Persona Entrevista: Felipe M. Guerra

Diretor comenta sobre a reedição de seu clássico do cinema amador para o Fantaspoa XVII e da realidade dos cineastas independentes no Brasil

Arte do Persona Entrevista. À esquerda, as palavras PERSONA ENTREVISTA estão contínuas em quatro linhas brancas e brancas. O cineasta Felipe M. Guerra está no centro da arte, em preto e branco no fundo vermelho. Ao seu lado, o poster do filme Entrei em Pânico ao Saber o que Vocês Fizeram na Sexta-Feira 13 do Verão Passado, com FELIPE M GUERRA em preto acima.
Depois de nomes como Lemohang Jeremiah Mosese e Moara Passoni, o Persona Entrevista volta para um bate-papo com o cineasta independente Felipe M. Guerra (Foto: Necrófilos Produções Artísticas/Arte: Jho Brunhara)

Caroline Campos

A 17ª edição do Festival de Cinema Fantástico de Porto Alegre, que ocorreu no último mês de abril, rendeu o acesso a muitas obras internacionais até então inéditas no Brasil. Depois da cobertura do Fantaspoa XVII pelo Persona, o quadro de entrevistas do site retorna para conversar com Felipe M. Guerra, o diretor de um dos filmes mais comentados do evento: Entrei em Pânico ao Saber o que Vocês Fizeram na Sexta-Feira 13 do Verão Passado

No aniversário de 20 anos do longa, Guerra, também jornalista, conta um pouco sobre seu processo de criação e a recepção do público durante o Fantaspoa, que marca a primeira vez que o filme foi disponibilizado online e sem restrições. Simpático, o gaúcho ainda comenta sobre a relação do Cinema com as novas tecnologias e o papel da arte independente. Sentiu saudade do Persona Entrevista? Então, acompanhe abaixo o papo que tivemos com o responsável por um dos maiores mitos do cinema amador.

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Um novo Diomedes Chinaski surge em A Vida Ainda Pode Ser Bela

A vida ainda pode ser bela se eu fizer dinheiro/Primeiro família, depois o amor verdadeiro/A grana se esconde, você tem ir pelo cheiro 

Cena do clipe Adão e Eva (Foto: Reprodução)

Elder John

No início de fevereiro, Diomedes Chinaski lançou a mixtape A Vida Ainda Pode Ser Bela e se mostrou um artista completo. O rapper manteve seu nível musical, mas agora com uma visão de mundo um pouco diferente nas letras. O trabalho conta com 7 faixas e já tem 2 clipes disponíveis no canal do artista no YouTube. Nas participações, temos o Moral e Raz Tarcisio, que já haviam trabalhado com o aprendiz em outras produções. Além da análise, trago uma entrevista exclusiva que fiz com o artista sobre o álbum.

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Persona Entrevista: Lemohang Jeremiah Mosese

Diretor de “Isso Não É um Enterro, É uma Ressurreição” comenta sobre o filme dentro da sua geração e relembra o trabalho com Mary Twala

O Persona recebe Lemohang Mosese, que brilhou com seu filme na Mostra SP (Foto: Reprodução)

Caroline Campos

Fechando definitivamente a cobertura da 44ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, o Persona apresenta hoje uma conversa com o simpaticíssimo Lemohang Jeremiah Mosese, que conta um pouco sobre como enxerga seu trabalho de cineasta e a importância da unificação entre as pessoas como força política.

Responsável pelo magnífico Isso Não É um Enterro, É uma Ressurreição, que discute a perda e o luto no processo de resistência, o diretor lesotiano ainda relembra seu trabalho com a falecida Mary Twala e revela os motivos pelo qual espera ansioso pela nova geração ainda não nascida. 

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Persona Entrevista: Bahman Tavoosi

Diretor de “Os Nomes das Flores” detalha a importância da memória e do legado da arte e ainda revela o segredo da sopa da professora

Arte vermelha retangular. No canto superior direito, há o nome do entrevistado, Bahman Tavoosi. A foto dele está na parte inferior central da arte e ele é um homem iraniano, com cabelo curto e barba. Ele está vestindo uma jaqueta de couro e está com a mão no queixo e a fotografia está em preto e branco. Ao lado direito dele, o pôster de seu filme, Os Nomes das Flores, que mostra uma senhora de idade em tom desbotado, e flores ao redor dela. Do lado esquerdo da imagem, foi adicionado o texto "Persona Entrevista" várias vezes, de forma perpendicular à orientação da imagem.
O Persona recebe o iraniano-canadense Bahman Tavoosi, responsável pelo tocante Os Nomes das Flores, presente na Mostra de SP (Foto: Reprodução)

Caroline Campos e Vitor Evangelista

Como é que um diretor nascido no Irã e atual residente do Canadá acabou estreando na ficção fazendo um filme em espanhol na Bolívia? Bahman Tavoosi, o tal cineasta, esbanja talento e versatilidade. Ainda na leva de entrevistas provindas da 44ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, Tavoosi é o foco do texto de hoje.

