Mesmo após 15 anos, Breaking Bad tem a combinação química que explode em sucesso

 Foto com fundo em um deserto com céu azul. Ao centro, o personagem Walter White, um homem branco de cabelos castanhos e bigode, veste uma camisa verde, óculos de grau, uma cueca branca, tênis marrom e meia preta. Ele está segurando uma pistola. Do lado esquerdo, um trailer branco saindo fumaça vermelha. Do lado direito, uma máscara de gás preta jogada no chão.
O legado de Heisenberg corrói com ácido fluorídrico a natureza humana (Foto: Sony Pictures Television)

Leticia Stradiotto

Cidade de Albuquerque, Novo México. To’hajiilee, uma reserva indigena em Navajo. Um trailer parado no meio do deserto. Um homem de meia idade vestindo apenas uma cueca branca, uma camisa verde e uma máscara de gás. Assim, há 15 anos, Breaking Bad nos apresentou ao primeiro laboratório de metanfetamina de Walter White, o falido professor de química do Ensino Médio, que acabou de ser diagnosticado com câncer terminal.

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The White Lotus te convida para mais uma temporada de férias, aceita?

DESCRIÇÃO: Cena da segunda temporada da série The White Lotus. A imagem é uma cena da série em que todos os funcionários do hotel estão acenando para os hóspedes que chegam em um barco. Valentina está no primeiro plano da imagem, é uma mulher branca de cabelo castanho escuro que usa um terno rosa e acena para o oceano. Atrás dela estão Isabella, uma mulher branca com cabelo castanho claro, e Rocco, um homem branco com cabelo encaracolado e grisalho. Além deles, também há, no segundo plano da imagem, quatro funcionários homens com paletós amarelos, calças pretas e luvas brancas.
Agora na Itália, a série premiada de Mike White retorna com novos personagens e dinâmicas (Foto: HBO Max)

Gabriel Saez

Se a primeira temporada de The White Lotus não foi o suficiente para entender que Mike White domina a arte de contar histórias, o seu retorno com certeza é. Com uma forma incomum de desenvolver seus personagens, o segundo ano da série da HBO Max reforçou as qualidades do diretor. Agora na Itália, o resort White Lotus recebe mais uma vez um grupo de turistas que, com toda a certeza, irá desfrutar de sua hospitalidade, deixando uma marca única em Sicília e seus residentes. 

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Cineclube Persona – Junho de 2022

Destaques de Junho de 2022: Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo, a 3ª temporada de The Umbrella Academy, A Ponte – The Bridge Brasil e Lightyear (Foto: Reprodução/Arte: Ana Júlia Trevisan)

Passeamos pelos multiversos de Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo e The Umbrella Academy, exploramos o brilhantismo obscuro da terceira temporada de Barry e refletimos sobre o final provisório dos malditos Peaky Blinders. Foi assim que o mês popularmente mais calmo no audiovisual, quase uma preparação para o ápice da temporada de Summer Movies, conseguiu deixar sua marca como um dos capítulos mais interessantes do ano até então. Neste Cineclube de Junho, o Persona destrincha o que rolou no Cinema e na TV no Mês do Orgulho.

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Uma década da viagem inesquecível para a mitológica e misteriosa Gravity Falls

Imagem da série animada Gravity Falls. Tem quatro pessoas na imagem, Da direita para a esquerda aparece Stanley, um homem idoso, brnco, com cabelos grisalhos, olhos pretos e barba grisalha, ele usa um óculos quadrado, um chapéu marrom, uma camisa branca e um colete salva-vidas azul e verde. Ele segura um livro vermelho nas mãos. Ao seu lado aparece Mabel, uma menina, branca, ela tem cabelos longos e castanhos, olhos pretos e usa aparelho nos dentes, ela usa um chapéu escrito “Mabel”, uma blusa rosa, um colete salva-vidas amarelo e uma saia azul. Ela sorri. Do seu lado tem Soos, um homem adulto e branco, ele tem olhos pretos, usa um boné marrom, uma camiseta verde, um colete salva-vidas amarelo e um shorts bege, ele está falando e gesticulando. Soos abraça Dipper. Dipper é um menino, branco, ele tem cabelos castanhos e olhos pretos, ele usa um chapéu bege com seu nome, uma camiseta laranja, um colete salva-vidas amarelo, um shorts verde e tênis preto. Todos estão num barco.
A sensação aconchego que a família Pines traz é tão boa que é fácil se sentir parte dela (Foto: Disney)

Nathan Sampaio

Não há tempo mais mágico do que as férias escolares. Nesse período, podemos conhecer novas pessoas, formar amizades e laços duradouros, sejam com amigos ou familiares, aprender novas atividades e conhecer o mundo. Essa é, com certeza, a época mais agradável para uma criança. Gravity Falls, série que completa 10 anos em 2022, nos faz recordar com carinho das férias escolares no mesmo momento que adentra em uma grande investigação cativante. 

