Ariana Grande passa por todos os estágios do fim de um ciclo em eternal sunshine

Na imagem de capa, Ariana Grande, uma mulher branca com os cabelos loiros em um rabo de cavalo, usando uma camisa branca e com uma tatuagem no pescoço, está de costas, apoiando sua cabeça no ombro de uma outra Ariana Grande.
Em eternal sunshine, Ariana Grande descobre que, na superação, sua principal companhia é ela mesma (Foto: Katia Temkin)

Arthur Caires

Em Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças, Joel e Clementine, interpretados por Jim Carrey e Kate Winslet, embarcam em um romance intenso, porém marcado por turbulências. Após um término doloroso, ambos optam por apagar as memórias um do outro através de um procedimento inovador. Essa busca por um recomeço emocional ecoa no sétimo álbum de estúdio de Ariana Grande, eternal sunshine, lançado sete meses após seu divórcio. Inspirado diretamente no filme, o disco é uma jornada introspectiva em que a artista explora a dor da perda, a esperança de cura e a busca por um novo amanhecer.

Continue lendo “Ariana Grande passa por todos os estágios do fim de um ciclo em eternal sunshine”

Taylor Swift revisita as dores de como é ser uma jovem adulta em Speak Now (Taylor’s Version)

Capa do álbum Speak Now (Taylor’s Version), em que Taylor, uma mulher branca de cabelos loiros e compridos, está de costas olhando pelo ombro para frente, com os cabelos em movimento e usando um vestido roxo em um fundo escuro.
Na capa de Speak Now (Taylor Version), a artista tentou recriar a da versão original, mas dessa vez virada para o lado contrário e em tons mais escuros, indicando uma visão mais amadurecida das canções (Foto: Beth Garrabrant)

Arthur Caires

Após muitas especulações de qual seria a próxima regravação de Taylor Swift – como easter eggs em merchs indicando 1989 e Speak Now, referências no clipe de Bejeweled do álbum Midnights, e a presença de nada mais nada menos que  Enchanted na setlist da The Eras TourSpeak Now (Taylor’s Version) finalmente está entre nós. Originalmente lançado em 2010, a regravação do terceiro disco de estúdio de Swift foi anunciado em um grande telão de seu show em Nashville, e chegou para reafirmar o desejo da artista de recuperar os direitos de seus seis primeiros trabalhos, ao mesmo tempo que presenteia nostalgia para os fãs.

Continue lendo “Taylor Swift revisita as dores de como é ser uma jovem adulta em Speak Now (Taylor’s Version)”

10 anos atrás, PRISM refratou todas as cores de Katy Perry

Capa do álbum PRISM da cantora Katy Perry. Na arte da capa, a imagem da cantora está centralizada a partir do busto. Uma borda estilizada apresenta uma paleta de tons suaves com flores nas cores laranja e amarelo. Perry é uma mulher branca de cabelos escuros e olhos claros. Ela está em um campo de girassol. No topo da arte da capa, o nome “Katy Perry” aparece em letras garrafais. Já na parte inferior, o título do disco “PRISM” está escrito da mesma forma.
PRISM debutou no topo da Billboard Hot 200 em 2013 (Foto: Ryan McGinley)

Nathalia Tetzner

Segundo a ciência, o arco-íris é explicado pela refração, dispersão e reflexão da luz solar por gotículas de água presentes na atmosfera. Já para os supersticiosos, o arco luminoso pode significar prosperidade e abundância, tal qual a história clássica do duende e o pote de ouro. Porém, nos versos de Katy Perry, a magia está no Double Rainbow, algo que você somente seria capaz de testemunhar uma vez na vida. 

Mas, afinal, se a misticidade determina que a duplicidade do fenômeno físico pode ocorrer uma única vez ao longo da trajetória de uma pessoa, quantas vezes é possível se alcançar o topo do mundo? Contrariando as estatísticas de discos que são amaldiçoados pelo sucesso estrondoso do anterior, PRISM (2013) refratou todas as cores de Perry ao colocá-la no caminho certo para encontrar a recompensa dourada novamente em sua carreira.

Continue lendo “10 anos atrás, PRISM refratou todas as cores de Katy Perry”

One of the Boys: 15 anos desde que Katy Perry se infiltrou entre os garotos para deixar a sua marca

Capa do álbum One of the Boys de Katy Perry. Na imagem, ela aparece deitada sobre uma esteira de descanso. Perry é uma mulher branca de cabelos escuros e olhos claros. A cantora está com uma das mãos apoiadas na esteira enquanto leva um óculos de sol à boca com a outra. Katy Perry veste um shorts jeans azul, um top vermelho com detalhes em branco, sandálias vermelhas e um chapéu azul. Ao fundo, o cenário é composto por um gramado repleto de flores e decorações como um flamingo e uma vitrola na cor rosa. Há também um cercado branco e um céu azul repleto de nuvens brancas. Na parte superior da arte de capa, o nome “Katy Perry” aparece estilizado e destacado em rosa e branco. Já na parte inferior, o nome do disco “One of the Boys” está escrito em letra cursiva azulada.
Em 2008, o lançamento de One of the Boys trouxe Katy Perry ao mundo (Foto: Capitol Records)

Nathalia Tetzner

Ela não gritou quando viu uma aranha assustadora e escolheu os acordes da guitarra em troca das sapatilhas de balé, mas dentro dela sempre existiu um desejo oculto: o de se tornar uma musa pin-up, daquelas que os meninos colecionam posters. Então, começou a ler revistas para adolescentes e a depilar as pernas na tentativa de se tornar a rainha do baile de alguém. Ainda assim, ela continuou invisível para eles. Há 15 anos, o álbum One of the Boys dava luz a Katy Perry, essa jovem que procurava incessantemente o seu lugar no mundo e que não teve outra escolha a não ser se infiltrar entre os garotos para deixar a sua marca.

