Atypical se despede em grande estilo

Cena da série Atypical. Imagem estática. Os quatro personagens estão em um aquário observando os pinguins. No lado esquerdo está Elsa, interpretada por Jennifer Jason Leigh. Ela é uma mulher branca de cabelos loiros presos em um rabo de cavalo. Utiliza uma blusa marrom clara e calças pretas. Está sentada no chão. Ao lado de Elsa está Doug, personagem de Michael Rapaport. Ele é um homem branco de cabelos loiros grisalho. Veste uma blusa de manga comprida cinza e calça jeans azul escuro. Está sentado no chão. A frente de Doug está Sam, interpretado por Keir Gilchrist. Ele é um homem branco de cabelos pretos. Utiliza uma camiseta verde e calça cinza. Tem um headphone em volta de seu pescoço. Está sentado no chão. Do lado de Sam, no canto direito da imagem está Casey, personagem de Brigitte Lundy-Paine. É uma pessoa branca de cabelos castanhos claro e curto na altura do rosto. Veste uma camiseta amarela, e um casaco esportivo azul e branco por cima, está de short preto. Está sentade no chão.
A família Gardner reunida no aquário de Connecticut, onde Sam adotou a pinguim Stumpy (Foto: Netflix)

Andreza Santos

Mais uma grande série da Netflix chega ao fim, e dessa vez a comédia Atypical se despede das telinhas com muita emoção e ternura. Desde 2017, acompanhamos a história de Sam Gardner (Keir Gilchrist, de United States of Tara), um garoto autista com uma família muito amável que cuida dele e o apoia a todo custo. Nas três primeiras temporadas, vimos a forma como Sam vê a vida, o seu amor por pinguins e a evolução de seu espectro através das sessões de terapia com a Dra. Julia (Amy Okuda, de How To Get Away With Murder), sua ouvinte fiel por quem ele sente um amor platônico no início da série.

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A segunda temporada de Legendary fez o que precisava ser feito

Foto promocional de Legendary. No centro está um homem negro, magro de cabelo crespo penteado para cima. Ele veste terno e luvas brancas, com as mãos para cima perto do rosto das mulheres ao seu redor. Na esquerda está uma mulher magra de pele clara e cabelo preto na altura do ombro, e na esquerda uma mulher negra de cabelo liso comprido. Em cima deles estão uma dupla. Um homem negro vestindo terno roxo, óculos brilhante e cabelo liso longo, e uma mulher de pele clara, cabelo castanho e vestido rosa volumoso. O fundo é preto e a iluminarão é arroxeada.
A segunda temporada de Legendary foi indicada a duas categorias no Emmy 2021 (Foto: HBO Max)

Mariana Chagas

Se hoje já não é fácil ser negro, latino e parte da comunidade LGBTQIA+, era muito pior nas ruas dos Estados Unidos nos anos 80. Desrespeitados e segregados, a solidão atormentava o dia a dia desses grupos. Então, de forma política, mas ao mesmo tempo divertida, foi no peito dolorido de um povo tentando transformar sua exclusão em união que surgiu a cultura do ballroom.

Foram nos subúrbios nova-iorquinos que, pela primeira vez, pessoas trans, pretas, latinas e homossexuais tiveram sua existência celebrada em forma de dança. Aos poucos foi se estabelecendo um cenário constituído por regras, estilos e características tão ricas e próprias que até hoje fazem parte desses bailes.

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South Park: The Pandemic Special traz uma sátira agressiva e atual

Cena da série South Park. Na animação, há alguns personagens reunidos em uma quadra de chão marrom. À frente estão três personagens. A primeira personagem é uma menina, veste uma camisa verde, calça azul e possui cabelos longos, com um arco de cabelo desenhado. Ao centro está o personagem Stan Marsh, um menino, utilizando uma touca azul e vermelha, uma blusa marrom e uma calça azul. Ao lado está outro menino, com cabelos de cor marrom, camisa verde e branca e uma calça azul. Todos são crianças brancas e estão utilizando máscaras de cor azul clara.
Indicado ao Emmy 2021, South Park: The Pandemic Special é o primeiro episódio especial da série, que já acumula 24 temporadas (Foto: Comedy Central)

Bruno Andrade

É inevitável: os programas televisivos sempre se saíram bem em capitalizar a vulnerabilidade do telespectador solitário. As tendências são facilmente adaptadas aos quadros das emissoras, e não poderia ser diferente no momento em que todos estão reclusos – ou deveriam estar. Indicado ao Emmy 2021 na categoria de Melhor Programa de Animação, South Park: The Pandemic Special faz história como o primeiro episódio especial da série.

