Coringa: Delírio a Dois foi o fiasco que o primeiro filme não merecia

Cena do filme Coringa: Delírio a dois. Joaquim Phoenix, que interpreta Coringa, é um homem branco, com cabelo de cor verde, e maquiagem de palhaço e veste um terno vermelho Ele está ao lado de Lady Gaga, que interpreta Haarlem Quinzel Ela é uma mulher branca, de pele clara, cabelos loiros e um vestido colorido, os dois estão com uma perna levantada cada, aparentemente dançando.
O corte de algumas cenas da versão final gerou descontentamento dos fãs (Foto: Warner Bros. Pictures)

Lucas Barbosa

Cinco anos após o primeiro filme, Coringa: Delírio a dois não correspondeu às altíssimas expectativas que pesavam sobre o longa-metragem que carrega a continuação da história problemática e exotérica de um dos maiores seres vilanescos do universo dos quadrinhos. Sendo a sombra de uma das melhores películas de 2019, garantindo até Oscar de melhor Ator para o Joaquim Phoenix, a continuação deixou lacunas mal resolvidas, questionamentos desnecessários sobre a história e aquele velho pensamento se uma continuação de uma obra amplamente premiada é realmente necessária.

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Lady Gaga nem sabe do que está rindo em Harlequin

A imagem mostra a cantora Lady Gaga, uma mulher branca em um banheiro sob o chuveiro, com um colete salva-vidas vermelho. A água está caindo sobre ela, molhando seu cabelo castanho com mechas vermelhas, que está bagunçado e parece colado ao rosto. A maquiagem está borrada, com uma linha preta marcante saindo do olho direito, remetendo a um estilo dramático ou expressionista. O fundo é composto por azulejos brancos simples. O título "Harlequin" está escrito em letras brancas e cursivas sobre a imagem, com "Lady Gaga" também escrito abaixo.
Harlequin debutou em 20º lugar na parada musical estadunidense Billboard Hot 200, a pior estreia de um disco de Lady Gaga nos charts (Foto: Interscope Records)

Henrique Marinhos e Nathalia Tetzner

Se em algum momento você achou que Lady Gaga havia perdido sua capacidade de inovar, Harlequin (2024) vem para confirmar a sua desconfiança. Lançado poucos dias antes do filme Coringa: Delírio a Dois, o álbum, composto majoritariamente por regravações de jazz, parece ser uma tentativa de Gaga de provar que ainda tem a sofisticação para dominar qualquer gênero. Mas será que a artista que nos deu The Fame Monster e Born This Way ainda consegue trazer algo novo aos palcos?

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Em THINK LATER, conhecemos a bad girl interior de Tate McRae

Capa do álbum THINK LATER. No centro está a cantora Tate McRae, uma mulher branca de cabelos castanhos escuros, lábios rosados e olhos castanhos. Ela está olhando pro lado e está usando uma regata de alça preta e uma calcinha preta. Em seus pés, utiliza uma espécie de bota acolchoada preta e branco que vai até a altura de seus joelhos e na direita está escrito THINK na vertical e na esquerda LATER, também na vertical, com a cor roxa em ambos os lados.
A nova queridinha da Gen Z lançou seu segundo álbum em 2023 (Foto: RCA Records)

Guilherme Barbosa

A música pop sempre esteve no auge do mundo, principalmente após o início dos anos 2000. A ascensão de nomes como Britney Spears, Beyoncé, Lady Gaga e Rihanna fez com que a régua de exigência em relação a cantoras que iriam surgir a partir dali fosse muito alta. Com o passar do tempo, a forma de se consumir música pela grande massa mudou. O TikTok, a rede social mais usada pela Geração Z, tem grande influência na indústria fonográfica, com o poder de ressuscitar grandes clássicos e fazer pequenos artistas se tornarem globais, como Olivia Rodrigo, por exemplo. Tate McRae também faz parte dessa nova leva de cantores, e isso fica evidente em seu novo álbum de estúdio, THINK LATER.

