25 anos depois, o entretenimento afiado de A Máscara do Zorro permanece marcante

Cena do filme A Máscara do Zorro. Na imagem, as personagens, Alejandro Murrieta (Antonio Banderas), já atuando como o Zorro e, Elena de la Vega (Catherine Zeta-Jones), aparecem guiando os sobreviventes de uma mina de ouro. Murrieta é um homem de pele branca e cabelos e olhos escuros. Ele veste um figurino completamente preto que é acompanhado de luvas e uma capa que se estende até a sola da bota. Vega é uma mulher de pele branca e cabelos e olhos escuros. Ela veste uma camiseta de mangas longas com um fundo transparente e azul, uma saia longa na cor marrom e um cinto preto. Os sobreviventes vestem trajes amarronzados e rasgados. Ao fundo, o cenário é a mina de ouro encoberta pela fumaça branca de seus destroços.
Em 1998, The Mask of Zorro arrecadou mais de 250 milhões de dólares em bilheteria (Foto: Sony Pictures)

Nathalia Tetzner

É graças à figura imponente do Zorro que, no universo dos heróis, não há nada tão clássico quanto um vigilante trajado de preto com sede de vingança e senso de justiça por aqueles que não podem se defender. Criado pelo escritor pulp Johnston McCulley em 1919, o mascarado assistiu a sua história se repetir nos quadrinhos, na Televisão e nas grandes telas do Cinema em incontáveis versões. Mas, foi apenas oito décadas depois de seu nascimento que, graças a genialidade de Steven Spielberg através das lentes de Martin Campbell, ele se consagrou como um símbolo universal no longa A Máscara do Zorro, uma aventura de pouco mais de 120 minutos marcada pelo entretenimento afiado como a rapieira usada para esculpir o Z nos corpos dos inimigos.

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10 anos de Antes da Meia-Noite e o último suspiro de uma primeira noite de amor

Cena do filme Antes da Meia-Noite. Nela, observa-se os personagens Celine (à esquerda) e Jesse (à direita). Ele está usando uma camisa jeans azul claro, com uma calça azul escuro e sorri para Celine. Ela está sorrindo e está com um vestido azul e uma bolsa de crochê com dois tons de marrom.
O terceiro longa da trilogia Before desenvolve a relação conturbada entre Jesse e Celine (Foto: Sony Picture Classics)

Guilherme Machado Leal

É ao som de The Best Summer of My Life, do compositor Graham Reynolds, que Antes da Meia-Noite se desenrola pelos seus 108 minutos. Com idas e vindas da canção ao longo do filme, o último capítulo da trilogia Antes – dirigida por Richard Linklater – dá, logo no seu início, o tom de como serão os próximos momentos vividos por Jesse (Ethan Hawke) e Celine (Julie Delpy). Lançado em 2013, Before Midnight tem a difícil tarefa de superar ou, pelo menos, se equiparar ao nível de seus antecessores Antes do Amanhecer (1995) e Antes do Pôr do Sol (2004).

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Sobre a Terra Somos Belos por Um Instante: Ocean Vuong e a escrita como coragem de quem não tem escolha

A estreia de Ocean Vuong na prosa, após a aclamada reunião de poemas Céu noturno crivado de balas, é um complexo testemunho autobiográfico escolhido pelo Clube do Livro do Persona (Foto: Rocco/Arte: Francisco Tigre)

Mariana Freire de Moraes

Estou escrevendo para você de dentro de um corpo que era teu. O que é o mesmo que dizer: estou escrevendo como um filho.

Nas primeiras páginas de Sobre a terra somos belos por um instante, o autor Ocean Vuong constrói sua posição durante toda a narrativa na tentativa de se refazer, se ver e perdoar por meio da alteridade de uma comunicação ao mesmo tempo concreta e hipotética. Através do resgate analítico da memória e da apresentação do ambiente, Vuong, chamado de Cachorrinho pela avó, escreve cartas para sua mãe, analfabeta funcional, revisitando episódios da infância no Vietnã e de sua adolescência nos Estados Unidos.

