Ame ou Odeie: pela quinta vez, Big Mouth provou que não tem limites

Cena da série em desenho animado Big Mouth. Na imagem, Missy e Nick apoiam as suas costas um no outro enquanto trocam olhares maliciosos. Missy, uma menina negra de cabelo e olhos escuros, veste uma camisa curta amarela e uma calça azul. Nick, um menino branco de olhos azuis e cabelo castanho, veste uma camiseta branca por cima de uma peça azul, enquanto as suas pernas são cobertas por uma calça de tom roxo e o seu nariz está enfaixado. Ao lado dos personagens há uma bicicleta posicionada em um bicicletário. Apoiadas ao meio de locomoção estão duas minhocas do ódio, uma nas cores laranja e vermelha e outra nas cores amarela e roxa. Elas se entreolham e a minhoca laranja usa um óculos de grau. Ao fundo, há uma parede no tom roxo do meio para cima e no tom cinza do meio para baixo, duas janelas completam a cena.
Atenção: Missy e Nick feriram vários direitos humanos na 5ª temporada de Big Mouth (Foto: Netflix)

Nathalia Tetzner 

Amor e ódio são dois extremos, incoerentemente, próximos. Prova disso é o enredo da 5ª temporada de Big Mouth, que mostrou como o caminho entre esses sentimentos tão opostos pode ser curto. Instigados por Jessi Glaser (Jessi Klein) e suas atitudes egoístas, Missy Foreman-Greenwald (Ayo Edebiri), uma de suas melhores amigas, e Nick Birch (Nick Kroll), seu admirador apaixonado, se converteram do amor ao ódio e rapidamente viraram os maiores inimigos da adolescente. Cegos de raiva, eles também roubaram o protagonismo e se tornaram a dupla que os fãs não sabiam que precisavam. 

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O dom de Encanto é a economia

Cena do filme animado Encanto, mostra os personagens Dolores e Camilo, dois adolescentes colombianos. Ela usa laço vermelho na cabeça e camisa branca com bordados amarelos. Ele tem cabelos encaracolados castanhos e usa um xale amarelo e bege por cima de uma camisa branca de botões. Ao fundo, vemos telhados de casas e a floresta verde.
No Oscar 2022, Encanto aparece nas categorias de Animação, Trilha Sonora e Canção Original (Foto: Disney)

Vitor Evangelista

Na Colômbia, uma família mágica vive de forma próspera, ajudando a comunidade que a cerca e mantendo a infraestrutura do local em perfeito funcionamento. Tudo muda, porém, quando a única neta sem poderes se encontra em uma sinuca de bico: se não remendar os buracos internos da fundação, todo o alicerce desabará. O principal obstáculo, obviamente, se encontra próximo demais do coração, na figura de uma Abuela impassível e imperturbável. Nasce assim Encanto, 60º filme da Disney, nada envergonhado em enfrentar o trauma geracional. 

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A vida não dá trégua nas travessias de Flee

Cena do filme Flee. Ilustração retangular. Ao fundo, vemos várias pessoas em uma balada gay. Amin está centralizado. Ele coloca os braços sobre o balcão do estabelecimento, veste roupas de inverno e olha para o lado direito da imagem.
Indicado três vezes ao Oscar 2022, Flee é um documentário que ilustra uma complexa jornada de autoconhecimento (Foto: NEON/Participant)

Eduardo Rota Hilário

Vou carregar de tudo vida afora/Marcas de amor, de luto e espora/Deixo alegria e dor/Ao ir embora”. Os versos de Compasso, composição de Angela Ro Ro com Ricardo Mac Cord, podem até não aparecer na trilha sonora da produção dinamarquesa Flee (Flugt, 2021), dirigida por Jonas Poher Rasmussen; no entanto, ao serem recortados do restante da música, esses fragmentos poéticos expressam muito bem uma das inúmeras sensações que permeiam o longa-metragem estrangeiro. Afinal, em todo o filme, estamos diante de uma concretude nua e crua, e ela nunca será vivenciada da mesma forma por indivíduos minimamente diferentes.

