King Richard: o manual para criar campeãs

Cena do filme King Richard: Criando Campeãs, na imagem estão Jon Bernthal (Rick Macci), Will Smith (Richard), Saniyya Sidney (Venus) e Demi Singleton (Serena). Rick tem a pele branca, seus cabelos são curtos e lisos e de tons castanho escuro, veste uma bermuda branca curta, camisa polo azul escura com detalhes brancos e vermelhos e segura uma raquete. Richard é negro, tem barba grisalha, seus cabelos são curtos, crespos e grisalhos, veste camisa polo rosa, bermuda vermelha, meias brancas longas e tênis esportivo. Venus é negra, seus cabelos são pretos, médios, crespos e enrolados em pequenos twistys, veste uma camisa branca, short com listras vermelhas e brancas. Serena é negra, seus cabelos são pretos, curtos e tranças nagô, veste uma camisa branca, short com listras amarelas e brancas. Eles estão em uma quadra de tênis.
King Richard: Criando Campeãs disputa 6 categorias do Oscar 2022 (Foto: Warner Bros. Pictures)

Nathalia Tetzner e Thuani Barbosa

“Se você fracassar em planejar, planeje-se para o fracasso”. Richard Williams começou o planejamento do sucesso para suas filhas dois anos antes delas nascerem, e se fosse necessário resumi-lo em uma palavra, seria “determinação”. King Richard: Criando Campeãs foi produzido pela Warner Bros. Pictures, e chegou às salas de cinema e ao HBO Max no final de 2021. O filme biográfico sobre o pai de Venus e Serena Williams, grandes sucessos do tênis, proporciona ao público a chance de entender como uma família do subúrbio de Compton conseguiu produzir duas das maiores jogadoras de um esporte ainda tão elitista. De olho no Oscar 2022, a obra garantiu indicações nas principais categorias, incluindo Melhor Filme e Melhor Ator.

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As Melhores Séries de 2021

Arte retangular na cor laranja escuro. No canto superior direito está escrito em branco “as melhores séries de 2021”. No lado inferior esquerdo, vemos uma foto em preto e branco da personagem Monica Rambeau, da série WandaVision, com borda de cor laranja seguindo a silhueta da imagem. Há também, no canto inferior esquerdo desta foto, um gif em loop com três círculos surgindo um a um. No lado superior esquerdo, vemos uma foto em preto e branco da personagem Angel, da série Pose, com borda de cor laranja pastel seguindo a silhueta da imagem. Há também, no lado esquerdo desta foto, um gif em loop com três linhas se deslocando. Ao centro da imagem, vemos uma foto em preto e branco da personagem Mabel Mora, da série Only Murders in the Building, com borda de cor laranja claro seguindo a silhueta da imagem. Há também, no lado superior direito desta foto, um gif em loop com três pontos de interrogação surgindo um a um. No canto inferior direito há o logo do Persona, um olho com a íris de cor laranja pastel.
Entre o melhor da TV em 2021, tivemos as estreias de WandaVision e Only Murders in the Building e o fim de Pose (GIF: Reprodução/Arte: Ana Clara Abbate/Texto de Abertura: Vitor Evangelista)

Não há maneira de iniciar uma lista que compila a nata de 2021 sem antes reconhecer o impacto da pandemia nas produções televisivas. Ainda lidando com os efeitos de atrasos, adiamentos e cancelamentos, a TV mundial se uniu ao redor dos heróis da Marvel no Disney+, das complexas famílias da HBO e, claro, de todo e qualquer original Netflix

Por isso, não se assuste ao ler sobre a expansão dos Vingadores para as telinhas, com a campeã de citações WandaVision, nem com a astúcia de Kate Winslet no papel de uma policial com bastante a resolver, muito menos com as desventuras da puberdade que continuam excitando os personagens de Sex Education. Para esse ano que passou, o Persona aboliu as listas individuais. 

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Quem sintoniza na rádio 103.5 Dawn FM aproveita a passagem pelo purgatório ao lado do vovô The Weeknd

Capa do álbum Dawn FM de The Weeknd. O cantor de pele negra e olhos escuros aparece envelhecido enquanto olha profundamente para a lente da câmera. O seu cabelo e barba grisalhos se destacam no fundo preto, em que uma luz fraca parece o iluminar por trás.
Viciado em surpreender o público com as artes de seus álbuns, a versão envelhecida de The Weeknd estampa a capa do Dawn FM (Foto: Matilda Finn)

Nathalia Tetzner

Depois de uma noite muito louca em Las Vegas, onde arrebentou o rosto e apareceu enfaixado após cirurgias plásticas que o desfiguraram, The Weeknd está de volta com uma nova face. De narrativas fictícias elaboradas para os seus projetos, ele já mostrou que entende. Mais uma vez, não foi só a sua caracterização que sofreu uma grande mudança, mas a sua sonoridade também. O seu quinto álbum de estúdio, Dawn FM (2022), transmite uma estação de rádio EDM no purgatório.

