Severance: pane no sistema, alguém me desconfigurou

Cena da série Severance. Nela estamos vendo os personagens Mark, Dylan e Irving. Eles estão nas repartições do escritório, dividido em quatro partes. A câmera mostra a divisória que está vazia,composta de uma mesa branca e um computador antigo nas cores branca e azul, uma cadeira cinza e duas divisórias verdes. Mark, um homem branco de cabelos pretos está de frente para essa mesa vazia e de costas para a câmera, enquanto olha para ela. Ele veste um terno cinza e em sua testa há um band-aid azul. Irving, um homem branco de cabelos brancos está de frente para Mark, e olha para câmera pela fresta das divisórias. Dylan, um homem branco de cabelos pretos cacheados, está à esquerda da mesa vazia e aparece somente da testa para cima.
A ficção científica da Apple TV+ se prova o maior acerto do streaming e do gênero em anos (Foto: Apple TV+)

Guilherme Veiga

Burnout. Substantivo masculino. Palavra derivada do inglês, da junção de burn, “queima” mais out, “exterior”. Distúrbio psíquico ocasionado pelo excesso de trabalho, sendo capaz de levar alguém a exaustão extrema, estresse generalizado e esgotamento físico, comumente conhecido como Esgotamento Profissional ou Síndrome do Esgotamento Profissional. Em função do estrangulamento de tempo causado pelo mundo moderno, o termo é muito discutido e recentemente, saídas vêm sendo postas a prova, como o debate acerca de uma implementação da redução da carga horária para quatro dias, por exemplo. Já em Severance (Ruptura), a nova queridinha do streaming, a alternativa é bem mais distópica.

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Inventando Anna é tão inacreditável que parece completamente ficcional

Cena da série Inventando Anna. Na cena, há 4 mulheres uma ao lado da outra em uma rua movimentada de Nova Iorque. A primeira, no canto direito, é uma mulher negra de cabelos castanhos que veste calça marrom, blusa preta sobreposta por um sobretudo preto e bolsa bege com alça preta e vermelha. Ao seu lado, há uma mulher branca com vestido preto e sobretudo cinza, olhando com expressão admirada para o alto. A terceira mulher é branca com cabelos castanhos claros, ela veste um sobretudo preto com estampas floridas em vermelho e segura uma bolsa preta. A quarta mulher, no canto esquerdo, é negra, possui cabelos pretos cacheados e olha para o alto com um sorriso, enquanto veste uma saia bege, uma blusa laranja com estampas pretas e um sobretudo preto.
Em múltiplas camadas, o quarteto liderado por Anna Delvey entregou diversos momentos catárticos durante a trama (Foto: Netflix)

Felipe Nunes

Como uma jovem golpista adentra os eventos e círculos sociais da mais alta elite nova-iorquina sem ter um sobrenome conhecido e nem mesmo um dólar no bolso? E como ela ainda consegue desembolsar empréstimos com quantias inimagináveis das instituições bancárias mais conservadoras dos Estados Unidos? São as respostas dessas indagações que a produção Inventando Anna traz. E embora pareçam casos irreais, essas situações estão longe de serem apenas um enredo ficcional. Esses acontecimentos realmente ocorreram e serviram como base para a minissérie jornalística, que traz situações tão surpreendentes que, de fato, parecem inventadas.

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Cineclube Persona – Maio de 2022

Arte retangular de fundo na cor laranja. Ao lado direito da imagem, foi adicionada uma televisão antiga de tubo, com a divisão de quatro telas, uma mostrando um homem e uma mulher se olhando; ao lado uma menina branca de cabelos ruivos vista de cima utilizando headphones; abaixo dois esquilos, um em ilustração 2d e o outro em modelagem 3d, e ao lado uma mulher branca de cabelos castanhos compridos olhando para a esquerda. Ao lado da televisão está escrito Cineclube com letras brancas preenchidas e abaixo Persona, com letras brancas vazadas. Ao centro está o logo do persona, um olho com a íris na mesma cor do fundo, e logo abaixo em letras pretas está escrito maio de dois mil e vinte e dois.
Destaques de Maio de 2022: Love, Death + Robots; a 4ª temporada de Stranger Things; o final de This Is Us e Tico e Teco: Defensores da Lei (Foto: Reprodução/Arte: Vitória Vulcano)

