5 anos de Remonta: só Liniker e os Caramelows sabem o quanto dói

Em 2015, Liniker e os Caramelows lançaram o EP Cru com as faixas Zero, Louise de Brésil e Caeu (Foto: Let’s GIG)

Ana Júlia Trevisan

“Eu não quero mais saber de desamor”: Liniker abre Remonta, seu primeiro disco, lançado em 2016, sendo categórica e exteriorizando seu pedido de ‘basta!’. A cantora araraquarense de, na época, apenas 21 anos, não estava sozinha nessa viagem imersiva e sentimentalista. É ao lado da banda Caramelows, que contava com a voz de Renata Éssis, o contrabaixo elétrico de Rafael Barone, a guitarra de William Zaharanszki, a bateria de Péricles Zuanon, o trompete Márcio Bortoloti, as teclas de Fernando Travassos, as percussões acústicas de Marja Lenski e (ufa!) o saxofone de Éder Araújo; que Liniker dá luz às suas composições. O amor visceral é usado como a substância vital na construção do trabalho que transformou a artista numa das maiores representantes da dita Nova MPB.

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Sem Carnaval, Bloco do Eu Sozinho completa 20 anos

Capa do disco Bloco do Eu Sozinho. Há uma borda cinza. Dentro do borda o fundo é ocre, como folha de papel reciclado. Na parte superior lê-se LOS HERMANOS em azul. No centro há o desenho de um boneco. Os cabelo, os olhos e a camiseta são verdes, a calça é azul escuro, os sapatos são violetas e há uma sombra azul clara. À esquerda lê-se em preto BLOCO SOZINHO. À esquerda lê-se em preto DO EU.
É com o amor e a alegria, de quem tem o coração como guia, que este bloco se anuncia (Foto: Zoy Anastassakis e Ludmila Ayres)

Ana Júlia Trevisan

Como continuar a carreira após um hit? Como produzir o segundo álbum quando o   primeiro conta com a música que estourou nas rádios e marcou toda a trajetória da discografia? Era nesse embate que os Los Hermanos se encontravam após seu disco de estreia ter emplacado Anna Júlia, a famigerada fim de festa que tirou o Grammy de Chico Buarque e, até hoje, é responsável por registros em cartório (vide a pessoa que vos escreve).

É em meio às brigas da banda, confusão com a gravadora e uma aliança fiel com fãs que, em 2001, nasce Bloco do Eu Sozinho, reforçando ainda mais a parceria musical entre Marcelo Camelo e Rodrigo Amarante, e marcando toda a escola de MPB unida ao rock alternativo construída pelos cariocas. Quebrando os próprios padrões, um dos discos mais importantes da música nacional alternativa foi criado e dita até hoje o rumo do gênero, servindo como fonte, direta ou indiretamente, dos trabalhos nacionais que o sucedem. 

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