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Muito além do crime: a história de Pedro Dom

Cena da série DOM. Gabriel Leone caracterizado como Pedro Dom em primeiro plano, a imagem se passa em um túnel e é possível ver os faróis dos carros de polícia ao fundo. Leone é um homem branco, de 20 e poucos anos e usa lentes de contato azuis nos olhos, uma touca marrom, uma camiseta vermelha de gola branca e uma jaqueta preta com detalhes brancos por cima. Ele aparece com uma expressão fechada e segura em sua mão uma granada, enquanto usa os dentes para retirar o pino.
O que leva uma pessoa a se envolver com o crime? A arriscar sua vida por um momento de euforia? DOM mostra que, às vezes, não há uma resposta para essa pergunta (Foto: Amazon Prime Video)

Nicole Saraiva

“Loirinho não p****, meu nome é Pedro Dom”

A história do bandido gato inimigo número um do Rio de Janeiro foi curta, mas fez muito sucesso nas manchetes brasileiras no começo dos anos 2000. Pedro Machado Lomba Neto e sua gangue foram conhecidos e temidos por conta de assaltos realizados em edifícios de luxo e esquemas de corrupção policial na zona nobre fluminense. O conhecido como Pedro Dom também sofria com o vício em drogas desde muito novo, tendo passado por diversas internações ao longo de seus 23 anos de vida, fato que é abordado durante o desenvolvimento do personagem na nova produção nacional do Amazon Prime Video, DOM.

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Framing Britney Spears: A Vida de uma Estrela provoca comoção e revolta pela princesa do pop

Foto de fãs de Britney Spears. Eles vestem moletons pretos com um desenho dela e o nome do movimento: Free Britney. Os fãs também seguram cartazes rosas com fotos da cantora branca e loira, além de mensagens de apoio como: Britney Spears é um ser humano.
Manifestação de fãs pelo movimento #FreeBritney, tema central do documentário que concorre ao Emmy 2021 como Melhor Montagem em Programa de Não-Ficção, com os montadores Geoff O’Brien e Pierre Takal (Foto: Chris Pizzello/AP)

Nathalia Tetzner

Se a Indústria do Entretenimento ainda é um ambiente de extrema misoginia para as mulheres, imagine para uma jovem cantora em ascensão na era das boybands no final dos anos 90. Essa é a reflexão que o documentário Framing Britney Spears: A Vida de uma Estrela propõe sobre a carreira marcada por sucessos e turbulências da princesa do pop. Aqui narrada por fontes diversas como: amigos próximos, editores culturais, paparazzi, advogados e fãs. A proposta assinada pela diretora Samantha Stark tenta explicar para o público o movimento #FreeBritney (#LiberteABritney), inicialmente eclodido entre os seguidores da artista e que passou a ganhar notoriedade pela mídia.

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Young Royals: o romance queer chega na realeza causando um escândalo

Cena da série Young Royals, na imagem está o casal de protagonistas, Wilhelm interpretado por Edwin Ryding e Simon, interpretado por Omar Rudberg. Wilhelm tem a pele branca, seus cabelos são curtos e lisos e de tons loiro escuro, veste o uniforme de Hillerska um blazer vinho, camiseta branca e gravata. Simon é negro claro, seus cabelos são curtos e ondulados de tons castanho escuro, também veste o uniforme Hillerska, um veste blazer vinho, camiseta branca e gravata, a imagem não mostra calças. Os dois estão em um quase beijo, com seus lábios próximos e entreabertos. A imagem tem tons roxos azuis cintilantes sobre eles
Ao longos dos 6 episódios, a química eletrizante do casal de Young Royals deixa todos de queixos caídos e coração quentinho (Foto: Netflix)

Thuani Barbosa

Escândalos na realeza, desde uso de drogas, romances escondidos, crises financeiras e familiares até preconceito e morte. Todas essas vertentes você vai ver em Young Royals, o novo romance LGBTQIA+ queridinho da Netflix. Seguindo a linha de raciocínio de outros seriados como The Crown, a obra mostra o lado difícil de ser parte da monarquia e, ainda assim, nos contempla com a aventura da adolescência muito similar a Elite. Dever, status, lealdade e amor é tudo que esperamos do romance sueco. 

