Em Love, Death + Robots, o homem é o robô do homem

Cena do primeiro episódio do volume 3 de Love, Death + Robots. Nele vemos três robôs em um balcão de bar abandonado. Da esquerda para a direita, temos um robozinho menor de cabeça quadrada e na cor laranja. Em sua cara um visor forma um emoticon sorrindo. No meio, um robô branco com formas mais humanas. Ele veste um chapéu de marinheiro, seu olho direito é amarelo e o esquerdo azul. Por último, há um robô em um formato que se assemelha a um triângulo na cor cinza. Ele tem uma espécie de câmera que emite uma luz azul
Mais assustador que o futuro é o caminho até ele (Foto: Netflix)

Guilherme Veiga

Pensar na revolta das máquinas é naturalmente evocar elementos da Skynet, passando pelos andróides da saga Alien, a destruição estroboscópica da Família Mitchell e chegando nas ficções de Interstellar e 2001 – Uma Odisséia no Espaço. Por mais que essas produções de certa forma tratem também da condição humana, comum de toda boa ficção científica, muitas vezes a vilania da história está voltada aos seres formados por compostos eletrônicos. Em Love, Death + Robots, a carcaça metálica e (às vezes não tão) bem polida, reflete uma humanidade vilã, que, por falta de disputa na cadeia alimentar do poder, arranja um jeito de se voltar contra si própria.

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Tico e Teco estão de volta defendendo a lei e a Arte da Animação

Cena do filme Tico e Teco: Defensores da Lei. No centro da imagem, temos o personagem Tico, um esquilo 2D cujo topo da cabeça e orelhas é marrom escuro e a região das bochechas e ao redor dos olhos é marrom clara. Tico possui grandes olhos pretos, focinho preto, região da boca branca. Está vestindo um terno azul, camisa social branca e tem patas marrons escuras. Ao seu lado esquerdo, temos o personagem Teco, um esquilo inteiramente marrom claro com grandes olhos azuis, vestindo um terno também azul com uma camisa vermelha florida junto. No canto direito da imagem, temos uma personagem não identificada que é uma rata inteiramente branca de cabelos pretos e boca vermelha. A cena acontece em um ambiente noturno.
Indicados ao Emmy 2022, Tico e Teco estão de volta no novo filme do Disney+ (Foto: Disney+)

Nathan Nunes

Em 1988, o diretor Robert Zemeckis (De Volta para o Futuro, Náufrago) e o lendário animador Richard Williams (Um Conto de Natal) lançaram ao mundo Uma Cilada para Roger Rabbit, filme que fez sucesso ao convencer o público de que humanos poderiam interagir de maneira convincente com personagens de animação. No ano seguinte, a Disney se preparava para estrear em seu canal a série Tico e Teco e os Defensores da Lei, uma revitalização da marca dos dois esquilos – existente desde os anos 40 – em forma de desenho animado, que também gerou bons resultados de audiência para a casa do Mickey. 

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The Beatles: Get Back revela alguns dias na vida de uma das bandas mais famosas do mundo

Cena do documentário The Beatles: Get Back exibe quatro músicos brancos ensaiando um estúdio. À esquerda, vemos um homem, com cabelo comprido e vestindo roupas pretas, cantando em um microfone enquanto toca guitarra, sentado. Ao lado, separado por alguns metros, vemos outro homem com cabelo comprido, que veste uma camisa azul, calça jeans e toca guitarra enquanto está sentado. Em seguida, vemos o baterista da banda, também com cabelo comprido e tocando. Por último, no canto direito, vemos um homem, John Lennon, com cabelo comprido assim como os outros três, tocando piano e sorrindo. Ele usa óculos redondos. Vemos vários microfones ao redor deles e, no fundo do estúdio, uma parede iluminada por diversas cores.
Depois de dirigir um documentário sobre a Primeira Guerra Mundial, Peter Jackson se volta para o mundo da música em Get Back (Foto: Disney+)

Caio Machado

Em 1969, os membros do grupo musical The Beatles se reuniram para a produção do que viria a ser o álbum Let It Be. O cineasta estadunidense Michael Lindsay-Hogg foi chamado para filmar o processo de concepção do disco, o que deu origem ao documentário que leva o mesmo nome do álbum e contém também o famoso espetáculo no terraço, última aparição pública da banda. Mais de 5 décadas depois, foi lançada a série documental The Beatles: Get Back, dirigida e produzida por Peter Jackson (O Hobbit, King Kong), que se aproveita das imagens de arquivo produzidas em 1969 para dar origem a 3 episódios, totalizando aproximadamente 8 horas de duração. 

