70 anos depois de Ikiru, a importância de viver continua a mesma em Living

Por Living, Bill Nighy recebeu a primeira indicação ao Oscar de sua carreira, ativa há mais de 40 anos (Foto: Number 9 Films)

Nathan Nunes

Em 1952, o cultuado cineasta japonês Akira Kurosawa (Ran) lançou ao mundo Ikiru. 70 anos depois, o pouco conhecido diretor sul-africano Oliver Hermanus (O Rio Sem Fim) se reuniu ao vencedor do prêmio Nobel de Literatura Kazuo Ishiguro, autor de best-sellers como Vestígios do Dia e Não Me Abandone Jamais, para prestar tributo ao longa original através de um remake chamado Living. O resultado dessa empreitada é sentido nas expressivas indicações do filme ao Oscar 2023 de Melhor Roteiro Adaptado para o escritor e Melhor Ator para Bill Nighy (Simplesmente Amor, Piratas do Caribe) no papel principal. 

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Os Melhores Filmes de 2022

Entre as múltiplas facetas de Jobu Topaki, a estrela Pearl e a singularidade da conchinha Marcel, 84 filmes apareceram no ranking de Melhores do Ano do Persona (Arte: Nathália Mendes/Texto de abertura: Vitória Gomez)

A trajetória de retomada dos eventos presenciais consolidou-se em 2022. Na recuperação do pós-pandemia da covid-19 – que não nos deixou, mas, em um alívio, permitiu o relaxamento de algumas medidas de proteção -, o Cinema viu seus ávidos fãs retornarem às salas de forma irrestrita. Desde o Oscar até a 46ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, os eventos da indústria cinematográfica internacional e brasileira também abraçaram a possibilidade da realização totalmente presencial, e deram alento àqueles que encontram conforto na pipoca quentinha e nas subidas rumo às poltronas aveludadas. 

Apenas no primeiro semestre do ano passado, o número de pessoas que compareceu aos cinemas presencialmente foi maior do que o contabilizado em 2021 inteiro, segundo levantamento da Agência Nacional do Cinema (Ancine). Apesar do retorno seguir lento e gradual, com expectativa de voltar a níveis normais e continuar a crescer em 2023, o restabelecimento do hábito também se refletiu no Melhores Filmes de 2022. Das 84 produções citadas no tradicional ranking anual do Persona, que reúne membros da Editoria e colaboradores, 42 estrearam ou passaram pelos circuitos brasileiros. Após um ano em que os streamings dominaram os grandes lançamentos, o cenário volta a se reequilibrar.

A união das redes de cinema às plataformas, porém, garantiu a diversidade da programação de 2022. A animação Pinóquio de Guillermo del Toro, o whodunnit Glass Onion: Um Mistério Knives Out, e os dramas Nada de Novo no Front, da Alemanha, e Argentina, 1985, da Argentina, foram alguns dos destacados pelos colaboradores, que os assistiram exclusivamente nos formatos digitais. Já os campeões de menções desse ranking, Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo e Marte Um, estrearam nos cinemas e levaram os espectadores às salas.

Diferentemente do que aconteceu com lançamentos anteriores, a presença opressiva de grandes empresas, como Marvel e Disney, foi obrigada a dividir sua programação com produções mais diversas. Apesar de Batman, Pantera Negra: Wakanda Para Sempre e Doutor Estranho no Multiverso da Loucura conseguirem suas menções, foi o independente Aftersun que não saiu de cartaz (até o momento desta publicação), ultrapassando três meses nos cinemas nacionais. O sensível primeiro longa-metragem da diretora irlandesa Charlotte Wells aborda uma relação entre pai e filha, e chegou ao Brasil pela 46ª Mostra de SP.

Os gêneros das produções também refletiram diversidade. Os filmes de super-heróis tiveram sua vez e os de aventura também – Avatar: O Caminho da Água e Gato de Botas 2: O Último Pedido receberam boas indicações -, mas foram as produções de Terror que marcaram 2022. Com alguns ganhando grandes lançamentos no Cinema, como foi o caso de Pânico 5 e O Telefone Preto, e outros não surpreendentemente deixados de lado, como X – A Marca da Morte, Aterrorizante 2, Pearl, Até os ossos e Morte Morte Morte, as obras de gênero mereceram 15 nomeações como Melhores do Ano.

Elevando o número em relação ao ano passado, as produções dirigidas ou co-dirigidas por mulheres alcançaram a marca de 20 indicações – menos de ¼ do total. Já nas obras nacionais, a quantidade foi ainda mais negativa: dos 84 filmes citados, apenas 6 eram brasileiros, com destaques como Carvão, Regra 34, Eduardo e Mônica e A Mãe. Ao todo, foram citadas obras de 17 diferentes idiomas e nacionalidades.

