Do interior à metrópole, Marina Sena se arrisca com Vício Inerente

Capa do álbum Vício Inerente. Nela está a cantora Marina Sena sentada ao meio em uma estrutura reflexiva metálica que aparenta ser uma caixa com fundo de uma cidade. Ela está com meias longas pretas sentada acima de suas panturrilhas. Enquanto segura uma concha brilhante em seus ouvidos, seus cabelos longos e pretos aparentam movimento esvoaçante e sua pele clara é iluminada por sua maquiagem. Em seu rosto está marcado uma sombra prateada em seus olhos fechados. Acima à esquerda o símbolo MS que nomeia a artista.
Marina Sena participou do projeto Foundry do YouTube Music em 2021, focado em impulsionar e divulgar artistas no começo da carreira (Foto: Sony Music)

Henrique Marinhos

Em seu segundo álbum, Vício Inerente, Marina Sena apresenta uma evolução em relação ao seu álbum de estreia, De Primeira, que fez tanto barulho no cenário brasileiro em 2021. Com influências de gêneros como reggaeton, drill, trap e funk, a artista experimenta novas sonoridades e se arrisca em texturas eletrônicas, resultado de uma colaboração estreita com seu produtor Iuri Rio Branco, que a acompanha desde o início. Aqui, a cantora apresenta um som mais maduro e coeso, consolidando sua posição no cenário pop nacional.

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Third, do Portishead, foi escrito para mim

Adriano Arrigo

O trio inglês Portishead foi achado em um momento de transição quando eu tinha, mais ou menos, 18 anos. Minha transição foi religiosa. A típica frase “minha religião não permite” era bem clara para mim, mas isso não deixava que eu tivesse no meu Winamp hits como “Glory Box”, “It Could be Sweet” e “Roads”. Por incrível que pareça, esta última me foi apresentada por um menino neopentecostal. Os primeiros toques pesados e melancólicos de Beth Gibbons cantando Oh, can’t anybody see?” já eram o suficiente para cultivar uma melancolia que eu fazia ligação com o que me acontecia naquele momento. Mas ao final, eu nem sabia exatamente sobre que ela estava falando.

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