Colonialismo, maternidade, identidade, sexualidade, violência e luto são os pilares do livro, cujos episódios de trauma rememorados traçam um caminho linear para o entendimento da história de três gerações da família do escritor, e as complexidades recalcadas de pessoas estruturadas em meio à guerra, ao preconceito, ao refúgio e à vulnerabilidade. 

Começando pelas memórias quando criança em um Vietnã desestabilizado pela guerra, Cachorrinho – a maneira que Vuong também se retrata em sua escrita – inicia o romance relembrando das primeiras vezes em que sua mãe foi violenta com ele. No acesso à infância, o escritor lembra alguns momentos em que ensina a matriarca a escrever, reproduzindo o que aprendeu naquele dia no jardim de infância. Esse é o momento em que a vulnerabilidade de quem o cria é escancarada para ele e que percebe que possui o que ela precisa para resolver esse problema. De uma forma sutil e perturbadora, esse episódio demonstra a maneira que o autor consegue colocar os dois se olhando do mesmo lugar. 

Você é uma mãe, Mãe. Você também é um monstro. Mas eu também sou – e é por isso que eu não posso me afastar de você. E é por isso que eu peguei a mais solitária criação de deus e te coloquei dentro dela.

Na foto, duas mulheres e uma criança estão sentadas em um banco de madeira. As mulheres ficam nos cantos, enquanto o bebê no meio. Estão dentro de uma casa, ao fundo, aparece o vulto de outra mulher, do lado de fora do cômodo. Atrás, percebe-se uma janela, uma porta e roupas penduradas. No primeiro plano, uma mulher, ao canto esquerdo, está sentada ao lado de uma criança pequena. Sua pele é amarela, seus cabelos pretos estão presos. Ela veste um macacão branco, com estampa de flores azuis. Está descalça e sorri fixadamente à câmera. Assim como a criança ao seu lado, que também tem cabelos e olhos pretos. Veste uma camiseta branca com uma gola laranja e estampada com desenhos, que está enfiada dentro de um shorts roxo claro. Ao lado da criança, à direita, uma outra mulher, de cabelo curto e preto, na altura do pescoço e com uma franja cortada, também sorri à foto. Ela usa uma blusa rosa clara e uma calça branca. Está de pernas cruzadas.
A foto que ilustra a edição estadunidense de Céu noturno crivado de balas retrata o autor com dois anos, ao lado de sua mãe e sua tia no campo de refugiados nas Filipinas (Foto: Ocean Vuong)

Passando pela situação de refugiado quando criança, em um paralelo sensível com o nascimento e morte de sua avó – entre o Vietnã e Estado Unidos –, a narrativa se torna mais política e identitária. A partir do momento que Cachorrinho conta a história das mulheres que o criaram, frutos de um estupro de guerra, nada segue sem que pautas sociais sejam colocadas de forma explícita, no entanto, nunca deixando com que a poética fique em segundo plano. Assim, Vuong cria uma atmosfera sólida de questionamento, ao mesmo tempo que deixa claro as complexidades subjetivas geradas a partir desses contextos, e quão decisivas são essas condições para que ele seja ele mesmo, a mãe seja a mãe e o país seja o país. 

Chegando aos Estados Unidos, na casa de seu pai com quem nunca conviveu, o escritor tem um espaço para descobrir e explorar sua sexualidade (atualmente se identifica como uma pessoa queer). No livro, Vuong relata suas primeiras experiências com um homem pobre como ele, porém branco: Trevor, a única pessoa com quem ele realmente desenvolve uma relação além de sua mãe e avó. De uma forma totalmente analítica, o escritor apresenta todas as fases dessa relação, passando pelo estranhamento, o escatológico, as drogas, o entendimento, a identidade, o amor e a morte. Cachorrinho pôde conhecer a vulnerabilidade e a violência do amor e de uma relação que requer um entendimento político, social, subjetivo e identitário que não foi apresentado a nenhum dos dois, tornando tudo mais difícil e mais intenso na mesma medida.