Realizador do estupendo Os Nomes das Flores, filme sensível que usa a figura de Che Guevara para debater legado e memória, Bahman conversou com o Persona sobre as influências que angariou ao longo de sua jornada na área, além de revelar, com exclusividade, qual o sabor da quase mítica sopa que Che provou antes de sua morte.

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Persona Entrevista: Dani Rosenberg

Diretor de “A Morte do Cinema e do Meu Pai Também” destrincha o caráter biográfico da obra

Arte vermelha retangular. No canto superior direito, há o nome do entrevistado, Dani Rosenberg. A foto dele está na parte inferior central da arte e ele é um homem branco, com cabelo curto e barba. Ele está vestindo uma jaqueta jeans e a fotografia está em preto e branco. Ao lado direito dele, o pôster de seu filme, A Morte do Cinema e do Meu Pai Também, que mostra dois homens no chão, um está deitado e outro sentado, olhando para ele. Do lado esquerdo da imagem, foi adicionado o texto "Persona Entrevista" várias vezes, de forma perpendicular à orientação da imagem.
O Persona entrevista Dani Rosenberg, diretor e roteirista de A Morte do Cinema e do Meu Pai Também (Foto: Reprodução)

João Batista Signorelli 

Dando continuidade à série de entrevistas realizadas pelo Persona durante a cobertura da 44ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, o entrevistado da vez é o diretor israelense Dani Rosenberg. Rodando festivais ao redor do mundo com seu seu segundo longa A Morte do Cinema e do meu Pai também, e inclusive marcando presença na Seleção Oficial do Festival de Cannes, o diretor compartilhou um pouco do seu processo de criação, que mistura documentário e realidade para construir um relato pessoal sobre perda e memória familiar. 

O diretor narrou sua trajetória desde sua graduação na Jerusalem Film School, passando pela produção e circulação de seu filme, chegando às dificuldades criativas decorrentes do momento atual de pandemia. De maneira muito simpática e empolgada, ele se abriu para falar tanto sobre as questões familiares pessoais retratadas no filme, quanto sobre sua paixão e influências no cinema. 

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Persona Entrevista: Jonathan Cuartas

Diretor de “Meu Coração Só Irá Bater Se Você Pedir” conta as influências do filme vampiresco e revela sua paixão pelos Irmãos Coen (e pelo Adam Sandler)

Arte vermelha retangular. No canto superior direito, há o nome do entrevistado, Jonathan Cuartas. A foto dele está na parte inferior central da arte e ele é um homem branco, com cabelo curto na altura da orelha e barba. Ele está vestindo uma blusa preta e a fotografia está em preto e branco. Ao lado direito dele, o poster de seu filme, Meu Coração Só Irá Bater Se Você Pedir, que mostra um homem e uma mulher divididos por uma faixa avermelhada. Do lado esquerdo da imagem, foi adicionado o texto "Persona Entrevista" várias vezes, de forma perpendicular à orientação da imagem.
O Persona entrevista o diretor Jonathan Cuartas, responsável pelo sensível e visceral Meu Coração Só Irá Bater Se Você Pedir (Foto: Reprodução)

Vitor Evangelista

Ainda no recém-nascido quadro de entrevistas do Persona, dessa vez a conversa é internacional. Jonathan Cuartas vive em Miami, se formou na faculdade de cinema em 2016 e Meu Coração Só Irá Bater Se Você Pedir é o seu filme de estreia. Exibido na 44ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo e ovacionado por esse que vos escreve, o longa abre uma porção de debates sobre doença, vulnerabilidade e sobre o amor familiar.

O jovem cineasta bateu um papo honesto conosco e abriu o próprio coração, contando a sensibilidade de sua criação e o que ele almejava no primeiro trabalho em longa metragem. Como de praxe, ao fim do texto temos um bate-bola mais descontraído, e Jonathan até revela seu time dos sonhos para trabalhar futuramente no cinema.

