O Enigma de Outro Mundo: os 40 anos do clássico de John Carpenter

Cena do filme O Enigma de Outro Mundo. Tem uma pessoa na imagem que aparece do joelho pra cima. No centro da foto tem MacReady, um homem branco, ele tem cabelo comprido castanho e cacheado, ele tem uma barba castanha e olhos azuis. Ele usa uma jaqueta de couro marrom, luvas pretas e calça. Na sua mão esquerda tem um lampião e na sua mão direita tem uma escopeta. No fundo tem um galpão tomado pelo gelo e neve.
Uma das melhoras obras de Carpenter, O Enigma de Outro Mundo completa 40 anos em 2022 (Foto: Universal Studios)

Nathan Sampaio 

O que faz um filme se tornar clássico? No caso de …E o Vento Levou (1939) foi sua popularidade e bilheteria. Já Titanic (1997), além dos fatores anteriores, conta com vitórias em importantes premiações. Por fim, há aqueles que revolucionaram o Cinema, como fez Cidadão Kane (1941). O Enigma de Outro Mundo não se encaixa em nenhuma dessas categorias, mas se estabelece como um clássico por ser o retrato exemplar do gênero de Horror e por se manter influente na cultura pop mesmo após 40 anos do seu lançamento, em 1982. 

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Não tem como se blindar de Titane

Cena do filme Titane. Na imagem, vemos a protagonista, Alexia, uma mulher branca, de cabeça raspada, aparentando cerca de 30 anos, de ponta cabeça, com o corpo nu arqueado e com uma expressão de dor no rosto.
Comprado pela plataforma de streaming MUBI e com data de estreia marcada para 28/01/2022, Titane foi exibido no Brasil primeiro na 45ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, onde participa como Apresentação Especial (Foto: Kazak Productions)

Vitória Lopes Gomez

Opte por separar o artista da Arte ou não, Julia Ducournau já cravou seu nome em suas produções. Titane, a mais nova empreitada da cineasta francesa, estreou no Festival de Cannes, onde fez história ao levar a honraria máxima da premiação, a Palma de Ouro, e chegou ao Brasil na 45ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo. O segundo projeto veio antecipado depois do sucesso do polêmico Grave, mas a sangrenta e canibalesca estreia da diretora vira só a porta de entrada para os horrores que vem depois. E não adianta, nem Cannes conseguiu: não tem como se blindar de Titane.

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Quem tem medo de Jennifer Check?: Garota Infernal e o verdadeiro inimigo

Cena do filme Garota Infernal. Megan Fox, que interpreta Jennifer Check, é uma mulher branca, de olhos azuis e cabelos pretos. Jennifer é uma adolescente no colegial. Ela se olha no espelho de um armário azul marinho, típico dos colégios estadunidenses. O espelho é arredondado com strass prata e rosa em sua volta. Na lateral superior esquerda e na lateral inferior direita do espelho estão colados dois adesivos de desenhos orgânicos, também em rosa. Não se vê nada na cena além da vista do rosto de Jennifer refletido no espelho e o fundo azul marinho do armário.
Fracasso comercial, Garota Infernal pouco a pouco se restabeleceu como terror cult feminista (Foto: Fox/Dune Entertainment)

Ayra Mori

Se em 2009 Garota Infernal foi considerado um crasso fracasso, após uma década de seu lançamento o filme se restabeleceu como Terror cult feminista à frente de seu tempo. Escrito por Diablo Cody, dirigido por Karyn Kusama e protagonizado pela dupla Megan Fox e Amanda Seyfried, Garota Infernal é um estudo de caso sobre como um roteiro perspicaz, um enquadramento subversivo da câmera e personagens autoconscientes são capazes de transfigurar o olhar masculino predominante no gênero, pondo em foco a perspectiva feminina quanto às violações do corpo através de Jennifer e, bem, “O inferno é uma garota adolescente”.

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