Nome por trás do fabuloso e singular AGROPOC, o cantor fala sobre as origens de sua Música, parcerias dos sonhos e o papel do sertanejo no mundo de hoje
Raquel Dutra e Vitor Evangelista
Dono de um dos Melhores Discos de 2021, Gabeu tomou conta do ano passado no cenário do queernejo. Como parte do Especial do Mês do Orgulho, o Persona retoma o quadro de entrevistas e inaugura a editoria de conversas musicais para receber a estrela em ascensão, em um papo que viaja de suas raízes no gênero musical até as mais diversas influências que fizeram de AGROPOC, seu trabalho de estreia, um dos destaques musicais mais instigantes e criativos da cena atual.
O diretor de Madeira e Água conta como foi filmar em dois continentes e ter a própria mãe como protagonista
João Batista Signorelli
Entre filmes premiados em Cannese pré-candidatos ao Oscar, a 45ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo trouxe uma grande amostra do Cinema mundial em 2021. Em meio a tantos lançamentos badalados que ainda vão dar muito o que falar, também surgiram muitas pérolas escondidas que também foram dignas de atenção, e Madeira e Águacertamente é uma delas. Contando a história de uma mãe que busca se encontrar com seu filho distante, o diretor alemão Jonas Bak levou seu filme de Berlim para festivais no mundo todo, e vem agora ao Persona Entrevista contar como foi a produção de seu primeiro longa-metragem.
A autora comenta sobre as inspirações para seu livro mais recente, Pequena Coreografia do Adeus, parte da parceria do Persona com a Cia das Letras
Caroline Campos
Fiz essa entrevista ainda em julho, há longos cinco meses – que mais parecem cinco anos. Cercada pelos horrores da pandemia e a esperança da vacina, encontrei na leitura de Pequena coreografia do adeus uma forma de desabrochar velhos traumas e olhar para dentro de mim com o mesmo carinho que era capaz de olhar para Júlia, protagonista dessa criação de Aline Bei. Não esperava encontrar o que encontrei – palavras flutuando pelas páginas como pensamentos perdidos, te convidando a preencher esses espaços com sua própria e pesada bagagem.
E quem diria que a artista por trás de um dos maiores lançamentos literários de 2021 não só elogiaria minha emocionada resenha como também toparia fazer parte de mais uma edição do Persona Entrevista. Em uma conversa no fim da tarde de uma terça-feira, Aline me contou sobre a infância com a leitura, a rotina movimentada pós-lançamento e as várias faces de suas protagonistas femininas. Com alguns meses angustiantes de atraso (2021 não foi fácil para ninguém), você pode conferir esse bate-papo especial para conhecer melhor a figura por trás dessa dança tão (des)amorosa.
Diretor de Bob Cuspe – Nós Não Gostamos de Gente conta de seu trabalho com a obra do cartunista Angeli, e explica porque o punk permanece relevante até hoje
João Batista Signorelli
Raro exemplar de longa-metragem realizado com a técnica de stop-motion no Brasil, Bob Cuspe – Nós Não Gostamos de Gente foi um dos grandes destaques da 45ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, chegando ao Brasil já com um prêmio em mãos, da Mostra Contraponto do Festival de Cinema de Animação Annecy. O Persona assistiu ao filme, e com muito prazer retoma o quadro de entrevistas para conversar com o diretor César Cabral, que também é sócio-fundador da Coala Filmes, produtora paulistana focada em produzir animações em stop-motion.
Cineasta discorre sobre o impacto do sertão na sua filmografia e o lançamento de seu novo filme, Acqua Movie, protagonizado por Alessandra Negrini
Caroline Campos
Foi durante o governo de Fernando Collor que, em 1990, a Embrafilme, principal órgão de financiamento, coprodução e distribuição de filmes no país, foi extinta. O resultado não demorou para chegar e, sem incentivos fiscais, o Cinema brasileiro foi quase totalmente eliminado na época, quando cerca de apenas 3 longas-metragens chegavam às telas por ano. Com uma reestruturação gradual através de novas fontes de recursos, como a Lei de Incentivo à Cultura, em 1991, e a Lei do Audiovisual, em 1993, a produção cinematográfica nacional foi recuperando o fôlego e, hoje, chamamos essa fase regenerativa de Cinema de Retomada, entre 1995 e 2002.