 Sob o fundo de um arbusto flores vermelhas, o autor, criança, é segurado no colo por sua mãe, que tem seu cabelo cacheado cortado curto e usa uma camisa manga longa vermelha, com uma estampa preta na frente. A criança usa uma camiseta polo branca com listras azuis claras e escuras, e uma parte de baixo azulada. Segura um coelho de pelúcia branco, com detalhes lilases.
Quando sua mãe faleceu de complicações de um câncer de mama, Vuong demonstrou seu luto nas redes sociais: ‘‘(…) você me ensinou que nossa dor não é nosso destino – mas nossa razão.’’ (Foto: Ocean Vuong)

O resgate da memória nas passagens da infância no meio da narrativa linear da história do Cachorrinho é o traço mais analítico de Sobre a Terra Somos Belos por um Instante. Ocean Vuong usa a escrita como ferramenta de articulação e busca, narrando sempre em primeira pessoa e, diretamente com a sua mãe, faz com que o objetivo de suas cartas nunca seja esquecido: dizer que se é. As coisas mais duras são lembradas de um jeito poético e grotesco, e quase sempre seguidas de uma imagem que bate de frente com a beleza apresentada de forma visual pela escrita. 

“Uma vez você me perguntou o que é ser um escritor. Então vamos lá. Sete dos meus amigos estão mortos. Quatro de overdose.”

Cachorrinho tem acesso ao significado social de sua existência a partir do momento em que começa a reunir os episódios traumáticos de sua vida e colocá-los em uma posição de questionamento: ser um homem vietnamita refugiado, queer, adicto e pobre nos Estados Unidos significa algo. Além disso,as pessoas em volta dele fazem parte desse significado e a escrita tem o papel de síntese de sua própria vida. É como se, caso não fosse um escritor, Vuong jamais poderia contar quem é a ninguém, nem mesmo a sua mãe.

A busca pela identidade nunca acaba, mas toma um outro caráter. Depois que Cachorrinho entende sua existência, quem sua mãe e sua avó foram, e quem seu novo país abriga, o fluxo se torna outro e assume uma calma assustada de quem sabe que seu lugar está predefinido. Então, a subjetividade assume, mais que nunca, o papel de resgate do que nunca foi dado e uma possibilidade de se reconhecer no mundo. A escrita é o que salva: é o que salvou Cachorrinho de sua relação com sua mãe, que termina o livro rindo enquanto se lembra. 

“Porque o pôr do sol, assim como a sobrevivência, existe apenas à beira de seu desaparecimento. Para ser belo, você primeiro precisa ser visto, mas ser visto sempre permite que você seja caçado.”

Oito Mulheres e um Segredo: 5 anos de um dos maiores acontecimentos do Met Gala

Cena do filme Oito Mulheres e um Segredo. Da esquerda para a direita, encontra-se Sandra Bullock, sentada vestindo um casaco branco, Cate Blanchett sentada com um casaco preto e branco, Rihanna sentada com um casaco verde e jeans, Mindy Kaling em pé com um sobretudo vermelho, Awkwafina sentada com uma jaqueta rosa, Helena Bonham Carter sentada com um vestido preto, Anne Hathaway em pé, com um sobretudo verde e Sarah Paulson sentada com um casaco cinza.
Conforme o tempo passa, o roubo de US$150 milhões fica ainda mais icônico (Foto: Warner Bros. Pictures)

Arthur Caires

Há 5 anos, Debbie Ocean (Sandra Bullock) disse: “Se for ele é notado, se for ela é ignorada. E, pela primeira vez, queremos ser ignoradas”. Em Oito Mulheres e um Segredo, requel da sequência de filmes Onze Homens e um Segredo, a fala é a explicação do porque a criminosa deseja apenas mulheres em seu time para roubar um colar de diamantes de US$150 milhões durante o prestigioso Met Gala em Nova York. Para além disso, é uma declaração de que não se trata apenas de uma versão feminina do longa original, aqui, ser mulher é essencial para que o plano dê certo.