E falando em nomeações, 22 títulos indicados ao Oscar 2023 também apareceram no ranking. Da categoria de Melhor Filme, que inclui apenas uma mulher indicada, apenas Entre Mulheres e Triângulo da Tristeza não foram mencionados aqui. Os Fabelmans, Elvis, Top Gun: Maverick e Os Banshees de Inisherin receberam múltiplas indicações. No Melhores Filmes de 2022 do Persona, você confere todas as obras destacadas pela nossa Editoria e colaboradores.

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Circuito Cineclubes Sesc – Desamparados, os mais fracos fazem a própria lei no Brasil de Pixote

O longa figurou em 12º na lista dos melhores filmes brasileiros de todos os tempos, feita pela Associação Brasileira de Críticos de Cinema, a Abraccine, e abriu a Mostra “Cinema é Direito” no Sesc Bauru (Foto: Embrafilme)

Nathan Nunes

Em 25 de Agosto de 1987, morreu Pixote. Fernando Ramos da Silva tinha 19 anos, era casado e pai de uma filha pequena quando foi morto por policiais militares, após ter supostamente assaltado uma empresa em Piraporinha, na região de São Bernardo do Campo. A família viveu para contestar a versão dos agentes, que foram apenas demitidos, mas nunca condenados. 

Anos antes, em 26 de Setembro de 1980, Fernando estava alcançando fama e reconhecimento pelo seu desempenho no papel que dá título a Pixote, a Lei do Mais fraco, de Hector Babenco (Carandiru, 2003). O longa, que abriu a Mostra Cinema é Direito do Persona em parceria com o Sesc Bauru na quinta-feira, dia 2 de Março, não poderia ter se misturado à realidade de forma mais trágica, pois o que aconteceu com o intérprete de seu protagonista pouco se difere do descaso do Estado com a vulnerabilidade social denunciada pelos realizadores. 

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Animação não é coisa de criança, mas para a Academia…

Homenagem tendenciosa? Woody e Buzz apresentam o Oscar de Melhor Animação em 2016 para Divertida Mente, do mesmo estúdio que lhes deu vida (Capa: Ana Clara Abatte)

Nathan Nunes

Na manhã do dia 15 de Janeiro de 2015, Hollywood ficou em polvorosa com a falta do então favorito Uma Aventura Lego entre os indicados ao Oscar de Melhor Animação. Lembrado, ainda assim, na disputa de Canção Original com Everything is Awesome, o longa de Phil Lord e Christopher Miller (que seriam premiados anos depois por Homem-Aranha no Aranhaverso) foi preterido em razão de dois candidatos menos conhecidos: O Conto da Princesa Kaguya, do cultuado Studio Ghibli, e A Canção do Oceano, da pequena produtora irlandesa Cartoon Saloon. Completavam a lista Como Treinar o Seu Dragão 2, da DreamWorks, Os Boxtrolls, da LAIKA Studios, e o eventual vencedor Operação Big Hero da Disney. Apesar do esnobe, é notável que havia um equilíbrio na disposição dos estúdios por trás dos concorrentes naquele ano, abraçando tanto os gigantes quanto os independentes e estrangeiros

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Os Banshees de Inisherin: tão próximos, mas também tão distantes

Cena do filme Os Banshees de Inisherin. No centro esquerdo da imagem, temos o ator Brendan Gleeson, um homem branco de cabelos loiros, vestido de camisa azul escura, colete marrom abotoado e calças pretas. Ele está sentado em cima de uma cadeira de balanço marrom. No centro direito da imagem, temos o ator Colin Farrell, um homem branco de cabelos pretos, vestido de terno preto e camisa levemente rosada, olhando para Gleeson através de uma janela de bordas vermelhas. Ao fundo, temos o cenário de uma parede branca deteriorada. A cena acontece durante o dia.
O filme reúne o diretor Martin McDonagh com os atores Colin Farrell e Brendan Gleeson 15 anos depois de sua primeira parceria em Na Mira do Chefe (Foto: Searchlight Pictures)

Nathan Nunes

O cenário é a ilha remota e fictícia de Inisherin, na Irlanda. O ano é 1923, logo no final da Guerra Civil que devastou o país. O conflito é, em tese, corriqueiro. Pádraic (Colin Farrell, de Batman), a procura do amigo de longa data Colm (Brendan Gleeson, de A Tragédia de Macbeth), acaba o encontrando no bar onde costumam sempre beber juntos. O segundo se distancia, enquanto o primeiro se pergunta o que aconteceu. A resposta é curta e grossa: Colm não quer mais ser amigo de Pádraic por considerá-lo “chato” e querer se dedicar mais à paixão pela Música. 

