Vessel: 10 anos do crepúsculo violento e alvorecer quieto de Twenty One Pilots

Foto do duo Twenty One pilots. Nela temos, da esquerda para direita, Josh Dun, um homem branco de barba preta e Tyler Joseph, um homem branco de cabelos pretos com luzes loiras. Os dois usam um moletom preto de esqueleto, enquanto Josh usa uma bermuda preta e um boné branco, e Tyler uma calça preta. Eles estão em um sofá amarelo e Tyler está apoiando seu rosto na mão esquerda, enquanto Josh olha para o lado esquerdo de braços cruzados.
Em uma estética a lá memento mori, as roupas de esqueletos foram um dos uniformes da era, nos lembrando de nossa mortalidade (Foto: Instagram/@twentyonepilots)

Guilherme Veiga

Lá em 2011, um grupo de Ohio passava por uma reformulação e almejava ser, na melhor das hipóteses, regional. O que não se esperava era que, dois anos depois, a banda envelheceria tão bem e se lançaria de forma tão contundente no cenário do mainstream alternativo. Agora um duo, os inseguros Tyler Joseph e Josh Dun assinavam seu primeiro contrato profissional como Twenty One Pilots, com a Fueled By Ramen, que hoje é responsável por nomes como Young The Giant e Paramore.

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One of the Boys: 15 anos desde que Katy Perry se infiltrou entre os garotos para deixar a sua marca

Capa do álbum One of the Boys de Katy Perry. Na imagem, ela aparece deitada sobre uma esteira de descanso. Perry é uma mulher branca de cabelos escuros e olhos claros. A cantora está com uma das mãos apoiadas na esteira enquanto leva um óculos de sol à boca com a outra. Katy Perry veste um shorts jeans azul, um top vermelho com detalhes em branco, sandálias vermelhas e um chapéu azul. Ao fundo, o cenário é composto por um gramado repleto de flores e decorações como um flamingo e uma vitrola na cor rosa. Há também um cercado branco e um céu azul repleto de nuvens brancas. Na parte superior da arte de capa, o nome “Katy Perry” aparece estilizado e destacado em rosa e branco. Já na parte inferior, o nome do disco “One of the Boys” está escrito em letra cursiva azulada.
Em 2008, o lançamento de One of the Boys trouxe Katy Perry ao mundo (Foto: Capitol Records)

Nathalia Tetzner

Ela não gritou quando viu uma aranha assustadora e escolheu os acordes da guitarra em troca das sapatilhas de balé, mas dentro dela sempre existiu um desejo oculto: o de se tornar uma musa pin-up, daquelas que os meninos colecionam posters. Então, começou a ler revistas para adolescentes e a depilar as pernas na tentativa de se tornar a rainha do baile de alguém. Ainda assim, ela continuou invisível para eles. Há 15 anos, o álbum One of the Boys dava luz a Katy Perry, essa jovem que procurava incessantemente o seu lugar no mundo e que não teve outra escolha a não ser se infiltrar entre os garotos para deixar a sua marca.

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Treta revela que a paz interior é mais uma jornada do que um destino

Cena da série Treta. Nela estão os dois personagens principais interpretados pelos atores asiáticos americanos Steven Yeun e Ali Wong. Um está à frente do outro enquanto se olham em desafio. Ao fundo uma casa bem ornamentada com uma obra de arte pendurada ao centro. Steven, que interpreta Danny Cho, está segurando uma taça de champanhe enquanto veste uma camisa preta. Ali Wong está com um macacão branco e cabelos na altura do queixo olhando para cima.
Steven Yeun tranquilizou Ali Wong antes das filmagens de Treta, dizendo que sabia tanto quanto ela; a atriz supôs que, sem isso, talvez não tivesse sido capaz de se apresentar como fez (Foto: A24)

Henrique Marinhos

Treta, como comédia dramática, beira ou até ultrapassa o humor ácido ao acompanhar um surto de raiva no trânsito entre duas pessoas, que acabam deixando isso tomar conta de suas vidas. Criada pelo hilário Lee Sung Jin (Thunderbolts) e produzida pela A24, uma das produtoras mais aclamadas do Cinema independente norte-americano, a obra reúne os talentosos Steven Yeun (Minari – Em Busca da Felicidade) e Ali Wong (Aves de Rapina: Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa), protagonistas e produtores executivos que, durante as filmagens, elogiaram um ao outro por seu senso de humor e atuação.

