Os Fabelmans pensa no passado pela sensibilidade de seu próprio diretor

Cena do filme Os Fabelmans. Gabriel LaBelle, que interpreta o jovem Sammy Fabelman, é um jovem branco com cabelos castanhos utilizando uma camisa xadrez e observando o visor de uma câmera. A cena ocorre durante o dia, com um cenário desértico ao fundo.
Os Fabelmans, a nova produção de Steven Spielberg, coloca a vida do cineasta no centro da trama (Foto: Universal Pictures)

Pedro Yoshimatu

O desafio de contar uma história é repleto de decisões difíceis, e o de contar a sua própria é um desafio ainda maior. Essa é, no entanto, é a tarefa de Steven Spielberg em seu novo filme, Os Fabelmans, uma semi-autobiografia que utiliza de elementos narrativos fictícios para refletir na própria relação do diretor com a sua narrativa pessoal, sua família e sua paixão pelo Cinema.

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Uma década da viagem inesquecível para a mitológica e misteriosa Gravity Falls

Imagem da série animada Gravity Falls. Tem quatro pessoas na imagem, Da direita para a esquerda aparece Stanley, um homem idoso, brnco, com cabelos grisalhos, olhos pretos e barba grisalha, ele usa um óculos quadrado, um chapéu marrom, uma camisa branca e um colete salva-vidas azul e verde. Ele segura um livro vermelho nas mãos. Ao seu lado aparece Mabel, uma menina, branca, ela tem cabelos longos e castanhos, olhos pretos e usa aparelho nos dentes, ela usa um chapéu escrito “Mabel”, uma blusa rosa, um colete salva-vidas amarelo e uma saia azul. Ela sorri. Do seu lado tem Soos, um homem adulto e branco, ele tem olhos pretos, usa um boné marrom, uma camiseta verde, um colete salva-vidas amarelo e um shorts bege, ele está falando e gesticulando. Soos abraça Dipper. Dipper é um menino, branco, ele tem cabelos castanhos e olhos pretos, ele usa um chapéu bege com seu nome, uma camiseta laranja, um colete salva-vidas amarelo, um shorts verde e tênis preto. Todos estão num barco.
A sensação aconchego que a família Pines traz é tão boa que é fácil se sentir parte dela (Foto: Disney)

Nathan Sampaio

Não há tempo mais mágico do que as férias escolares. Nesse período, podemos conhecer novas pessoas, formar amizades e laços duradouros, sejam com amigos ou familiares, aprender novas atividades e conhecer o mundo. Essa é, com certeza, a época mais agradável para uma criança. Gravity Falls, série que completa 10 anos em 2022, nos faz recordar com carinho das férias escolares no mesmo momento que adentra em uma grande investigação cativante. 

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Twin Peaks: 30 anos de um universo onde as corujas não são o que parecem

Letreiro da cidade em que se passa a história (Foto: Reprodução)

Gabriel Gatti

Em 1990, o mundo queria saber: quem matou Laura Palmer? Criada por Mark Frost e David Lynch, Twin Peaks foi um dos maiores marcos da televisão mundial. A série se passa em uma cidadezinha pacata que fica na fronteira entre os Estados Unidos e o Canadá, onde ocorreu o terrível assassinato de uma estudante, Laura Palmer (Sheryl Lee). O episódio piloto começa com o morador local Pete Matell (Jack Nance) saindo para pescar e encontrando o corpo da jovem envolto em plástico às margens do lago. Em decorrência do assassinato, o agente nada convencional do FBI, Dale Cooper (Kyle MacLachlan), vai a Twin Peaks para investigar o caso.

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As melhores séries de 2017

Até mesmo depois de ampliarmos as listas de final de ano para 10 itens e deixar a cargo de cada participante escrever sobre o seu destaque pessoal, a lista de séries surpreendeu pela variedade: apenas uma obra permaneceu da lista de 2016.

