Shh… Silêncio! Adele começou a cantar e o mundo inteiro está afim de ouvir. Exibido em novembro de 2021, no canal estadunidense CBS, e transmitido simultaneamente no Paramount+, Adele One Night Only contou com a interpretação de clássicos da cantora londrina e canções inéditas de seu quarto álbum de estúdio, 30. A apresentação musical ocorreu em outubro do mesmo ano, no Observatório Griffith, localizado em Los Angeles. Ao mesmo tempo, uma entrevista conduzida por Oprah Winfrey abriu as cortinas para o que seria o show de Adele.
Star Wars: Visions, a fascinantenova aposta da LucasfilmLtd., possui nove episódios, nove histórias e nove estilos de animação diferentes. Lançada em setembro de 2021, os desenhos vão de traços fortes em preto e branco a traços suaves em cores vivas e cores pastéis, e de episódios musicais e fofos a outros com vários plot-twists. Feita em parceria com sete estúdios produtores, a antologia conta jornadas de novos personagens do universo de Guerra das Estrelas, ao mesmo tempo em que celebra a essência da saga. A obra é um prato cheio que pode apetecer vários gostos.
Shakespeare, em 1600, já dizia que há mais coisas entre o céu e a terra do que sonha nossa vã filosofia, e a frase ainda se faz presente, considerando os questionamentos do ser e do meio em que ele vive. É levando em conta uma dessas questões que Em Nome do Céu, nova aposta da FX no gênero true crime, escondida no catálogo do Star+, se desenvolve.
“Third time’s a Charm” (em português “a terceira vez é um charme”) é um ditado estadunidense que significa que quando algo é tentado pela terceira vez, o resultado com certeza vai ser sorte. A frase exemplifica com louvor a terceira temporada da série The Umbrella Academy, que chegou à Netflix no dia 22 de junho de 2022, trazendo consigo a volta dos irmãos Hargreeves e sua luta infinita contra o fim do mundo.
“Um livro deve ser o machado que partirá os mares congelados dentro de nossa alma.”
— Franz Kafka
Julho foi o mês do Persona se infiltrar ainda mais nos entremeios literários: dos dias 2 ao 10, membros da nossa Editoria cobriram a Bienal Internacional do Livro de São Paulo, que ocorreu no Expo Center Norte. Dentre os destaques, a Homenagem a José Saramago – que completaria 100 anos em 2022 –, feita por Andréa Del Fuego, José Luís Peixoto e Jeferson Tenório, e a presença de Paulina Chiziane e Valter Hugo Mãe, marcaram a última edição do festival.
Neste ano, o evento teve dupla celebração: além do centenário do único escritor de língua portuguesa a receber o Prêmio Nobel de Literatura, 2022 também marca o bicentenário da Independência do Brasil. Assim, a celebração se deu na forma de reconhecimento da identidade linguística, que une continentes através do idioma em comum. O evento contou também com a presença do presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa.
Contudo, Julho também foi um período de indigestas – porém necessárias – reflexões. Após a repercussão nacional dos absurdos que envolveram o direito ao aborto legal de uma menina de 11 anos em Santa Catarina, a questão ganhou ainda mais enfoque quando, ao final de Junho, a Suprema Corte dos Estados Unidos derrubou a decisão judicial de 1973 que garantia a legalidade do aborto em todo o território nacional. As discussões se nortearam no aspecto de direitos fundamentais que, a princípio, pareciam resguardados, mas que, a bem da verdade, precisam de constante vigilância.
É nesse contexto que o filme dirigido por Audrey Diwan, com a mesma temática, chegou aos cinemas brasileiros integrando o Festival Varilux de Cinema Francês, em uma adaptação cinematográfica do marcante relato da francesa Annie Ernaux. Assim, não foi difícil escolher para o Clube do Livro do Persona a obra O Acontecimento.
Baseado em um episódio biográfico, o livro conta a história de uma jovem de 23 anos que engravida e, sem poder contar com o apoio do namorado ou da própria família, precisa fazer um aborto. Ilegal na França da época, ela vive praticamente sozinha o acontecimento que, quarenta anos depois, revive no livro.