Da viagem do Doutor Estranho pelo Multiverso da Loucura ao experimentalismo da 3ª temporada de Atlanta, passando pelo faroeste de Outer Range e o épico viking de Robert Eggers em O Homem do Norte, Maio foi um verdadeiro presente para aqueles que procuram um bom entretenimento. No mês que sediou um dos maiores festivais de Cinema do mundo, o Cineclube de Maio veio para, mais uma vez, mostrar o que rolou na Sétima Arte e nas telinhas da TV. 

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Cineclube Persona – Abril de 2022

Arte retangular de fundo na cor marrom. Ao lado direito da imagem, foi adicionada uma televisão antiga de tubo, com a divisão de quatro telas: a primeira delas mostra um casal deitado em uma toalha na praia, a segunda mostra um homem segurando o rosto de uma mulher e a olhando fixamente, a terceira mostra dois homens negros parados lado a lado, espantados, e a quarta mostra uma mulher posando antes de começar a desfilar. Ao lado da televisão está escrito Cineclube com letras brancas preenchidas e abaixo Persona, com letras brancas vazadas. Ao centro está o logo do persona, um olho com a íris na mesma cor do fundo, e logo abaixo em letras pretas está escrito abril de dois mil e vinte e dois.
Destaques de Abril de 2022: Heartstopper, o fim de Ozark, Medida Provisória e a 14ª temporada de RuPaul’s Drag Race (Foto: Reprodução/Arte: Ana Júlia Trevisan)

Se o mês passado esquentou as telonas com a versão em couro e tesão do Batman de Robert Pattinson, Abril foi marcado pelo verdadeiro estopim de múltiplos lançamentos imperdíveis. Mas, antes de destrinchar o amor perfeito de Heartstopper, as tragédias de Ozark, a potência de Medida Provisória e a resiliência de RuPaul’s Drag Race, é hora de nos despedirmos do Blue Sky Studios, propriedade adquirida pela Disney no ano passado e agora oficialmente extinto. Responsável por sucessos que iam de Rio à Era do Gelo, os animadores da empresa atingiram a jugular do público quando, no tchau, recompensaram o esquilo Scrat com a sonhada noz que movimentou uma saga de filmes jurássicos e gélidos. 

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A segunda temporada de Aruanas pergunta: quem se beneficia com a devastação?

A foto mostra um grande cartaz amarelo pendurado na cobertura de um estádio de futebol, mais precisamente, na Arena Allianz Parque. A foto foi tirada de uma perspectiva da arquibancada (de um ângulo inferior em direção ao cartaz). Neste cartaz está estampada a frase em letras garrafais: “Energia limpa, um trilhão de motivos para lutar #PetroCrime”.
Como toda boa obra de ficção, Aruanas alerta para uma discussão real e emergencial acerca da exploração insustentável dos recursos naturais (Foto: Globoplay)

Gabriel Gomes Santana

Como você reagiria se soubesse que a água usada para abastecer sua casa foi contaminada? É a partir desse revoltante cenário, que a segunda temporada de Aruanas traz mais uma denúncia, de um jeito que só a série mais ativista do Globoplay sabe fazer. Nos novos episódios, a ONG unirá forças para impedir a implementação de uma Medida Provisória responsável por isentar os impostos das maiores empresas de petróleo instaladas no Brasil.

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Avenida Brasil: o triunfo do povo completa 10 anos

Nina, criança morena de face triste, cabelos longos castanho escuro, de blusa com listras brancas e vermelhas e macacão jeans, colar, dentro de um carro com um braço escorado no vidro da janela, em seus braços têm duas pulseiras, uma amarela, vermelha e verde, a outra vermelha e dourada. No vidro é refletida a Carminha, mulher branca, loira, de cabelo preso, com camisa verde água e rosto meio sorridente. O carro é azul claro com bancos marrons pastéis.
O início da trama foi marcado pela Mel Maia emocionando o país (Foto: TV Globo)

Lucas Lima

Quando perguntam qual a melhor novela que você já acompanhou?, não é difícil ver muita gente falar Avenida Brasil. A novela que literalmente parou o país, ficou no imaginário popular e se mantém viva, mesmo após uma década de seu início. Quem acompanhou a saga da vingança de Nina contra Carminha sabe quão fervorosos eram os momentos em frente à TV, com todos os olhos vidrados na tela e muitas respirações quase nulas com as cenas mais tensas, até o último capítulo, transmitido em outubro de 2012.

