Persona Entrevista: Gabeu

Nome por trás do fabuloso e singular AGROPOC, o cantor fala sobre as origens de sua Música, parcerias dos sonhos e o papel do sertanejo no mundo de hoje

Arte retangular horizontal de fundo vermelho. No lado esquerdo, foi adicionado o texto
Em mais um conteúdo especial do Mês do Orgulho LGBTQIA+, o Persona recebe o cantor Gabeu, em nossa primeira entrevista no campo da Música (Foto: Gabeu/Arte: Vitória Vulcano)

Raquel Dutra e Vitor Evangelista

Dono de um dos Melhores Discos de 2021, Gabeu tomou conta do ano passado no cenário do queernejo. Como parte do Especial do Mês do Orgulho, o Persona retoma o quadro de entrevistas e inaugura a editoria de conversas musicais para receber a estrela em ascensão, em um papo que viaja de suas raízes no gênero musical até as mais diversas influências que fizeram de AGROPOC, seu trabalho de estreia, um dos destaques musicais mais instigantes e criativos da cena atual. 

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Ataque dos Cães adestra caubói na marra

Cena do filme Ataque dos Cães, mostra o caubói Phil com a mão no pescoço do jovem Peter. Phil é um homem branco, com barba escura e chapéu marrom, ele tem a pele suja. Peter, de costas, tem pele branca e cabelos pretos, e usa uma camisa branca.
Ataque dos Cães é um faroeste psicológico (Foto: Netflix)

Vitor Evangelista

Vinte e um anos atrás, Bronco Henry morreu. Estamos em 1925 e Phil (Benedict Cumberbatch), seu aprendiz, amigo e muito provavelmente amante, ainda não superou essa perda. Sua maneira de lidar com o luto é se tornando um completo babaca, abusivo com o irmão mais jovem e tóxico com seus funcionários do rancho em Montana. Sob a direção sempre alerta e nada ociosa de Jane Campion, a Netflix constrói no íntegro Ataque dos Cães um drama acrônico, atemporal.

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Em Cry Macho: O Caminho para Redenção, Clint Eastwood desmantela o símbolo que já representou um dia

Vemos os personagens Mike e Rafael, interpretados por Clint Eastwood e Eduardo Milett, em uma cena do filme Cry Macho: O caminho para redenção. À esquerda, temos Mike, um homem branco e idoso. Ele veste um chapéu de cowboy, jaqueta marrom, camisa de botões azul claro e calça jeans. Ao seu lado, está Rafael, um adolescente branco, com o tom da pele moreno, cabelos na altura das orelhas e veste uma jaqueta vermelha sobre uma camiseta amarela, além de uma calça bege. Atrás dos dois, vemos um carro grande e laranja.
Clint Eastwood tem uma longa trajetória no Cinema, atuando em mais de 60 filmes e dirigindo mais de 40 (Foto: Warner Bros.)

Gabriel Fonseca

O Cinema sempre contribuiu para a construção de heróis que fizeram parte do imaginário popular. Alguns duraram pouco e outros atravessaram gerações, como é o caso de Clint Eastwood com o seu tipo durão, para os clássicos de faroeste. Conhecendo a imagem que projetou de si mesmo nas telas, o ator e diretor aproveitou mais de uma oportunidade para se desconstruir, ao mesmo tempo em que conta uma bela história.

Em Cry Macho: O Caminho para Redenção, vemos uma versão atualizada dos heróis que protagonizaram o mito de criação dos Estados Unidos, no qual eles são trazidos para o século XX e se mostram mais humanos. O longa também explora um tom leve, pouco trabalhado nos filmes que Eastwood dirigiu e revela que o diretor ainda está aberto a novas experiências, mesmo que não precise inovar a sua forma de contar histórias.

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