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Há 5 anos, Nasce Uma Estrela despedaçava a figura do caubói

Foto de cena do filme Nasce Uma Estrela. Na imagem, Jackson Maine está no canto esquerdo olhando para Ally que está deitada, com a nuca virada para a câmera e desfocada na imagem. Ele é um homem branco na faixa dos 40 anos, com barba, de cabelos castanhos na altura dos ombros e olhos azuis. Está vestindo uma jaqueta bege com os botões abertos e por dentro uma camisa social preta com o colarinho aberto. Ally é uma mulher branca e está com o cabelo pintado de preto. Eles estão numa balada com luzes vermelhas, ao fundo há figurantes.
A canção Shallow ficou 45 semanas na Billboard Hot 100 (Foto: Warner Bros.)

Davi Marcelgo

Em Nasce Uma Estrela (2018), Jackson Maine (Bradley Cooper) é um astro do country que se apaixona por Ally (Lady Gaga). Os dois constroem uma relação através da Música, que é abalada quando o passado e os vícios de Jack surgem à tona. Além dessa última releitura, a história já foi contada outras três vezes: a primeira em 1937, dirigida por William A. Wellman; a segunda 17 anos mais tarde, estrelada por Judy Garland, de O Mágico de Oz; e a terceira em 1976, protagonizada por Barbra Streisand. Os remakes diferenciam-se principalmente nos cenários, pois, enquanto os outros dois narram ascensão e queda de estrelas de Cinema, os mais recentes são sobre astros da Música.

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Top Gun: Maverick prova que ainda queremos voar com Tom Cruise

Cena do filme Top Gun: Maverick. Na imagem, o protagonista Maverick, um homem branco de cabelos e olhos escuros, está pilotando um avião de caça. Ele veste um uniforme militar na cor verde escura e equipamentos de segurança, entre eles, dois cintos, um máscara de oxigênio e um capacete decorado com o seu nome e as cores da bandeira dos Estados Unidos: branco, azul e vermelho. Ao fundo, o cenário é o céu azul em cima das nuvens brancas, onde três outros aviões o perseguem com mísseis.
Dono de uma indicação ao Oscar 2023 de Melhor Filme, Top Gun: Maverick já é a 12ª maior bilheteria da história do Cinema (Foto: Paramount Pictures)

Nathalia Tetzner

36 anos após tirar o fôlego de uma geração inteira com Top Gun: Ases Indomáveis, Tom Cruise está de volta na direção dos aviões de caça, dessa vez, apontando o alvo da trama diretamente para si na pele do protagonista e dono de um dos codinomes mais conhecidos do Cinema, Maverick. A sequência do clássico coloca nas lentes de Joseph Kosinski a missão de dar continuidade ao legado do falecido diretor Tony Scott. Assim, com quase 1,5 bilhão de dólares arrecadados em bilheteria mundial e 6 indicações ao Oscar 2023, Top Gun: Maverick revive os tempos de glória do audiovisual e prova que ainda queremos voar com Cruise.

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A luz no fim do túnel do Grammy 2022

Arte retangular. O fundo é um degradê roxo e lilás. Da esquerda para a direita, foram adicionadas as imagens de 4 artistas segurando troféus vencidos na cerimônia do Grammy. No canto esquerdo, foi adicionada a imagem do artista Jon Batiste. Ele é um homem negro adulto de pele retinta. Ele tem cabelo crespo curto. Ele está sorrindo. Ele usa uma blusa preta de gola com detalhes prateados. Ao lado direito dele, foi adicionada a imagem da artista Doja Cat. Ela é uma mulher adulta negra de pele clara. Seu cabelo é preto e liso, com penteado em coque. Ela usa um vestido decotado rosa que mostra os ombros. Ela sorri. Ao lado direito dela, foi adicionada uma imagem da artista SZA. Ela é uma mulher negra adulta. Seu cabelo é preto, liso e comprido. Ela usa um vestido bege com flores coloridas. Ela sorri. Ao lado direito dela, foi adicionada uma imagem da artista Olivia Rodrigo. Ela é uma mulher jovem amarela, de ascendência filipina. Ela tem cabelo preto liso comprido. Ela usa um vestido preto que mostra os braços e o peito. Ela usa dois colares, rosa e roxo escuro. Ela sorri, mostrando a ponta da língua.
Os sorrisos que iluminaram o sombrio Grammy 2022: Jon Batiste, o melhor nome para assinar o disco consagrado como o Álbum do Ano; Doja Cat e SZA, as hitmakers que foram premiadas pela primeira vez; e Olivia Rodrigo, que aos 19 anos, encerrou um ano de ouro com seu título de Artista Revelação (Foto: Reprodução/Arte: Jho Brunhara)

