“Não é o que o mundo tem pra você, é o que você traz ao mundo” (Foto: Netflix)
Júlia Caroline Fonte
“Grandes palavras são necessárias para expressar grandes ideias”. A frase de Anne Shirley Cuthbert descreve de maneira certeira o impacto que sua história causou ao longo de 5 anos desde o seu lançamento. A série canadense da Netflix, Anne with an E, teve sua estreia em 2017, e ainda hoje se destaca por ser a adaptação mais corajosa da obra de L. M. Montgomery. Essa nova versão, inspirada na série de livros Anne de Green Gables, conseguiu se adequar aos temas atuais de forma leve e encantadora, tanto em sua história quanto em seu visual.
Acompanhar a vida do quarteto na transição entre a adolescência e a vida adulta é uma amável viagem entre as diferenças, surpresas e estranhezas (Foto: HBO Max)
Monique Marquesini
Apostando em novos rumos para os seriados nas telas, deixando o Ensino Médio de lado, a nova comédia do HBO Max explora o período da faculdade.A Vida Sexual das Universitárias (The Sex Lives of College Girls), lançada em novembro de 2021 e criada por Mindy Kaling e Justin Noble, é marcada por um diferencial que a torna especial: expor as adversidades desse novo ciclo sem desviar de questões cotidianas da juventude. A série acompanha quatro calouras – Kimberly (Pauline Chalamet), Whitney (Alyah Chanelle Scott), Bela (Amrit Kaur) e Leighton (Reneé Rapp) –na importanteEssex College, onde elas buscam mudanças para suas vidas.
A união entre Miyagi-Do e Eagle Fang marca o encerramento das brigas entre dojos, ou melhor, abre espaço para novas rivalidades (Foto: Netflix)
Ludmila Henrique
As pessoas definem o passado como um acontecimento deixado para trás, um evento constituído por esquecimentos perdidos e, outras vezes, encarregado de voltas eternas às mesmas memórias. A nostalgia presente nele é recorrente em diálogos sobre o primeiro beijo, desavenças no período escolar, ouvir pela primeira vez um solo de guitarra durante um show de rock, ou talvez, o dia do baile de formatura. Outrora, para certas almas, o passado se encontra incorporado em uma pessoa, e às vezes, em um lugar. Em Cobra Kai, após 32 anos das finais do campeonato All Valley de karatê, os destinos de Johnny Lawrence (William Zabka) e Daniel Larusso (Ralph Macchio) se esbarram novamente nos tatames do torneio. Mas dessa vez, unidos como aliados.
Estrelada e produzida por Michael Keaton, a minissérie conseguiu 3 indicações ao Globo de Ouro, incluindo a vitória em Melhor Ator em Minissérie, 3 indicações ao Critics Choice Awards e a recente conquista de Michael Keaton no SAG Awards por Melhor Ator em Minissérie ou Filme Para TV (Foto: Hulu)
Guilherme Veiga
Recentemente, um curioso fenômeno tem ocorrido na indústria audiovisual, em que nomes estão saindo do seio cinematográfico hollywoodiano e se aventurando no segmento televisivo. Kate Winslet é um exemplo, com a excelente Mare of Easttown; o diretor Adam McKay é um dos responsáveis pela surpresa que foi Succession; e Nicole Kidman virou figura recorrente nas séries. Mas qual a razão desse chamariz? Qualidade, sem dúvida, é uma das respostas, o que pode fazer com que categorizemos essa época como uma nova Era de Ouro da TV e do streaming. Outros fatores podem ser listados, como liberdade criativa, roteiros desafiadores, diversidade de histórias e apostas das plataformas no formato. Todos esses ingredientes estão presentes na bula de Dopesick.
Destaques de Fevereiro de 2022: Pacificador, Euphoria, Licorice Pizza e De Volta aos 15 (Foto: Reprodução/Arte: Vitória Vulcano)
Fevereiro se despediu de nós em clima de Carnaval e de expectativa pela nova versão do Cavaleiro das Trevas nos cinemas, desta vez estrelada pelo maravilhoso Robert Pattinson. Com a polêmica cerimônia do Oscar no horizonte e a disputa entre os longas cada vez mais acirrada, o entretenimento variou: de filmes de terror de qualidade duvidosa a mais séries adolescentes produzidas pela Netflix, passando pelos dramas intensos da HBO e novas obras dentro de franquias consagradas, mas sem esquecer dos trabalhos inéditos de cineastas conhecidos. No mês mais curto do ano, o segundo Cineclube de 2022 te convida a ficar por dentro do que rolou no mundo do entretenimento ao longo desses 28 dias.