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Arcane: um presente da Riot para a comunidade

A imagem é o poster promocional da série. Nele encontramos um fundo preto. Centralizado, podemos ler “Arcane” e “League of Legends” logo abaixo, ambas em letras douradas. Uma borda dourada está ao redor das palavras, também centralizada.
Após 6 anos de produção, Arcane chega a Netflix e bate recorde de audiência e crítica (Foto: Netflix)

Alesxya Soares

Durante a live de comemoração de 10 anos do jogo League of Legends, a Riot anunciou, entre várias novidades da empresa, algo que seus fãs pediam há muito tempo: uma produção audiovisual sobre o universo do jogo. Essa já era uma demanda recorrente pelo constante sucesso dos videoclipes e animações lançadas em seu canal no YouTube. Assim, a série animada Arcane teve 6 anos dedicados a sua elaboração e produção, com previsão de lançamento para 2021.

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Entrelinhas Pontilhadas: a vida não é definida em pontos

Desenho de fundo de grandes blocos verdes claro. Iluminação vinda de cima em formato de triângulo. Ao centro, na parte esquerda, o personagem Zero sentado em uma cadeira cinza, é um jovem branco com um nariz grande, cabelo preto e sobrancelhas grossas, segura um celular e veste uma camisa preta com uma caveira branca, calça jeans e tênis azul com listras brancas. Ao centro, na parte direita, de frente para Zero, um tatu gigante laranja sentado numa cadeira cinza. Ambos estão se olhando.
A nova animação italiana da Netflix conta a trajetória de Zero e sua consciência personificada em um tatu gigante (Foto: Netflix)

Leticia Stradiotto

Sempre queremos que a vida siga a linha pontilhada. A plataforma de streaming da Netflix acertou ao investir, no mês de novembro, em Entrelinhas Pontilhadas, a animação italiana com o nome original Strappare lungo i bordi. Com as funções de diretor e roteirista da série, o cartunista Michele Rech, mais conhecido como Zerocalcare, nasceu em Arezzo (Itália), e, mais tarde, mudou-se para Rebibbia, um bairro popular de Roma, no qual estabeleceu uma conexão inextricável. Alicerçado nisso, surgem suas primeiras obras em quadrinhos, como La profezia dell’Armadillo, traduzido para A profecia do tatu, que deu origem ao live action e, agora, consequentemente, à animação.

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30 anos de A Bela e a Fera: amar nunca fará de você um monstro

Imagem promocional da animação A Bela e a Fera. Bela está no centro da imagem, na frente da Fera. Bela é uma mulher caucasiana de cabelos marrons longos e olhos marrons num vestido amarelo. Ela está com o corpo virado para a esquerda, mas seu rosto vira para a câmera e ela sorri. A Fera é uma criatura animalesca com pelos marrons, chifres negros e presas afiadas. Ele usa uma camisa azul por cima de um casaco azul. A Fera está a direita de Bela e a encara com um olhos azuis. Uma rosa dentro de uma cúpula de vidro brilha do lado direito da Fera. Uma luz vinda de cima ilumina a Bela e o fundo da imagem mostra as janelas de dentro de um castelo, obscurecidas por uma cor azul forte.
“Sentimentos são/Como uma canção/Para a Bela e a Fera” (Foto: Disney)

Gabriel Oliveira F. Arruda

Se eu te pedisse para encontrar uma história que se manteve culturalmente e socialmente relevante ao longo de quase três séculos, seria difícil encontrar uma que permaneceu no imaginário popular tão firmemente quanto A Bela e a Fera. Escrito originalmente em 1740 por Gabrielle-Suzanne Barbot, a narrativa de La Belle et la Bête foi capaz de alcançar uma longevidade singular, sendo constantemente adaptada e reformulada ao longo de sua vida útil para encantar novas gerações de leitores e, eventualmente, telespectadores.

Das dezenas de versões, no entanto, é ainda mais difícil disputar que a mais importante delas seja a animação musical de 1991, dirigida por Gary Trousdale e Kirk Wise e produzida pela Walt Disney Animation Feature. Além da aclamação tanto da crítica quanto do público (e uma bilheteria nada tímida), o longa fez história ao se tornar a primeira animação a ser indicada ao Oscar de Melhor Filme, o prêmio máximo do Cinema. Três décadas depois de sua estreia, vale olhar para o “conto mais antigo que o tempo” e notar as razões da amplitude de seu impacto.