Raquel Dutra

Como uma de suas metáforas musicais favoritas, o Grammy encerrou a caliginosa caminhada que o levou até a sua 64ª edição ao fim luminoso da noite do dia 3 de abril de 2022. Sob os holofotes da MGM Grand Garden Arena, no glamour de Las Vegas, cantores, compositores, produtores e instrumentistas se reuniram, junto da Academia de Gravação, para reconhecer “o melhor da Música” realizada entre o dia 1 de setembro de 2020 e 30 de setembro de 2021 e submetida à consideração da premiação. No palco, brilharam os nomes de Jon Batiste, Olivia Rodrigo, Doja Cat, SZA, Bruno Mars e Anderson .Paak, que com suas celebrações fervorosas e feições vitoriosas, encerraram um período que aconteceu exatamente de acordo com uma das leis mais fundamentais da natureza que produz tais fenômenos – antes da luz, vem a escuridão. 

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Lady Gaga exorciza Casa Gucci

Em nome do Pai, do Filho e da Casa Gucci (Foto: Metro-Goldwyn-Mayer Pictures)

Ana Júlia Trevisan

Uma história de glamour, cobiça, loucura e morte. Esse foi o subtítulo dado ao livro que inspirou Ridley Scott a dirigir uma das adaptações mais aguardadas do ano: Casa Gucci. A grife italiana, fundada em 1921, é um majestoso império da Moda e uma das marcas mais valiosas do mundo, cujo nome carrega um grande escândalo. Em 27 de março de 1995, Maurizio Gucci, herdeiro da empresa, foi assassinado a mando de sua ex-esposa Patrizia Reggiani. 

Legado e família são os fragmentos mais necessários para entender a estrutura maquiavélica do império Gucci, mas o que chegou aos cinemas em 25 de novembro não se ajusta aos dois poderes. Os direitos para a produção do filme foram comprados em 2006, e de lá pra cá, nomes como Angelina Jolie e Leo DiCaprio foram cotados para os papéis principais. O ano de 2021 finalmente trouxe o filme para as telonas, protagonizado por Lady Gaga e Adam Driver. Mas, para lidar com o longa, é necessário fazer o mesmo processo de periciamento de um delito.

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10 anos de Born This Way: a igreja de Lady Gaga

Capa do disco Born This Way, de Lady Gaga. A imagem está em preto e branco, apenas com o batom de Gaga em vermelho. Na parte superior, foi adicionado o texto “BORN THIS WAY”. Abaixo, foi adicionada uma montagem que mostra a cantora sendo metade humana, metade motocicleta. De seu corpo, a cabeça está onde deveria estar o guidão da moto, e os braços seguram a roda da frente.
“A moto representa a jornada. E agora, como na capa do álbum, eu sou um veículo. Sou o veículo para a voz de todos os meus fãs” (Foto: Universal Music)

Jho Brunhara

Over The Rainbow, I Will Survive, I’m Coming Out, True Colors, Express Yourself, Beautiful, Firework. Ao longo da história, a comunidade LGBTQIA+ encontrou nas músicas de grandes cantoras o conforto proporcionado por letras sobre esperança, libertação e expressão. Algumas dessas, com uma mensagem quase explícita sobre aceitação direcionada ao público queer, confirmada pelos clipes, onde tinham maior liberdade do que nas letras (que poderiam ser boicotadas pelas rádios). Quando Lady Gaga lançou a faixa Born This Way e colocou a canção para tocar no mundo todo, ela também estava transmitindo o trecho “Não importa se você é gay, hétero ou bi/Lésbica ou transgênero/Eu estou no caminho certo, baby/Eu nasci para sobreviver”.

