5 anos de Queen Of The Clouds: o desabafo de uma estrela autêntica

Queen Of The Clouds, o álbum de estreia da cantora sueca Tove Lo, lançado em setembro de 2014, é completamente uma experiência, seja por conta das letras que retratam um amor do surgimento ao fim, ou pelas produções que entregam uma obra muito bem lapidada e que é recomendável para qualquer fã do gênero pop.

(Foto: Reprodução)

Caio Savedra

O conceito do título – “rainha das nuvens”, em tradução livre -, reforça um dos motivos da autenticidade – uma das características que mais marcam seus trabalhos – da cantora: depois do lançamento de seu primeiro EP em março do mesmo ano, Tove viu sua carreira decolar e oportunidades aparecerem, ela se sentia no topo do mundo, mas sem deixar de sempre tentar dar um passo para trás e analisar o quadro geral, tomando ciência de que este é o seu mundo agora.

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Medúlla: 15 anos de um álbum estranho, arcaico e atemporal

Foto: Reprodução

Humberto Lopes

Medúlla é o termo médico para a medula óssea em latim. Porém, a origem do nome do quinto álbum de estúdio da cantora e compositora islandesa Björk vai muito além da palavra de origem romana. O significado no título da obra está no chegar à essência de algo, alcançar o início da humanidade, abandonar a civilização e voltar ao tempo antes de tudo acontecer.

Assim, no dia 31 de agosto de 2004, foi concebido o sucessor de Vespertine (2001) e do clássico Homogenic (1997), discos que incorporam a eletrônica e batidas inigualáveis, além de trazer a sonoridade inovadora e vanguardista da artista.

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30 anos depois, Berserk continua sendo um clássico entre os mangás

Apesar dos hiatos e da negligência, a ‘Era de Ouro’ no cenário mercadológico ainda não acabou para Kentaro Miura

Na imagem, o Bando do Falcão (Foto: Reprodução)

Isabela Batistella

Completando seus 30 anos em agosto deste ano, a obra de maior sucesso de Kentaro Miura, Berserk, não está mais próxima de seu desfecho quanto estava há 10 anos. Sem uma devida periodicidade de publicação, segue sua trajetória sem se aproximar de seu devido fim. Mesmo com tais nuances, a história – atualmente em seu capítulo #359 – reuniu uma legião de fãs tão grande e tão fiel que Miura tem a liberdade de exercer seus charmes e hiatos o quanto quiser: ao lançar um capítulo, todo o fandom está lá para ler. 

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30 anos sem Raul Seixas: o legado do maluco beleza

Raul Seixas e sua barba costumeira, que virou um dos símbolos do cantor  (Foto: Raul Seixas)

Caroline Campos

No dia 21 de agosto de 1989, sozinho em seu apartamento na cidade de São Paulo, Raul Seixas – para muitos, o pai do rock nacional – encontrou a morte, surda, que caminhava ao seu lado. Após 44 anos de uma vida de excessos, loucuras, esoterismo e rebeldia, o rockeiro baiano foi vítima de uma pancreatite aguda fulminante resultada do alcoolismo, que era agravado pelo fato de Raul ser diabético e não ter tomado sua insulina na noite anterior. Passados 30 anos deste baque na música brasileira, o “raulseixismo” ainda é uma filosofia de vida para sua legião de fãs, e os gritos de “Toca Raul!”, uma pedida clássica em bares e shows

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Ultraviolence: Meia década do melhor de Lana Del Rey

(Foto: Reprodução)

Isabelle Tozzo

Ultraviolence é o melhor de todos. Essa é a frase que meus amigos já ouviram de mim algumas vezes em conversas sobre Lana Del Rey. Como fã da artista, afirmo sem hesitar que o terceiro álbum da cantora – que completa cinco anos – é o mais belo, coeso e intimista de toda a carreira da norte-americana. Continue lendo “Ultraviolence: Meia década do melhor de Lana Del Rey”

Meia década de I Never Learn: amar dói, mas a gente sobrevive

(Foto: Reprodução)

Jho Brunhara

A tristeza é contagiosa, talvez até mais que a felicidade, e em uma geração que valoriza tanto estar na bad, certos álbuns são indispensáveis para madrugadas em que o fundo do poço é o único local possível da terra para se estar. Em maio, o arrebatador I Never Learn, terceiro álbum de Lykke Li, completou cinco anos. A cantora do hit I Follow Rivers se mudou da Suécia para Los Angeles após um término, onde passou dois anos escrevendo o disco. O resultado foram nove músicas poderosas, cruas e destruidoras.

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O discurso feminista por trás dos 15 anos de Meninas Malvadas

(Foto: Reprodução)

Ana Laura Ferreira

“Às quartas-feiras, nós usamos rosa”, “no dia 3 de outubro, ele me perguntou que dia era”, “Regina George trai o Aaron Samuels toda quinta na sala de projeção em cima do auditório”. Se você reconhece essas frases, com certeza faz parte da geração Mean Girls. Geração essa marcada pela tentativa de fazer o barro acontecer. Mas, por quais motivos, mesmo depois de 15 anos, o filme Meninas Malvadas ainda é um ícone da cultura POP?

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A atemporalidade crítica de Lily Allen: 10 anos de It’s Not Me, It’s You

(Foto/Reprodução)

Isabelle Tozzo e Leonardo Oliveira

Provavelmente 2009 foi um dos anos mais importantes para a música pop. Foi neste ano que ouvimos o álbum The Fame Monster da Gaga, em que Rihanna lançou o disco que viria a ser um dos mais significativos de sua carreira, Rated R; quando Black Eyed Peas nos apresentou a sonoridade eletrônica de The E.N.D. e que dançamos com a chiclete Tik Tok da Kesha. Grandes sucessos da época, depois de anos de saturação, hoje já nos traz um gostinho de nostalgia e até nos faz pensar “o pop era incrível e a gente não sabia”.

Neste mesmo ano, a crítica britânica só tinha olhares para uma pessoa: Lily Allen. E não à toa. Com It’s Not Me, It’s You, a inglesa nos mostrou como ser crítica, engraçada e única. Seu som conseguiu passar pelos anos sem tanto desgaste e isso o proporcionou a primazia de não ficar datado.

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Os 10 anos de Lady Gaga e como ela mudou a cultura pop para sempre

(Foto: Divulgação)

Jho Brunhara

Em 2018, ano que marca 10 anos de carreira da cantora Lady Gaga, o sucesso de crítica e público do filme Nasce Uma Estrela e da trilha sonora – especialmente da música Shallow –, provam que Gaga termina sua primeira década como uma artista completa: duas indicações ao Globo de Ouro, cinco ao Grammy e quase 11 semanas no topo do iTunes Mundial.

Colhendo ainda frutos do seu primeiro álbum, The Fame, que completou uma década, e comemorando 5 anos do lançamento do ARTPOP, Gaga acaba de iniciar seus shows fixos de residência em Las Vegas com um contrato milionário. Mas nem só do presente se faz uma artista: o que torna Lady Gaga tão memorável, mesmo com tantos altos e baixos na carreira? A resposta está em toda sua construção artística: o impacto na cultura pop.

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