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Cineclube Persona – Novembro de 2021

Destaques de Novembro de 2021: 7 Prisioneiros, Arcane, tick, tick… BOOM! e Eternos (Foto: Reprodução/Arte: Herinque Marinhos/Texto de Abertura: Gabriel Oliveira F. Arruda)

Se outubro foi um mês marcado por produções macabras e o clima sombrio e festivo de Halloween, novembro é uma volta à normalidade relativa, com várias obras para apetecer qualquer tipo de gosto. Conforme os grandes lançamentos chegam para começar a campanha para a próxima temporada de premiações, o Persona está aqui para recapitular os destaques mais importantes do mês no Cinema e na TV através do Cineclube de Novembro.

Eternos chegou no início do mês para bagunçar a fórmula da Marvel. Sob a direção íntima e minimalista da vencedora do Oscar Chloé Zhao, o longa introduz no MCU uma família disfuncional de seres imortais, deuses celestiais zangados e até mesmo um certo caçador de vampiros. Outra família superpoderosa que deu as caras foram os Madrigal, de Encanto, a nova animação musical da Disney com canções de Lin-Manuel Miranda, que realmente nos encantou com sua narrativa sensível e emocionante. A mente por trás de Hamilton também explodiu com o musical tick, tick… BOOM!, no qual ele fez sua estreia na direção cinematográfica, contando a história do compositor Jonathan Larson, vivido por um Andrew Garfield estonteante.

Continuando no mundo dos musicais, Querido Evan Hansen entregou uma adaptação decente de seu enredo premiado e controverso, mas não fez nada para revisar sua mensagem problemática e seus números estáticos. Por outro lado, Annette, o musical experimental de Leos Carax (que lhe rendeu o prêmio de Melhor Direção no Festival de Cannes), deu as caras no Brasil por meio da MUBI, entregando um Adam Driver lindo e homicida

De Cannes, também veio Benedetta, o longa polêmico de Paul Verhoeven que conta sobre o caso de amor lésbico entre duas freiras italianas. E se teve algo que não faltou em novembro, foi Adam Driver: o ator estrelou duas produções de Ridley Scott: O Último Duelo, um épico medieval sob a perspectiva de uma mulher tentando recuperar sua própria voz, e Casa Gucci, que conta com Lady Gaga claramente à procura de um Oscar por seu sotaque no papel da matriarca da família por trás da luxuosa marca italiana.

Outras atuações notáveis em cinebiografias que tivemos esse mês foram Jessica Chastain, carregada de maquiagem no papel da televangelista titular em Os Olhos de Tammy Faye, e Kristen Stewart, no aclamado Spencer dando sua voz singular à Princesa Diana na fábula do diretor Pablo Larraín. No bem humorado The Electrical Life of Louis Wain, Benedict Cumberbatch interpreta um artista atormentado com seu já característico charme inusitado, enquanto Will Smith dá as caras em King Richard: Criando Campeãs, lançado no HBO Max americano, onde faz o pai e treinador das irmãs Williams.

Entre os maiores lançamentos da Netflix, brilhou Alerta Vermelho, o filme mais caro já produzido pelo streaming, responsável por juntar Dwayne “The Rock” Johnson, Ryan Reynolds e Gal Gadot em uma trama de roubo formulaica. A comédia romântica Um Match Surpresa veio para romantizar o catfishing e faz pouco além disso, mas o aguardado e sangrento western Vingança & Castigo revitaliza o gênero e reúne um elenco de peso marcado por nomes como Regina King, Idris Elba e Lakeith Stanfield.

No Cinema nacional, não podemos deixar de falar de Marighella, primeiro filme dirigido por Wagner Moura que na verdade estreou em 2019 no Festival de Berlim, onde foi ovacionado de pé. Por conta da pandemia e até mesmo censura, ele só foi lançado nas salas de cinema brasileiras e no Globoplay em novembro deste ano, contando a história dos últimos anos do deputado e ex-guerrilheiro Carlos Marighella (interpretado por Seu Jorge). 

Também no âmbito das produções brasileiras, o longa 7 Prisioneiros, antes cotado para representar o Brasil na disputa pelo Oscar, logo se tornou um dos filmes em língua não-inglesa mais vistos da Netflix. Num suspense brutal que escancara as realidades sociais do trabalho escravo no Brasil, a produção de Alexandre Moratto conta com Rodrigo Santoro e Christian Malheiros em seu elenco.