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Persona Entrevista: Moara Passoni

A cineasta, co-roteirista do comentado Democracia em Vertigem, fala sobre sua experiência com a anorexia que motivou Êxtase, seu primeiro longa-metragem e sobre a indicação ao Oscar 2020

O Persona entrevista Moara Passoni, diretora de Êxtase e roteirista de Democracia em Vertigem (Foto: Reprodução)

Raquel Dutra

Semana passada, estreamos uma novidade aqui no site: o Persona Entrevista. O quadro ainda tem o gostinho da nossa cobertura da 44ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo porque traz para seu início conversas que tivemos com alguns diretores de filmes exibidos no festival. A abertura se deu com João Paulo Miranda Maria, diretor de Casa de Antiguidades, filme que representou o Brasil no Festival de Cannes este ano. 

Dessa vez, o Persona recebe Moara Passoni, roteirista de Democracia em Vertigem que, depois de nos representar entre os Melhores Documentários do Oscar 2020, estreia na direção com Êxtase, seu primeiro longa-metragem premiado pela Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine) na Mostra SP deste ano. Ela conversou conosco sobre o longo processo de criação do filme que, brincando com a linha tênue existente entre a ficção e a realidade, atravessa a experiência da própria com a anorexia e dá voz a relatos de muitas outras mulheres que participaram de sua concepção compartilhando suas vivências.

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Persona Entrevista: João Paulo Miranda Maria

Diretor de “Casa de Antiguidades” comenta suas inspirações e o impacto do filme, único brasileiro na seleção de Cannes 2020, no exterior 

Arte com fundo vermelho, no lado esquerdo as palavras PERSONA ENTREVISTA aparecem na vertical, intercalando entre letras pretas e brancas, uma cor por linha, ao lado das 4 linhas, está uma colagem em preto e branco do diretor, seu busto, ele é um homem branco que usa óculos de grau e uma camiseta polo com os botões abertos. Ao lado do homem, está o pôster do filme Casa de Antiguidades, que tem o desenho de um homem usando uma cabeça de touro preta, acima do pôster, em letras pretas está escrito o nome do diretor, João Paulo Miranda Maria
O Persona entrevista João Paulo Miranda Maria, diretor do filme Casa de Antiguidades (Foto: Reprodução)

Caroline Campos e Vitor Evangelista

Como parte da cobertura da 44ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, o Persona entrevistou realizadores de alguns dos filmes presentes no festival. Nos próximos dias, os leitores do site poderão ter acesso na íntegra a essas conversas exclusivas (coordenadas pela nossa equipe), e que foram realizadas através de videochamadas. Assim, mesclamos o texto clássico narrativizado do Persona com as perguntas e respostas em forma de pingue-pongue, chegando à uma leitura mais fácil e menos carregada.

Se ficou curioso, é só acompanhar abaixo o resultado da nova empreitada da editoria: apresentamos o Persona Entrevista. E, para iniciar com o pé direito, que tal conhecer um pouco mais sobre o filme e o diretor que representaram o Brasil virtualmente em Cannes neste ano?

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Zandare mostra toda a sua pluralidade em EP de estreia

Banda do interior paulista mescla o rock progressivo com a riqueza da música brasileira

A arte da capa foi feita por Pedro Andrade. (Foto/Reprodução)

 Vinícius Gálico

 As vivências em uma universidade vão muito além das experimentadas nas salas de aulas, nós sabemos. Entre a rotina de estudo e perrengues inerentes à esta fase, também se encontram boas descobertas, aprendizados e possibilidades. Para cinco estudantes do interior de São Paulo, por exemplo, a graduação resultou em uma banda e novos rumos. Faz poucos dias, aliás, que esta mesma banda, a Zandare, está em uma nova etapa: com diplomas e instrumentos em mãos, acabam de lançar o seu primeiro trabalho autoral. O EP, Batizado de Pétalas Solares, é fruto de muito trabalho e experimentação. Nos próximos parágrafos, você irá conhecer um pouco sobre a trajetória da banda até aqui.

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A divertida impronunciabilidade de Koenjihyakkei

banda koenjihyakkei

A banda japonesa completa 25 anos, com quatro discos experimentais sem nenhuma necessidade de coerência lírica. No lugar desta, entra a transcendência com instrumentais exóticos e divertidos, como conta o tecladista da banda exclusivamente para o Persona.

Adriano Arrigo

Eu sei, eu sei. Ninguém conhece Koenjihyakkei, o estanho grupo japonês que toca estranhas músicas. Como poderiam conhecer? Nos confins da Internet, em um grupo de experimental e rock progressivo, eu os conheci. Estava lá, escrito: Koenjihyakkei. Parecia feitiço. E uma imagem com muitos seres pequenos construindo uma ponte. Músicas com títulos ainda mais bizarros. “Molavena”, “Avedumma”, “Zoltan”. Todas pertencentes a um estilo musical ainda mais enigmático, o Zeuhl.

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