branco. Ariana é uma mulher branca, de cabelo castanho claro. Ela usa um vestido de látex preto e uma máscara preta com orelhas de coelho.
Cantora se reinventou com o seu terceiro álbum de estúdio, lançado em 2016 (Foto: Matt Barnes)

Laís David

Um rito de passagem natural da indústria da música é a popularização das ‘eras good girl gone bad. Se distanciando de letras reverentes e se aproximando de um conteúdo mais adulto, esses lançamentos são marcados pela ascensão da persona Femme Fatale e a maturação de suas narrativas. Essa transição é referência para artistas que começaram cedo: Miley escandalizou com Bangerz, Taylor declarou a morte de sua antiga versão em reputation e Aguilera esteve à frente de seu tempo com Stripped. Em 2016, foi a vez de Ariana Grande e o majestoso Dangerous Woman.

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Sombra e Ossos traz um novo respiro para as sagas literárias

A imagem apresenta um tom sombrio em cores preta, cinza, areia e verde. A esquerda, há a Dobra das Sombras, um muro alto de sombras pretas com raios verdes em alguns locais. O resto da imagem é um amplo deserto de areia com pequenos navios ao fundo e um céu amarelo acinzentado com algumas nuvens. A direita e em foco há uma grande rocha e em cima temos Alina, pequena em relação ao todo, ela é uma mulher magra, jovem, com traços asiáticos usa uma camisa branca de mangas largas e longas, suspensório e calça preta, ela está de lado olhando para a Dobra com os cabelos pretos voando para trás do rosto.
“Uma cicatriz no mapa dividiu nosso país; para destruí-la, precisamos de um milagre” (Foto: Netflix)

Júlia Caroline Fonte

Após muito tempo das grandes sagas literárias longe das telas, Sombra e Ossos, nova série da Netflix, chegou suprindo as necessidades dos leitores que passaram a adolescência vidrados em fantasias e distopias nas páginas dos livros. A série conta a história de Alina Starkov (Jessie Mei Li), uma órfã que descobre ser a Conjuradora do Sol, e, dotada de grandes poderes, pode ser a salvação de seu mundo. Em seus primeiros dias de estreia, Sombra e Ossos ficou no top 10 das produções de maior audiência na plataforma de streaming, apresentando uma obra única que conquistou um grande público e marcou o forte retorno do gênero ao audiovisual. 

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Nem pão, nem brioches: Maria Antonieta foi muito mais do que isso

Cena da sequência de abertura de Maria Antonieta. Nela está Kirsten Dunst, que interpreta a rainha, uma mulher branca de cabelos loiros claros; usando um vestido branco de babados e uma pena branca como adorno na cabeça. Ela está deitada voltada para o lado direito, e uma mulher branca de cabelos pretos com um vestido preto, avental e chapéu branco está massageando seus pés. Elas estão cercadas por vários bolos.
Maria Antonieta no estado “se não tem bolo, que comam brioches”, porém Sofia Coppola deixa bem claro que a monarca nunca disse isso (Foto: Columbia Pictures)

Layla de Oliveira

Ah, a Revolução Francesa. Marcada em nossas memórias do Ensino Médio como o momento de estrelato da guilhotina, mas ela é claramente muito mais do que isso. A grande desigualdade social e econômica resultou em um nível de pobreza nunca antes visto no país, enquanto os aristocratas esbanjavam em festas e novos palacetes. Resultando na Queda da Bastilha, um símbolo da opressão francesa, a Revolução determinou o fim da monarquia absolutista na França, e influenciou muitos outros países a seguirem o exemplo, além de dar início à Idade Contemporânea na história ocidental.

Mas Sofia Coppola não poderia ligar menos para tudo isso. O filme Maria Antonieta, que completa 15 anos desde sua estreia (conturbada) no Festival de Cannes neste 24 de maio, não conta a história de Maria Antonieta (Kirsten Dunst), a rainha absolutista e Madame Déficit como muitos outros filmes, séries, livros e documentários fazem; ela simplesmente nos faz acompanhar a vida de Maria Antonieta, uma jovem de 14 anos que foi obrigada a adaptar-se em um novo ambiente, com muitas expectativas e deveres a rondando sempre. E muitas cores pastéis, também.