Muita coisa boa ficou de fora, inclusive a animação que ilustra o post (e que proporcionou um dos melhores memes do ano). Mas nossas escolhas refletem um ano cheio de produções promissoras, ótimas temporadas de séries antigas e fortes traços autorais.

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Sonhos e pesadelos na Twin Peaks de Raf Simons

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Matheus Fernandes

David Lynch, Angelo Badalamenti, Cindy Sherman e Martin Margiela. Essas são as influências que guiam Nightmare and Dreams, coleção do designer belga Raf Simons apresentada em 2016 na edição outono/inverno da semana de moda de Paris, a primeira após sua saída da Dior. Continue lendo “Sonhos e pesadelos na Twin Peaks de Raf Simons”

A terceira temporada de Twin Peaks: Muito além da pequena cidade

dale-cooper-2017Bárbara Alcântara

Mistério, assassinato, violência e uma dose de nudez desnecessariamente explícita – tudo isso coroado por cenas que transitam entre o sonho, o pesadelo e uma bad trip de LSD. Esses foram os dois primeiros episódios da terceira temporada de Twin Peaks: muito Lynch e pouca nostalgia. Continue lendo “A terceira temporada de Twin Peaks: Muito além da pequena cidade”

Os Últimos Dias de Laura Palmer: uma outra Twin Peaks

O filme foi mal recebido em 1992, mas hoje recebe uma nova apreciação. Diferente o bastante da série para incomodar alguns fãs, David Lynch apresenta uma outra perspectiva do universo Twin Peaks.

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Lucas Marques

O longa-metragem Twin Peaks: Os Últimos Dias de Laura Palmer, de 1992, era, até este ano, o último vislumbre do universo da série de David Lynch e Mark Frost. Um último gole nada fácil de digerir: Lynch frustra a espera por respostas aos questionamentos deixados em 1991, situando o filme antes da narrativa da série. A obra possui uma estranha relação interna, pois tanto depende que o expectador conheça o material de origem, quanto pede que nós o tratemos como um produto único, quase que desvinculado do seriado. David Lynch, ao quebrar expectativas, reafirma a posição de autor na época mais popular de sua carreira.

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A maravilhosa e estranha Twin Peaks

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Gabriel Rodrigues de Mello

É inimaginável pensar no atual cenário de seriados de televisão sem considerar a influência que sobre ele teve Twin Peaks. Lançada em 1990, a série assinada por David Lynch (Eraserhead, Veludo Azul) e Mark Frost (Hill Street Blues) enfeitiçou milhares de pessoas ao redor do mundo com a sua originalidade, mescla de gêneros e muito café. Continue lendo “A maravilhosa e estranha Twin Peaks”

Eraserhead: a grotesca história de um pesadelo real

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Elisa Dias

Quarenta anos atrás, David Lynch lançava ao mundo seu primeiro longa-metragem: Eraserhead. Com roteiro de 21 páginas e cinco anos de filmagens, devido a problemas de financiamento, o filme já começa a revelar, mesmo que de maneira não intencional, uma onda de contrastes – que vão desde a oposição entre claro e escuro aos universos do onírico e do real. Continue lendo “Eraserhead: a grotesca história de um pesadelo real”

Loveless e Mulholland Drive: a estética moderna do onírico

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Nilo Vieira

A relação de produções artísticas com o onírico é intrínseca desde as primeiras tentativas humanas em se expressar. De lá pra cá, artistas nos mais diversos segmentos marcaram época utilizando a estética dos sonhos em seus trabalhos: o pintor Salvador Dalí, o cineasta Luis Buñuel e o músico Jimi Hendrix são alguns exemplos mais básicos e conhecidos de arte surrealista, mas seria possível ficar meses comentando obras menos conhecidas que também merecem atenção. Por hora, vamos nos ater a duas, aniversariantes recentes: o disco Loveless, da banda My Bloody Valentine, e o filme Mulholland Drive (no Brasil, virou Cidade dos Sonhos), do cineasta David Lynch. Continue lendo “Loveless e Mulholland Drive: a estética moderna do onírico”