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Vida (não tão) longa ao Roy: o xeque-mate de Succession

Aviso: o texto contém alguns spoilers da maior série da atualidade

Cena da quarta temporada de Succession. Nela vemos, em ordem de foco na câmera, Shiv, uma mulher branca de cabelos curtos em um tom loiro meio castanho; Kendall, um homem branco de cabelos curtos pretos; Roman, um homem branco de cabelo preto com topete e barba; Connor, um homem branco de cabelo e barba grisalhos e Willa, uma mulher branco de cabelo loiro e grande. Eles estão enfileirados na primeira fileira de uma igreja. A ocasião é um funeral, por isso, vestem roupas adequadas com o momento, sendo os homens com um terno preto, camisa branca e gravata preta, e as mulheres com um vestido longo preto. Ao fundo.algumas pessoas estão desfocadas.Todos estão com um semblante abatido olhando para a frente
Não vimos Shakespeare no século XVI, mas assistimos Succession no século XXI (Foto: HBO)

Guilherme Veiga

Peças brancas. Bispo em C4, dama em H8, posteriormente em A8, depois em A4, peão em F4, rei em C1, finalizando com dama em A7. Essa foi a sequência final de Garry Kasparov, que culminou na desistência de Veselin Topalov, naquela que ficou conhecida como A Imortal, uma das partidas mais brilhantes da história do xadrez, que ocorreu em um campeonato na Holanda, em 1999.

O esporte, símbolo do elitismo e da estratégia, não é acessível à maioria dos públicos, principalmente por conta de sua complexidade. Porém, recentemente, a também imortal Succession foi responsável por emular o xadrez em sua magnitude para as telas. Nesse tabuleiro televisivo, as coordenadas são um pouco diferentes. “L em OG/ Dude be the OG/ A-N…” foram algumas das jogadas, e a produção da HBO jogou como a profissional que é e, em quatro temporadas, entregou uma das maiores obras-primas da história da Televisão.

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Midnights: a genialidade de Taylor Swift em percorrer o passado e desenvolver novas jornadas

Capa do CD Midnights de Taylor Swift. Fotografia quadrada centralizada no rosto da cantora Taylor Swift. Uma mulher loira, com maquiagem brilhante e delineado preto. Nas mãos segura um isqueiro aceso. No topo na lateral esquerda encontra-se o nome do álbum em cor azul, “Midnights”.
Entrando para a história como o maior debut da indústria musical, o décimo disco de Taylor Swift conta com 13 faixas que permeiam o passado e as expectativas para o futuro (Foto: Beth Garrabrant)

Luiza Lopes Gomez

Reflexões na madrugada, nostalgia de inquietudes antigas e diálogos internos marcam as composições do décimo álbum de estúdio de Taylor Swift que reafirma seu posto como artista flexível e inovadora, capaz de movimentar multidões e quebrar recordes. Com o anúncio do disco em meio ao seu discurso de agradecimento no VMA 2022, Swift introduziu ao público uma nova era. Permeado por mistérios e noites sem dormir, Midnights foi apresentado de forma instigante e milimetricamente arquitetada antes mesmo do seu lançamento, partindo de uma coleção de vídeos postados nas redes sociais, revelando os nomes das composições e recheados de easter eggs, referências já tão próprias da artista.

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One of the Boys: 15 anos desde que Katy Perry se infiltrou entre os garotos para deixar a sua marca

Capa do álbum One of the Boys de Katy Perry. Na imagem, ela aparece deitada sobre uma esteira de descanso. Perry é uma mulher branca de cabelos escuros e olhos claros. A cantora está com uma das mãos apoiadas na esteira enquanto leva um óculos de sol à boca com a outra. Katy Perry veste um shorts jeans azul, um top vermelho com detalhes em branco, sandálias vermelhas e um chapéu azul. Ao fundo, o cenário é composto por um gramado repleto de flores e decorações como um flamingo e uma vitrola na cor rosa. Há também um cercado branco e um céu azul repleto de nuvens brancas. Na parte superior da arte de capa, o nome “Katy Perry” aparece estilizado e destacado em rosa e branco. Já na parte inferior, o nome do disco “One of the Boys” está escrito em letra cursiva azulada.
Em 2008, o lançamento de One of the Boys trouxe Katy Perry ao mundo (Foto: Capitol Records)