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Com pai e filho reunidos, a 3ª temporada de The Mandalorian segue O Caminho para o Emmy

Cena da terceira temporada da série The Mandalorian na qual Grogu e Din Djarin estão juntos na nave do Mandaloriano. Grogu está em seus braços, atento a tudo o que está acontecendo, enquanto o mais velho adormece durante a viagem que estão fazendo.
Após dois anos de muita espera, a terceira temporada de The Mandalorian chegou ao Disney+ desafiando a memória dos fãs a relembrarem os acontecimentos anteriores (Foto: Lucasfilm)

Gabriela Bita

Com um começo lento, mas intrigante, e um final explosivo, a terceira temporada de The Mandalorian apresenta força suficiente para, assim como as anteriores, concorrer ao Emmy de 2023. Contando com uma produção visual de tirar o fôlego, os oito novos episódios apresentam um foco diferente — mas muito bem explorado e desenvolvido — do observado anteriormente, o que pode causar um estranhamento inicial para os admiradores da história. Nessa nova fase, continuamos a ser presenteados com a fofura de Grogu e partimos com ele e seu mentor em busca da redenção do Mandaloriano nas minas de seu planeta natal.

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Mesmo após 15 anos, Breaking Bad tem a combinação química que explode em sucesso

 Foto com fundo em um deserto com céu azul. Ao centro, o personagem Walter White, um homem branco de cabelos castanhos e bigode, veste uma camisa verde, óculos de grau, uma cueca branca, tênis marrom e meia preta. Ele está segurando uma pistola. Do lado esquerdo, um trailer branco saindo fumaça vermelha. Do lado direito, uma máscara de gás preta jogada no chão.
O legado de Heisenberg corrói com ácido fluorídrico a natureza humana (Foto: Sony Pictures Television)

Leticia Stradiotto

Cidade de Albuquerque, Novo México. To’hajiilee, uma reserva indigena em Navajo. Um trailer parado no meio do deserto. Um homem de meia idade vestindo apenas uma cueca branca, uma camisa verde e uma máscara de gás. Assim, há 15 anos, Breaking Bad nos apresentou ao primeiro laboratório de metanfetamina de Walter White, o falido professor de química do Ensino Médio, que acabou de ser diagnosticado com câncer terminal.

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Do interior à metrópole, Marina Sena se arrisca com Vício Inerente

Capa do álbum Vício Inerente. Nela está a cantora Marina Sena sentada ao meio em uma estrutura reflexiva metálica que aparenta ser uma caixa com fundo de uma cidade. Ela está com meias longas pretas sentada acima de suas panturrilhas. Enquanto segura uma concha brilhante em seus ouvidos, seus cabelos longos e pretos aparentam movimento esvoaçante e sua pele clara é iluminada por sua maquiagem. Em seu rosto está marcado uma sombra prateada em seus olhos fechados. Acima à esquerda o símbolo MS que nomeia a artista.
Marina Sena participou do projeto Foundry do YouTube Music em 2021, focado em impulsionar e divulgar artistas no começo da carreira (Foto: Sony Music)

Henrique Marinhos

Em seu segundo álbum, Vício Inerente, Marina Sena apresenta uma evolução em relação ao seu álbum de estreia, De Primeira, que fez tanto barulho no cenário brasileiro em 2021. Com influências de gêneros como reggaeton, drill, trap e funk, a artista experimenta novas sonoridades e se arrisca em texturas eletrônicas, resultado de uma colaboração estreita com seu produtor Iuri Rio Branco, que a acompanha desde o início. Aqui, a cantora apresenta um som mais maduro e coeso, consolidando sua posição no cenário pop nacional.

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15 anos de Sex and the City – O Filme e o magnificente par de Manolo Blahnik de Carrie Bradshaw

Cena de Sex and the City - O Filme. Da direita para a esquerda vemos Charlotte York (Kristin Davis), uma mulher branca, de cabelo castanho liso, vestindo um vestido branco com margaridas estampadas. Ao seu lado temos Carrie Bradshaw (Sarah Jessica Parker), uma mulher branca, loira, vestindo um vestido branco com estampas de rosas. Ao meio está Samantha Jones (Kim Cattrall), uma mulher branca, loira, usando óculos de sol e um blazer amarelo. Por último, Miranda Hobbes (Cynthia Nixon), uma mulher branca e ruiva, vestindo um vestido branco com detalhes pretos.As personagens estão dentro de um leilão de jóias, encarando um anel.
Lançado em 2008, Sex and the City – O filme motivou inúmeros jovens a seguir seu próprio sonho em Manhattan (Foto: HBO)

Ludmila Henrique

Em 1998, o seriado de Sex and the City regressou às telinhas norte-americanas e, em poucos minutos de exibição, metamorfoseou toda a próxima geração de dramaturgias dos anos 2000. O impacto de quatro mulheres com personalidades opostas, falando abertamente sobre sexo e seus relacionamentos complicados, estava fortemente vinculado com a nova linhagem de jovens adultos que procuravam incessantemente realizar seus propósitos profissionais na atribulada e glamurosa cidade de Nova York. O sucesso na Televisão foi tão grandioso e aceito pelo público que, após o encerramento de suas gravações, o roteiro de um filme sequencial da série havia sido confirmado, este que, há 15 anos, foi eternizado pelo olhar do cineasta Michael Patrick King. 