Refletindo sobre a onipresença da lei e seu imperativo sobre os corpos femininos, Ernaux mostra uma faceta literária que mistura a ficção com a não-ficção. Agora, para fechar – ou ampliar – um importante momento de reflexões, deixamos as indicações de mais um Estante do Persona.
‘‘Soy un amasamiento, sou um ato de juntar e unir que não apenas produz uma criatura tanto da luz como da escuridão, mas também uma criatura que questiona as definições de luz e de escuro e dá-lhes novos significados’’ – Gloria Anzaldúa
Um bando de lobas. Uma rota de amazonas de saltos altos, que sobem e descem um afunilado inferno dantesco, envolvidas por árvores ao mesmo tempo ferozes e acolhedoras a essas travessias noturnas nos labirintos do Parque Sarmiento. As entidades do mundo travesti de O parque das irmãs magníficas(2021)são putas, fadas, mães, demônias, santas e pássaras, numa Córdoba que não está nos mapas nem nos guias turísticos. Tanto nelas quanto no texto coexistem todas as contradições temidas por aqueles que separam o mundo em binarismos: fantasia e realismo; autobiografia e ficção; homem e mulher.
Vinte anos distanciam o atual estado da sociedade do lançamento de Minority Report: A Nova Lei no longínquo ano de 2002. Já em comparação com o futuro retratado no filme de Steven Spielberg, são trinta e dois anos de separação. Seja olhando para frente ou para trás na linha do tempo, é interessante notar que essa obra, como toda boa ficção científica, é cada vez mais parecida com a realidade, em níveis bastante alarmantes e assustadores.
O ano de 2017 foi marcado pelo início da mais recente reviravolta a atingir o berço de Lady Gaga em cheio. Dialogando com uma crise de identidade, ou surfando na onda de reinvenções prostradas, o gênero que aprendeu a fazer história dominando o topo das paradas vivia uma representação insossa, desmedidamente guiada pelo instantâneo e fragilmente centrada no sucesso de personalidades masculinas. Então, quando o rap assumidamente superou o pop, todos sabiam que não era questão de longevidade; mas, sim, de poder popular.
Manifestada como frescor musical, Dua Lipa foi um dos dezenas de nomes designados para aguar o tal deserto criativo. Os primeiros singlesda inglesa já agitavam as rádios europeias um ano antes, investindo em experimentações que uniam metáfora à melodia. Só que mudar – ainda que minimamente – as rédeas da derrocada do ritmo chiclete exigia se colocar para jogo além do compromisso de nivelar sua estreia na indústria sonora. A típica exploração visual e lírica do pertencimento, responsável por estruturar personas novatas nos acordes, dependia da precisão tomada no processo. Curiosamente, entre formas e testemunhas, a caloura Lipa decidiu pela coragem de se autointitular a nova via do pop.
Não é segredo que Harry Styles sabe fazer uma boa Música. Já tendo acumulado mais de cinco anos de carreira solo e alguns grandes prêmios (incluindo um Grammy), o cantor lançou, no dia 20 de maio, seu novo álbum, Harry’s House, formando sua santíssima trindade perfeita. Se Harry Styles narra um amor trágico e Fine Line é um equilíbrio entre quedas e acertos, o caçula é revigorante como a trilha sonora de um clássico filme romântico. São treze novas faixas muito empolgantes e aconchegantes que refletem otimamente que o britânico está em sua melhor fase, cada vez mais seguro de si, de sua vida e, claro, de sua Música.
“Nosso destino vive dentro de nós. Você só tem que ser valente o suficiente para vê-lo.”
Júlia Caroline Fonte
Qualquer criança nas últimas décadas, com certeza, em algum momento, sonhou em viver em um castelo e encontrar um príncipe encantado, mas hoje sabemos que as coisas não são bem assim. Há 10 anos, a primeira e única princesa dos estúdios Pixar veio para mostrar isso: Merida (Kelly Macdonald), a corajosa protagonista de Valente, protagoniza uma história empoderadora sobre liberdade e amadurecimento, que mergulha em uma aventura mística e afetiva.