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Manu Gavassi, eu é que me sinto bem com você

Cena do filme Me sinto bem com você. Nela, vemos Manu Gavassi deitada com um papel em mãos. Ela é magra, branca e tem os cabelos loiros na altura do ombro. Ela veste uma camiseta listrada vermelha e branca.
Manu Gavassi e elenco repleto de talentos navegam pela quarentena no sensível filme pandêmico Me sinto bem com você (Foto: Amazon Prime Video)

Vitor Evangelista

Uma coisa é certa: a experiência da pandemia no Brasil é diferente de qualquer outro lugar do globo. Seja pelo descaso governamental ou pelo descuido populacional, enfrentar o isolamento social em CEP nacional é doloroso, desolador e qualquer antônimo de alegria que comece com a letra D. É claro que Matheus Souza não ia deixar esse caos coletivo viver apenas no mundo real, resolvendo catapultar a angústia de estar quarentenado e, para piorar, apaixonado, desapaixonado e em algum lugar perdido entre os dois.

Me sinto bem com você, assim, direto, é o título que abrange 5 microcontos, relacionando o afeto, o desafeto e a neurose que habita a mente de quem não sai de casa desde março do ano passado. O próprio diretor e roteirista protagoniza o mais sincero dos excertos, ao lado da produtora, cantora, ex-BBB e musa Manu Gavassi. Eles vivem um não-casal, separados há anos, mas ligados por aquele fio invisível tema de tantos poemas e poesias de adoração que lemos por aí.

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Ashlyn: quando o tempo e o amor se tornam aliados

A imagem mostra a cantora Ashe, mulher branca de cabelos loiros soltos e lisos e olhos azuis, com um camisa social branca e uma luva também branca. Ela tem a mão direita erguida e mostra a palma para a câmera. O fundo da imagem é braco e vemos uma luz forte vinda do lado esquerdo da imagem.
“É difícil manter um amor que você conheceu aos quinze anos/Mas minha melhor amiga estava errada quando disse/Você é apenas jovem, não está apaixonado” (Foto: Dana Trippe)

Ana Laura Ferreira

É normal e esperado que obras de arte tenham um tema, uma linha de raciocínio ou, pelo menos, um porquê que interligue toda uma construção. Esse fio que conecta as histórias é ainda mais visível quando falamos sobre Música, afinal, ela é uma das formas mais democráticas de se expressar os sentimentos humanos, usando temas como amor, felicidade e tristeza de maneira recorrente. Mas, fugindo dos caminhos mais simples, Ashlyn chega com a pretensão de falar nada mais, nada menos do que sobre o tempo, fazendo de suas canções a mais bela e impactante linha cronológica.

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Febem escreve certo por linhas tortas e, com JOVEM OG, mira e acerta todas as balas

Fotomontagem com bordas de polaroid. Da esquerda para a direita, favela com casinhas de tijolos  sem reboco  ao fundo e céu azul, tons quentes. Homem com rosto pixelado e óculos de sol, tem pele negra  e não está de camisa. Ele tem cabelo raspado, veste calça preta, corrente e pulseira prateadas e tênis azul. Está sentado em  cima de uma moto azul e branca em um campinho de futebol de várzea na frente do gol.  
Capa do álbum JOVEM OG (Foto: CEIA Ent. – 2021)

Andrezza Marques

O quinto álbum de estúdio de Felipe Desiderio, ou Febem (conhecido pelas rimas que têm o mesmo peso do apelido), foi lançado em 9 de abril de 2021. Agora, já tendo completado pouco mais de um mês de existência, caminha para ser considerado um dos melhores e mais genuínos trabalhos do hip-hop, rap e grime (ou Brime) atuais. O grime, que despontou no país com o rapper baiano Vandal de Verdade, e é a aposta principal de nomes como o próprio Febem (os dois artistas tem, inclusive, um feat), tem tudo para colocar o Brasil em evidência internacional. O lançamento de JOVEM OG é mais uma prova que o rap nacional passa por um ótimo período, e o cantor, com trabalho consistente, se mostra cada vez mais perto do mainstream pela qualidade técnica e lírica, sem deixar de lado a agressividade e essência crítica características do rap, bem distante das lovesongs e outros sons comerciais que eram febres em outros tempos e ainda seguem populares no país, como os hits sequenciais dos projetos Poetas no Topo e Poesia Acústica.