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De Top Gun a Elite: o homoerotismo sempre nos colocou de quatro

Muito mudou entre os anos 80 e agora, mas a figura masculina erotizada continua engajante como nunca

Arte retangular com fundo verde. Nela, vemos os personagens Maverick, Louis, Lestat e Patrick. Maverick é um homem branco, usa jaqueta e óculos escuros e posa com um joinha dentro de um avião. Louis é um homem de cabelos compridos castanhos e Lestat é loiro, ambos são vampiros que usam roupas antigas com detalhes em branco, verde e dourado. Patrick é um jovem adulto branco, sem camisa e tem os braços cruzados.
Entre pilotos de avião, vampiros e estudantes do Ensino Médio, a luxúria destes personagens transborda as telas e inunda a sala de quem assiste (Foto: Reprodução/Arte: Jho Brunhara)

Vitor Evangelista

Não há nada que um homem goste mais do que agradar e impressionar outro homem. Seja numa relação romântica ou apenas na amizade, a Arte explorou, desde o Batalhão Sagrado de Tebas até os garotos bobos de amor de Heartstopper, que eles compartilham esse fascínio, um senso de deslumbramento que os coloca no centro do universo. Quando foi lançado em 1986, o romance entre Maverick e Charlie em Top Gun: Ases Indomáveis era, à primeira vista, o único ponto de tensão no filme. Mas o produto final mostrou um subtexto extra.

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O réquiem de Castlevania

Cena da quarta temporada de Castlevania. Isaac Adetokumboh M’Cormack) luta com Carmilla (Jaime Murray) em um salão coberto de sangue, enquanto são observados por Criaturas da Noite. Isaac, vindo pela esquerda, é um homem negro, magro e careca, usando robes azuis claros e uma calça azul escura. Carmilla, vindo pela direita, é uma mulher branca e magra, de cabelos longos e brancos e pele pálida, usando um vestido vermelho e saltos dourados. Ela ataca Isaac com uma espada longa e vermelha, que vai de encontro a uma adaga segurada por Isaac com as duas mãos, que também brilha vermelha. Atrás de Isaac, uma Criatura da Noite humanóide o ajuda a segurar a força do impacto. A Criatura possui asas demoníacas e pele branca e pálida, exceto nas pernas e nas asas, que são negras. Em sua cabeça, há chifres curvilíneos que vão para trás, onde sua pele tem um tom rubro e carnoso. Outras criaturas assistem a luta, de costas para grandes janelas que se erguem do chão ao teto e deixam entrever o céu noturno e chuvoso.
Entre sangue, monstros, vampiros e controvérsias, Castlevania se despede com ferocidade (Foto: Netflix)

Gabriel Oliveira F. Arruda

É bem possível que estejamos entrando em um período de ouro para as adaptações de videogames na Televisão: embora o Cinema ainda sofra para traduzir narrativas interativas para filmes de duas horas, vemos cada vez mais exemplos de como estruturas serializadas são capazes de realizar essa transição incólumes. Arcane, da Netflix, conseguiu transformar a poderosa mitologia de League of Legends em uma das melhores séries do ano, construindo uma trama emocionante sobre desigualdade e opressão em cima de um jogo de estratégia competitivo, enquanto a versão de The Last of Us para a HBO promete estar na vanguarda da temporada de premiações de 2023.

Porém, ainda em 2021 tivemos um novo e último capítulo para a série que provavelmente deu início à essa moda. Na quarta temporada de Castlevania, diversos arcos são concluídos e a busca de seus protagonistas para acabar com o mal de uma vez por todas chega ao seu final climático. A adaptação da icônica franquia de jogos da Konami que empresta parte do nome ao gênero metroidvania foi desenvolvida pelo estúdio Powerhouse, que desde então vem provando sua excelência no meio com projetos como O Sangue de Zeus e Mestres do Universo: Salvando Eternia. Após uma humilde primeira temporada com apenas quatro episódios, a trama do seriado rapidamente se expandiu para uma verdadeira saga de poder e mitologia vampírica.

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The Owl House escancara o dilema da representatividade LGBTQIA+ na Disney

Cena da série The Owl House. Amity, adolescente de cabelo lilás e curto, beija a boca de Luz, adolescente de cabelo castanho e curto. Luz está com seus olhos abertos e apresenta expressão de surpresa. Amity veste um vestido preto e calça vinho. Luz veste uma jaqueta marrom e bege e uma calça bege e tem uma mochila azul nas costas. Ao fundo vemos uma porta de sacada rodeada por galhos verdes e flores rosas.
The Owl House segue padrões bastante similares a Gravity Falls em sua construção e estética (Foto: Disney)

Marina Llata

The Owl House (A Casa Coruja) é uma série animada criada por Dana Terrace. Lançada em janeiro de 2020, acompanha a trajetória de Luz Noceda (Sarah-Nicole Robles), uma adolescente que tem dificuldade de se encaixar e fazer amigos e, ao encontrar um portal para as Ilhas Escaldadas, localizadas em uma dimensão habitada por bruxas e demônios, escolhe passar um tempo nesse mundo fantástico ao invés de ir ao Acampamento de Realidade no verão. Lá, ela encontra Eda (Wendie Malick), uma bruxa rebelde, e seu amigo King (Alex Hirsch), um demônio muito fofo, sendo acolhida pelos dois e se tornando aprendiz de Eda. 