Continue lendo “One of the Boys: 15 anos desde que Katy Perry se infiltrou entre os garotos para deixar a sua marca”

Há males que vêm para o bem: 5 anos da catarse de Katy Perry em Witness

Capa do álbum Witness de Katy Perry. Na imagem que captura do pescoço para cima, a cantora de pele branca e cabelos claros tampa os seus olhos com as mãos. A sua boca aberta revela um olho azul. Na esquerda, uma assinatura onde se lê “Katy”. Ao fundo, um plano branco com bordas roxas.
A arte de capa do Witness foi inspirada no surrealismo de Salvador Dalí (Foto: Capitol Records)

Nathalia Tetzner

O ano era 2017 e Katy Perry dava início ao seu tão ansiado quarto álbum de estúdio com o seguinte questionamento: “se eu perdesse tudo hoje, você ficaria?”. E, não é que ela perdeu tudo mesmo? Autêntico, inovador e coeso; todos esses adjetivos são o que Perry e a sua equipe esperavam que o seu mais novo projeto fosse. A realidade é que a artista e a sua obra passaram a coexistir em um só estado de espírito e, naturalmente, seus conflitos foram refletidos em suas composições. Vicioso, genérico e confuso: Witness é o registro da catarse pessoal e artística de uma das maiores hitmakers do século que, depois de tamanho sucesso, ainda não havia experimentado o gosto traumático e amargo da quebra de expectativa.

Continue lendo “Há males que vêm para o bem: 5 anos da catarse de Katy Perry em Witness”

Quem sintoniza na rádio 103.5 Dawn FM aproveita a passagem pelo purgatório ao lado do vovô The Weeknd

Capa do álbum Dawn FM de The Weeknd. O cantor de pele negra e olhos escuros aparece envelhecido enquanto olha profundamente para a lente da câmera. O seu cabelo e barba grisalhos se destacam no fundo preto, em que uma luz fraca parece o iluminar por trás.
Viciado em surpreender o público com as artes de seus álbuns, a versão envelhecida de The Weeknd estampa a capa do Dawn FM (Foto: Matilda Finn)

Nathalia Tetzner

Depois de uma noite muito louca em Las Vegas, onde arrebentou o rosto e apareceu enfaixado após cirurgias plásticas que o desfiguraram, The Weeknd está de volta com uma nova face. De narrativas fictícias elaboradas para os seus projetos, ele já mostrou que entende. Mais uma vez, não foi só a sua caracterização que sofreu uma grande mudança, mas a sua sonoridade também. O seu quinto álbum de estúdio, Dawn FM (2022), transmite uma estação de rádio EDM no purgatório.

Continue lendo “Quem sintoniza na rádio 103.5 Dawn FM aproveita a passagem pelo purgatório ao lado do vovô The Weeknd”

30: o amor é um jogo e parece que Adele finalmente aprendeu a jogar

Capa do álbum 30, de Adele. Essa é uma foto quadrada. À esquerda da foto é apresentado um close-up do perfil da cantora britânica Adele que toma toda a superfície da imagem. Ela é uma mulher de idade mediana, branca, de cabelos longos e loiros e seus olhos são verde claro. Ao fundo, temos uma visão embaçada com as cores azul escuro e preto. A cantora possui um semblante neutro, sem expressões faciais.
Capa de 30, o quarto álbum da cantora inglesa Adele Laurie Blue Adkins (Foto: XL Recordings)

Vinícius Santos

Muito bem, então, estou pronta. assim Adele termina a primeira música do seu novo álbum, 30. Acontece que, além dela, ninguém mais estava preparado para o que viria por aí. Lançado no dia 19 de novembro de 2021, este é o quarto CD da carreira da cantora britânica desde sua estreia em 2008 com o 19. Aclamado pelos críticos, Adele contou à Vogue, em outubro, que a obra era sua maneira de explicar seu divórcio ao filho e estava muito perto de seu coração, dizendo que ela “não estava desistindo deste”.

Continue lendo “30: o amor é um jogo e parece que Adele finalmente aprendeu a jogar”

5 anos depois, Dangerous Woman ainda é o maior feito pop de Ariana Grande

Capa do álbum Dangerous Woman. Ariana Grande se revela na imagem, de tronco para cima, inclinada para o lado. A imagem está em preto e branco. Ariana é uma mulher branca, de cabelo castanho claro. Ela usa um vestido de látex preto e uma máscara preta com orelhas de coelho.
Cantora se reinventou com o seu terceiro álbum de estúdio, lançado em 2016 (Foto: Matt Barnes)

Laís David

Um rito de passagem natural da indústria da música é a popularização das ‘eras good girl gone bad. Se distanciando de letras reverentes e se aproximando de um conteúdo mais adulto, esses lançamentos são marcados pela ascensão da persona Femme Fatale e a maturação de suas narrativas. Essa transição é referência para artistas que começaram cedo: Miley escandalizou com Bangerz, Taylor declarou a morte de sua antiga versão em reputation e Aguilera esteve à frente de seu tempo com Stripped. Em 2016, foi a vez de Ariana Grande e o majestoso Dangerous Woman.

Continue lendo “5 anos depois, Dangerous Woman ainda é o maior feito pop de Ariana Grande”