Cuidado! Em Abracadabra 2, as bruxas estão de volta – mas só por uma noite

Cena do filme Abracadabra 2. Na imagem, as bruxas Mary, Winifred e Sarah Sanderson aparecem em um palco, iluminadas por um holofote. Mary (Kathy Najimy) é uma mulher de pele clara, com cabelos castanhos, presos em formato de cone, e veste roupas vermelhas e laranjas. Winifred (Bette Midler) é uma mulher de pele clara, cabelos ruivos, e veste roupas verdes. Sarah (Sarah Jessica Parker) é uma mulher branca, de cabelos loiros platinados, e veste roupas roxas.
Que comece o show! As Irmãs Sanderson vão enfeitiçar você (Foto: Disney+)

Laura Hirata-Vale

Salém, Dia das Bruxas e uma noite de lua cheia. Nessa receita de poção mágica, faltam somente dois ingredientes para que as irmãs Sanderson voltem à vida: alguém virgem, que acendesse uma vela de chama escura. Na noite de 31 de Outubro de 1993, dentro de um casebre abandonado, Max Dennison (Omri Katz) faz todos os passos do ritual, achando que nada iria acontecer. Dessa forma, as três bruxas retornam do mundo dos mortos, à procura de crianças e adolescentes para devorar. A história de Abracadabra (1993) termina com Winifred (Bette Midler), Sarah (Sarah Jessica  Parker) e Mary Sanderson (Kathy Najimy) virando pó com o raiar do Dia de Todos os Santos, para a alegria dos protagonistas.

Porém, 29 anos depois, uma nova narrativa começa. Abracadabra 2 traz – de forma nostálgica e musical – as bruxas mais comicamente assustadoras de volta. Cheio de feitiços, piadas e risadas maléficas, o segundo longa homenageia o original, tentando superá-lo, mas não conseguindo. Em uma outra noite de Dia das Bruxas, com a lua cheia brilhando no céu, uma vela de chama escura é acendida. Seria isso um acidente? O que as irmãs Sanderson vão aprontar dessa vez?

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Os Melhores Filmes de 2022

Entre as múltiplas facetas de Jobu Topaki, a estrela Pearl e a singularidade da conchinha Marcel, 84 filmes apareceram no ranking de Melhores do Ano do Persona (Arte: Nathália Mendes/Texto de abertura: Vitória Gomez)

A trajetória de retomada dos eventos presenciais consolidou-se em 2022. Na recuperação do pós-pandemia da covid-19 – que não nos deixou, mas, em um alívio, permitiu o relaxamento de algumas medidas de proteção -, o Cinema viu seus ávidos fãs retornarem às salas de forma irrestrita. Desde o Oscar até a 46ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, os eventos da indústria cinematográfica internacional e brasileira também abraçaram a possibilidade da realização totalmente presencial, e deram alento àqueles que encontram conforto na pipoca quentinha e nas subidas rumo às poltronas aveludadas. 

Apenas no primeiro semestre do ano passado, o número de pessoas que compareceu aos cinemas presencialmente foi maior do que o contabilizado em 2021 inteiro, segundo levantamento da Agência Nacional do Cinema (Ancine). Apesar do retorno seguir lento e gradual, com expectativa de voltar a níveis normais e continuar a crescer em 2023, o restabelecimento do hábito também se refletiu no Melhores Filmes de 2022. Das 84 produções citadas no tradicional ranking anual do Persona, que reúne membros da Editoria e colaboradores, 42 estrearam ou passaram pelos circuitos brasileiros. Após um ano em que os streamings dominaram os grandes lançamentos, o cenário volta a se reequilibrar.

A união das redes de cinema às plataformas, porém, garantiu a diversidade da programação de 2022. A animação Pinóquio de Guillermo del Toro, o whodunnit Glass Onion: Um Mistério Knives Out, e os dramas Nada de Novo no Front, da Alemanha, e Argentina, 1985, da Argentina, foram alguns dos destacados pelos colaboradores, que os assistiram exclusivamente nos formatos digitais. Já os campeões de menções desse ranking, Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo e Marte Um, estrearam nos cinemas e levaram os espectadores às salas.

Diferentemente do que aconteceu com lançamentos anteriores, a presença opressiva de grandes empresas, como Marvel e Disney, foi obrigada a dividir sua programação com produções mais diversas. Apesar de Batman, Pantera Negra: Wakanda Para Sempre e Doutor Estranho no Multiverso da Loucura conseguirem suas menções, foi o independente Aftersun que não saiu de cartaz (até o momento desta publicação), ultrapassando três meses nos cinemas nacionais. O sensível primeiro longa-metragem da diretora irlandesa Charlotte Wells aborda uma relação entre pai e filha, e chegou ao Brasil pela 46ª Mostra de SP.

Os gêneros das produções também refletiram diversidade. Os filmes de super-heróis tiveram sua vez e os de aventura também – Avatar: O Caminho da Água e Gato de Botas 2: O Último Pedido receberam boas indicações -, mas foram as produções de Terror que marcaram 2022. Com alguns ganhando grandes lançamentos no Cinema, como foi o caso de Pânico 5 e O Telefone Preto, e outros não surpreendentemente deixados de lado, como X – A Marca da Morte, Aterrorizante 2, Pearl, Até os ossos e Morte Morte Morte, as obras de gênero mereceram 15 nomeações como Melhores do Ano.

Elevando o número em relação ao ano passado, as produções dirigidas ou co-dirigidas por mulheres alcançaram a marca de 20 indicações – menos de ¼ do total. Já nas obras nacionais, a quantidade foi ainda mais negativa: dos 84 filmes citados, apenas 6 eram brasileiros, com destaques como Carvão, Regra 34, Eduardo e Mônica e A Mãe. Ao todo, foram citadas obras de 17 diferentes idiomas e nacionalidades.

E falando em nomeações, 22 títulos indicados ao Oscar 2023 também apareceram no ranking. Da categoria de Melhor Filme, que inclui apenas uma mulher indicada, apenas Entre Mulheres e Triângulo da Tristeza não foram mencionados aqui. Os Fabelmans, Elvis, Top Gun: Maverick e Os Banshees de Inisherin receberam múltiplas indicações. No Melhores Filmes de 2022 do Persona, você confere todas as obras destacadas pela nossa Editoria e colaboradores.

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