O universo nunca mais foi o mesmo depois de conhecer a infinitude de Marisa Monte

Em 2021, o mundo de Marisa Monte dividido entre Infinito Particular e Universo Ao Meu Redor completou 15 anos (Foto: Marisa Monte)

Raquel Dutra

O planeta Terra não era habitado por Marisa Monte quando este iniciava o ano de 2006 ao completar mais um ciclo ao redor do Sol. Depois de dar à luz ao fenômeno romântico filho de Vênus batizado de Memórias, Crônicas e Declarações de Amor em 2000, a jovem deusa da música pop brasileira se recolheu. Para bem longe do brilho, grandiosidade e tudo mais que envolvia a ideia de sua ascensão escrita nas estrelas, cuja concretização nesta galáxia lhe era prometida desde os anos 90, Marisa Monte passou seis anos orbitando o seu próprio universo. 

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5 anos de Remonta: só Liniker e os Caramelows sabem o quanto dói

Em 2015, Liniker e os Caramelows lançaram o EP Cru com as faixas Zero, Louise de Brésil e Caeu (Foto: Let’s GIG)

Ana Júlia Trevisan

“Eu não quero mais saber de desamor”: Liniker abre Remonta, seu primeiro disco, lançado em 2016, sendo categórica e exteriorizando seu pedido de ‘basta!’. A cantora araraquarense de, na época, apenas 21 anos, não estava sozinha nessa viagem imersiva e sentimentalista. É ao lado da banda Caramelows, que contava com a voz de Renata Éssis, o contrabaixo elétrico de Rafael Barone, a guitarra de William Zaharanszki, a bateria de Péricles Zuanon, o trompete Márcio Bortoloti, as teclas de Fernando Travassos, as percussões acústicas de Marja Lenski e (ufa!) o saxofone de Éder Araújo; que Liniker dá luz às suas composições. O amor visceral é usado como a substância vital na construção do trabalho que transformou a artista numa das maiores representantes da dita Nova MPB.

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25 anos depois, Matilda ainda nos faz flutuar

Cena do filme Matilda. Matilda (Mara Wilson) está deitada em uma poltrona lendo um livro, mas olha para frente com uma expressão travessa. Matilda é uma menina caucasiana de cabelos pretos e lisos, usando um macacão jeans por cima de uma camiseta florida, com tênis pretos por cima das meias brancas e um laço vermelho no topo de sua cabeça. Suas pernas estão apoiadas na mão direita da poltrona, tocando a borda esquerda da tela. Matilda apoia seu livro em duas almofadas, uma vermelha com detalhes pretos e outra com uma estampa de onça. A poltrona é de uma cor amarela desbotada.
Nada mais de ser boazinha (Foto: Sony Pictures)

Gabriel Oliveira F. Arruda

Adaptado do famoso livro infantil de Roald Dahl em 1996, Matilda completou 25 anos em 2021 e, mesmo tendo sido um fracasso de bilheteria, o filme produzido, dirigido e estrelado por Danny DeVito marcou todos aqueles que o viram na infância e é, até hoje, adorado pelas gerações que se identificaram com os problemas de sua pequena protagonista. Desprezada por quase todos os adultos que a conheceram, Matilda (Mara Wilson) mergulha em livros para ter amigos, até que sua vida muda ao perceber que possui poderes telecinéticos e decide dar uma lição nas pessoas horríveis que a rodeiam.

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Os desconfortáveis 5 anos de Fleabag

Fleabag é um termo pejorativo no inglês britânico que significa “na lama” (Foto: Amazon Prime Video)

Ana Júlia Trevisan

Séries de comédia são sempre um banquete da Televisão. Ora de aspectos feel good nos fazendo pertencer a uma família ou torcer fervorosamente para um time do futebol inglês, ora encarando o humor ácido da vida política, o gênero sempre nos permite pensar com mais leveza sobre as aleatoriedades da vida. Com espaço de sobra para inovar, a britânica Phoebe Waller-Bridge desafia o gênero com Fleabag. A dramédia, que estreou sua primeira temporada em 2016, não tem tabus para falar de solidão, saúde mental, relacionamentos, e claro, sexo. A produção ainda recebe um diferencial tornando a série tão única: todos esses aspectos são representados sob o feroz olhar e consciência feminina.

