Self Made tenta honrar o grande legado de Madam C. J. Walker

“Todos nós vamos morrer. Eu não controlo isso. Mas eu posso controlar como serei lembrada, o que deixarei para trás” (Foto: Reprodução)

Anna Clara Leandro Candido 

Madam C. J. Walker foi a primeira mulher negra a se tornar milionária por conta própria na história dos Estados Unidos. Filha de escravos, nascida poucos anos depois da abolição e mãe aos 18 anos, Sarah Breedlove – nome de nascença da empresária – fez sucesso ao vender produtos para cabelos negros numa época onde o racismo e o machismo ditavam o cotidiano de uma população.

Essa tão aclamada e importante figura de empoderamento negro e feminino só foi ganhar uma adaptação de sua história esse ano pela Netflix. Produzida por DeMane Davis, Eric Oberland e Lena Cordina, a minissérie Self Made, que ganhou o título nacional A Vida e a História de Madam C. J. Walker,  chegou para levar a história de Sarah ao mundo televisivo. A produção foca em sua jornada empreendedora e utiliza de vários recursos do drama para trazer uma linda história de superação e luta, atando-se a alguns pontos verdadeiros da obra original, mas deixando muitos outros de lado.

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The Good Place ensina sobre a vida e ainda te faz dar risadas

Ao receber os mortos, O Arquiteto os apresenta o bairro (Foto: Reprodução)

Ana Beatriz Diogo Rodrigues

A vida após a morte é uma incógnita. Tudo sobre esse assunto é incerto e não há clareza sobre qual é a verdade. O destino, as pessoas que encontraremos e o modo como nos comportaremos depois de morrermos são questões irrespondíveis. Mas a série The Good Place (2016-2020), com comédia e filosofia, tende a construir um caminho para essa jornada inexplorável. Abordando diversos assuntos filosóficos, a produção discute o sentido da vida ao decorrer das suas quatro temporadas.

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O Mundo é mesmo um Mistério?

(Foto: Pôster Mundo Mistério – Divulgação/Netflix)

Mauê Salina Duarte

Como funciona o triângulo das bermudas? Será que as inteligências artificiais dominarão o mundo? O aquecimento global realmente existe? Apresentada por Felipe Castanhari, a série Mundo Mistério produzida pela Netflix, estreou no começo de agosto com um formato bem interessante, lembrando os vídeos de ciências e história produzidos pelo próprio youtuber em seu canal Nostalgia.

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Rede de Ódio e o potencial destrutivo nas redes sociais

A relação conturbada entre um rapaz e uma família se transforma em tragédia (Foto: Reprodução)

Gabriel Fonseca

Rede de Ódio (Hejter) é um drama político que se propõe a mostrar como o medo e o preconceito podem se espalhar com facilidade pelas redes sociais. O longa polonês foi dirigido por Jan Komosa e chegou ao catálogo brasileiro da Netflix no final de julho. Nele, acompanhamos a história de Tomasz Giemza, interpretado por Maciej Musiałowski, um jovem frustrado que descobre a sua vocação em arruinar reputações através de informações e notícias falsas na internet, uma espécie de marketing inverso. 

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As Vantagens de Ser Invisível: a sensibilidade de uma história autêntica

A influência de um trauma na vida de um adolescente e em suas relações interpessoais

Da esquerda para a direita: Mary Elizabeth (Mae Whitman), Charlie (Logan Lerman), Sam (Emma Watson), Patrick (Ezra Miller) e Alice (Erin Wilhelmi) (Foto: Reprodução)

Eduarda Motta

Lançado no ano de 1999, o livro de Stephen Chbosky, As Vantagens de Ser Invisível, estreou sua adaptação no cinema em 2012 e, agora, chega à Netflix. O drama conta com Logan Lerman no papel principal, vivendo o personagem Charlie, e narra as problemáticas da vida do adolescente, sua jornada com a depressão, ansiedade e todas as emoções que o Ensino Médio tem a oferecer. Além de ter alcançado a plataforma de streaming, a história ganha nova tiragem pela editora Rocco. Com capa e trecho inéditos, a obra chegou às prateleiras no dia 15 de agosto.

