Kubo e as Cordas Mágicas: inovador, mas fiel ao stop motion

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Nádia Saori

Kubo e as Cordas Mágicas é um longa de animação indicado à categoria de melhor animação, concorrendo com Moana, Zootopia, A Tartaruga Vermelha e Minha Vida de Abobrinha, e a de melhores efeitos visuais, concorrendo com Doutor Estranho, Mogli: O Menino Lobo, Horizonte Profundo e Rogue One. Dirigido por Travis Knight e produzido pelo renomado estúdio Laika, o forte da animação não é sua história, mas sua produção em stop motion que, com certeza, foi uma obra prima. Continue lendo “Kubo e as Cordas Mágicas: inovador, mas fiel ao stop motion”

Moonlight: gay kid, m.A.A.d city

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Nilo Vieira

Artistas negros sempre estiveram entre os mais importantes e inovadores em todos os segmentos, ainda que o reconhecimento fosse tardio ou quase inexistente. Na década atual, porém, este cenário vem mudando, dado que as lutas sociais da população negra são cada vez mais constantes e visualizadas: mais do que nunca, exigem ser vistos, ouvidos e representados dignamente, especialmente na arte. Continue lendo “Moonlight: gay kid, m.A.A.d city”

Zootopia: mais um acerto da Disney em animações

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Danielle Cassita e Guilherme Hansen

É muito comum as pessoas não darem importância a filmes de animação, com ideias prontas de que servem apenas para entreter e não passam nenhuma mensagem relevante ao público. Porém, a Disney tem provado nos últimos anos que esse conceito está completamente errado. Com animações bem feitas e também divertidas, seus últimos lançamentos provam que o conteúdo pode andar junto com o entretenimento. Continue lendo “Zootopia: mais um acerto da Disney em animações”

Manchester à Beira-Mar: a banalização da tristeza

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Gabriel Leite Ferreira

O que fazer quando a vida é interrompida por uma tragédia? É possível superar o trauma ou restará a lembrança dolorosa dos que se foram para sempre ali, como uma ferida incurável? O diretor Kenneth Lonergan tenta responder a esse questionamento em seu novo longa-metragem Manchester à Beira-Mar e, de certo modo, é bem-sucedido nisso. Continue lendo “Manchester à Beira-Mar: a banalização da tristeza”

Da forma vazia em Animais Noturnos

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Adriano Arrigo

Os primeiros dez ou quinze minutos de Animais Noturnos, a segunda empreitada fílmica de Tom Ford, possuem qualidades plásticas dignas de alguém com plena experiência na esfera artística: cores, composições e posições muito bem definidas. Como complemento, há o alinhamento de discussões muito pertinentes a realidade contemporânea: solidão, normose, confiança. Esses elementos – a estética e a sociedade –, intrinsecamente ligados, estouram na cara do espectador, que estranha a dança sinistra de mulheres obesas e nuas. Continue lendo “Da forma vazia em Animais Noturnos”

O Rapaz e o Monstro: uma aventura sobre o amadurecimento

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O rapaz e o monstro, personagens principais do filme

Patrick de Souza

Na nossa cultura tão ocidentalizada, é normal que estejamos sempre voltados aos materiais produzidos pelas indústrias de massa norte-americanas. Nossas comidas, roupas e costumes sofrem enorme influência do Tio Sam, e acabamos por adotar seu mesmo estilo de entretenimento em séries e, principalmente, filmes. Acostumados com as grandes produções hollywoodianas, nomes como Tarantino, Hitchcock, Cameron e Burton são referências para muitos cineastas que desejam uma carreira promissora. Isso acaba tirando nossos olhos de obras de diferentes regiões ou gêneros. Continue lendo “O Rapaz e o Monstro: uma aventura sobre o amadurecimento”

Elle: a polêmica análise de Verhoeven dos valores da sociedade contemporânea

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Isabelle Huppert em Elle

Luigi da Fonseca Rigoni

O novo filme de Paul Verhoeven, Elle, conta a história de uma mulher que teve sua rotina quebrada pelo ataque de um desconhecido dentro de sua própria casa. O evento, que já parecia ser traumático o suficiente, torna-se ainda pior: o agressor misterioso ainda não desistiu. O longa-metragem transita entre os gêneros suspense e drama, envolvendo o espectador em uma atmosfera pesada, na qual as ações dos personagens, em especial as da protagonista, traçam perfis psicológicos muito mais complexos e problemáticos do que se espera inicialmente.

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Donnie Darko e a esquizofrenia cotidiana

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Elisa Dias

Palavras soltas em uma página em branco não significam nada; porém, quando arranjadas em frases e textos, elas podem ter todos os significados que quisermos. Com Donnie Darko não há muita diferença: numa primeira visão, o filme parece ser composto simplesmente por uma viagem no tempo, esquizofrenia, um coelho gigante e o mínimo de sentido possível. Mas, quando percebemos a atemporalidade e o rico detalhamento da película, nos vemos confrontando uma obra, na pior das hipóteses, intrigante. Continue lendo “Donnie Darko e a esquizofrenia cotidiana”

Paprika: entre a realidade e os sonhos

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Nádia Linhares

Quando se trata de longas de animação japonesa, talvez o nome mais conhecido seja o de Hayao Miyazaki, diretor de A Viagem de Chihiro, O Castelo Animado e Meu Amigo Totoro. O Studio Ghibli é a cara da animação japonesa no ocidente, mas há outro estúdio que, apesar de sua maioria de lançamentos ser de animes seriados, produziu longas que merecem destaque, entre eles os dirigidos por Satoshi Kon. Continue lendo “Paprika: entre a realidade e os sonhos”

Andrei Tarkovsky: 30 anos sem o escultor do tempo

andrei-tarkovsky-cinema-stalkerNilo Vieira

Filho de pai poeta e mãe atriz, o russo Andrei Arsenyevich Tarkovsky conviveu com a arte desde sua infância: ia a recitais, ouvia Bach, admirava quadros de Leonardo Da Vinci. Desse modo, não é surpresa que seu modo de fazer cinema tenha sido de um refinamento artístico raro e, mesmo com apenas sete longas-metragens no currículo, ainda permaneça como um dos mais influentes da história.

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