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Pacificador redime o anti-herói com muito humor ácido, ação e abraços reconfortantes de águias

A imagem é uma cena da abertura da série e mostra o elenco de Pacificador reunido em pose em um estúdio escuro com luzes neon. A câmera os retrata em um ângulo distante e de baixo para cima. Todos usam os trajes da série e permanecem ao fundo. No centro, em destaque, está o Pacificador, interpretado por John Cena. John é um homem branco, alto e musculoso, na casa dos quarenta anos. Ele usa uma calça branca e uma camiseta justa vermelha: seu uniforme. Além disso, usa botas pretas, luvas azuis e um capacete prateado que cobre seus olhos. Ele está com uma expressão séria e carrega em um dos ombros o personagem Judomaster, interpretado por Nhut Le. Nhut tem descendência asiática, uma aparência jovem, é baixo, magro e usa um uniforme inteiramente verde, da cabeça aos pés. Ele também usa um capuz verde sobre a cabeça, que só não cobre a boca e seus olhos. Um pouco a frente dos dois está Eagly, a águia de estimação do Pacificador.
A trilha sonora marcante de Clint Mansell e Kevin Kiner é um dos grandes destaques de Pacificador, que recebeu uma indicação ao Emmy 2022 (Foto: HBO Max)

Mariana Nicastro 

Após décadas de filmes de super-heróis, obras subversivas desse tema nascem como algo novo, diferente das fórmulas surreais representadas sob o véu puro e íntegro das produções Disney. Porém, mais interessante do que assistir à jornada já conhecida de heróis quase perfeitos, de super-homens, é acompanhar o desenvolvimento, conflitos e contrastes de um anti-herói, sem pudor, honra ou valores e objetivos generosos. Afinal, dualidades e fortes conflitos internos os fazem mais humanos e reais.

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Para Andy Warhol, com amor.

Com quatro indicações no Emmy 2022, The Andy Warhol Diaries concorre na categoria de Melhor Série Documental ou de Não-Ficção (Foto: Netflix)

Enzo Caramori

As máquinas têm menos problemas. Eu gostaria de ser uma máquina, e você?                                                                                                                                       – Andy Warhol

Entre retratos formais da teoria da Arte, colunas em páginas de fofoca e imagens em threads explicativas, sempre existiu o dilema de quem era Andy Warhol. Para muitos, a resposta pode ser simples e se resumir nos símbolos que ele construiu a si mesmo – como a famosa e espalhafatosa peruca branca. Essa era a pretensão de um homem que se tornou um ícone, que, diante da mídia, não abria espaço para nada além de uma leitura superficial de sua obra – uma ilustração aparentemente objetiva da sociedade de consumo – e de sua excêntrica personalidade. 

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Adele One Night Only parece com um filme e soa como uma canção

Imagem do show especial de Adele, chamado One Night Only, em Los Angeles. Essa é uma foto retangular. No centro da foto, com um foco mais significativo, temos a cantora britânica Adele segurando um microfone e performando, com grande empenho, uma de suas músicas. Ela é uma mulher de idade mediana, branca, de cabelos longos e loiros e seus olhos são verde claro. Seus cabelos estão presos em um coque volumoso e alto com alguns fios soltos, usando um brinco grande dourado de esfera com um arco grande em volta, simulando o planeta Saturno. Ela veste um vestido preto com uma manga princesa volumosa. Ao fundo, temos uma imagem desfocada da entrada do Observatório Griffith.
Adele celebra o lançamento do álbum 30 com um show especial direto de Los Angeles (Foto: CBS)

Vinícius Rodrigues

Shh Silêncio! Adele começou a cantar e o mundo inteiro está afim de ouvir. Exibido em novembro de 2021, no canal estadunidense CBS, e transmitido simultaneamente no Paramount+, Adele One Night Only contou com a interpretação de clássicos da cantora londrina e canções inéditas de seu quarto álbum de estúdio, 30. A apresentação musical ocorreu em outubro do mesmo ano, no Observatório Griffith, localizado em Los Angeles. Ao mesmo tempo, uma entrevista conduzida por Oprah Winfrey abriu as cortinas para o que seria o show de Adele.