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Aprendendo com seus acertos, a 2ª temporada de Abbott Elementary ensina a fazer comédia

Cena de Abbott Elementary. Nela vemos a personagem de Quinta Brunson, Janine, uma mulher negra, adulta, de cabelo cacheado. Janine usa uma camiseta branca com um personagem de um notebook, com olhos e braços. Janine está sorrindo e com a mão direita na cintura. Ela está na biblioteca da escola e ao fundo, há um gráfico verde e ao lado, uma foto do Elon Musk, com sua então esposa na época, Grimes, porém, na imagem a foto está cortada.
A carreira da showrunner Quinta Brunson começou quando ela viralizou com uma série de vídeos em seu Instagram enquanto ainda era funcionária de uma loja da Apple (Foto: ABC)

Guilherme Veiga

Se existe uma coisa que é intrínseca à grande parcela de nós, é a escola. Presente em uma parte considerável de nossas vidas, é nela que desenvolvemos a totalidade de quem somos. Dos professores que amamos aos que odiamos, dos amigos que duram para a vida inteira aos que nos despedimos a cada formatura, dos discursos de ‘vocês são a pior sala da escola’ às provas aparentemente impossíveis de ciências para a época; sem dúvidas, aquele ambiente quase que fabril a lá Tempos Modernos, das filas, do hino nacional antes da aula e das decorebas de fórmulas, é um dos grandes responsáveis por nos moldar.

Um ambiente tão factível também é uma faca de dois gumes nas telas. Se, por um lado, a representatividade é quase instantânea – vide os corredores das séries teen da Nickelodeon como ICarly e Victorious ou as aulas da Srta. Morello em Todo Mundo Odeia o Chris -, por outro, é extremamente complicado ir além dessa visão comum de tantos. Porém, é exatamente esse desafio que Abbott Elementary, o novo e já queridinho nome das sitcoms, se propõe.

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Em As Primas, amor, Arte e violência se misturam na Argentina dos anos 1940

Aurora Venturini e seu livro As Primas venceram o prêmio Nueva Novela, do jornal Página/12, pelo qual a autora, enfim, foi premiada por “um júri honesto” (Foto: Fósforo/Arte: Vitória Vulcano)

Henrique Marinhos

As Primas é um romance de formação, que narra a irmandade das primas Yuna, Petra e Carina, que crescem em uma família disfuncional e marginalizada na cidade argentina de La Plata, nos anos 1940. Publicada originalmente em 2007, quando Aurora Venturini tinha 85 anos, a obra recebeu vários prêmios literários na Argentina e no exterior. Destacando-se pela linguagem radical e excêntrica, que mistura diferentes registros, gírias, estrangeirismos, neologismos, erros gramaticais e ortográficos, criando um estilo único, original e cativante, o trabalho foi a leitura do Clube do Livro do Persona em Março de 2023.

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O que aconteceu com o brilho da Garota Radiante?

Cena do filme A Garota Radiante. A atriz francesa Rebecca Marder aparece no centro da imagem, e é uma jovem de pele clara, cabelos castanhos e olhos claros; ela usa uma blusa marrom e um casaco azul. Atrás da atriz, existe um caminho de árvores desfocadas.
Irène queria uma coisa: brilhar nos palcos dos teatros (Foto: Pandora Filmes)

Laura Hirata-Vale

Em um tom alegre e cheio de espírito, A Garota Radiante (2021) retrata a história de Irène (Rebecca Marder), uma adolescente apaixonada por Teatro. Dirigido e roteirizado por Sandrine Kiberlain, o longa francês é ambientado no ano de 1942 e mostra como é a vida de uma família judia, expondo, pouco a pouco, as proibições e os impedimentos impostos pelo nazismo. O filme é leve, divertido, mas traz em seus detalhes e entrelinhas o terror da época, que assusta, de uma forma ou de outra, o espectador, alertando-o do que pode estar por vir. 

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