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Love For Sale põe à venda os amores mais fraternos

Cena das sessões de gravação do álbum Love For Sale. Fotografia retangular. Ao fundo, vemos um estúdio musical. No canto direito da imagem, observamos a dupla Lady Gaga e Tony Bennett. Lady Gaga é uma mulher branca, de cabelos loiros, está em pé, com um vestido bege, segurando uma bolsa e olhando para Tony. Tony Bennett, por sua vez, é um homem idoso, está sentado e retribuindo o olhar de Gaga. Ele aparece de perfil, mostrando poucos traços do rosto.
No último álbum da carreira, Tony Bennett vê sua trajetória artística ser devidamente honrada por Lady Gaga (Foto: Kelsey Bennett)

Eduardo Rota Hilário

Esqueça os mais de dez anos revolucionários da carreira de Lady Gaga. Isso mesmo, esqueça. Ou pelo menos não se apegue a eles. Hoje, nós vamos falar de tradição: o jeito mais Gaga de ser tradicional possível. Não, a Mother Monster não abandonou o pop. Mas Love For Sale (2021), seu novo álbum ao lado da lenda do jazz Tony Bennett, segue um estilo bastante clássico do início ao fim. Longe de arquitetar revoluções, o segundo disco conjunto da dupla ainda assim é capaz de inovar a discografia da cantora. E por ter a intenção de ser um tributo ao compositor norte-americano Cole Porter, é um pouco injusto classificá-lo como caxias. Afinal, ele cumpre muito bem seu papel, destacando-se por cargas emotivas e preciosidades vocais.             

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Nota Musical – Outubro de 2021

Destaques do mês de outubro: Gloria Groove, Jão, Ed Sheeran e Alice Caymmi(Foto: Reprodução/Arte: Jho Brunhara/Texto de abertura: Raquel Dutra)

O mês de outubro foi o mais agitado de 2021 aqui no Persona. Iniciado com o especial para o Mês do Horror e intermediado pela cobertura intensa da 45ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, os últimos 31 dias também viram o nascimento do nosso Clube do Livro, que aqui no site se materializou na Estante do Persona, nosso novo quadro mensal literário. Entre todas essas atividades, não deixamos de acompanhar o mundo da Música, e agora, chegamos para comentar tudo o que rolou no décimo mês do ano no Nota Musical.

Tudo começou com um misterioso número 30 surgindo nas principais cidades do mundo. Como um bat-sinal, Adele criou um momento no início de outubro para a divulgação de seu retorno, que acontece depois de seis silenciosos anos que sucederam seu último disco, 25. Agora, seremos apresentados aos 30 da artista, e o single Easy On Me foi mestre em nos introduzir ao novo estágio da vida de Adele, que encontrará seu lugar no mundo em forma de disco no próximo dia 19 de novembro.

Enquanto Adele ressurgia com os seus números, Ed Sheeran retornava com os seus sinais. Como anunciado pelas variáveis e constantes de Bad Habits e Shivers, o novo disco do cara mais legal do pop chegou para continuar sua concepção musical pautada na matemática. Agora, +, × e ÷ tem a companhia de =, e para o bem ou para o mal, a música de Ed é assumidamente definida pelo símbolo de igual. 

Por outro lado, as sábias operações musicais de Lady Gaga e Tony Bennett decidiram apostar tudo num jazz que coloca o amor à venda. Da mesma forma, Hans Zimmer, por sua vez, concluiu na trilha do novo 007 que não temos tempo para morrer, The War on Drugs percebeu que precisa de um novo lugar no indie rock, e Brandi Carlile criou sua aclamada música country a partir de dias silenciosos.