Esses são Os Banshees de Inisherin que dão nome ao novo longa de Martin McDonagh, de volta ao posto de diretor cinco anos depois de seu prestigiado Três Anúncios para um Crime, que rendeu o Oscar a Frances McDormand (Nomadland) e Sam Rockwell (O Grande Ivan). A disputa pela estatueta dourada marca novamente o trabalho do cineasta irlandês. Dessa vez, através das nove indicações recebidas pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas para o Oscar 2023, incluindo lembranças para Farrell, Gleeson, Barry Keoghan (Eternos) e Kerry Condon (Better Call Saul) nas categorias de atuação principal e coadjuvante, e para o próprio McDonagh em Melhor Roteiro Original, Direção e, claro, Filme. 

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The Bear: Como assim tem um urso na cozinha do Star +?

Cena da série The Bear. No canto inferior esquerdo, temos o ator Jeremy Allen White, um homem branco de cabelos loiros escuros, vestindo camisa branca e avental azul. Ele tem tatuagens difíceis de identificar em seu braço esquerdo. No centro, temos o ator Lionel Boyce, um homem preto vestindo gorro vermelho, camisa preta e avental branco. No canto inferior direito, temos o ator Ebon Moss-Bachrach, um homem branco de cabelos curtos pretos, barba por fazer, vestindo uma camisa azul com um logotipo branco estampado no peito direito e uma blusa branca amarrada em sua cintura. Ao fundo, temos o cenário de uma despensa de alimentos de metal acinzentado, a qual Lionel está segurando a porta e Jeremy está na frente de uma estante com alimentos em caixas. A cena acontece durante o dia.
Assim como qualquer edição do MasterChef, The Bear mostra que a cozinha também pode ser um inferno (Foto: Star+)

Nathan Nunes

Um dos reality shows mais famosos do canal Food Network é o S.O.S. Restaurante, apresentado pelo chef de cozinha Robert Irvine. Nele, o anfitrião tenta salvar restaurantes em situação crítica, seja financeira, sanitária ou emocional. O grande charme do programa é a possibilidade de imersão no cotidiano da gastronomia, nem sempre tão atrativo e tampouco saudável para os profissionais quanto os pratos de comida são para nós. Felizmente, tudo dá certo ao final de cada episódio e Irvine consegue cumprir sua missão de mudar a rotina dentro desses estabelecimentos, coisa que os trabalhadores da casa de sanduíches The Beef provavelmente sonham desde os minutos iniciais de O Urso

Tendo Christopher Storer (Bo Burnham: Make Happy) como showrunner, a série, original da Hulu nos Estados Unidos e do Star+ no Brasil, é figurinha carimbada nas premiações do começo desse ano, com projeções até mesmo para o Emmy. Além da indicação na categoria de Melhor Série de Comédia ou Musical, o projeto se destacou principalmente através de seu único membro vitorioso: Jeremy Allen White (Shameless e Homecoming), vencedor do Globo de Ouro e do Critic’s Choice como Melhor Ator em Série de Comédia pelo desempenho como o protagonista Carmy.

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Nada de Novo no Front: um filme de guerra humanista em que falta humanidade

Cena do filme Nada de Novo no Front. No lado direito da imagem, temos um homem branco não identificado, vestindo blusa preta, touca cinza e uma máscara facial branca. Ele está abraçando o ator Felix Kammerer, um homem branco de expressão triste, vestindo um casaco cinza e um capacete preto. Ao fundo, temos algumas estacas e o resto do cenário está desfocado. A cena acontece durante o dia, mas a foto está tratada em preto e branco.
Na 46ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, a nova versão de Nada de Novo no Front, exibida na seção Perspectiva Internacional, mantém a mensagem anti-guerra do material original (Foto: Netflix)

Nathan Nunes 

Nada de Novo no Front é um livro escrito por Erich Maria Remarque, baseado nas suas próprias experiências como veterano alemão na Primeira Guerra Mundial. Publicado em 1929, o texto não demorou a ser transposto para o Cinema, com a adaptação Sem Novidade no Front sendo lançada um ano depois. Dirigido por Lewis Milestone, o longa fez tanto sucesso que venceu o Oscar de Melhor Filme em 1931, consagrando-se como a primeira adaptação literária a conquistar essa honraria, bem como a primeira vitória conjunta da categoria principal com o prêmio de Melhor Diretor. Agora, 91 anos depois, o diretor Edward Berger (Patrick Melrose e Your Honor), em parceria com a Netflix, traz uma nova versão de mesmo nome do material base para o streaming, exibida na programação da 46ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo na seção Perspectiva Internacional. 