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Severance: pane no sistema, alguém me desconfigurou

Cena da série Severance. Nela estamos vendo os personagens Mark, Dylan e Irving. Eles estão nas repartições do escritório, dividido em quatro partes. A câmera mostra a divisória que está vazia,composta de uma mesa branca e um computador antigo nas cores branca e azul, uma cadeira cinza e duas divisórias verdes. Mark, um homem branco de cabelos pretos está de frente para essa mesa vazia e de costas para a câmera, enquanto olha para ela. Ele veste um terno cinza e em sua testa há um band-aid azul. Irving, um homem branco de cabelos brancos está de frente para Mark, e olha para câmera pela fresta das divisórias. Dylan, um homem branco de cabelos pretos cacheados, está à esquerda da mesa vazia e aparece somente da testa para cima.
A ficção científica da Apple TV+ se prova o maior acerto do streaming e do gênero em anos (Foto: Apple TV+)

Guilherme Veiga

Burnout. Substantivo masculino. Palavra derivada do inglês, da junção de burn, “queima” mais out, “exterior”. Distúrbio psíquico ocasionado pelo excesso de trabalho, sendo capaz de levar alguém a exaustão extrema, estresse generalizado e esgotamento físico, comumente conhecido como Esgotamento Profissional ou Síndrome do Esgotamento Profissional. Em função do estrangulamento de tempo causado pelo mundo moderno, o termo é muito discutido e recentemente, saídas vêm sendo postas a prova, como o debate acerca de uma implementação da redução da carga horária para quatro dias, por exemplo. Já em Severance (Ruptura), a nova queridinha do streaming, a alternativa é bem mais distópica.

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Inventando Anna é tão inacreditável que parece completamente ficcional

Cena da série Inventando Anna. Na cena, há 4 mulheres uma ao lado da outra em uma rua movimentada de Nova Iorque. A primeira, no canto direito, é uma mulher negra de cabelos castanhos que veste calça marrom, blusa preta sobreposta por um sobretudo preto e bolsa bege com alça preta e vermelha. Ao seu lado, há uma mulher branca com vestido preto e sobretudo cinza, olhando com expressão admirada para o alto. A terceira mulher é branca com cabelos castanhos claros, ela veste um sobretudo preto com estampas floridas em vermelho e segura uma bolsa preta. A quarta mulher, no canto esquerdo, é negra, possui cabelos pretos cacheados e olha para o alto com um sorriso, enquanto veste uma saia bege, uma blusa laranja com estampas pretas e um sobretudo preto.
Em múltiplas camadas, o quarteto liderado por Anna Delvey entregou diversos momentos catárticos durante a trama (Foto: Netflix)

Felipe Nunes

Como uma jovem golpista adentra os eventos e círculos sociais da mais alta elite nova-iorquina sem ter um sobrenome conhecido e nem mesmo um dólar no bolso? E como ela ainda consegue desembolsar empréstimos com quantias inimagináveis das instituições bancárias mais conservadoras dos Estados Unidos? São as respostas dessas indagações que a produção Inventando Anna traz. E embora pareçam casos irreais, essas situações estão longe de serem apenas um enredo ficcional. Esses acontecimentos realmente ocorreram e serviram como base para a minissérie jornalística, que traz situações tão surpreendentes que, de fato, parecem inventadas.

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Cineclube Persona – Maio de 2022

Arte retangular de fundo na cor laranja. Ao lado direito da imagem, foi adicionada uma televisão antiga de tubo, com a divisão de quatro telas, uma mostrando um homem e uma mulher se olhando; ao lado uma menina branca de cabelos ruivos vista de cima utilizando headphones; abaixo dois esquilos, um em ilustração 2d e o outro em modelagem 3d, e ao lado uma mulher branca de cabelos castanhos compridos olhando para a esquerda. Ao lado da televisão está escrito Cineclube com letras brancas preenchidas e abaixo Persona, com letras brancas vazadas. Ao centro está o logo do persona, um olho com a íris na mesma cor do fundo, e logo abaixo em letras pretas está escrito maio de dois mil e vinte e dois.
Destaques de Maio de 2022: Love, Death + Robots; a 4ª temporada de Stranger Things; o final de This Is Us e Tico e Teco: Defensores da Lei (Foto: Reprodução/Arte: Vitória Vulcano)

Da viagem do Doutor Estranho pelo Multiverso da Loucura ao experimentalismo da 3ª temporada de Atlanta, passando pelo faroeste de Outer Range e o épico viking de Robert Eggers em O Homem do Norte, Maio foi um verdadeiro presente para aqueles que procuram um bom entretenimento. No mês que sediou um dos maiores festivais de Cinema do mundo, o Cineclube de Maio veio para, mais uma vez, mostrar o que rolou na Sétima Arte e nas telinhas da TV. 

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