A estreia de Halle Berry na direção com o brutal Bruised só foi efetivamente lançada pelo streaming esse mês, após ter estreado no Festival de Toronto no ano passado. Além dela, Rebecca Hall também faz sua estreia por trás das câmeras com o drama Identidade, estrelado por Tessa Thompson e Ruth Negga, que traz uma das surpresas mais positivas da plataforma este ano. Enquanto isso, Finch cimenta a parceria entre Tom Hanks e Apple TV+ com um longa pós-apocalíptico dirigido por Miguel Sapochnik, conhecido por comandar alguns dos episódios mais badalados de Game of Thrones.

A peça The Humans se faz de base para o novo drama da A24, que comove ao revelar a empatia entre as personagens e a audiência, com um elenco encabeçado por Steven Yeun e Beanie Feldstein. Para aqueles que procuravam diversão para a família toda, a adaptação de Clifford, o Gigante Cão Vermelho veio para comemorar o espírito natalino em grande estilo. Da mesma forma, Ghostbusters: Mais Além ressuscita a franquia clássica do Cinema através da introdução de uma nova geração de caça-fantasmas, dessa vez sob a tutela de Paul Rudd.

Junto com o lançamento de Red (Taylor’s Version), Taylor Swift também fez sua estreia na direção com All Too Well: The Short Film, curta inspirado no seu relacionamento com o ator Jake Gyllenhaal e marcado por mágoas que inspiraram o disco – e sua regravação. Também tratando de relacionamentos nem tão saudáveis regados por música boa, o britânico Edgar Wright retorna para a direção com Noite Passada em Soho, uma viagem psicodélica e intoxicante por uma das partes mais famosas e sinistras de Londres, explorando o fino véu entre o passado e o presente através da dinâmica entre Thomasin McKenzie e Anya Taylor-Joy.

Manu Gavassi fez sua estreia no Disney+ com o álbum visual GRACINHA, uma história fantástica e metalinguística sobre a própria arte. A cantora Adele também deu as caras ao final do mês com Adele One Night Only, um espetáculo exclusivo que precedeu o lançamento de seu novo disco, 30.

Agora passando para a Televisão, se por um lado a Netflix acertou em cheio com Arcane, a prequel animada do jogo League of Legends distribuída em três atos, Cowboy Bebop marca mais uma das tentativas fracassadas de traduzir animes para live-action. Enquanto Arcane exibia todo o potencial de animações com cores e sons vibrantes elevando sua narrativa explosiva, a adaptação da obra seminal de Shinichiro Watanabe peca por seu apego cego à estética do original, entregando uma temporada truncada e não mais regida pelo espírito livre e despreocupado do jazz. A tesuda e bem humorada Big Mouth seguiu impecável por sua quinta temporada, mas já parece aquecer para o possível final da série.

Duas adaptações de quadrinhos da DC Comics terminaram em novembro: ao passo que a estética surrealista de Patrulha do Destino floresceu no HBO Max após o encerramento do streaming exclusivo da DC, Stargirl teve que dar jeito nas mãos da CW, canal responsável pelo Arrowverso. Apesar de plataformas diferentes, ambas as séries conseguiram reforçar suas melhores qualidades em seus novos anos, garantindo renovações para 2022.

Já na Apple TV+, a aguardada adaptação dos célebres livros de ficção científica de Isaac Asimov encerrou sua primeira temporada com resultados mistos: embora Fundação certamente tenha os visuais para construir as bases de seu mundo organicamente, sua narrativa peca ao falhar com a visão de seu autor. A nova versão do Boneco Assassino surpreendeu e deliciou os fãs de longa data da franquia, em uma sequência comandada por seu criador, Don Mancini, e que respeita o legado queer e disruptivo de Chucky. O spin-off britânico de Drag Race terminou sua nova temporada premiando sua participante mais nova até hoje. A premiada antologia American Crime Story também retornou com Impeachment, temporada que focou no escândalo sexual entre o presidente americano Bill Clinton e Monica Lewinsky.

E assim, a Editoria do Persona chega na 11ª edição do Cineclube. Entre os prenúncios de Natal, vislumbres do Oscar 2022 e inspirações musicais no meio audiovisual, te convidamos a pegar o balde de pipoca para voltar ao cinema (seguindo sempre as normas de segurança, claro) e percorrer conosco cada um dos destaques do Cinema e da TV no mês de Novembro de 2021.