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Um brinde às batalhas internas e memórias da juventude em 15 anos de Skins UK

Fotografia da série Skins. A foto mostra quatro personagens principais da primeira temporada, da cintura para cima. Eles estão sentados, próximos da câmera, e todos são jovens. Da esquerda para a direita: Chris é interpretado por Joe Dempsie, um homem branco, de cabelos castanhos-claros, lisos e médios. Ele está sorrindo, usa uma camiseta cinza sobre uma blusa branca de mangas compridas e segura um jarro de vidro, que contém um líquido laranja, em uma das mãos. Ao seu lado está Sid, interpretado por Mike Bailey, um jovem branco. Ele tem cabelos lisos e escuros, que vão até a altura dos ombros. Usa um gorro preto sobre a cabeça e óculos retangulares. Ele tem um rosto fino, um nariz pontudo e usa uma camiseta azul. Ao seu lado está Maxxie, interpretado por Mitch Hewer. Mitch é um homem branco, de pele bronzeada, olhos azuis, rosto fino e cabelos loiros e lisos, com uma franja que cai sobre os olhos. Ele usa um moletom branco com listras. Por último, está Tony, interpretado por Nicholas Hoult. Ele é um homem branco, de olhos azuis, rosto fino e cabelos castanhos. Ele usa uma blusa preta de frio, com as mangas arregaçadas.
Oh baby, baby, it’s a wild world (Oh baby, baby, é um mundo selvagem) (Foto: E4)

Mariana Nicastro

A juventude é a fase da intensidade. De dramas, sensações, desejos e sonhos. Nela, as amizades são eternas, os amores são infinitos num dia, efêmeros no outro, e os problemas são o fim do mundo. É a fase da rebeldia e das descobertas. Há 15 anos, Skins (UK), ou Juventude à Flor da Pele, explorou tudo isso de forma intimista, sob perspectivas de distintos jovens ingleses que tinham uma coisa em comum: a consciência de que crescer não é fácil, mas que amizades, família e empatia tornam o processo menos cruel.

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Bella Ciao!: La Casa de Papel dá adeus com uma última guerra e muitas emoções

cena de La Casa de Papel. No centro da imagem está o Professor, um homem alto, com barba e cabelos longos e lisos (ambos castanhos), usa óculos de grau de armação preta e tem algumas marcas de expressão em seu rosto. Ele veste roupas sociais: uma camisa cinza suja e rasgada, dobrada até os cotovelos, uma gravata preta também desgastada, e uma calça com cinto, também pretos. Formando um corredor ao seu lado estão alguns militares, todos com o uniforme padrão completo e com armas de grande porte em suas mãos. Todas as pessoas na imagem estão sérias. Ao fundo, vê-se prédios e o céu azul.
Entrando oficialmente no assalto de cabeça erguida, o Professor tenta uma última jogada para salvar seus companheiros (Foto: Netflix)

Gabrielli Natividade da Silva 

O primeiro episódio de La Casa de Papel veio ao ar em 2017, e agora, 5 anos depois, uma das séries mais conhecidas e adoradas da Netflix chega ao fim. A quinta temporada foi dividida em dois volumes (o primeiro lançado no dia 3 de setembro, e o segundo exatos três meses depois), e seguiu a narrativa deixada pela anterior: a gangue ainda estava no Banco da Espanha, depois do assassinato de Nairóbi e da chegada conturbada de Lisboa ao assalto, enquanto o Professor lutava com a fúria da inspetora Sierra e do coronel Tamayo. Só a menção desses pequenos fatos leva à conclusão de que coisas grandes estariam prestes a acontecer para finalizar a produção com chave de ouro e, de fato, aconteceram.

