David Grossman gargalha até doer a barriga em A Vida Brinca Muito Comigo

O Persona também pode esboçar um riso frente ao pranto da vida graças a parceria com a editora Companhia das Letras (Foto: Companhia das Letras/Arte: Ana Cegatti)

Nathalia Tetzner

Sabe aquela pessoa que, quando está calma, os trovões de tempestade podem ser ouvidos ao longe? Que tem o prazer de encher os teus pulmões, mas também sufocá-los? Ela é a perfeita personificação da vida em seu estado mais bruto. Alguns a conhecem precocemente, outros, no tempo certo, e há ainda aqueles que preferem ignorar a sua face áspera e se resumem a dizer “ah, ela é brincalhona assim mesmo”. Na trama de A Vida Brinca Muito Comigo, de David Grossman, três gerações de mulheres procuram digerir as consequências do encontro fúnebre com a origem de tudo.

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The Underground Railroad circunscreve o cruzamento entre o bruto e o sensível

Cena da minissérie The Underground Railroad. A cena mostra dois jovens negros agachados e encostados um no outro. Cora é uma mulher, de cabelo preso num coque e Caesar é um homem de olhos claros, barba e cabelos pretos e veste roupas marrons.
Disputando em 2 importantes categorias na noite principal do Emmy 2021, The Underground Railroad merecia muito mais (Foto: Amazon Prime Video)

Vitor Evangelista

Quando um premiado cineasta decide migrar para as telinhas, é sinal de que sua Arte está em expansão. Não apenas no escopo narrativo, já que a TV abre espaço para histórias volumosas e intrincadas, mas também no campo da linguagem, considerando também que o formato seriado testa limites, que vão desde a criação de personagens e ritmo até sua inevitável conclusão. Por isso, o deleite de assistir Barry Jenkins anunciar seu envolvimento em The Underground Railroad apenas premeditou aquele que seria o trabalho mais coerente, sufocante e crucial de 2021.

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