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A Vida Depois do Tombo é precoce e pouco convincente

Cena do documentário A vida depois do tombo. Na imagem, Karol Conká está centralizada de perfil da altura do ombro para cima. Ao fundo, um telão com imagens desfocadas da também participante do Big Brother Brasil, Lumena Aleluia. Karol usa um blusão com tecido sintético cinza. O seu cabelo é crespo, num corte moicano e com tranças formando um rabo de cavalo.
Ninguém pediu e ninguém acreditou, mas a jogada da produção do documentário foi genial pois todos consumiram (Foto: Globoplay)

Giovanne Ramos

Não vou me prolongar falando da jornada – uso não intencional da palavra – e atitudes em detalhes da rapper Karol Conká durante a sua estadia relâmpago no Big Brother Brasil 21. Mesmo ficando apenas 4 semanas na casa mais vigiada do Brasil, a Mamacita ditou a dinâmica do programa, colocou em destaque personagens da edição e saiu sendo a segunda figura mais odiada do Brasil, título ainda segurado por governantes milicianos, eu espero. Mas o fato é que uma legião sedenta querendo o sangue da mulher preta guardava uma certa expectativa em saber o pós-confinamento de Karol, e isso foi alimentado com o documentário, que na minha humilde opinião, é precoce demais.

O título, quase satírico, A Vida Depois do Tombo foi lançado pelo Globoplay no dia 29 de abril, mas desde a sua primeira prévia, já deu o que falar. O ressentimento do Brasil ainda estava recente quando o documentário, feito às pressas, foi anunciado. A população nacional não estava preparada para uma narrativa redentora de Karol, na verdade não a queria. A posição de criticar seus atos reproduzidos em rede nacional, ameaçar sua família (que não possui culpa alguma), e regozijar do que parecia o declínio da intérprete da canção Tombei, era muito mais confortável.

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Há 5 anos, AURORA despertava em nós um encanto com sua voz angelical

Fotografia da capa do álbum All My Demons Greeting Me As A Friend, da cantora AURORA. A foto tem um fundo escuro com leves manchas esbranquiçadas. E no centro está a cantora, uma mulher branca de cabelos loiros e curtos. AURORA está de olhos fechados, como se estivesse dormindo, enrolada em bandagens e possui grandes asas em tons de marrom, como de uma mariposa.
Em 2016, AURORA provou em seu álbum de estreia como a música pode nos ajudar a entrar em contato e compreender nossas próprias emoções (Foto: Decca Records)

Gabriel Brito de Souza

Depois de entrar para o cenário musical em 2014, AURORA manteve presente o forte estilo indie com um pouquinho do gênero pop em seu álbum de estreia All My Demons Greeting Me As A Friend. Mesmo com a insistência da gravadora para que escrevesse novas composições em vez de reaproveitar suas antigas letras, AURORA foi flexível na hora de selecionar as faixas e conseguiu produzir um disco encantador que conquistou o público. Trazendo um título meio obscuro, a artista quis se referir às emoções mais profundas que todos possuem, mas têm medo de expressar – nos mostrando a conexão que há entre os sentimentos com as nossas almas.

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Made for Love ilumina o caminho dos relacionamentos modernos com muita tecnologia

Cena da série Made For Love. No centro da imagem está Cristin Milioti e Billy Magnussen, intérpretes de Hazel Green e Byron Gogol, respectivamente. Cristin é uma mulher branca, de cabelo castanho iluminado longo e solto. Ela usa um vestido branco bordado na parte frontal do busto. Billy é um homem branco de cabelo curto e loiro. Ele veste um terno marrom claro. Na imagem, os dois estão se beijando inclinados no jardim da casa deles.
Made for Love é uma adaptação do livro de mesmo nome da escritora Alissa Nutting, que também trabalhou como co-criadora da série (Foto: HBO Max)

Andreza Santos

Como seria pudéssemos descobrir o que o outro está sentindo ou pensando para assim resolver problemas no relacionamento a dois? Essa é a premissa inicial da nova série de humor ácido da HBO Max intitulada Made for Love, que estreou em abril de 2021 na plataforma. Estrelando a talentosa Cristin Milioti (Palm Springs e How I Met Your Mother) no papel de Hazel Green, uma mulher que vive em um relacionamento sufocante de 10 anos com seu atual marido, Byron Gogol (Billy Magnussen de Aladdin), um magnata da tecnologia, sarcástico, controlador e impiedoso.

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