Nathalia Tetzner

Ela não gritou quando viu uma aranha assustadora e escolheu os acordes da guitarra em troca das sapatilhas de balé, mas dentro dela sempre existiu um desejo oculto: o de se tornar uma musa pin-up, daquelas que os meninos colecionam posters. Então, começou a ler revistas para adolescentes e a depilar as pernas na tentativa de se tornar a rainha do baile de alguém. Ainda assim, ela continuou invisível para eles. Há 15 anos, o álbum One of the Boys dava luz a Katy Perry, essa jovem que procurava incessantemente o seu lugar no mundo e que não teve outra escolha a não ser se infiltrar entre os garotos para deixar a sua marca.

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Treta revela que a paz interior é mais uma jornada do que um destino

Cena da série Treta. Nela estão os dois personagens principais interpretados pelos atores asiáticos americanos Steven Yeun e Ali Wong. Um está à frente do outro enquanto se olham em desafio. Ao fundo uma casa bem ornamentada com uma obra de arte pendurada ao centro. Steven, que interpreta Danny Cho, está segurando uma taça de champanhe enquanto veste uma camisa preta. Ali Wong está com um macacão branco e cabelos na altura do queixo olhando para cima.
Steven Yeun tranquilizou Ali Wong antes das filmagens de Treta, dizendo que sabia tanto quanto ela; a atriz supôs que, sem isso, talvez não tivesse sido capaz de se apresentar como fez (Foto: A24)

Henrique Marinhos

Treta, como comédia dramática, beira ou até ultrapassa o humor ácido ao acompanhar um surto de raiva no trânsito entre duas pessoas, que acabam deixando isso tomar conta de suas vidas. Criada pelo hilário Lee Sung Jin (Thunderbolts) e produzida pela A24, uma das produtoras mais aclamadas do Cinema independente norte-americano, a obra reúne os talentosos Steven Yeun (Minari – Em Busca da Felicidade) e Ali Wong (Aves de Rapina: Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa), protagonistas e produtores executivos que, durante as filmagens, elogiaram um ao outro por seu senso de humor e atuação.

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15 anos de Sex and the City – O Filme e o magnificente par de Manolo Blahnik de Carrie Bradshaw

Cena de Sex and the City - O Filme. Da direita para a esquerda vemos Charlotte York (Kristin Davis), uma mulher branca, de cabelo castanho liso, vestindo um vestido branco com margaridas estampadas. Ao seu lado temos Carrie Bradshaw (Sarah Jessica Parker), uma mulher branca, loira, vestindo um vestido branco com estampas de rosas. Ao meio está Samantha Jones (Kim Cattrall), uma mulher branca, loira, usando óculos de sol e um blazer amarelo. Por último, Miranda Hobbes (Cynthia Nixon), uma mulher branca e ruiva, vestindo um vestido branco com detalhes pretos.As personagens estão dentro de um leilão de jóias, encarando um anel.
Lançado em 2008, Sex and the City – O filme motivou inúmeros jovens a seguir seu próprio sonho em Manhattan (Foto: HBO)

Ludmila Henrique

Em 1998, o seriado de Sex and the City regressou às telinhas norte-americanas e, em poucos minutos de exibição, metamorfoseou toda a próxima geração de dramaturgias dos anos 2000. O impacto de quatro mulheres com personalidades opostas, falando abertamente sobre sexo e seus relacionamentos complicados, estava fortemente vinculado com a nova linhagem de jovens adultos que procuravam incessantemente realizar seus propósitos profissionais na atribulada e glamurosa cidade de Nova York. O sucesso na Televisão foi tão grandioso e aceito pelo público que, após o encerramento de suas gravações, o roteiro de um filme sequencial da série havia sido confirmado, este que, há 15 anos, foi eternizado pelo olhar do cineasta Michael Patrick King. 

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