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Inesgotáveis são os dramas que conduzem as seis décadas de Tangos

Capa do álbum Tangos. Fotografia quadrada, com fundo bege. No canto superior esquerdo, vemos o brasão do selo Imperial, formado pelo título Imperial, um fundo preto, um pássaro e uma coroa. No lado direito da parte superior, lemos Dalva de Oliveira em letras azuis. Abaixo, lemos Tangos em letras cor-de-rosa. Ainda mais embaixo, lemos Francisco Canaro em letras pretas. A letra G, de Tangos, tem uma seta voltada para a esquerda, apontando para o nome de Canaro. Mais ou menos no centro, vemos uma fotografia da cantora Dalva de Oliveira. Trata-se de um retrato oval, com uma espécie de filtro cor-de-laranja. Dalva tem cabelos curtos, sorri e está com a mão esquerda próxima do pescoço. Ao lado de seu retrato, lemos, em letras pretas, a lista de faixas pertencentes ao álbum Tangos.
Assim como o Jubileu de Prata, Tangos completa 60 anos em 2021 (Foto: EMI Music Brasil)

Eduardo Rota Hilário

Se um segmento popular da Música brasileira é rotulado em consenso, hoje em dia, como sofrência, isso é sinal de que o público mais novo desconhece totalmente os tangos outrora gravados – e dramatizados – por Dalva de Oliveira. Brincadeiras à parte, em 1961, mesmo ano em que lançaria seu Jubileu de Prata, a grande estrela do rádio investigava magistralmente alguns dramas humanos, principalmente os passionais, reunindo-os de forma bastante coesa em outro daqueles seus álbuns mais memoráveis de toda a carreira: o quase teatral Tangos. Esta abertura, por sinal, pode até parecer exagerada, mas uma única reprodução do mencionado LP consegue comprovar nítida e facilmente o contrário.      

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10 anos de Suck It and See: a sátira corrosiva que marcou profundamente o Arctic Monkeys

Capa do álbum Suck it and see, da banda inglesa Arctic Monkeys. Foto quadrada com um fundo branco, com os escritos suck it and see ao centro, em fonte de cor preta.
Suck It and See, um dos melhores álbuns do Arctic Monkeys, completou 10 anos de lançamento em 6 de junho de 2021 (Foto: Domino Records)

Bruno Andrade

É comum ouvir dizer que Alex Turner interpreta um personagem diferente em cada álbum, e que isso pode ser visto de forma mais visceral em Tranquility Base Hotel & Casino (2018) – o mais recente trabalho do Arctic Monkeys –, no qual ele realmente transforma-se em uma persona. Mas em Suck It and See, quarto álbum de estúdio do grupo, que completou 10 anos em junho deste ano, não é somente Turner que assume uma nova identidade. No disco, o quarteto inglês assumiu a influência do rock estadunidense – principalmente dos anos 1960 –, e deixou transcorrer por todas as faixas suas referências, dando ao projeto um ar de álbum conceitual. 

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30 anos de A Bela e a Fera: amar nunca fará de você um monstro

Imagem promocional da animação A Bela e a Fera. Bela está no centro da imagem, na frente da Fera. Bela é uma mulher caucasiana de cabelos marrons longos e olhos marrons num vestido amarelo. Ela está com o corpo virado para a esquerda, mas seu rosto vira para a câmera e ela sorri. A Fera é uma criatura animalesca com pelos marrons, chifres negros e presas afiadas. Ele usa uma camisa azul por cima de um casaco azul. A Fera está a direita de Bela e a encara com um olhos azuis. Uma rosa dentro de uma cúpula de vidro brilha do lado direito da Fera. Uma luz vinda de cima ilumina a Bela e o fundo da imagem mostra as janelas de dentro de um castelo, obscurecidas por uma cor azul forte.
“Sentimentos são/Como uma canção/Para a Bela e a Fera” (Foto: Disney)

Gabriel Oliveira F. Arruda

Se eu te pedisse para encontrar uma história que se manteve culturalmente e socialmente relevante ao longo de quase três séculos, seria difícil encontrar uma que permaneceu no imaginário popular tão firmemente quanto A Bela e a Fera. Escrito originalmente em 1740 por Gabrielle-Suzanne Barbot, a narrativa de La Belle et la Bête foi capaz de alcançar uma longevidade singular, sendo constantemente adaptada e reformulada ao longo de sua vida útil para encantar novas gerações de leitores e, eventualmente, telespectadores.