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Os M’s de Maid: maternidade, machismo e meritocracia

Cena da série Maid, na imagem Alex e Maddy passeiam por uma floresta. A mãe branca e de cabelo preto veste um colete de tom roxo escuro por cima de uma blusa de manga comprida no tom azul escuro. Ela também usa um gorro azul enquanto carrega a sua filha no ombro. A criança tem a pele branca e o cabelo loiro, ela veste uma jaqueta cinza com estampa infantil acompanhada de um suéter amarelo mostarda
Em entrevista, Margaret Qualley falou sobre como foi importante passar tempo com Riley além do momento das gravações, para que conseguissem capturar uma essência mais autêntica como mãe e filha (Foto: Netflix)

Nathalia Tetzner e Thuani Barbosa

Retratando um cenário particular que reflete as diferentes realidades da maternidade, Maid exibe com fidelidade o machismo e a falta de oportunidade vivenciada por mães que sofrem com algum tipo de violência. A minissérie original da Netflix estreou arrebatando emoções e nos obrigando a preparar os lencinhos. Jovem, Alex (Margaret Qualley) larga os estudos e o sonho de ser escritora para cuidar da filha Maddy (Rylea Nevaeh Whittet), mal sabendo que no futuro, o conjunto de registros realizados durante o seu trabalho como faxineira a salvariam. 

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Starboy: há 5 anos, The Weeknd se consagrava como uma potência do pop

Capa do álbum Starboy de The Weeknd. O cantor de pele negra e cabelo curto está em uma pose agachada, ele veste uma jaqueta de couro e um colar de cruz enquanto é iluminado por uma luz neon de tom azul em frente a um fundo vermelho. Na parte superior da imagem, o nome do álbum, Starboy, é escrito em fonte amarela.
A revelação da capa de Starboy causou um alvoroço pela mudança brusca na identidade visual de The Weeknd (Foto: Nabil Elderkin)

Nathalia Tetzner

Quando The Weeknd apareceu com o cabelo curto substituindo os seus icônicos dreadlocks, os fãs sabiam que a construção de uma nova identidade visual viria acompanhada de músicas inéditas. Afinal, ao contrário da grande parte dos artistas masculinos, Abel Tesfaye sempre soube compor grandes eras à la divas pop. Assim, no outono americano, com o lançamento do videoclipe do primeiro single e faixa-título do seu terceiro álbum de estúdio, Starboy (2016), o cantor literalmente assassinou a persona do Beauty Behind The Madness (2015) e deu início ao projeto mais mainstream de sua carreira.

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Controlling Britney Spears: Em Busca de Liberdade e o abuso tutelar que faz vítimas como a princesa do pop

Foto de Britney Spears acompanhada do seu antigo chefe de segurança Edan Yemini. A cantora branca e loira veste preto enquanto sorri. Edan, um homem branco e careca, está posicionado atrás dela, ele usa uma camisa branca com terno e gravata pretos.
Britney Spears era vigiada a todo momento pela empresa Black Box Security, contratada pelo seu pai, e até então tutor, Jamie Spears (Foto: Getty Images)

Nathalia Tetzner

Submetida a uma tutela pelos últimos treze anos, Controlling Britney Spears: Em Busca de Liberdade coloca nos holofotes os bastidores da estrutura que comandou a vida da princesa do pop por todo esse tempo. Com a ajuda de novos documentos e testemunhas, a sequência de Framing Britney Spears: A Vida de uma Estrela transcende a exposição do caso e mergulha na investigação de um suposto abuso tutelar. 

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Em Marginal Alado, os dias de luta e glória de Chorão ganham um lugar ao Sol

Foto de Chorão. Ele, um homem branco, cruza os braços enquanto exibe as suas tatuagens. Uma delas escreve “marginal alado”, nome do documentário sobre sua vida.
“O fato de eu ter tatuado em mim, no meu braço, “marginal”, não quer dizer que eu sou um marginal que faz várias fitas, que assalta os outros, não. Quer dizer que eu estou à margem de muita coisa que eu acho que é hipócrita, que é mentirosa”, disse Chorão durante um show (Foto: Roberto Selton)

Nathalia Tetzner

“O Chorão era tipo uma carreta, com um monte de problema que ele ia carregando, está ligado? De várias pessoas, assim. Nessa carreta, velho, cheia de problema, eu não sei se sobrava espaço para os dele, velho”. A declaração de Glauco Veloso, a quem o músico ajudou a ser liberto da prisão, resume a narrativa sobre os dias de luta e glória do vocalista da banda Charlie Brown Jr., presente no documentário Chorão: Marginal Alado. Esse tipo de apelo emocional faz o espectador desconsiderar os defeitos técnicos da direção de Felipe Novaes, que acabou se perdendo na riqueza dos arquivos pessoais disponibilizados pela equipe de Alexandre Magno Abrão.

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Framing Britney Spears: A Vida de uma Estrela provoca comoção e revolta pela princesa do pop

Foto de fãs de Britney Spears. Eles vestem moletons pretos com um desenho dela e o nome do movimento: Free Britney. Os fãs também seguram cartazes rosas com fotos da cantora branca e loira, além de mensagens de apoio como: Britney Spears é um ser humano.
Manifestação de fãs pelo movimento #FreeBritney, tema central do documentário que concorre ao Emmy 2021 como Melhor Montagem em Programa de Não-Ficção, com os montadores Geoff O’Brien e Pierre Takal (Foto: Chris Pizzello/AP)

Nathalia Tetzner

Se a Indústria do Entretenimento ainda é um ambiente de extrema misoginia para as mulheres, imagine para uma jovem cantora em ascensão na era das boybands no final dos anos 90. Essa é a reflexão que o documentário Framing Britney Spears: A Vida de uma Estrela propõe sobre a carreira marcada por sucessos e turbulências da princesa do pop. Aqui narrada por fontes diversas como: amigos próximos, editores culturais, paparazzi, advogados e fãs. A proposta assinada pela diretora Samantha Stark tenta explicar para o público o movimento #FreeBritney (#LiberteABritney), inicialmente eclodido entre os seguidores da artista e que passou a ganhar notoriedade pela mídia.

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