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20 anos de Durval Discos: Às vezes, as melhores histórias vêm de onde menos imaginamos

Cena do filme Durval Discos. No lado esquerdo da imagem, temos a atriz Marisa Orth. Ela é uma mulher branca, de cabelos pretos, fumando um cigarro branco na boca. Ela está com um vestido levemente amarelado com bolinhas vermelhas. No lado direito, temos o ator Ary França. Ele é um homem branco, de cabelos pretos longos e vestindo camisa cinza com listras pretas. Ele está de braços cruzados em cima de um balcão, com um cinzeiro verde, blocos de notas e um suporte verde para fitas adesivas à sua frente. Na frente dos dois, temos uma banca cheia de discos de vinil. Ao fundo, temos várias capas de discos de vinil coladas na parede azul. A cena acontece durante o dia.
A comemoração do vigésimo aniversário de Durval Discos é uma das atrações da Apresentação Especial da 46ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo (Foto: Dezenove Som e Imagens, África Filmes)

Nathan Nunes

Quando se trata de Durval Discos, existem dois tipos de público: aquele que começa a assistir o filme esperando uma coisa e o que termina tendo recebido outra. É fato que a vivência é comum para qualquer obra, mas, no caso específico desta em questão, o aspecto é muito mais chamativo. A experiência é tão marcante que a 46ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo programou uma exibição do longa para o dia 28 de outubro, como parte da seção Apresentação Especial e no exato dia da comemoração dos 20 anos de aniversário da produção. 

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Um Homem: dores e masculinidade em pauta

Cena do filme Um Homem. No centro da imagem, temos o ator Dylan Felipe Ramirez olhando sua reflexão em um espelho. Dylan é um jovem pardo, de cabelos pretos escuros, tatuagens perto das orelhas e olhos castanhos. Ele está vestindo uma jaqueta azul escura com detalhes em branco, em cima de uma camiseta também azul escura. O espelho é revestido de madeira marrom, provavelmente embutido a um guarda roupa da mesma cor. O cenário é uma parede esverdeada e desgastada. A cena acontece durante o dia.
Um Homem é um dos participantes da 46ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo na Competição Novos Diretores (Foto: Cercamon)

Nathan Nunes

A premissa de Um Homem , que participa da Competição Novos Diretores da 46ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, é simples. Carlos (Dylan Felipe Ramiréz) quer comemorar o Natal junto de sua família, da qual ele é separado por viver em um abrigo para jovens no centro de Bogotá, na Colômbia. O problema é que cada um dos três integrantes está em um lugar diferente: sua mãe está distante e sua irmã trabalha como prostituta para pagar uma dívida que nem mesmo o jovem tem condições de quitar. Assim, acompanhamos o protagonista em seu dia a dia de angústia e sofrimento, forçado a se enquadrar em um perfil de masculinidade com o qual ele claramente não se identifica. 

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Tico e Teco estão de volta defendendo a lei e a Arte da Animação

Cena do filme Tico e Teco: Defensores da Lei. No centro da imagem, temos o personagem Tico, um esquilo 2D cujo topo da cabeça e orelhas é marrom escuro e a região das bochechas e ao redor dos olhos é marrom clara. Tico possui grandes olhos pretos, focinho preto, região da boca branca. Está vestindo um terno azul, camisa social branca e tem patas marrons escuras. Ao seu lado esquerdo, temos o personagem Teco, um esquilo inteiramente marrom claro com grandes olhos azuis, vestindo um terno também azul com uma camisa vermelha florida junto. No canto direito da imagem, temos uma personagem não identificada que é uma rata inteiramente branca de cabelos pretos e boca vermelha. A cena acontece em um ambiente noturno.
Indicados ao Emmy 2022, Tico e Teco estão de volta no novo filme do Disney+ (Foto: Disney+)

Nathan Nunes

Em 1988, o diretor Robert Zemeckis (De Volta para o Futuro, Náufrago) e o lendário animador Richard Williams (Um Conto de Natal) lançaram ao mundo Uma Cilada para Roger Rabbit, filme que fez sucesso ao convencer o público de que humanos poderiam interagir de maneira convincente com personagens de animação. No ano seguinte, a Disney se preparava para estrear em seu canal a série Tico e Teco e os Defensores da Lei, uma revitalização da marca dos dois esquilos – existente desde os anos 40 – em forma de desenho animado, que também gerou bons resultados de audiência para a casa do Mickey. 

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