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Star Wars: Visions conta crônicas da Galáxia distante

Cena da série Star Wars: Visions. A imagem mostra um deserto. Há uma nave espacial afundada na areia. A foto é iluminada por luzes alaranjadas, provenientes do pôr do sol. Há dois sóis na imagem. O céu está em degradê, indo do rosa ao amarelo.
O laranja do céu poente do planeta Tatooine tem um diferencial: dois sóis (Foto: Disney+)

Laura Hirata-Vale

Star Wars: Visions, a fascinante nova aposta da Lucasfilm Ltd., possui nove episódios, nove histórias e nove estilos de animação diferentes. Lançada em setembro de 2021, os desenhos vão de traços fortes em preto e branco a traços suaves em cores vivas e cores pastéis, e de episódios musicais e fofos a outros com vários plot-twists. Feita em parceria com sete estúdios produtores, a antologia conta jornadas de novos personagens do universo de Guerra das Estrelas, ao mesmo tempo em que celebra a essência da saga. A obra é um prato cheio que pode apetecer vários gostos.

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Em Nome do Céu mostra que de más intenções o paraíso está cheio

Cena da minissérie Under the Banner of Heaven. Nela vemos duas mesas postas em um quintal aberto. Há dez pessoas alinhadas em um dos lados dessas mesas, porém o foco da imagem está somente na personagem de Daisy Edgar-Jones. Ela é uma mulher branca de cabelos castanhos claros. Daisy aparece somente da cintura para cima e usa uma camisa verde. Ela e os outros estão com a cabeça baixa e as mãos postas, em sinal de oração.
Under the Banner of Heaven é um prato cheio para os entusiastas do gênero investigativo (Foto: FX)

Guilherme Veiga

Shakespeare, em 1600, já dizia que há mais coisas entre o céu e a terra do que sonha nossa vã filosofia, e a frase ainda se faz presente, considerando os questionamentos do ser e do meio em que ele vive. É levando em conta uma dessas questões que Em Nome do Céu, nova aposta da FX no gênero true crime, escondida no catálogo do Star+, se desenvolve.

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Em The Dropout: A História de uma Fraude, achar que nunca poderia falhar foi o ledo engano de Elizabeth Holmes

Cena da série The Dropout. Na imagem está a atriz Amanda Seyfried interpretando Elizabeth Holmes. A atriz está gritando, seus olhos estão semicerrados, a testa franzida e a boca está super aberta, com os dentes à mostra. Seu cabelo loiro está preso em um rabo de cavalo baixo. Conseguimos ver uma de suas orelhas onde há um fone de ouvido branco, sem fio. Podemos ver seu pescoço com as veias saltadas e os dois ombros que vestem uma camiseta branca. Ao fundo está o céu azul.
“O que você escolheria fazer se soubesse que não pode fracassar?” (Foto: Hulu)

Costanza Guerriero

Se você escolhe se esquecer de algumas coisas, isso é o mesmo que mentir? Girando em torno dessa indagação, a minissérie The Dropout: A História de uma Fraude conta a história da fraude da empresária americana Elizabeth Holmes (Amanda Seyfried) e sua startup de biotecnologia, a Theranos. A produção mostra o absurdo do mundo corporativo das startups, ao mesmo passo que satiriza a cultura dos investidores do Vale do Silício. Como cereja do bolo, ainda aponta uma problemática contemporânea muito real, que é a tendência das pessoas acreditarem e apostarem nas aparências, apenas porque as agrada.

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