Original do HBO Max, a terceira temporada de Titãs chegou à Netflix em Dezembro de 2021 (Foto: HBO Max)
Jamily Rigonatto
Em 2018, as primeiras fotos das gravações de Titãs foram divulgadas e a impressão inicial deixou a sensação que a produção viria com data de validade. A série live-action propôs mostrar uma nova face do famoso grupo de super-heróis e os desvincular da imagem juvenil e imatura das animações. Abandonando o formato cômico e desaforado de algumas franquias do DC Universe, como é o caso de Esquadrão Suicida e Aves de Rapina, Titans planejava se ancorar em um tom mais agressivo e noturno. Agora, a obra audiovisual chega ao seu (improvável) terceiro ano com um enredo repleto de pontas soltas e decepções.
Na Fase 4 do MCU, a tão esperada Kate Bishop finalmente dá as caras nas telas da Marvel em Gavião Arqueiro (Foto: Disney+)
Vitória Lopes Gomez
Comparada a grandiosidade que a Marvel se acostumou a entregar, a premissa de Gavião Arqueiro soa até ordinária. Longe do Multiverso (só aparentemente), das loucuras intergalácticas de um certo titã roxo, e até da linha da fronteira e das ameaças internacionais, uma Nova Iorque decorada com pisca-piscas, guirlandas e papais noéis é palco para Clint Barton… Bem, quase perder as comemorações natalinas. Ao longo dos seis episódios, a quinta série do estúdio no Disney+ introduz às telas personagens inéditos, resgata rostos conhecidos, conecta narrativas passadas e abre portas para novas. Com tudo isso, se o Vingador menos extravagante (como ele mesmo admite) precisa de uma marca pessoalmais chamativa, Gavião Arqueiro lhe dá a chance de sair das sombras e conquistar a luz ao lado da árvore de Natal.
Destaques de Janeiro de 2022: Pânico, Um Herói, Yellowjackets e Neymar: O Caos Perfeito (Foto: Reprodução/Arte: Nathália Mendes)
O Cineclube e seu irmão Nota Musical vieram ao mundo, da maneira que vocês conhecem hoje, em fevereiro de 2021. Isso significa dizer que ambos são aquarianos – o signo mais inventivo e que está sempre ligado a tudo o que acontece. Para quem nos acompanhou durante o segundo ano pandêmico, fica claro que nossos mensais fizeram jus às características, trazendo tudo que aconteceu de melhor e de pior no mundo da cultura. Mas, com sua volta completa em torno do sol, chegou o momento de exercer seus maiores atributos: revolução e coletividade.
Quando nos encontramos pela última vez no mês do bom velhinho, o Persona trazia textos individuais sobre “candidatos ao careca dourado, séries de prestígio e uma porção de dicas imperdíveis.”. Agora, os cinéfilos da Editoria se reúnem para idealizar e desenvolver as pautas do mês, enquanto um único personer fica responsável por colocar a mão na massa e dar forma ao trabalho conjunto. As regras continuam as mesmas: entra na curadoria o que foi lançado nas salas ou nos streamings. Quando o assunto são séries, as que aparecerem aqui devem ser transmitidas por completo no mês, ou finalizar a exibição da temporada.
Entre o melhor da TV em 2021, tivemos as estreias de WandaVision e Only Murders in the Building e o fim de Pose (GIF: Reprodução/Arte: Ana Clara Abbate/Texto de Abertura: Vitor Evangelista)
Não há maneira de iniciar uma lista que compila a nata de 2021 sem antes reconhecer o impacto da pandemia nas produções televisivas. Ainda lidando com os efeitos de atrasos, adiamentos e cancelamentos, a TV mundial se uniu ao redor dos heróis da Marvelno Disney+, das complexas famílias da HBOe, claro, de todo e qualquer original Netflix.
Por isso, não se assuste ao ler sobre a expansão dos Vingadores para as telinhas, com a campeã de citações WandaVision, nem com a astúcia de Kate Winslet no papel de uma policial com bastante a resolver, muito menos com as desventuras da puberdade que continuam excitando os personagens de Sex Education. Para esse ano que passou, o Persona aboliu as listas individuais.
Drag Race fecha 2021 com temporadas no Reino Unido, Canadá e Itália, que, embora singulares, se complementam
Icesis Couture, Krystal Versace e Elecktra Bionic: três Coroas para três Rainhas (Foto: World of Wonder/Arte : Jho Brunhara)
Vitor Evangelista
Não parece, mas ao longo dos últimos doze meses, RuPaul (junto de suas subalternas estrangeiras) colocou a Coroa de campeã em nove rainhas diferentes, permanecendo no ar por todas as 52 semanas do ano. Depois de analisar seis dessas jornadas, apontando atrativos e defeitos de cada franquia, o Persona inicia sua própria caminhada no campo dos Artigos, trazendo um panorama do fim de 2021 no mundo das drags. Corredoras, deem partida em seus motores e me acompanhem nessa rucapitulação.