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O Método Kominsky: a festa da salsicha se despede em tom de tristeza

Cena da série O Método Kominsky. Nela, vemos Sandy, papel de Michael Douglas, frente a um púlpito, discursando no velório de Norman. Sandy é idoso, branco, tem um topete grisalho e usa terno preto. Ao fundo, vemos um cartaz com a foto de Norman.
A terceira temporada de O Método Kominsky recebeu 6 nomeações ao Emmy 2021 (Foto: Netflix)

Vitor Evangelista

A terceira temporada de O Método Kominsky, sucesso moderado da Netflix, recebeu a função de finalizar sua curta rodagem pela TV, além de lidar com a saída prematura de um dos protagonistas do elenco. Quando foi noticiado que o boa praça Alan Arkin não retornaria para o papel do pungente Norman, o seriado criado por Chuck Lorre pareceu ter recebido um golpe inesperado. Sem rodeios, é esclarecido que o vovô morreu e que seu melhor amigo, o cafajeste Sandy Kominsky, vai precisar lidar com o luto cru.

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As Manhãs de Setembro em um país ensinado a odiar minorias

Cena da série “Manhãs de Setembro”. Na imagem, a personagem Leide na esquerda, usando uma jaqueta jeans branca, blusa azul e batom vermelho. Seu cabelo está preso e sua expressão é de emoção, olhando para frente. Está sentada de braços cruzados. No meio, o personagem Gersinho, negro, de baixa estatura, usando blusa de frio aberta preta, blusa azul marinho e olhando para frente. Na direita, a personagem Cassandra. Negra, usando um casaco de lã laranja, blusa marrom, óculos e com expressão de emoção, também olhando para a frente. O ambiente é uma sala de aula.
Manhãs de Setembro brinca com a complexidade do conceito de família e emociona com elenco competente (Foto: Amazon Prime Vídeo)

Giovanne Ramos

Estamos no país que mais mata transexuais e travestis no mundo. De acordo com um relatório anual publicado pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais do Brasil (ANTRA), o país teve um total de 175 pessoas transexuais assassinadas em 2020. Esse número equivale a uma morte a cada dois dias, de vítimas que eram mulheres trans/travestis, em sua maioria negras, pobres e prostitutas. E não, Manhãs de Setembro não retrata a realidade de uma estatística, pelo contrário, a série nos permite vivenciar um drama que foge dessas fatalidades, mas sem esconder a dura realidade do que é pertencer a esse recorte num país como o Brasil.

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Ainda bem que Drag Race España é uma palhaçada sem fim

Cena de Drag Race España. Nela, vemos Carmen Farala com a coroa. Ela é uma drag queen branca, usa uma peruca castanha molhada e sorri, com a mão na cabeça, segurando a Coroa.
Com 3 vitórias e nenhuma aparição no Bottom 2, Carmen Farala se sagrou uma das vencedoras mais absolutas da mitologia do show (Foto: World of Wonder)

Vitor Evangelista

No ano em que a franquia Drag Race não tira nem uma mísera semana de folga, o número exorbitante de temporadas pode enfraquecer a marca, ou simplesmente levá-la à exaustão do público. Entre as corridas “mais importantes” (a americana e o All Stars), estreou Drag Race España, a primeira leva de capítulos em espanhol de DR. No fim das contas, o que a season teve de baixo orçamento, ela compensou no fator divertimento.

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Elize Matsunaga: Era Uma Vez Um Crime e a tentativa de justificar um homicídio

Aviso: o texto a seguir apresenta conteúdo violento que pode servir de gatilho a alguns leitores.

Cena da série documental Elize Matsunaga: Era uma vez um crime. Na imagem encontra-se Elize, uma mulher branca de cabelos lisos e loiros, ela está com o olhar de lado e com uma expressão ríspida. Usa um vestido preto decotado e de mangas curtas. Ao fundo está uma floresta desfocada.
O caso da morte de Marcos Matsunaga é revisitado na nova série documental do Netflix (Foto: Netflix)

Ma Ferreira

Em 2012, o empresário Marcos Matsunaga foi morto e esquartejado por sua esposa, Elize Matsunaga. O crime recebeu muito apelo midiático na época e ficou conhecido como Caso Yoki, por conta da empresa alimentícia coordenada por Marcos, que também era herdeiro. Na série investigativa Elize Matsunaga: Era Uma Vez Um Crime, da Netflix, Elize fala pela primeira vez à uma reportagem a sua versão dos fatos. A produção entrevista amigos do casal, jornalistas que acompanharam o desenrolar das investigações e do julgamento, os advogados, o promotor e o delegado do caso. 

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