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O quinto ano de Better Call Saul veio para abalar o mundo da metanfetamina

As duas faces de um homem só: Saul Goodman e Jimmy McGill (Foto: Reprodução)

Vitor Tenca

Os advogados, como agentes essenciais da administração da justiça, devem manter em todos os momentos a honra e a dignidade da sua profissão. Porém, nem todos aqueles que exercem o Direito seguem esses ideais. Um homem claramente dividido entre a uma lei sagrada e uma lei selvagem, Jimmy McGill, ou, como gosta de ser chamado, Saul Goodman (Bob Odenkirk), nos mostra que a lei não precisa usar paletó e gravata – mas, se for usar, que seja algo extravagante e colorido. Continue lendo “O quinto ano de Better Call Saul veio para abalar o mundo da metanfetamina”

Lucifer está de volta e dessa vez em dobro

“Nunca fui expulso de qualquer lugar antes na minha vida. Bem, exceto o Céu, claro” (Foto: Reprodução)

Anna Clara Leandro Candido

Entre o céu e o inferno. Essa é a posição que a Terra ocupa, proporcionando um local estratégico para o encontro de anjos e demônios e, quem sabe, até mesmo do Diabo em pessoa. É nesse cenário em que a série da Netflix, Lucifer, desenvolve sua trama. Após se cansar do Inferno e decidir tirar férias em Los Angeles, Lucifer (Tom Ellis) tornou-se dono de uma boate, tio, consultor civil da polícia e par romântico da detetive Chloe Decker (Lauren German). Agora, na primeira parte da quinta temporada, o Anjo das Trevas favorito de todos retorna do Submundo para agraciar o público com seu carisma e finalizar alguns assuntos inacabados. Acompanhados de uma linda ambientação e trilha sonora, os personagens voltam à ativa com todo seu glamour para agradar os fãs. Continue lendo “Lucifer está de volta e dessa vez em dobro”

Dançarina Imperfeita: água com açúcar para a pandemia

Cartaz original do filme (Foto: Reprodução)

Ettory Henrique Rios Jacob

Todos nós passamos por uma grande pressão durante o final do Ensino Médio e início da universidade. E não é incomum vermos pessoas que tem toda a sua vida traçada em um sonho desde criança. Essa é a premissa do novo filme da Netflix, Dançarina Imperfeita, que apresenta uma jovem no final do colegial certa sobre o seu futuro. 

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Ozark mata os clichês na paulada

O terceiro ano de Ozark é o mais tenso e carregado até agora (Foto: Netflix)

Vitor Evangelista

Bandidos não têm senso de moralidade. Ou, pelo menos, era assim que a banda tocava vinte anos atrás. A TV sempre pintou seus antagonistas como figuras cinzentas e sem remorsos. Tudo mudou quando Tony Soprano procurou terapia em 1999, na estreia de Família Soprano. Depois do mafioso desatar a discutir sentimentos e motivações, outras célebres figuras ‘malvadas’, como Walter White e Ragnar Lothbrok, se tornaram o centro psicológico de grandiosas produções. Em Ozark (2017), a história não é diferente. 

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Em seu fim, The Rain se desespera

The Rain surge como fruto dos investimento da Netflix em produções europeias, mas não alcança o mesmo sucesso que Dark, da Alemanha (Foto: Reprodução)

Anna Clara Leandro Candido

Após o sucesso de Dark, a Netflix apostou cada vez mais em produções europeias e The Rain é resultado desse investimento. Lançada em 2018 e dirigida por Jannik Tai Mosholt, Esben Toft Jacobsen e Christian Potalivos, a série surgiu como mais um dos projeto desse âmbito, sem, entretanto, conseguir o mesmo sucesso de sua prima alemã. Passada  na Escandinávia, The Rain conta com uma bela ambientação e uma boa trilha sonora, mas sua história, já ultrapassada dentro do universo distópico, e seus personagens mal desenvolvidos não conseguem sustentar a trama, deixando-a desamparada até o último minuto. Continue lendo “Em seu fim, The Rain se desespera”