Há também os que buscam a maior abstração possível. É assim com Coldplay e seu novo disco Music of the Spheres, que inventa de buscar outras formas de vida e de expressão distanciando-se do que nos conecta uns aos outros aqui na Terra. Mas nem tudo está perdido: as viagens atmosféricas de outubro funcionam sob a condução de Felipe de Oliveira, Tirzah e Black Country, New Road. Quem quiser acompanhar as belezas descobertas pelos artistas em ascensão, pode conferir os discos Terra Vista da Lua e Colourgrade e o single Chaos Space Marine.

Se alguns embarcam em direção ao exterior, outros mergulham no interior. Na MPB, essa foi a direção de Caetano Veloso em Meu Coco, e de Ney Matogrosso em Nu Com a Minha Música. No rock, o movimento nos entrega o melhor de Sam Fender em seu segundo disco, Seventeen Goin Under. No pop, foi a tática de importantes estreias: lá, FINNEAS descobriu um otimismo agridoce e PinkPantheress resolveu mandar tudo pro inferno.

É da dimensão íntima que outros grandes nomes trazem grandes coletâneas. Silva comemorou seus dez anos de carreira com De Lá Até Aqui; Megan Thee Stallion presenteia seus fãs com Something for Thee Hotties; Elton John traz sua música de quarentena em The Lockdown Sessions; Nick Cave & The Bad Seeds desenterram alguns tesouros em B-Sides & Rarities (Part II); e Madonna disponibiliza sua experiência ao vivo de Madame X nas plataformas de streaming

Assim, outubro também foi um mês de retornos. Primeiro, The Wanted movimentou a internet com seu comeback anunciado através de Rule The World, primeiro lançamento da banda desde sua separação em 2014. Depois, Agnes chega para o revival da era disco em seu quinto álbum, Magic Still Exists, que finaliza um hiato de quase dez anos. Já Tears For Fears viveu um intervalo um pouco maior, mas agora o jejum iniciado em 2004 está encerrado com The Tipping Point, faixa-título do novo álbum da dupla britânica, cujo lançamento está previsto para o início de 2022.

Quando o assunto é novidade, também estamos bem servidos. Em terras brasileiras, o pop viu o encontro de ANAVITÓRIA e Jorge & Mateus, teve mais uma chance de reconhecer Johnny Hooker, finalmente recebeu a estreia de Priscilla Alcantara e o terceiro álbum de Jão. O funk juntou Valesca Popozuda e Rebecca, o rap esteve com Karol Conká e WC no Beat, e a MPB ganhou a companhia de Jorge Drexler na nova canção de Marisa Monte, mas o maior destaque de outubro vai para a Imaculada Alice Caymmi.

Fora do país, o nome segue sendo o de Anitta, que esse mês, apareceu junto de Saweetie em Faking Love. Mas desta vez, a Girl From Rio não representou o Brasil sozinha na música internacional. Nas tabelas, A QUEDA de Gloria Groove significou ascensão, e a drag brasileira estreou na parada global da Billboard. O mesmo sucesso e apreço não pode ser encontrado na colaboração entre Jesy Nelson e Nicki Minaj, já que o lançamento de Boyz veio encharcado de polêmicas da líder Barbz nas redes sociais, e episódios de blackfishing por parte da ex-Little Mix.

Ainda bem que a Música pode contar com a honestidade de Phoebe Bridgers, que usou That Funny Feeling para levantar sua voz em oposição à legislação antiaborto mais restritiva dos Estados Unidos que avança no Texas. O cover da artista esteve no radar mensal do indie, que também tem novidades preciosas no novo disco de Lana Del Rey e nas canções de Mitski e Michael Kiwanuka

Por fim, outubro ainda trouxe um belo descarte de Ariana Grande, novos contornos para a Conan Gray, clipes de Troye Sivan, Kacey Musgraves e Olivia Rodrigo, e o encontro gigante de The Weeknd com Swedish House Mafia. Foi um mês e tanto, mas o Persona nunca deixa de se atentar às novidades e decepções que a Arte nos oferece. Na décima edição do Nota Musical, nossa Editoria e nossos colaboradores se reúnem para vasculhar os CDs, EPs, músicas e clipes que ecoaram por aí em Outubro de 2021.

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