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E se… a Marvel resolvesse mesmo arriscar?

Cena da série What If…?. Na imagem, da esquerda para a direita, vemos os personagens animados de Drax e T’Challa em um enquadramento em primeiro plano, dos ombros para cima. Drax é um personagem de pele branca com desenhos vermelhos pelo corpo e rosto, careca e de olhos azuis. Na imagem, ele está sorrindo, tem seu braço esquerdo por cima do ombro de T’Challa e sua mão direita apontando para ele. T’Challa é um personagem negro, de cabelos e barba pretos e olhos castanhos. Ele sorri desconcertado ao ser abraçado por Drax.
“Eu sou o Vigia, o seu guia através dessas novas e vastas realidades. Siga-me e pondere a questão: O que aconteceria se…?” (Foto: Disney+)

Vitória Lopes Gomez

“Tempo, espaço e realidade são mais do que caminhos lineares. São um prisma de possibilidades sem fim, onde uma única escolha pode ramificar-se em realidades infinitas, criando mundos alternativos daquele que você conhece”, narra o Vigia (Jeffrey Wright) ao começo de cada episódio de What If…?. Assim, em sua primeira animação para o streaming, a Marvel revisita mais de 10 anos de produções do estúdio e se arrisca a questionar: “e se momentos cruciais do universo cinematográfico tivessem acontecido só um pouquinho diferente?”. É ponderando a questão e suas implicações que a série antológica explora possibilidades e realidades alternativas, mas só para deixar a pergunta maior sem resposta. E se a Marvel resolvesse mesmo arriscar?

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Persona Entrevista: César Cabral

Diretor de Bob Cuspe – Nós Não Gostamos de Gente conta de seu trabalho com a obra do cartunista Angeli, e explica porque o punk permanece relevante até hoje

Arte do Persona Entrevista com César Cabral. À esquerda, o nome do quadro está na vertical em quatro linhas, duas brancas e pretas. No centro, há uma fotografia recortada em preto e branco de César, um homem branco que tem por volta de 50 anos, que usa uma camisa social preta. À direita, há o poster do filme Bob Cuspe - Nós Não Gostamos de Gente, e, em cima, o nome do diretor em preto.
O Persona entrevista César Cabral, diretor da premiada animação em stop-motion Bob Cuspe – Nós Não Gostamos de Gente (Foto: Vitrine Filmes/Arte: Jho Brunhara)

João Batista Signorelli

Raro exemplar de longa-metragem realizado com a técnica de stop-motion no Brasil, Bob Cuspe – Nós Não Gostamos de Gente foi um dos grandes destaques da 45ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, chegando ao Brasil já com um prêmio em mãos, da Mostra Contraponto do Festival de Cinema de Animação Annecy. O Persona assistiu ao filme, e com muito prazer retoma o quadro de entrevistas para conversar com o diretor César Cabral, que também é sócio-fundador da Coala Filmes, produtora paulistana focada em produzir animações em stop-motion. 

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O mundo de The Witcher: Lenda do Lobo é uma máquina movida pelo medo

Cena do filme The Witcher: Lenda do Lobo. Uma imagem retangular contendo Vesemir ao centro, um homem branco de cabelo castanho raspado nas laterais e formando um topete barba curta um pouco mais escura que o cabelo. A personagem veste uma capa com pelos na região próxima ao pescoço, segura uma longa espada e traja um colar prateado. Abaixo do personagem há uma horda de monstros humanoides de olhos vermelhos. O fundo da imagem é composto por uma paisagem nevada com montanhas e pinheiros em tons bastante brancos.
The Witcher: Lenda do Lobo prepara o terreno para uma série live action (Foto: Netflix)

Angelus Simões 

Quando se fala em The Witcher, é quase impossível, se você for um fã, não pensar na figura lacônica e de cabelos prateados que é Geralt de Rívia. No entanto, o personagem icônico que se tornou símbolo tanto dos jogos quanto da série live action, quase não aparece na animação produzida pela Netflix, em parceria com o estúdio sul-coreano Studio Mir, sob a direção de Kwang Il Han. Ao invés disso, o longa The Witcher: Lenda do Lobo acompanha a trajetória de Vesemir (Theo James), conhecido por ser mentor e figura paterna do tão conhecido Geralt.

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