Mas para que toda essa história? Hoje, o Persona Entrevista traz um dos cineastas que participaram dessa avalanche de novos filmes sedentos por vida. Ao lado de Paulo Caldas, Lírio Ferreira dirigiu o primeiro filme pernambucano em quase 20 anos sem produções no estado. Baile Perfumado, de 1996, traz um Lampião pop em uma narrativa influenciada pelo manguebeat, recriando as fotografias de Benjamin Abrahão do cangaceiro e seu bando. 25 anos depois, sob a sombra de um outro aniquilador cultural na presidência, Lírio comenta sobre a estreia de Acqua Movie em meio à pandemia e a importância da resistência artística durante o desgoverno Bolsonaro.
No aniversário de 20 anos do longa, Guerra, também jornalista, conta um pouco sobre seu processo de criação e a recepção do público durante o Fantaspoa, que marca a primeira vez que o filme foi disponibilizado online e sem restrições. Simpático, o gaúcho ainda comenta sobre a relação do Cinema com as novas tecnologias e o papel da arte independente. Sentiu saudade do Persona Entrevista? Então, acompanhe abaixo o papo que tivemos com o responsável por um dos maiores mitos do cinema amador.
Diretor de “Isso Não É um Enterro, É uma Ressurreição” comenta sobre o filme dentro da sua geração e relembra o trabalho com Mary Twala
Caroline Campos
Fechando definitivamente a cobertura da 44ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, o Persona apresenta hoje uma conversa com o simpaticíssimo Lemohang Jeremiah Mosese, que conta um pouco sobre como enxerga seu trabalho de cineasta e a importância da unificação entre as pessoas como força política.
Responsável pelo magnífico Isso Não É um Enterro, É uma Ressurreição, que discute a perda e o luto no processo de resistência, o diretor lesotiano ainda relembra seu trabalho com a falecida Mary Twala e revela os motivos pelo qual espera ansioso pela nova geração ainda não nascida.
Diretor de “Os Nomes das Flores” detalha a importância da memória e do legado da arte e ainda revela o segredo da sopa da professora
Caroline Campos e Vitor Evangelista
Como é que um diretor nascido no Irã e atual residente do Canadá acabou estreando na ficção fazendo um filme em espanhol na Bolívia? Bahman Tavoosi, o tal cineasta, esbanja talento e versatilidade. Ainda na leva de entrevistas provindas da 44ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, Tavoosi é o foco do texto de hoje.
Realizador do estupendo Os Nomes das Flores, filme sensível que usa a figura de Che Guevara para debater legado e memória, Bahman conversou com o Persona sobre as influências que angariou ao longo de sua jornada na área, além de revelar, com exclusividade, qual o sabor da quase mítica sopa que Che provou antes de sua morte.
Diretor de “A Morte do Cinema e do Meu Pai Também” destrincha o caráter biográfico da obra
João Batista Signorelli
Dando continuidade à série de entrevistas realizadas pelo Persona durante a cobertura da 44ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, o entrevistado da vez é o diretor israelense Dani Rosenberg. Rodando festivais ao redor do mundo com seu seu segundo longa A Morte do Cinema e do meu Pai também, e inclusive marcando presença na Seleção Oficial do Festival de Cannes, o diretor compartilhou um pouco do seu processo de criação, que mistura documentário e realidade para construir um relato pessoal sobre perda e memória familiar.
O diretor narrou sua trajetória desde sua graduação na Jerusalem Film School, passando pela produção e circulação de seu filme, chegando às dificuldades criativas decorrentes do momento atual de pandemia. De maneira muito simpática e empolgada, ele se abriu para falar tanto sobre as questões familiares pessoais retratadas no filme, quanto sobre sua paixão e influências no cinema.
Diretor de “Meu Coração Só Irá Bater Se Você Pedir” conta as influências do filme vampiresco e revela sua paixão pelos Irmãos Coen (e pelo Adam Sandler)
Vitor Evangelista
Ainda no recém-nascido quadro de entrevistas do Persona, dessa vez a conversa é internacional. Jonathan Cuartas vive em Miami, se formou na faculdade de cinema em 2016 e Meu Coração Só Irá Bater Se Você Pedir é o seu filme de estreia. Exibido na 44ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo e ovacionado por esse que vos escreve, o longa abre uma porção de debates sobre doença, vulnerabilidade e sobre o amor familiar.
O jovem cineasta bateu um papo honesto conosco e abriu o próprio coração, contando a sensibilidade de sua criação e o que ele almejava no primeiro trabalho em longa metragem. Como de praxe, ao fim do texto temos um bate-bola mais descontraído, e Jonathan até revela seu time dos sonhos para trabalhar futuramente no cinema.