Das dezenas de versões, no entanto, é ainda mais difícil disputar que a mais importante delas seja a animação musical de 1991, dirigida por Gary Trousdale e Kirk Wise e produzida pela Walt Disney Animation Feature. Além da aclamação tanto da crítica quanto do público (e uma bilheteria nada tímida), o longa fez história ao se tornar a primeira animação a ser indicada ao Oscar de Melhor Filme, o prêmio máximo do Cinema. Três décadas depois de sua estreia, vale olhar para o “conto mais antigo que o tempo” e notar as razões da amplitude de seu impacto.

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Dez anos depois, a vingança de Amanda Clarke ainda tem gosto amargo

Cena da série Revenge. A imagem mostra o rosto penetrante de Amanda Clarke, que é uma mulher branca de cabelos loiros, veste camisa jeans e está com as duas mãos entrelaçadas apoiando o rosto.
Revenge, sucesso americano da ABC, também veio para a rede aberta do Brasil e teve suas 4 temporadas transmitidas pela Globo (Foto: ABC)

Nathália Mendes

10 anos atrás, em setembro de 2011, estreava Revenge, um dos maiores sucessos que a ABC já transmitira. Nem o próprio canal tinha noção de que a novela de vingança de sua querida Emily Thorne (Emily VanCamp), vulgo Amanda Clarke, teria a audiência de dez milhões de espectadores logo na primeira temporada. Sua história, de fato, possui um apelo popular viciante e prazeroso. Enquanto a protagonista e seu companheiro Nolan Ross (Gabriel Mann) arquitetavam a ruína dos responsáveis por destruir seu pai, estávamos em volta da TV por 4 temporadas para saborear o gostinho de destruição que a poderosa, e podre de rica, família Grayson merecia.

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Há 5 anos, Rogue One: Uma História Star Wars chegava para preencher lacunas deixadas na história rebelde

Cena do filme Rogue One: Uma História Star Wars. Nesta imagem temos ao centro Jyn Erso e Cassian Andor, ambos utilizam uma jaqueta de couro marrom, mas Jyn está de calça preta, enquanto Cassian usa uma calça marrom. No lado direito, estão três pilotos da rebelião vestidos de laranja e com capacete branco, todos estão correndo para frente. Já ao lado esquerdo, mais três homens, todos vestindo roupas escuras e toucas conversam em roda. A cena é ambientada em um local com pouca iluminação e ao fundo, atrás dos personagens, é possível ver partes de um caça espacial nas cores branca e vermelha.
“Salve a Rebelião, salve o sonho”, os precursores da missão Cassian Andor e Jyn Erso correm para realizar mais uma tarefa rebelde (Foto: Disney)

Gustavo Alexandreli

Se você gosta ou já ouviu falar da saga Star Wars, sabe que compreender a cronologia é um grande desafio, até mesmo para os fãs mais apaixonados. Com Rogue One: Uma História Star Wars, lançado em dezembro de 2016, não é diferente. Para entender a jornada de Jyn Erso (Felicity Jones), é necessário voltar mais de uma década e encaixar a história rebelde deste spin-off, o primeiro de Star Wars, entre os eventos dos episódios III (A Vingança dos Sith, de 2005) e IV (Uma Nova Esperança, de 1977).

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Game of Thrones: 10 anos da série que mudou a cultura pop

Cena da série Game of Thrones. A imagem mostra a personagem Daenerys no alto de uma escadaria, de costas para a câmera, olhando no horizonte para baixo dessa mesma escadaria. Lá embaixo, há seu exército. A paisagem está coberta de neve e ao fundo vemos uma cidade em chamas.
Uma das últimas cenas de Emilia Clarke vivendo sua primeira personagem principal (Foto: HBO)

Giovani Zuccon

No dia 17 de abril de 2011, a HBO exibiu o primeiro episódio de Game of Thrones, dando início a um dos maiores marcos da cultura pop da década passada. A experiência de acompanhar a série durante o lançamento de seus capítulos, e até mesmo a decepção do final, pode ser comparada à de assistir Lost, a todo momento um cérebro explodindo e um olhar desesperado de “e agora?”. 

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