“Quando um amor é mais forte do que a própria vida, ele não cabe numa só história”. Era o que dizia a primeira chamada da novela Além do Tempo, no ano de 2015, logo de início chamando a atenção do público, de forma sutil, à seu formato inovador e até mesmo revolucionário. Em seus 161 capítulos, a novela da seis, escrita por Elizabeth Jhin e dirigida por Pedro Vasconcelos, cumpriu sua missão em contar uma grandiosa história de amor, dividida em duas fases muito distintas entre si, que se comunicavam em excelentes sacadas de texto, um enredo muito bem amarrado e uma montagem de tirar o fôlego.
Nós damos valor demais ao Globo de Ouro. Esse ano, o grupo votante lamenta a morte de seu antigo presidente, Lorenzo Soria, ao mesmo tempo que enfrenta acusações de fraude e uma investigação que revelou o óbvio: a Associação da Imprensa Estrangeira de Hollywood (HFPA) não tem diversidade alguma. Reportagens no Los Angeles Times e no The New York Times estouraram poucos dias antes da 78ª edição do prêmio. Além de descobrirem que a HFPA não tem membros negros, foi escancarado um lobby poderosíssimo ao redor de Emily em Paris, uma das questionáveis indicadas ao Globo de Série de Comédia ou Musical.
É de suma importância relembrar que o GG não é prévia do Oscar de maneira nenhuma. Em questões de marketing e campanha, uma vitória no Globo alavanca sua visibilidade, mas o corpo votante da Academia é composto por mais de 7 mil membros, todos trabalhadores da indústria. A HFPA, por outro lado, é formada por 87 jornalistas, residentes de Los Angeles e que não têm ligação com o Oscar.
Todavia, o que acontece é o Globo de Ouro tentando ditar tendências na temporada. Às vezes, as coisas dão ‘certo’: Green Book e Bohemian Rhapsody começaram ganhando aqui e percorreram solenes seu caminho até as estatuetas douradas e carecas. Ano passado, o amor por 1917 e por Sam Mendes caiu por terra quando Parasita e Bong Joon-ho saíram com os louros.
Amizade: sentimento de afeição, de estima, de dedicação recíproca entre pessoas. Amigo é quem nos acolhe mesmo se estamos errados, nos aconselha e até briga com a gente, mas não nos abandona. É a pessoa que desabafamos, rimos, confiamos e torcemos. É a pessoa que corremos para contar as novidades, com quem curtimos festas ou mesmo o colo que nos aconchega quando nos sentimos vulneráveis. Amigo é a pessoa que nos faz bem só de estar junto, mesmo se for pra compartilhar o famoso “fazer nada”. São a família que escolhemos ao longo da vida. Amigos verdadeiros são espécie em extinção, se você tem algum, cuide bem.
E é mostrando uma amizade duradoura e complicada que a nova série da Netflix,Amigas Para Sempre, estreou no início de fevereiro, sendo baseada no romance Firefly Lanede Kristin Hannah. Tully e Kate se conheceram na chamada Alameda dos Vagalumes durante a adolescência e, apesar dos altos e baixos, se mantêm unidas na vida adulta. Melhor dizendo, elas são amigas inseparáveis! As duas vivem trinta anos de cumplicidade, porém as personalidades das personagens são bem distintas.
“Eu estou falando de mulheres violentas, perversas. Mulheres sinistras. Não me diga que você não conhece algumas”. Com dificuldades de se enturmar por conta de sua timidez, a jovem Gillian Flynn encontrou uma fuga na leitura e na escrita, o que a levou a cursar Jornalismo na Universidade do Kansas (KU). Uma vez formada, ela planejava se tornar repórter policial, no entanto, percebeu que era desajeitada para o ramo criminal por querer que toda história tivesse um começo, meio e fim. Assim, começou a trabalhar na Entertainment Weekly, escrevendo críticas de cinema e TV por dez anos.
3 gerações. A mesma casa. É assim que conhecemos a história de Porque as Mulheres Matam, nova série de Marc Cherry (também criador de Desperate Housewives e Devious Maids). A produçãoconta a história de três esposas em diferentes épocas cujas histórias têm algo em comum: a infidelidade e como elas reagem a ela. O diretor que sempre colocou as mulheres em destaque nas suas produções, surge novamente com uma antologia viciante, perspicaz e também divertida.
“Aquele que sobe as escadas, deve começar por baixo’’. Essa pequena frase de sabedoria dita por Ittetsu Takeda representa bem a jornada percorrida pelos personagens de Haikyuu!! desde o primeiro episódio. Agora, após terem superado a muralha de ferro, o time festeiro, o grande rei e a antes invicta águia branca, os Corvos deMiyagi alçam voo rumo a quadra laranja em Tokyo. Munidos com uma nova animação, time de produção, uma épica trilha sonora, narrativas emocionantes e muita determinação.
O ano era 2019 e os fãs da série One Day at a Time se revoltavam noTwitter por conta do cancelamento feito pela Netflix. Após muitos pedidos para a renovação, foi entregue uma bem sucedida terceira temporada mostrando que o streaming ainda tinha força e conteúdo para continuar produzindo a queridinha dos assinantes. O cancelamento parecia improvável pois, além dos motivos já citados, o terceiro ano se finaliza com um gancho perfeito para uma nova temporada da série que foi abandonada.
O ano é 2001 e você liga sua TV às 18h no Disney Channel para assistir Zapping Zone. Quem nasceu neste século talvez tenha chegado um pouco atrasado pra festa e lembre mais de Hannah Montana, Os Feiticeiros de WaverlyPlace e Sunny Entre Estrelas, mas pra quem, assim como eu, faz parte do grupo chato de pessoas que se orgulha em ter nascido no fim dos anos 90, precisamos comemorar os 20 anos de uma das obras precursoras do Disney Channel: Lizzie McGuire.
A nostalgia é poderosa, e faz bem para nós. O esforço para relembrar alguma memória querida a partir fotos antigas, músicas e outros tipos de mídia possibilita facilitar o autoconhecimento e a conexão sentimental, aumentando a vitalidade e dando esperanças para o futuro. Por isso, muitos revivals e reboots estão preenchendo nossas TVs, cinemas e playlists; o consumidor merece receber essa felicidade.
Então, quando a Netflix anunciou que estava produzindo Fate: A Saga Winx, uma série baseada no desenho italiano O Clube das Winx, a reação não poderia ser outra. Foi uma felicidade quase que generalizada, pois muitas pessoas cresceram e amaram aquelas seis garotas poderosas e incríveis que derrotavam as forças do mal, com direito a transformações mágicas e tudo o que tínhamos direito.
Finalmente chegou na Netflix a tão esperada continuação de Big Mouth. A série animada de comédia estreou em 2017, surfando nessa onda nova de animações para adultos nas plataformas de streaming. Ela conta com a participação de nomes relevantes no gênero, como seu co-criador Andrew Goldberg, que já participou do roteiro de Uma Família da Pesada. O criador da série, e amigo de infância de Andrew, Nick Kroll, também não é um novato nessa área, ele fez parte do elenco deFesta da Salsicha, que é – de fato – uma predecessora das animações esteticamente infantis, de gosto duvidoso e explicitamente sexuais.