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As mulheres de Amy Sherman-Palladino

Criadora de Gilmore Girls e The Marvelous Mrs. Maisel, Amy Sherman-Palladino deu um novo olhar para as mulheres na Comédia

Arte com fundo preto. Nela, estão 3 mulheres, com uma margem rosa em volta de suas silhuetas, simulando um recorte. À esquerda, está Lauren Graham, que interpreta Lorelai em Gilmore Girls. Ela é uma mulher branca, de cabelos castanhos lisos e compridos, ela veste uma camiseta branca e jaqueta preta. Ao centro, está a roteirista Amy Sherman-Palladino. Ela é uma mulher branca, de cabelos castanhos presos em coque baixo; ela usa um chapéu preto em sua cabeça, uma blusa com um terno preto e segura duas estatuetas do Emmy, uma em cada mão. À direita, está Rachel Brosnahan, que interpreta Midge Maisel. Ela é uma mulher branca, de cabelos castanhos claros curtos. Ela veste um chapéu no tom amarelo, óculos escuros e um vestido com listras claras.
Aos 56 anos, a roteirista já fez história como a primeira pessoa a levar o Emmy na categoria de Roteiro e Direção em Série de Comédia (Arte: Ana Clara Abbate)

Vitória Silva

Cidade de Stars Hollow, fundada em 1779. Uma jovem mulher senta-se em uma mesa na cafeteria do Luke, após implorar para o mesmo por mais uma xícara de café, que ele responde com um olhar zangado – enquanto pega mais café para ela. Um cara flerta com ela e é rapidamente driblado por seu sarcasmo, e com a jogada de que ela está esperando alguém. Esse alguém entra pela porta, é a sua filha, Rory, chateada porque perdeu seu CD da Macy Gray e “precisa de cafeína”. E é essa mesma rotina que você vai observar pelos próximos 153 episódios de Gilmore Girls

Um dos grandes sucessos da Televisão norte-americana nos anos 2000, o seriado surgiu da curiosa mente de Amy Sherman-Palladino. Nascida no dia 17 de janeiro de 1966, em Los Angeles, filha do comediante Don Sherman e de Maybin Hewes, seus primeiros passos no meio artístico vieram – acredite ou não – por meio da dança. Treinada no balé clássico, e com possibilidade até de estrelar o musical Cats, a californiana não pensou duas vezes quando precisou largar sua carreira para integrar a equipe de roteiro da série Roseanne. A partir disso, começou a trilhar seus primeiros passos no que se tornaria uma longa caminhada na comédia.

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Há luz nos Olhos de Tammy Faye

Cena do filme Os Olhos de Tammy Faye. Ao centro vemos uma mulher branca de cabelos curtos e loiros. Ela usa uma maquiagem bem marcada, com sombra azul escura, rímel preto e batom vermelho queimado. Ela usa brincos e vestido branco. Há um microfone de lapela preto em sua gola. Ela está segurando o choro. Ela está sentada num sofá laranja e na imagem é visível a cabeceira da poltrona. O fundo é desfocado, parede cor creme e folhas verdes.
Indicado em duas categorias do Oscar 2022, o filme teve sua estreia mundial no Festival Internacional de Cinema de Toronto no ano passado (Foto: Disney Germany)

Ana Júlia Trevisan

A Televisão é, ainda hoje, um dos meios de comunicação mais eficientes já criado pelo homem. No Brasil, disputando com novelas e programas jornalísticos, muitos canais cedem espaço para que pastores vendam a cura e tirem os demônios de seus devotos via satélite. Entretanto, o pioneirismo vem dos Estados Unidos com Jim Bakker (Andrew Garfield) e outros tantos religiosos como Jerry Falwell e Pat Robertson, homens, brancos, ricos que usam da boa oratória para transformar o Cristianismo em showbiz, lucrando à custa da fé dos espectadores. A narrativa é familiar, mas Os Olhos de Tammy Faye enxerga a figura singular da televangelista que batiza o filme de maneira humanizada, dando um passo além da extorsão.

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